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NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Níveis de Prevenção (Modelo da HND de
Leavell e Clarck):
• Prevenção Primordial: impede o aparecimento
de novos fatores de risco;
• Prevenção Primária: ações no ambiente/
populações durante o período de pré-
patogênese (indivíduos com saúde);
• Promoção da Saúde: medidas gerais,
inespecíficas, ações intersetoriais, melhorando a
saúde do ambiente e a qualidade de vida;
• Proteção específica: medidas que visam uma
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 Definição de Prevenção:
• Desenvolver ações para evitar a ocorrência de
doenças, sua progressão, limitações e sequelas,
incluindo a reabilitação destas últimas;
• Em saúde pública é a ação antecipada, com o
objetivo de interceptar ou anular a evolução de
uma doença;
• Estratégias de prevenção devem ter ênfase na
população de risco.
1.2 História Natural da Doença e os
Níveis de Prevenção (Leavell & Clark,
1976):
• É um modelo que permite a intervenção humana
sobre o processo de saúde-doença:
• Nesse sentido, as etapas da história natural da
doença podem ser interrompidas, naturalmente
ou por uma intervenção;
• Com isso, é possível conferir sentido aos
diferentes métodos de prevenção e controle
das doenças e dos problemas de saúde.
Larissa Melo Silva - melolarissa31@gmail.com - 03145380206
doença ou grupo de doenças específicas;
• Prevenção no período de patogênese: Prevenção
secundária e terciária (ações realizadas no
indivíduo);
• Prevenção Secundária: detecção precoce
(rastreamento/diagnóstico) e tratamento
imediato; limitação da incapacidade/invalidez;
• Prevenção Terciária: Reabilitação de pessoas
com defeitos após acidentes ou devido à
sequelas de doenças.
2. PREVENÇÃO PRIMÁRIA
• As ações são dirigidas à manutenção da saúde na
fase de pré-patogênese, ou seja, ocorrem no, e
para, o indivíduo saudável:
• O principal objetivo é impedir que os indivíduos
sofram a ação dos fatores patogênicos;
• Medidas gerais e específicas antes do
desenvolvimento da condição clínica;
• Reduz a incidência da doença.
2.1 Inclui: promoção da saúde:
• Medidas de ordem geral: políticas públicas;
• São úteis ao aumentar a saúde e o bem-estar
geral dos indivíduos;
• Sem foco em um risco específico;
• Demonstram intervenções participativas e
intersetoriais;
• Alvos: população e ambiente;
• Exemplos: controle de qualidade das fontes
de poluição ambiental; acesso à informação
e cultura; áreas de lazer; regulação dos
espaços públicos em relação à segurança,
quanto aos acidentes e violências; promoção
e proteção dos direitos humanos; moradia
adequada; trabalho e transporte adequados;
escolas; educação sanitária; educação em
todos os níveis; educação em saúde e sexual;
saneamento básico; prevenção do uso de
drogas; alimentação saudável; autocuidado
e atividade física regular; aconselhamento
matrimonial, proteção específica;
• As ações são direcionadas para inibir o
aparecimento de doenças específicas.
Dessa forma, precisam ser dirigidas a grupos
específicos de processos saúde-doença;
• Exemplos: Imunização; saúde do trabalhador/
proteção contra riscos ocupacionais;
higiene pessoal e do lar; proteção contra
acidentes; adição de iodo ao sal para
controle do bócio endêmico; controle dos
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2 NÍVEIS DE PREVENÇÃO NÍVEIS DE PREVENÇÃO 3

vetores e reservatórios; uso de preservativos indivíduos afetados; 5. PREVENÇÃO TERCIÁRIA

