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devemos estar preparados para abordar. Sempre


lembrando que o sujeito é o paciente, sua crença, seus
princípios.
Associação histórica Oferecer um sistema de suporte que possibilite o
paciente viver tão ativamente quanto possível, até o
Termo Hospice – abrigos (Fabíola, discípula de
momento da sua morte
Jerônimo) que cuidavam de viajantes vindos da Ásia,
África e dos países do leste, no Hospício do Porto de Sermos facilitadores para a resolução dos problemas
Roma do nosso paciente é nosso dever e nossa
responsabilidade.
Somente na década de 1960, os códigos de ética
profissional passaram a reconhecer o enfermo como Oferecer sistema de suporte para auxiliar os
agente autônomo. familiares durante a doença do paciente e a enfrentar
o luto
Baseados no princípio bioético da autonomia do
paciente através do consentimento informado, A família, tanto a biológica como a adquirida (amigos,
possibilitando que ele tome suas próprias decisões, no parceiros, etc.), pode e deve ser nossa parceira e
princípio da beneficência e da não maleficência, os colaboradora
Cuidados Paliativos desenvolvem o cuidado ao
paciente visando à qualidade de vida e à manutenção Abordagem multiprofissional para focar as
da dignidade humana no decorrer da doença, na necessidades dos pacientes e seus familiares,
terminalidade da vida, na morte e no período de luto. incluindo acompanhamento no luto
O Cuidado Paliativo não se baseia em protocolos, mas A integração sugerida pelo Cuidado Paliativo é uma
sim em princípios. Não se fala mais em terminalidade, forma de observarmos o paciente sob todas as suas
mas em doença que ameaça a vida. dimensões e a importância de todos estes aspectos na
composição do seu perfil para elaborarmos uma
proposta de abordagem.
Princípios dos cuidados paliativos
Melhorar a qualidade de vida e influenciar
positivamente o curso da doença
Promover o alívio da dor e outros sintomas Com uma abordagem holística, observando este
desagradáveis paciente como um ser biográfico mais que um ser
simplesmente biológico, respeitando seus desejos e
Consiste na prescrição de medicamentos, adoção de
necessidades, melhorar o curso da doença e, segundo
medidas não farmacológicas e abordagem dos
a experiência de vários serviços de Cuidados Paliativos,
aspectos psicossociais e espirituais que caracterizam o
também prolongar sua sobrevida.
“sintoma total”, levando em conta diversos fatores que
influenciam na melhora ou piora dos sintomas Deve ser iniciado o mais precocemente possível,
juntamente com outras medidas de prolongamento
Afirmar a vida e considerar a morte como um
da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e
processo normal da vida
incluir todas as investigações necessárias para melhor
O Cuidado Paliativo resgata a possibilidade da morte compreender e controlar situações clínicas
como um evento natural e esperado na presença de estressantes
doença ameaçadora da vida, colocando ênfase na vida
Devem ser iniciados desde o diagnóstico da doença
que ainda pode ser vivida
potencialmente mortal. Uma boa avaliação embasada
Não acelerar nem adiar a morte nos exames necessários, além da definição da
capacidade funcional do paciente são indispensáveis
Enfatiza-se desta forma que Cuidado Paliativo nada
para a elaboração de um plano integral de cuidados,
tem a ver com eutanásia.
adequado a cada caso e adaptado a cada momento da
Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no evolução da doença
cuidado ao paciente

É mais este aspecto, o da transcendência, do


significado da vida, aliado ou não à religião, que
O comportamento empático envolve, entre outros:

 Manter contato com os olhos durante,


aproximadamente, 50% do tempo da interação;
A comunicação é um elemento fundamental na relação  Utilizar sorrisos;
humana e um componente essencial do cuidado. Nesse  Voltar o corpo na direção de quem fala e manter
sentido, o paciente sob Cuidados Paliativos deseja ser membros descruzados;
compreendido como um ser humano que sofre porque,  Utilizar, eventualmente, toques afetivos nos
além da dor física, possui conflitos existenciais e braços, mãos ou ombros.
necessidades que os fármacos ou os aparelhos de alta
tecnologia não podem suprir.
Ao cuidar de um paciente em fase terminal, uma das
Os pacientes que vivenciam a terminalidade esperam principais habilidades de comunicação necessária ao
que a relação com os profissionais de saúde seja profissional é a escuta.
alicerçada na compaixão, humildade, respeito e
empatia.

