Você está na página 1de 14

CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO - UNIBRA

CURSO DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM


EDUCAÇÃO FÍSICA

ARTHUR VINÍCIUS PINHEIRO DA SILVA


JOÃO PAULO RODRIGUÊS DOS SANTOS
TIAGO SOUZA LIMA

EFEITO DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA


REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSOS
COM HIPERTENSÃO

RECIFE/2023
ARTHUR VINÍCIUS PINHEIRO DA SILVA
JOÃO PAULO RODRIGUÊS DOS SANTOS
TIAGO SOUZA LIMA

EFEITO DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA


REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSOS
COM HIPERTESÃO

Projeto apresentado ao Centro Universitário Brasileiro –


UNIBRA, como requisito parcial para obtenção do título de
bacharelado em Educação Física.

Professor Orientador: Me. Ma. Dr. Dra. Esp. Juan Carlos Freire

RECIFE/2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 5
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................. 8
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO................................................................ 10
3 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ..................................................................... 11
4 ORÇAMENTO .................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS.....................................................................................................
13
.
7

EFEITO DO TREINAMENTO FUNCIONAL NA REGULAÇÃO DA PRESSÃO


ARTERIAL DE IDOSOS COM HIPERTENSÃO

Arthur Vinícius Pinheiro da Silva


João Paulo Rodriguês dos Santos
Tiago Souza Lima
Juan Carlos Freire1

Resumo: De acordo com estudos, pesquisas, e análise de dados oferecidos a


população idosa aumentará em até 3 vezes mais o valor atual em até três décadas,
tendo uma grande chance de serem idosos hipertensos. Essa patologia que se
apresenta como hipertensão é uma doença muito comum na população idosa.
A hipertensão geralmente é assintomática, mas pode levar a problemas
cardíacos graves, o estilo de vida sedentário e a falta de exercícios físicos
juntamente com uma alimentação não saudável, vem sendo os principais fatores
para o aumento de idosos com essa condição.
É preciso uma melhoria no modo de viver da população, principalmente dos
idosos, aplicar dietas saudáveis e rotinas de atividades físicas, entre elas se destaca
o treinamento funcional, aplicado por profissionais de educação física, onde melhora
a qualidade de vida dos alunos, podendo ser uma das vias para obter o controle da
pressão arterial de idosos com hipertensão.

Palavras-chave: Idosos. Hipertensão. Saudável. Físicos. Funcional.

1
Especialista em Condicionamento Físico e Saúde no Envelhecimento pela UNESA; Mestrando em Educação
Física pela UFPE; Prof. do Dep. Educação Física da UNIBRA; E-mail: prof.juanfreire@gmail.com
8

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é responsável por diversas alterações nos padrões


fisiológicos e biopsicossocial. Diante disso, sabe-se que o envelhecimento está
associado há fatores negativos como a redução do estado funcional e do
aparecimento de doenças cardiovasculares e comorbidades como é o caso da
hipertensão arterial.
De acordo com MIRANDA (2016): “O envelhecimento populacional traz consigo
problemas de saúde que desafiam os sistemas de saúde e de previdência social.”
É preciso uma boa qualidade de vida durante todas as fases da vida para se ter
um envelhecimento saudável, tranquilo e livre de doenças e comorbidades, sempre
bom seguir uma boa dieta e praticar atividades físicas, também se faz necessário
cuidar da saúde mental, pois uma mente bem e saudável fará com que todo o
conjunto trabalhe melhor.
De acordo com a Revista de Saúde Pública de Tânia Benedetti (2008):
A demência e a depressão estão entre as principais causas de anos vividos com
incapacidades, por levarem à perda da independência e da autonomia. Outro aspecto é a
perda de interesse e/ou motivação para aderir as atividades físicas, culturais e sociais,
principalmente pelas pessoas que sofrem de depressão, que acarreta diminuição nas suas
atividades diárias, tornando-as mais sedentárias no lar e na sociedade. (BENEDETTI, 2008).

