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Semiologia Geriátrica

Prof. Ms Belisio Neto,MD


Geriatra titular da SBGG/AMB
CRM-5546/RQE-2483
Elementos

Exame
Anamnese AGA
físico
Cenários
 Ambulatório
 Enfermaria
 ILPI
 Domicílio
 Emergência
 UTI
Atitudes Negativas
 Histórias longas
 Queixas vagas
 Tempo longo para despir-se, vestir-se
 Dificuldades de locomoção
 Dificuldades para estabelecer
diagnóstico
 Prognóstico menos positivo
Atitudes Positivas
 Pacientes cooperativos, estabelecem
boa relação
 História rica, ligação do nosso passado
com nosso futuro
 Problemas clínicos são desafiadores
 Sucesso mais compensador
APRESENTAÇÃO CLÍNICA

ALTERAÇÕES DOENÇA
RELACIONADAS
AO ENVELHECIMENTO
Fenômeno do “ Icebeg”
Variabilidade do "normal"

 Amplo espectro do que chamamos "normal"


 Senescência x Senilidade
 Riscos para eventos mórbidos futuros
 Genética
 Estilo de Vida
 Dieta
 Exercício
 Condições econômicas, sociais, familiares
Princípios da Avaliação
 Apresentação Atípica de doenças
 Sintomatologia sutil e por vezes não
relatada
 Sintomas de etiologias multifatoriais
(Um sintoma é geralmente de várias
causas, não só de uma única doença)
 Multimorbidade x Polipatologia
Princípios da Avaliação

 Auto-percepção da saúde
 Tendência a subestimar problemas
 Atribuir problemas ao envelhecimento
 Comparações com o meio
 Idoso na comunidade
 Idoso na instituição
 Atribuição de sintomas às causas externas
Princípios da Avaliação
 Sintomas não relatados
 Atribuição de sintomas à idade
 "nada sério“, "não queria perturbar"

Insuficiência cardíaca Neoplasias


Problemas visuais e auditivos Deficiências nutricionais
Tuberculose Problemas nos pés
Disfunções urinárias Diabete não controlada
Anemia Problemas orais
DPOC Demência
Claudicação intermitente Depressão
Princípios da Avaliação

 "Pessoas idosas doentes estão


doentes porque estão doentes e
não porque estão idosas"
 Rupturas súbitas na função devem
ser avaliadas como doenças
 Maioria das queixas têm base
orgânica
Comportamento das doenças

Doença Perda de função

 Parar de comer ou beber


 Quedas
 Incontinência urinária
 Fraqueza
 Confusão aguda
 Perda de peso
Interação doença/função
 Interação não é direta
 Longas listas de doenças e boa função
 Uma única doença, função pobre
 Tipo de perda de função não é
relacionado com o sítio da doença
 Sistemas vulneráveis tendem a se
desinstabilizar pelo impacto de doenças
em qualquer lugar do organismo
Avaliação do paciente:
o ambiente

 Silencioso: presbiacusia
 Iluminação adequada
 Altura de cadeiras e da maca
 Organização dos móveis
 Piso
 Acesso
Avaliação do paciente:
a história clínica
 Apresentação, cumprimento
 Fala clara, próximo e de frente ao paciente
 Tempo da entrevista pode ser longo, a
avaliação dividida em duas ou mais
 Sempre entrevistar o paciente, não o
acompanhante, esse complementa/auxilia
 Obter dados de prontuários e relatórios (ler
sempre antes de iniciar a anamnese)
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Sinais vitais:
 Pressão arterial:
 Hiato auscultatório
 Sinal de Osler
 Medida em mais de um membro
 Medida deitado e em pé
 Temperatura:
 Hipotermia
 Ausência de febre
 Pulso:
 Diferentes locais
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Peso e altura
 Altura: redução com o envelhecimento
 Peso

 Alterações
 Perda involuntária

 IMC: faixa adequada, para o idoso:


 60 a 64 anos: 23 a 28 kg/m2
 65 anos ou mais: 24 a 29 kg/m2
Avaliação do paciente:
o exame físico
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Pele:
 Turgor tem significado reduzido
 Observar sinais de pressão e

úlceras por pressão


 Lentigo senil

 Púrpura senil

 Lesões actínicas:

 Hiperceratose
 Neoplasias
Avaliação do paciente:
o exame físico
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Cabeça e pescoço
 Olhos: arco senil, catarata
 Screening visual, fundo de olho
 Palpação das artérias temporais
 Ausculta das carótidas
 Exame da cavidade oral
 Próteses
 Lesões
 Dentes
 Saliva
Avaliação do paciente:
o exame físico
Avaliação do paciente:
o exame físico
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Tórax
 Expansibilidade diminuida:
 Ausência de estertores na vigência de
processos pneumônicos
 Presença de estertores em bases
pode ser normal
 Processos pneumônicos podem

não ser acompanhados dos sinais


clássicos de condensação
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Tórax
 Presença de sopro sistólico "crescendo-
decrescendo", discreto, no foco aórtico:
esclerose da valva aórtica
 Sopros podem estar diminuidos pela
redução da fração de ejeção
 Insuficiência cardíaca por disfunção
diastólica
 Taquicardia, em vigência de processos
agudos, menos evidente
Débito cardíaco em repouso e reserva cardíaca
de jovens (tracejadas) e de idosos (cheias)
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Abdome:
 Redução da distância entre o tórax
e a pelve
 Dor abdominal menos proeminente

 Abdome agudo com apresentação

clínica pobre
 Deformidades podem dificultar a

avaliação
Avaliação do paciente:
o exame físico
Avaliação do paciente:
o exame físico
 Sistema neurológico
 Funções sensitivas
 Postura

 Marcha

 Tremores

 Reflexos

 Padrão de normalidade adequado


 Memória
Avaliação do paciente:
exame multidimensional - AGA
 Atividades da vida diária
 Atividades instrumentais da vida
diária
 Escalas de avaliação do humor
 Escalas de avaliação da cognição
 Avaliar, e não "processar" o paciente
Exame Clínico do Idoso

Interpretar uma alteração normal do


envelhecimento como patológica, é tão
grave quanto deixar de investigar uma
alteração patológica assumindo-a como
normal do envelhecimento.

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