Espera-se que a comunicação ao final da vida permita: Estratégias para a comunicação

 Identificar o que pode aumentar seu bem-estar; Verbais Não verbais


 Melhorar as relações com os entes queridos; Repetir a informação
pausadamente, sempre Ouvir reflexivamente
 Conhecer os problemas, anseios, temores e
que for necessário
expectativas do paciente;
Utilizar clareza e
 Facilitar o alívio de sintomas de modo eficaz e sinceridade no que for Utilizar sorrisos
melhorar sua autoestima; dito
 Fazer com que o paciente se sinta cuidado e Verbalizar
acompanhado até o final. disponibilidade para o Identificar emoções e
cuidado e não sentimentos nas
abandono, expressões faciais do
A comunicação interpessoal é um processo complexo compreensão e outro
constituído por duas dimensões: a verbal e a não aceitação
verbal. Evitar a conspiração de
Verbal → ocorre por meio de palavras, com o objetivo silêncio (não evitar falar
Manter contato visual
sobre o assunto doença/
de expressar um pensamento, clarificar um fato ou
terminalidade)
validar a compreensão de algo
Oferecer reforços Atentar para as reações
Não verbal → permite a demonstração e compreensão positivos: elogie as que você provoca no
dos sentimentos nos relacionamentos interpessoais. É conquistas do outro outro
o tom de voz, jeito de falar, gestos, etc Estabelecer, junto com o Atentar para sua própria
paciente, metas e aparência física
Subdivisão da comunicação não verbal planos de ação para (vestuário adequado,
atingi-las asseio).
 Paralinguagem: o modo como se fala, a entonação,
etc
 Cinésica: é a linguagem corporal (gestos, Como comunicar notícias ruins?
expressões faciais, olhar, etc) Embora a maioria dos pacientes queira saber a respeito
 Proxêmica: diz respeito ao uso que o homem faz de sua condição de saúde, os mesmos também têm o
do espaço físico dentro do processo de direito de não querer receber informações a este
comunicação respeito. As más notícias podem ser, por exemplo:
 Características físicas: pessoa limpa, arrumada informar o diagnóstico de uma doença sem
 Fatores do meio ambiente: se é calmo possibilidades de cura, a piora irreversível do quadro
 Tacêsica: toque ao falar com o paciente, etc ou mesmo comunicar a morte para os familiares.
Assim, tanto o comportamento verbal quanto o não Nesse contexto, é essencial a adequada percepção e
verbal do profissional deve demonstrar empatia e interpretação dos sinais não verbais do paciente, pois
transmitir segurança. são eles que vão permitir a identificação do estado
emocional do paciente e permitir ao profissional Verbalize a disponibilidade para
perceber até onde ir naquele momento. o cuidado e o não abandono.
Deixe claro como e onde
Ao comunicar notícias difíceis, é importante que o encontrá-lo, se necessário.
profissional mostre atenção, empatia e carinho com
seu comportamento e sinais não verbais.
Ações comunicativas

Estratégias para a comunicação progressiva de


notícias difíceis Uma das necessidades mais proeminentes da família é
o estabelecimento de uma comunicação clara, honesta
e mais frequente com os membros da equipe que
Etapas Estratégias cuidam do paciente. Os familiares desejam sentir-se
Escolha o local, de preferência úteis no cuidado de seu ente, entender o que está
onde haja acomodações para sendo feito por ele e o porquê, ser informados acerca
Prepare-se para de mudanças nas condições clínicas e proximidade de
sentar.
comunicar morte, ser assegurados do conforto do paciente, poder
Cuide da privacidade.
Reserve tempo para a conversa. expressar suas emoções, ter seus sentimentos
Utilize perguntas abertas: O que compreendidos e ser confortados, encontrar algum
você sabe sobre sua doença? O significado na perda da pessoa amada.
que você teme sobre sua
Descubra o condição?  Presença mais frequente.
quanto o Atente aos sinais não verbais do  Verbalização de disponibilidade, compaixão e
paciente sabe, o paciente durante suas respostas. pesar pela perda.
quanto quer ou Identifique sinais de ansiedade  Perguntar o que ela precisa ou o que você pode
aguenta saber extrema ou sofrimento fazer para ajudá-la naquele momento.
exacerbado, avaliando as  Respeitar crenças, rituais e expressão de
condições emocionais do
sentimentos; se puder participar junto.
paciente.
 Utilizar o toque afetivo.
Informe com tom de voz suave,
porém firme, utilizando Os objetivos específicos do trabalho do profissional no
vocabulário adequado à processo de luto familiar são correspondentes às
compreensão do outro. quatro tarefas: aumentar a realidade da perda; ajudar
Seja claro e faça pausas para que a pessoa a lidar com afetos manifestos e latentes;
o paciente tenha oportunidade
ajudar a pessoa a superar obstáculos para se reajustar
Compartilhe a de falar.
depois da morte e encorajar a pessoa a dizer “adeus”
informação Valide a compreensão, fazendo
perguntas curtas. adequado e sentir conforto ao reinvestir novamente na
Utilize o toque afetivo e a vida sem se esquecer da pessoa.
proximidade física.
Verbalize compaixão e
solidariedade ao sofrimento do
outro.
Permaneça junto do paciente.
Permita e estimule a expressão
Acolha os de sentimentos (de modo verbal De acordo com a OMS, todos os pacientes portadores
sentimentos e/ou não verbal). de doenças graves, progressivas e incuráveis, que
Verbalize disponibilidade para ameacem a continuidade da vida deveriam receber a
ouvi-lo. abordagem dos Cuidados Paliativos desde o seu
Fale concisamente sobre os
diagnóstico.
sintomas, possibilidades de
Planeje o tratamento e prognósticos. Os cuidados paliativos são indicados para aqueles
seguimento Estabeleça, junto com o pacientes que esgotaram todas as possibilidades de
paciente, metas a curto e médio tratamento de manutenção ou prolongamento da vida,
prazo e ações para atingi-las. que apresentam sofrimento moderado a intenso e que
optam por manutenção de conforto e dignidade da  Visitas frequentes ao atendimento de emergência
vida. (mais de 1 vez no mês pelo mesmo diagnóstico)
 Mais do que uma admissão hospitalar pelo mesmo
Para indicar adequadamente os CP, é importante
diagnóstico nos últimos 30 dias
avaliar o prognóstico do paciente e seu tempo de vida.
 Internação prolongada sem evidência de melhora
Os CP são indicados para pacientes dependentes em  Internação prolongada em UTI
determinadas atividades como incapacidade para se  Prognóstico reservado documentado pela equipe
locomover, alimentar-se e incontinências. médica