Dentre os diversos problemas de saúde que podem surgir durante a vida e na


velhice vale destacar a hipertensão arterial que atinge majoritariamente idosos, que
geralmente tem um estilo de vida ruim, sedentária e de má alimentação podendo
acarretar essa doença.
Segundo Wilson De Moraes (2012):
No Brasil, segundo pesquisa recente do Ministério da Saúde, a prevalência da HA é
superior a 50% na população idosa, o que a torna a doença crônica mais prevalente nesse
segmento da população. As projeções populacionais estimam que a população idosa
aumentará cerca de três vezes entre 2010 e 2030, passando dos atuais 13,2 milhões para 40
milhões de pessoas. Assim, nos próximos anos, teremos o desafio de conviver com um
número cada vez maior de pessoas idosas, e possivelmente hipertensas, corroborando a
necessidade de abordagens terapêuticas mais eficazes, tanto farmacológicas como não

farmacológicas. (MORAES, 2012).


Em relação aos tratamentos farmacológicos para hipertensão, consiste em por
meio de medicamentos diuréticos tentar reduzir e controlar a pressão arterial, a
dosagem faria de pessoa para pessoa dependendo do grau da elevação da pressão
pode ser de baixa ou alta dosagem.
9

Segundo Daiana Gewehr (2018):


A adesão ao tratamento de uma doença consiste em seguir o que foi proposto pelos
profissionais de saúde. No que se refere ao tratamento farmacológico, a não adesão significa
o abandono do uso dos medicamentos, sem orientação médica ou a execução de forma
irregular do tratamento, seja na prática de atrasar a tomada do medicamento ou de realizar
pequenas interrupções da terapêutica prescrita. A baixa adesão do tratamento é um dos
principais fatores para a persistência de valores elevados da PA. (GEWEHR, 2018)
Já os tratamentos não farmacológicos é uma forma alternativa de tratamento,
não medicamentoso, que busca por meio da alimentação saudável, controlar o
estresse, diminuir ou cessar o tabagismo e o consumo de álcool e o principal deles
seria a prática de exercício físico.
Segundo FILHO (2018): “A mudança do estilo de vida deve ser estimulada em
todos os pacientes hipertensos durante a vida, independente dos níveis de pressão
arterial.”
Dentre os exercícios físicos, vale destacar o método de treinamento funcional
aplicado por profissionais de educação física, que consiste em grupo de exercícios
dinâmicos e que trabalha diversos músculos do corpo ao mesmo tempo.
Para SILVA-GRIGOLETTO (2014): “A prescrição do treinamento funcional deve
fornecer a adequada “dose” de exercícios frente as possibilidades de resposta ao
estímulo e garantir adaptações ótimas em relação critérios de eficácia e
funcionalidade.”
10

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Qual o efeito do treinamento funcional na regulação da pressão arterial de
idosos hipertensos?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

 Verificar na literatura o efeito do treinamento funcional na regulação da pressão


arterial de idosos hipertensos.

1.2.2 Objetivos específicos

 A partir da literatura aplicar uma rotina de exercícios funcionais para


fortalecimento muscular e controle da pressão arterial;
 Acompanhar a variação da pressão arterial ao longo da aplicação do
treinamento funcional.

1.3 JUSTIFICATIVA
Com base na literatura mostrar os benefícios da prática regular do exercício
funcional no controle da pressão arterial. Muitos profissionais de Educação Física já
estudam maneiras de aplicar exercícios funcionais direcionados a hipertensos. Por
meio desses estudos entender o que é a hipertensão arterial e os fatores que
causam o aumento, sintomas e consequências.
E também a importância do exercício físicos e funcionais na prevenção e no
tratamento do hipertenso, os riscos do sedentarismo e da atividade mal prescrita ao
hipertenso.
Para assim, promover uma maior atenção no tratamento não farmacológico
para hipertensos para gerar um interesse na procura de praticar exercícios
funcionais e exercícios físicos.
11

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

O trabalho abordará a participação sob três eixos temáticos: 1) O processo de


envelhecimento; 2) A hipertensão em idosos e 3) Treinamento Funcional na
visão de autores sobre o tema:

2.1 Processo de envelhecimento

Segundo MINAYO e COIMBRA Jr (2002), existe uma necessidade de


desnaturalizar o fenômeno da velhice e considerá-la uma categoria social e
culturalmente construída.
Para BASSIT (2002), as contribuições de diferentes histórias de vida podem
estar pautadas no pressuposto de que o envelhecimento é uma experiencia
diversificada e sujeita às influências de diferentes contextos sociais, históricos e
culturais. Segundo o mesmo autor, os idosos tem representação muito mais positiva
sobre sua condição do que alguns especialistas em envelhecimento. Para ele, é
importante conhecer as necessidades e experiências de vida dos idosos com base
em seus próprios relatos, para verificar quais são os pontos de vista entre os
discursos dos idosos e dos outros em torno do processo de envelhecimento.

2.2 Hipertensão em idosos

Segundo QUEIROZ (2020), a hipertensão arterial sistêmica é caracterizada por


níveis elevados de pressão sanguínea nos vasos arteriais, fazendo com que o
coração o desempenhe um trabalho maior do que o normal. Uma vez que se trata de
doença crônica, ela não tem cura, mas exige controle através de tratamentos
contínuos, e faz parte da vida de muitos idosos.
Segundo BASTOS-BARBOSA (2012), a prevalência de hipertensão em idosos é
superior a 60%, e o diagnóstico correto e a persistência dos pacientes no
acompanhamento são fatores-chave muito importantes para atingir a meta de
tratamento e reduzir a morbimortalidade cardiovascular.
12

2.3 Treinamento Funcional

Segundo HEREDIA JR (2012), um treinamento para ser considerado


funcional deve contemplar exercícios selecionados tendo como critério a sua
funcionalidade e isto só é possível atendendo às cinco variáveis distintas da
funcionalidade: frequência adequada dos estímulos do treinamento; volume em
cada uma das sessões; a intensidade adequada; densidade, ou seja, ótima
relação entra duração do esforço e a pausa de recuperação e a organização
metodológica das tarefas.
De acordo com RESENDE-NETO (2016), o treinamento funcional (TF)
tem ganhado destaque e atraído um grande número de adeptos com a premissa
básica de proporcionar melhoria do sistema psicobiológico humano, a partir da
aplicação de exercícios integrados, multiarticulares e multiplanares direcionados
para o aprimoramento da habilidade de movimento, melhoria da força e
resistência muscular da região central do corpo (core), e aumento da eficiência
neuromuscular para as diferentes tarefas da vida diária.
PINHEIRO (2023), fala que cerca de 10 a 20% da população idosa é
considerada hipertensa resistente. Esse grupo específico não responde ao
tratamento farmacológico, dessa forma o exercício físico é indicado como
tratamento, tanto como controle da pressão arterial como para manutenção do
estado funcional.
13

3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Será realizado um estudo de natureza qualitativa, já que a pretensão não é


de quantificar os dados, mas analisá-los os sentidos e significados. Conforme
Minayo (2010) a pesquisa qualitativa:

Se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não


pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que
corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e
dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis (MINAYO, 2001).

Será realizada uma pesquisa bibliográfica para identificar estudos que


tratam do tema investigado. Esse tipo de pesquisa é elaborado por meio de
trabalhos já executados por outros autores, cujos interesses conferidos; eram os
mesmos. Gil (2010) aponta as suas vantagens afirmando que:

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir


ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais
ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta
vantagem se torna particularmente importante quando o problema de
pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. A pesquisa
bibliográfica também é indispensável nos estudos históricos. Em muitas
situações, não há outra maneira de conhecer os fatos passados senão
com base em dados secundários (GIL, 2010).

Para conhecer a produção do conhecimento acerca do efeito do treinamento


funcional na regulação da pressão arterial de idosos com hipertensão será realizado
um levantamento bibliográfico nas bases de dados eletrônicas vindo de artigos,
livros, internet, revistas cientificas e monografias que abordam o tema. Como
descritores para tal busca, serão utilizados: o PubMed, SciELO, Google Acadêmico
e os operados booleanos para interligação entre eles serão: AND e OR.