e seringas descartáveis; proteção contra
carcinogênicos; quimioprofilaxia para
contactantes de pacientes com tuberculose
pulmonar, doença meningocócica, ou de AZT
para recém-nascidos de mães infectadas
pelo HIV; controle de bancos de sangue para
prevenir as doenças transmitidas por sangue
e hemoderivados; medidas ergonômicas no
ambiente de trabalho para reduzir a ocorrência
de acidentes; obrigatoriedade do uso do cinto
de segurança para redução da morbidade e
mortalidade em acidentes de trânsito; adoção
de legislação punitiva específica para coibir a
violência doméstica; hábitos de saneamento do
ambiente; aconselhamento genético.
• Outras medidas da prevenção primária: inspeção
veicular para redução da poluição atmosférica;
educação para o respeito aos direitos iguais entre
homens e mulheres; administração de ácido fólico
para gestantes; evitação contra alérgenos.
3. PREVENÇÃO PRIMORDIAL
• É voltada a evitar o surgimento e a consolidação
de padrões de vida sociais, econômicos e culturais
que contribuam para elevar o risco de adoecer:
• Sendo assim, age ao impedir o aparecimento
dos fatores de risco ambientais;
• Ainda, tem o papel complementar ao conceito
• Condução do processo para os melhores
desfechos;
• Minimizar a sintomatologia associada;
• Interrupção ou redução da disseminação dos
problemas para outros indivíduos.
Diagnóstico e tratamento precoces
• Detecção rápida dos processos patogênicos já
instalados; mesmo que na fase assintomática.
Idealmente, as medidas devem ser aplicadas aos
casos que ainda não ultrapassaram o horizonte
clínico.
Exemplos:
• Rastreamentos (screening);
• Inquérito para descoberta de casos na
comunidade;
• Exames periódicos, individuais, para detecção
precoce de casos (medidas de glicemia de jejum,
pressão arterial);
• Busca ativa e exame de comunicantes de casos de
TB e hanseníase;
• Exame bacterioscópico de escarro nos chamados
sintomáticos respiratórios;
• Isolamento para evitar a propagação de doenças;
• Tratamento para evitar a progressão da doença;
• Dieta para controlar a progressão de uma doença.
• Limitação da invalidez:
• É conceituado como o processo saúde-doença
que alcançou um final ou uma forma estável
de longo prazo, a cura com sequelas ou a
cronificação:
• Ou seja, é a fase em que a doença já provocou
danos significativos;
• Sendo assim, a principal implicação é a
redução do progresso e das complicações
de uma doença, mediante a aplicação de
medidas orientadas à redução das sequelas e
deficiências.
5.1 Objetivo:
• Minimizar os impactos das limitações impostas,
pelo adoecimento ou agravo, na qualidade de
vida e no cotidiano das pessoas, famílias e
comunidades afetadas;
• Desenvolver o potencial residual;
• Prevenção da incapacidade total;
• Medidas de reabilitação de sequelas;
• Recuperação da capacidade física e mental;
• Minimizar o sofrimento e facilitar a adaptação dos
pacientes ao seu ambiente.
6. CUIDADO!!!!!
• Algumas medidas podem estar em mais de um
nível de prevenção;
5.2 Exemplos:
• Fisioterapia;
• Terapia ocupacional;
• Emprego para o reabilitado;
• Redução da dependência familiar;
• Redução da dependência social;
• Melhoria da qualidade de vida da pessoa com
sequela;
• Utilização de instituições de longa permanência
para idosos (ILPI);
• Psicoterapia após violências;
• Apoio previdenciário;
• Ajustes no ambiente doméstico;
• Suporte jurídico contra ações discriminatórias.
• Fisioterapia com o objetivo de impedir uma
sequela:

de promoção da saúde.
3.1 Exemplos:
• Medidas contra os efeitos mundiais da poluição
atmosférica;
• Estabelecimento de uma dieta nacional com baixos
níveis de gordura animal saturada.
4. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
• Seguindo o contexto da prevenção, o nível
secundário versa sobre as ações realizadas no
indivíduo, já sob a influência do agente patogênico,
no nível do estado de doença:
• Por esse motivo, a doença já é presente, mesmo
que assintomática, podendo ser percebida por
meio de exames orientados.
4.1 Inclui:
• Detecção precoce: rastreamento / diagnóstico;
• Tratamento precoce;
• Limitação da invalidez.
4.2 Objetivos:
• Redução da gravidade e duração;
• Redução das complicações e da letalidade da
doença;
• Propiciar a melhor evolução clínica para os
São as medidas aplicadas àqueles casos que já • Exercício físico e alimentação saudável que • Prevenção secundária;
evoluíram além do horizonte clínico: podem ser primárias se indicadas antes do • Fisioterapia em um paciente que já tem sequelas e
• O processo patogênico já está plenamente desenvolvimento das doenças, secundária se queremos
instalado. aplicada após o diagnóstico de alguma doença - • impedir a invalidez total: Prevenção terciária.
como o DM - e até terciária, no caso do exercício
Objetivo: físico em medidas de reabilitação motora.
• Tornar o curso clínico para uma cura total ou com
poucas sequelas;
• Redução ou retardo das complicações clínicas, nos
casos das condições crônicas ou cronificadas com
recurso aos suportes terapêuticos.
Exemplos:
• Evitar futuras complicações;
• Encurtar o período de incapacidade;
• Evitar sequelas;
• Evitar a morte;
• Reduzir o risco de transmissão da doença.
• Outros exemplos:
• Mudanças de estilo de vida: se implementadas
após o diagnóstico de uma doença. Por
exemplo, a orientação do exercício físico no
paciente com diabetes mellitus;
• Disponibilização de testes rápidos de HIV, sífilis,
hepatites virais para pacientes assintomáticos;
• Busca ativa dos casos de violência;
• Intervenção breve que amplia o conceito de
redução de danos;
• Solicitação de urocultura na rotina do pré-natal.

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