Critérios de terminalidade e de CP de doenças base

Qualquer paciente com câncer


Câncer
Como medir o declínio funcional e clínico? metastático ou inoperável
Sintomas de insuficiência cardíaca
Existe uma escala de performance status de Karnofsky,
congênita durante o repouso
na qual pacientes com um valor inferior a 70% tem FE <20%
indicação precoce de assistência de cuidados Doenças
Uma nova disritmia
paliativos. Cardíacas
Ataque cardíaco, síncope ou AVC
Idas frequentes ao PS devido aos
Escala de Performance Paliativa (PPS)
sintomas
Sem sinais ou queixas, sem evidência de Dispneia durante o repouso
100% Sinais ou sintomas de insuficiência
doença
Mínimos sinais e sintomas, capaz de realizar Doenças cardíaca direita
90% Pulmonares Saturação de O2 < 88%
suas atividades com esforço
Sinais e sintomas maiores, realiza suas P CO2 > 50
80% Perda de peso não intencional
atividades com esforço
Cuida de si mesmo, não é capaz de Incapacidade para andar
70% Incontinência
trabalhar.
Necessita de assistência ocasional, capaz de Menos de seis palavras inteligíveis
60% Demência
trabalhar Albumina < 2,5 ou menor ingestão
Necessita de assistência considerável e por via oral
50% Idas frequentes ao PS
cuidados médicos frequentes
40% Necessita de cuidados médicos especiais TP > 5 segundos
Extremamente incapacitado, necessita de Albumina < 2,5
30% hospitalização, mas sem iminência de Ascite refratária
Doenças
morte Peritonite bacteriana espontânea
Hepáticas
20% Muito doente, necessita de suporte. Icterícia
Desnutrição ou perda de massa
10% Moribundo, morte iminente.
muscular
Não candidato à diálise
Indicações de cuidados paliativos segundo as Doenças Depuração da creatinina < 15
condições do paciente Renais ml/minuto
Creatinina sérica > 6,0
 Paciente não é candidato à terapia curativa Idas frequentes ao PS
 Paciente tem uma doença grave e prefere não ser Albumina < 2,5
Síndrome da
submetido a tratamento de prolongamento da Perda de peso não intencional
Fragilidade
vida Úlceras de decúbito
 Nível inaceitável de dor por mais de 24 horas Confinamento ao leito/ ao domicílio
 Sintomas não controlados (náusea, dispneia,
vômitos, etc.) Obs.: todo paciente na fila de espera para transplantes
 Sofrimento psicossocial e/ou espiritual não deve ser indicado para tratamento com CP.
controlado
Indicações de cuidados paliativos em UTI  Demência avançada por SIDA;
 Toxoplasmose e Insuficiência cardíaca congestiva
sintomática ao repouso.
 Admissão proveniente de Instituição de Longa
permanência de paciente portador de uma ou mais
condições crônicas limitantes (por exemplo, Nas doenças neurológicas
demência)
 Duas ou mais admissões na UTI na mesma
internação Neurologista → avaliação, diagnóstico e manejo da
 Tempo prolongado de ventilação mecânica ou doença neurológica
falha na tentativa de desmame
Fisiatra → coordena a terapia, o equipamento e as
 Falência de múltiplos órgãos
ações de suporte social e psicológico durante a fase
 Paciente candidato à retirada de suporte
entre diagnóstico e a morte, sem o intuito de realizar o
ventilatório com possibilidade de óbito
trabalho dos profissionais específicos
 Câncer metastático
 Encefalopatia anóxica Médicos de cuidados paliativos → são os responsáveis
 Sofrimento familiar que comprometa a tomada de pelas recomendações dos cuidados terminais, manejo
decisões do processo de morte e luto, que é realizado por ele e
por todos os profissionais da equipe.