Os critérios de inclusão do uso dos artigos serão: 1) estudos publicados dentro


do recorte temporal de 2008 a 2021; 2) estudos com conteúdo dentro da temática
estabelecida; 3) artigos na Língua Portuguesa (ou outra língua); 4) artigos originais.
Os critérios de exclusão do uso dos artigos serão: 1) estudos indisponíveis na
íntegra; 2) estudos com erros metodológicos; 3) estudos repetidos.
14

4 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ANO 2023 MESES

ETAPAS FEV MAR ABR JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Revisão de Literatura X

Elaboração do Projeto X
de Pesquisa

Busca de artigos nas X X


bases de dados
Análise dos artigos X X
inclusos
Elaboração do artigo X

Entrega do artigo X

Avaliação do processo X
7

4. ORÇAMENTO

MATERIAL QUANTIDADE VALOR VALOR TOTAL


UNITÁRIO

Notebook 1 2.000,00 2.000,00

Smartphone 1 1.800,00 3.800,00

Pen-Drive 1 15,00 3.815,00

Total: 3.815,00

Obs.: Despesas às custas do pesquisador.


7

REFERÊNCIAS

BASSIT, A. Z. História de mulheres: reflexões sobre a maturidade e a velhice. In:


MINAYO, M.C.S.; COIMBRA JR, C.E.A. (Org.). Antropologia, Saúde e
Envelhecimento. Rio de Janeiro: ed. Fiocruz, 2002. Cap. 8, p. 175-189.

BASTOS-BARBOSA, Rachel G. et al. Adesão ao tratamento e controle da pressão


arterial em idosos com hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 99,
p.636-641, 2012.

BENEDETTI, Tânia R. Bertoldo et al. Atividade física e estado de saúde mental de


idosos. Revista de Saúde Pública, v. 42, p. 302-307, 2008.

DE PAFFER FILHO, Silvio Hock et al. Tratamento não-farmacológico da hipertensão


arterial sistêmica: Revisão narrativa. Anais da Faculdade de Medicina de Olinda, v.
1, n. 2, p. 87-91, 2018.

GEWEHR, Daiana Meggiolaro et al. Adesão ao tratamento farmacológico da


hipertensão arterial na Atenção Primária à Saúde. Saúde em debate, v. 42, p. 179-
190,2018.

Heredia JR, Isidro F, Peña G, Mata F, Da Silva-Grigoletto ME. Criterios básicos para
el diseño de programas de acondicionamiento neuromuscular saludable em centros
de fitnessLectEducFís DeportesB. Aires 2012; 17(170): 1-1.

MINAYO, M. C. S; COIMBRA JR, C. E. A. Entre a liberdade a liberdade e a


dependência (introdução). Antropologia, Saúde e Envelhecimento. Rio de Janeiro:
ed. Fiocruz. 2002.

MIRANDA, Gabriella Morais Duarte; MENDES, Antonio da Cruz Gouveia; SILVA,


Ana Lucia Andrade da. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e
consequências sociais atuais e futuras. Revista brasileira de geriatria e gerontologia,
v. 19, p. 507-519,2016
8

MORAES, Wilson M. De et al. Programa de exercícios físicos baseado em


frequência semanal mínima: efeitos na pressão arterial e aptidão física em idosos
hipertensos. Brazilian Journal of Physical Therapy, v. 16, p. 114-121, 2012.

PINHEIRO, Jenifer Kelly. Efeitos do treinamento funcional na pressão arterial


ambulatorial e aptidão física de pessoas idosas hipertensas resistentes: um ensaio
clínico randomizado. 2023.

QUEIROZ, MG; AQUINO, MLA de; BRITO, ADL; MEDEIROS, CCM; SIMÕES, MO
da S.; TEIXEIRA, A.; CARVALHO, DF de. Hipertensão arterial no idoso – doença
prevalente nesta população: uma revisão integrativa / Hipertensão arterial no idoso –
doença prevalente nesta população: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de
Desenvolvimento , [S. l.] , v. 4, pág. 22590–22598, 2020.

RESENDE-NETO, Antônio Gomes et al. Treinamento funcional para idosos: uma


breve revisão. Revista brasileira de ciência e movimento, v. 24, n. 3, p. 167-177,
2016.

Você também pode gostar