HIV
Indicação de CP em pacientes com AVE
Os pacientes com SIDA estarão na fase terminal da sua
doença se: (2)
 Escala de Performance Paliativa – PPS menor ou
1. CD4 + <25 células / mcl igual a 40% como descrito abaixo;
 Grau de deambulação: permanece principalmente
2. Carga viral persistente > 100.000 cópias / ml
na cama;
 Associado com qualquer uma das situações abaixo  Atividade / extensão da doença: incapaz de
 Linfoma de SNC; trabalhar;
 Perda de 33% de massa corporal magra;  Incapacidade para autocuidado;
 Bacteremia por Mycobacterium avium (não  Ingesta alimentar e hídrica diminuída;
tratada, que não responde ao tratamento, ou  Estado de consciência: sonolento / confuso;
tratamento recusado);  Perda de peso > 10% durante 6 meses anteriores;
 Leucoencefalopatia progressiva multifocal;  Perda de peso > 7,5% nos últimos 3 meses;
 Linfoma sistêmico, com doença avançada pelo HIV  Albumina sérica < 2,5 g / dl;
e resposta parcial a quimioterapia;  História atual de aspiração pulmonar, sem resposta
 Sarcoma de Kaposi visceral não responsivo à efetiva das intervenções fonoaudiológicas.
terapia;
 Insuficiência renal que não é elegível ou não deseja
diálise;

Paciente com HIV, sem critérios de terminalidade como


os descritos acima, devem receber recomendação para
Cuidados Paliativos quando: O objetivo principal do Cuidado Paliativo é “a melhora
 Diarreia persistente por um ano; da qualidade de vida de pacientes e familiares” e é
 Albumina sérica menor do 2,5; realizado através “da prevenção e alívio de sofrimento
 Uso persistente de drogas ilícitas; físico, psíquico, social e espiritual”. Desse modo, existe
uma abordagem que considera 4 esferas: a física,
 Idade > 50 anos;
social, psíquica e espiritual.
 Ausência de terapia retroviral, quimioterapia e
outras medicações relacionadas à profilaxia da
doença por HIV;
Diagrama de abordagem multidimensional (DAM) coloque em risco a integridade física e emocional do
paciente.
Nasceu diante do desafio de abordar os vários aspectos
do sofrimento humano e da necessidade de manter o
foco em objetivos claros que possam aliviar e preparar
Abordagem: obter dados socioeconômicos sobre
o paciente e sua família durante o processo de morte.
paciente e família no que se refere a composição
familiar, escolaridade, profissão e situação
previdenciária (se aposentado, pensionista ou em
a) Dimensão física
auxílio-doença) e local de moradia.
É o acompanhamento clínico do paciente e sua família.
Obs.: em alguns casos é imprescindível fazer
Seus objetivos são: controle de sintomas, manutenção
abordagens mais delicadas em um primeiro
de funcionalidade, alocação adequada de recursos,
atendimento, enquanto que em outros é mais
definição de diretrizes avançadas, não prolongamento
produtivo esperar o momento propício
artificial de vida, além de uma morte digna e pacífica.

Obs.: esses objetivos devem ser buscados à luz das


necessidades e desejos do paciente e seus familiares Esfera de reconhecimento dos sofrimentos e atitudes
da equipe

É de extrema importância buscar soluções para o que


Identificação do paciente:
se apresenta: agilizar formulação de relatórios e
Saber a anamnese, identificação do paciente, ter organização de documentos com vistas à obtenção de
ciência do diagnóstico e do prognóstico pelo paciente benefícios condizentes aos direitos adquiridos pelo
e sua família paciente (auxílio doença, por exemplo) e abordar
questões ainda não resolvidas, como tratamentos que
Buscam-se os sofrimentos presentes e futuros do causam angústia. Além disso, a família deve ter
paciente/ família/equipe e suas possíveis causas. informações precisas a respeito do que fazer assim que
A conduta da equipe nesta esfera é de busca ativa de ocorre o óbito.
sinais e sintomas

c) Dimensão psíquica
Condutas: Cabe ao psicólogo da equipe o papel de aproximar-se
A proporcionalidade dos tratamentos deve ser avaliada da dimensão afetiva do paciente, oferecendo-lhe um
em conjunto com paciente e/ou família, levando-se em lugar de escuta, na busca pela adaptação possível,
conta a fase da doença, status funcional do paciente e tendo como principais objetivos: resgatar e reforçar
busca de qualidade de vida. A abordagem mecanismos de enfrentamento (coping), ressignificar
multiprofissional, através de técnicas não mágoas, medos e culpas, possibilitar a aceitação e
farmacológicas, são atitudes eficazes e de baixo risco a atribuição do significado pessoal ao adoecimento e
serem utilizadas. morte, bem como identificar e atuar sobre fatores de
risco patológico.
Após a discussão, sugere-se a realização de um
relatório médico contendo diagnóstico e prognóstico, Esfera de reconhecimento dos sofrimentos
ciência destes pelo paciente/família e a opção por As fontes mais comuns de sofrimento são: conspiração
tratamento que priorize alívio de sintomas e conforto. do silêncio não aceitação do diagnóstico ou do
prognóstico da doença, culpas e preocupações, medo
de morrer, ausência de significado de vida, abandono
b) Dimensão social e familiar dos planos e sonhos, ansiedade e depressão.
A análise enfoca sempre o binômio paciente e família. Esfera das atitudes da equipe
É importante ressaltar que nesta perspectiva não
consideramos obrigatória a presença da família ou do É primordial que o psicólogo trabalhe próximo à equipe
cuidador em todas as intervenções, desde que isto não sinalizando a dinâmica afetivo-emocional do paciente
e familiar em cada momento do processo de
adoecimento. Existem 4 estágios vistos durante os
cuidados paliativos: negação, raiva, depressão, A dor pode ser ainda classificada quanto aos
barganha e aceitação. As intervenções psicológicas são mecanismos fisiopatológicos em dor nociceptiva,
feitas em diferentes formatos, de maneira dinâmica, a neuropática e mista. Na nociceptiva, as vias
partir das necessidades de quem precisa ser cuidado nociceptivas se encontram preservadas, como na dor
do ponto de vista emocional: paciente, cuidador e somática e na dor visceral. Já na neuropática, as vias
equipe. nociceptivas apresentam alterações na estrutura e ou
função, resultante de lesão seletiva do trato
neoespinotalâmico. Quando se trata da dor mista,
d) Dimensão espiritual e religiosa temos como principal a dor oncológica.

A espiritualidade é considerada no Cuidado Paliativo A percepção corporal da dor é denominada


uma dimensão vital e o sofrimento espiritual uma nocicepção. Considerando a dor como um sistema
questão médica que deve ser abordada como qualquer complexo, didaticamente pode ser dividido em quatro
outra. componentes: nociceptores, tratos nociceptivos
ascendentes, centros mais elevados no SNC e sistemas
Esfera central: identificação do paciente inibitórios descendentes da dor.
São objetivos dessa dimensão: estar em paz com o
Criador, receber o perdão de Deus, receber os ritos de
sua tradição, encontrar uma síntese espiritual de vida Tipos e características da dor
e o sentimento de transcendência.
Tipo Subtipos Características Exemplos
Constante,
muito bem Osteoartrose,
Importante localizada, que artralgia,
Noci
se exacerba Metástase
O sofrimento existencial se caracteriza pela ausência cepti Somática
com óssea,
de significado para a vida terrena, enquanto o va
movimentos e infiltração de
sofrimento espiritual caracteriza-se pela ausência de alivia com o tecidos moles
percepção de uma realidade transcendente à vida repouso
material. Já o sofrimento religioso ocorre pelo Câncer ou
descumprimento de obrigações para com a religião ou (1) Em aperto
metástases
ao “Deus” professado por essa religião. Diferenciar tais ou com
abdominais.
sensação de
sofrimentos pode nos ajudar a entender melhor qual é Infiltração
pressão.
a verdadeira necessidade do paciente e auxiliá-lo. Visceral visceral pós-
Frequentemen
quimioterapi
te mal
a (cistite
localizada e
hemorrágica,
Portanto, a abordagem em Cuidados Paliativos deve referida
mucosite)
ser realizada preferencialmente em equipe
2)
multiprofissional, adequadamente treinada e com foco
Intermitente,
no sofrimento do paciente, sua família e equipe cólica
responsável pelo caso. Tumores que
associada a
cursam com
reações
obstrução de
autonômicas
vísceras ocas
(náuseas,
do TGI
sudorese)
pobremente
localizada
Existem três tipos de dor: (a) Aguda com uma duração Neur Dor do
previsível, sendo autolimitada e facilmente (1)
opáti Central membro
diagnosticada (ex.: dor pós-operatória e trauma), (b) Deaferentação
ca fantasma
Crônica Oncológica e (c) Crônica Não Oncológica Síndrome
caracterizada por uma duração indeterminada e não (2) Disfunção Complexa
autolimitada associada à inflamação tecidual Autonômica Regional tipo
persistente (ex.: dor por osteoartrite). I e II
Neuropatia sentido, as equipes multiprofissionais dedicadas aos
diabética, Cuidados Paliativos devem estabelecer precocemente
(1) neuropatia vias de comunicação clara para esta avaliação, dado o
Periférica Polineuropatia pós- caráter progressivo, individual e multidimensional
s quimioterapi (sensitivo-descriminativo; afetivo-emocional e
ae comportamental) da dor crônica.
radioterapia
Invasão de A estratégia de base científica em Cuidados Paliativos
(2) plexo para a avaliação e controle adequado da dor se resume
Mononeuropa braquial, na sigla “EEMMA”: Evolução, Explicação da causa,
tias neuralgia Manejo terapêutico, Monitorização do tratamento e
trigeminal. Atenção aos detalhes.

Os centros mais elevados do SNC estão envolvidos na


discriminação da dor, incluindo componente afetivo da Evolução da dor
dor, componentes relacionados à memória e controle
Devem-se identificar quatro aspectos básicos na
motor relacionado à resposta imediata aversiva aos
evolução: (1) a causa da dor, (2) o mecanismo da dor,
estímulos dolorosos.
(3) os fatores não físicos envolvidos com a expressão
de dor, e (4) a discriminação detalhada da dor.

Dor nociceptiva

A sensibilidade do nociceptor não é fixa, e sua ativação, Avaliação clínica da dor


seja por estimulação repetida ou pela presença de
Objetivamente durante a anamnese e o exame físico,
mediadores inflamatórios provoca a sensibilização dos
deve-se buscar a discriminação detalhada da dor,
neurônios periféricos, ocorrendo a denominada
como: localização, duração, irradiação, intensidade,
hiperalgesia primária, a qual é acompanhada de
fatores temporais, fatores de agravamento e alívio,
alodínea termomecânica, ou seja, dor no local da lesão
grau de interferência nas atividades diárias (sono e
evocada por estímulos térmicos ou mecânicos que não
relação interpessoal) e na capacidade funcional, além
são suficientes para desencadear a sensação dolorosa
da resposta prévia a fármacos.
nos locais sadios. Como resultado, os estímulos
mecânicos não dolorosos, como o toque, por exemplo,
passam a ser dolorosos.
Exame físico e exames complementares

O exame físico tradicional deve ser direcionado,


Dor neuropática salientando a avaliação osteomuscular e funcional,
onde os principais grupamentos musculares e
Pode ocasionar hipersensibilidade e atividade neural
articulações serão avaliados sistematicamente quanto
aberrante espontânea a uma variedade de estímulos.
à amplitude de movimentos, força e presença de sinais
Sinais clínicos da dor neuropática periférica: patológicos. A investigação da sensibilidade é
hiperalgesia primária, dor em queimação, disestesias, fundamental pois, a presença de fenômenos positivos
parestesias e alodínea termomecânica. (alodínea mecânica e térmica ao frio, hiperpatia,
hiperalgesia mecânica e sinais de irritação radicular) ou
Sinais clínicos da dor neuropática central: hiperalgesia negativos (hipoparestesia, hipoalgesia e hipoestesia
secundária, alodínea e “dor mantida pelo simpático” tátil e térmica ao frio) sobre a área de dor, em território
topograficamente relacionado a uma lesão do sistema
somatossensitivo é à base do diagnóstico da dor
Avaliação estratégica para o controle da dor neuropática e deve der pesquisado em todos os
A dor é o que o paciente refere e descreve. Portanto, pacientes com dor.
na avaliação da dor, a possibilidade de o paciente A avaliação funcional auxilia na detecção do impacto
discorrer sobre ela mediante a um autorrelato, é o funcional da doença, como também da sua evolução.
ponto de partida para o diagnóstico, implementação Os exames de imagem e neurofisiológicos no paciente
terapêutica e posterior avaliação de sua eficácia. Nesse com dor servem para evidenciar o comprometimento
do sistema somatossensitivo, fundamental para
diagnóstico de dor neuropática, assim como a
cintilografia óssea é essencial para o diagnóstico de dor
óssea nociceptiva. De uma forma geral, a avaliação do
paciente com dor deve ser ampla no sentido de
abordar todas as causas potenciais de dor e detalhada
para identificar peculiaridades das diferentes
populações que sofrem com dor.

Indicações de sedação paliativa


Sedação Paliativa é a administração deliberada de
fármacos em doses e combinações necessárias para A maior indicação da sedação paliativa são os sintomas
reduzir o nível de consciência, com o consentimento do refratários. Os sintomas refratários mais comuns
paciente ou de seu responsável, e que tem como relatados na literatura são: delírio agitado, dispneia e
objetivo o alívio de um ou mais sintomas refratários em dor.
pacientes com doença avançada terminal. Deve-se atentar às possíveis situações clínicas:
Obs.: sedação paliativa se faz com drogas sedativas e
não com drogas analgésicas ou coquetel de drogas
aleatórias. Não se deve usar meperidina (Dolantina®), 1. Doença avançada terminal com sintomas
pelo seus vários efeitos colaterais e poder analgésico refratários
baixo; não se usa soro “M1”, “M2”, etc. Nessa situação, a equipe de saúde deve ser capaz de
O objetivo neste momento é diminuir o estresse explicar ao paciente e aos seus familiares, de uma
mental do paciente causado pela sensação de maneira compreensível, razoável e sensível, o que está
sufocamento e pela ansiedade gerada pela perda de acontecendo; da necessidade de uma mudança de
controle da situação. estratégia de tratamento e obter um consentimento
para o procedimento.

Considerações éticas
2. Quadro agudo ameaçador da vida em tempo
 Sedação paliativa → uso de sedativos que aliviem curto
o sofrimento intolerável causado por sintomas
refratários Esses pacientes necessitam ser sedados mais
 Eutanásia → provocar a morte mediante a rapidamente. O tempo urge, e é mais difícil conseguir
administração de medicamentos letais, a pedido um consentimento, porém deve-se tentar obtê-lo.
do paciente
 Suicídio assistido → o médico prove os meios
(medicação, prescrição, informação) ou outras 3. Morte iminente com sofrimento intenso
formas de intervir no nível de consciência para o A intenção neste caso, quando há sofrimento intenso
paciente cometer o suicídio. associado, é propiciar uma morte mais tranquila e
digna.

Classificação da sedação paliativa

Sua classificação é baseada em objetivo, Medicações utilizadas


temporalidade e intensidade. O nível de sedação deve Os principais sedativos utilizados são:
ser titulado em função de cada paciente e do alívio do
seu sintoma ou estresse (sedação proporcionada).  Benzodiazepínicos: midazolam, diazepam,
lorazepam
 Neurolépticos: levomepromazina, clorpromazina, Importante!
haloperidol
 Cada paciente deve receber o sedativo e a dose
 Barbitúricos: fenobarbital
adequados para paliar o seu sintoma refratário
 Anestésicos: propofol, ketamina
específico
O midazolam é o sedativo mais frequentemente  Visa primariamente sedar o sintoma refratário e
referido na literatura para indução de sedação paliativa não o paciente não usar dolantina
e, dentre os benzodiazepínicos, é o mais utilizado. A  Em delírio agitado refratário, o sedativo inicial
levomepromazina é a droga neuroléptica mais citada deve ser um neuroléptico em doses progressivas;
na literatura, porém a clorpromazina é mais utilizada somente associar o midazolam nos casos de
no Brasil, em função de ser disponível aqui sua sedação difícil
aplicação IV e SC.

Sedação paliativa da dispneia refratária → associar


midazolam e morfina

Delírio agitado refratário → uso de neuroléptico Como avaliar sintomas respiratórios?


(clorpromazina) e, em casos de efeito paradoxal, 1. É fundamental avaliar não só a intensidade
associar ao midazolam (pequena, média ou grande), mas também as suas
Dor refratária → opioide (morfina) com midazolam e, características, desencadeantes, ritmo de
nos casos de efeito paradoxal ao benzodiazepínico ou evolução, fatores de melhora e piora além da
de sedação difícil, adicionar um neuroléptico doença que leva ao sintoma.
(clorpromazina) 2. É necessário que o paciente entenda o que ocorre
de forma que ele seja parceiro do médico e da
Recomenda-se iniciar com a dose mínima do sedativo, equipe no controle dos sintomas
suficiente para paliar o sintoma, ajustando-a conforme 3. Corrigir o que é passível de ser corrigido
as reavaliações periódicas. A via subcutânea (SC) é 4. Atenção aos detalhes
sempre mais cômoda e prática, caso o paciente não
tenha acesso venoso.
Dispneia
A sedação paliativa intermitente pode ser realizada no
domicílio (benzodiazepínico, neuroléptico) por via oral É o sintoma mais comum em pacientes predispostos
(VO) ou SC. Nos casos de sedação contínua e profunda, aos cuidados paliativos
é recomendado que esta seja realizada em ambiente
hospitalar pela necessidade da titulação das drogas e
de reavaliações clínicas frequentes.

As prioridades e o foco no atendimento para controle


de dispneia dependem de etapas distintas da doença

 Sintomas predominantemente aos esforços:


significa menor tempo de evolução da doença. O
mais importante são medidas específicas para o
tratamento da doença de base e a remoção de sintomas respiratórios, inclusive se refratários a
causas reversíveis. O uso de medidas paliativas medidas clínicas voltadas para a causa de base, sendo
exclusivas nesse caso assume importância relativa considerados medicação segura para o controle de
menor. dispneia em pacientes em fase avançada da doença.
 Sintomas predominantes ao repouso: representa
a doença já em processo de evolução na qual a
funcionalidade do paciente em geral já é
comprometida. Nessa situação, tanto as condutas
voltadas para o tratamento da doença de base
como a existência de causas reversíveis passam a
ter importância menor, dando lugar a um
significativo aumento da importância das medidas
paliativas na composição das ações destinadas ao
controle dos sintomas
 Doença em fase de terminalidade: o paciente está
com sua funcionalidade bem diminuída. Nesse
caso, toma importância vital as medidas de caráter
puramente paliativo.

Benzodiazepínicos
Opioides
O midazolan pode ser utilizado em doses baixas, como
Apresentam potencial efeito de depressão
em torno de 5 a 10mg em 24 horas, nos casos de o
respiratória, embora esse efeito seja infrequente.
componente emocional do sintoma ser marcante
Assim, o que se recomenda para tratamento da
dispneia em casos leves e em pacientes virgens de
tratamento é o uso de codeína na dose de 30mg via Oxigênio
oral a cada 4 horas.
Não é necessário muitas vezes que se coloque oxigênio
Para pacientes com dispneia grave e virgens de nasal. Abrir uma janela, deixar o doente em lugar
tratamento, as doses eficazes são extremamente arejado e fresco ou mesmo o uso de um ventilador
individuais. Sugere-se: sulfato de morfina 5mg VO 4-4 frequentemente tem um efeito positivo que pode ser
horas, doses baixas (10 a 30mg) de morfina de explicado por serem, esses receptores, responsivos ao
liberação lenta 1x/d ou até outros opioides (Fentanyl) contato mecânico do ar com o rosto, diminuindo a
sensação subjetiva de dispneia. O uso de oxigênio é
preconizado para as agudizações não responsivas a
outros tratamentos e quando a saturação de oxigênio
fica abaixo de 90%.

Ventilação não invasiva (VNI) e medidas não


farmacológicas

Não foi estabelecida comprovação da eficácia de VNI


no controle da dispneia.

Tosse

O tratamento se baseia em drogas que atuem nos


receptores de tosse espalhados por toda via aérea
Os opioides por via oral ou parenteral são medicações superior, árvore brônquica, diafragma, membrana
de uso reconhecidamente aprovado em controle de timpânica, seios paranasais, vasos pulmonares,
pleuras, etc., que iniciam a condução do estímulo até o desconforto muito grande. Pode-se conseguir redução
centro da tosse, no tronco cerebral. da quantidade de secreções com o uso de
corticosteroides, cuja ação é melhor nos pacientes com
asma do que com câncer, antibióticos macrolídeos
como eritromicina.

As diretivas antecipadas de vontade (DAV) constituem


um gênero de manifestação de vontade para
tratamento médico, do qual são espécies o testamento
vital e o mandato duradouro.

Esta declaração, onde ele diz quais tratamentos deseja


Os opioides são as drogas que apresentam melhor
ou não receber em momentos em que estiver
efeito antitussígeno no câncer, sendo os mais
incapacitado de se expressar, são as diretivas
disponíveis no Brasil. Podem também ser usados
antecipadas de vontade (DAV), aprovadas como
anestésicos locais, de forma inalatória.
oficiais pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) do
Brasil em 2012, por meio da resolução CFM nº
1.995/2012.

O documento também pode ser apenas uma indicação


de quem deve falar por ele nesses momentos, como
um representante, e sempre deve estar junto ao
prontuário do paciente. Segundo a resolução do CFM,
o médico deve seguir como desejado pelo paciente ou
por seu representante, independente do que outras
pessoas (amigos ou familiares, por exemplo) possam
querer.

Características fundamentais

 As DAV podem ser feitas por qualquer pessoa com


mais de 18 anos que seja legalmente capaz de
exercer a cidadania.
 No documento podem conter os tratamentos que
deseja ou não deseja, assim como outros assuntos
como: valores pessoais, doação de órgãos e
destino do corpo.
 O ideal é que o documento seja feito junto de um
Hipersecreção das vias aéreas médico, para orientação de termos técnicos e do
que seria importante conter, mas é muito
Do ponto de vista não farmacológico, é possível um importante que o profissional não opine sobre as
trabalho integrado com o fisioterapeuta com o uso de escolhas do paciente.
técnicas para adequar o posicionamento da cabeça e  Não é necessário que o documento seja feito por
da via aérea para facilitar drenagem de secreções,
alguém da área jurídica, nem mesmo aprovado por
evitando acúmulo e consequente piora do desconforto um advogado. O paciente pode apenas escrever e
além de respiração ruidosa. O controle apropriado de entregar para o médico, que deve anexar ao
secreções pesando sempre se o uso de aspiração de prontuário.
vias aéreas é apropriado já que se trata de
procedimento doloroso e que traz, em geral, um
 As DAV podem ser revistas e alteradas a qualquer
momento, desde que o paciente esteja pleno de
suas capacidades no momento da alteração.
 É importante lembrar que a eutanásia não é uma
opção, já que, no Brasil, é considerado crime. Por
isso, é sempre ideal acompanhar a elaboração da
documentação do paciente, para orientar sobre
essa e outras questões que possam surgir que
contrariem ou a leis ou ao Código de Ética Médico.

Caso o paciente não tenha as DAV e os familiares


estiverem discordando da decisão, a equipe médica
pode discutir o caso e levar ao Comitê de Bioética da
instituição ou à Comissão de Ética Médica do hospital.
Em situações que não foi possível chegar a nenhuma
conclusão, ainda é possível levar aos Conselhos
Regional e Federal de Medicina para fundamentar a
decisão.

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