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CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO

(C DOUT EX)

Divisão de Formulação Doutrinária


PRIMEIROS SOCORROS
CDoutEx

2º Sgt Matassoli 13 Dez 19


OBJETIVO

APRESENTAR:
UMA PADRONIZAÇÃO NAS INSTRUÇÕES DE PRIMEIROS
SOCORROS PARA COMBATENTES NAS ORGANIZAÇÕES
MILITARES DA FORÇA TERRESTRE.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
- Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
- Suporte Básico de Vida;
- Animais Peçonhentos;
- Engasgos;
- Afogamento;
- Hemorragias e fraturas;
- Queimaduras;
- Traumas Térmicos;
- Transporte de Feridos.

3. CONCLUSÃO
INFECÇÕES
SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS
IST

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infecções


causadas por vários tipos de agentes, sendo transmitidas,
principalmente, por contato sexual sem o uso de preservativo
(camisinhas), com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se
manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Além disso, algumas DST são transmitidas da mãe infectada para


o bebê durante a gravidez ou durante o parto ou pela amamentação.
As transfusões de sangue contaminado ou compartilhamento de
seringas e agulhas no uso de drogas injetáveis são, também meios de
transmissão das DSTs.
IST

AIDS
 Agente causador: vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana).
 Transmissão:
- Contato sexual;
- Transfusões de sangue;
- Práticas de compartilhar agulhas e seringas;
- Materiais de acupuntura, tatuagens e outros objetos perfurantes e
cortantes também podem representar perigo;
- Da mãe para o filho.
IST
IST
AIDS

 Progressão e sintomas:

Período de incubação: 2 a 4 semanas.

Primeiros sintomas: Febre, calafrio, manchas no corpo que


desaparecem normalmente.

Em seguida, ocorre uma fase assintomática. O paciente é


denominado soropositivo mas ainda não desenvolveu a AIDS.
IST
AIDS

Posteriormente, quando o número de linfócitos encontrado


está abaixo do nível crítico surgem os sintomas como:
cansaço, tosse, perda de peso, diarréia, inflamação dos
gânglios linfáticos e suores noturnos, devidos às doenças
oportunistas (pneumonia, herpes simples, gripe, candidíase
etc). Levando o paciente à morte.

Sintoma característico: Sarcoma de Kaposi.


IST
AIDS
Sarcoma de Kaposi
IST
HERPES E CANDIDÍASE BUCAL

 Diagnóstico: Através do teste sorológico.


 Prevenção:
Uso de preservativo durante a relação sexual (Inclusive no sexo oral).
Evitando compartilhar objetos perfuro-cortantes.
Evitando receber doações de sangue e derivados, esperma ou órgãos
que não tenham sido testados para o HIV.
IST
HERPES E CANDIDÍASE BUCAL

 Tratamento:
Coquetéis que tentam diminuir a carga de vírus, atrasando a baixa do
número de linfócitos, aumentando a longevidade do paciente e sua
qualidade de vida.
Não há cura ou vacina!
IST
HERPES E CANDIDÍASE BUCAL

Herpes – Doença oportunista

Candidíase bucal – Doença oportunista


IST
HPV
 Agente causador: vírus papiloma humano (há 30 subtipos. Sendo que
os casos mais comuns são causados pelo HPV do subtipo 6 e 11).
 Transmissão:
Contato direto com a pele afetada.
Contato Sexual
 Progressão e sintomas:
Maioria dos casos é assintomática.
Formação de verrugas (Condiloma acuminado)
Forma microscópica que aparece no pênis, vagina e colo do útero.
IST
HPV
Infecção por HPV - Condiloma Acuminado

Colo do útero normal Colo do útero inflamado


IST
HPV

 Diagnóstico:
Papanicolau;
Colposcopia e Peniscolpia;
Biópsia.
 Prevenção:
Uso de preservativo durante a relação sexual;
Vacina.
IST
HPV

 Tratamento:
O tratamento visa eliminar as verrugas e lesões;
Procedimentos cirúrgicos.
IST
SÍFILIS

Agente causador: Bactéria Treponema pallidum.


Transmissão: Contato sexual.
 Progressão e sintomas: Os sinais e sintomas da sífilis são vários dependendo
do estágio em que se encontra.
 Prevenção: Uso da camisinha durante as relações sexuais.
 Tratamento: Uso de antibióticos.

O não tratamento pode gerar complicações irreversíveis


principalmente no cérebro e coração
IST
SÍFILIS

Sífilis: lesões exantemáticas


em pele do corpo,
acompanhadas dessas
lesões em palmas de mãos
e/ou plantas dos pés.
IST
SÍFILIS

Goma sifilítica:
lesões nodulares
que sofrem
processo de
degeneração.
IST
HERPES GENITAL

 Agente causador: Vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2).

 Transmissão: Contato sexual.

 Progressão e sintomas:

Período de incubação: 2 semanas;

Erupção de bolhas e feridas que ardem e coçam.


IST
HERPES GENITAL

 Diagnóstico: Análise clínica e exame de sangue

 Prevenção:

Uso de preservativos durante a relação sexual.

 Tratamento: Medicamentos virais que buscam combater os sintomas e


suas complicações. No entanto, é uma doença que não tem cura.
arto.
IST
GONORRÉIA
 Agente causador: Bactéria Neisseria gonorrhoea.
 Transmissão:
Contato sexual;
Durante o parto;
Contaminação indireta.
arto.
IST
GONORRÉIA
 Progressão e sintomas:
Período de incubação de 2 a 10 dias.
Sintomas no homem: ardência ao urinar, aparecimento de um corrimento amarelo e
purulento saindo da uretra (uretrite).
Sintomas na mulher: 70% das mulheres são assintomáticas. Nas restantes, ocorre dores
ao urinar, incontinência e corrimento vaginal. Caso infecte o útero pode causar infertilidade.
IST
GONORRÉIA

Gonorréia aguda: Secreção purulenta em vulva e pênis

O sinal é um corrimento amarelado ou esverdeado, ou até mesmo um pouco de sangue, que sai do
pênis, da vagina ou do ânus. Isso aparece de 2 a 8 dias depois da transa. Após alguns dias percebe-se
um ardor ao urinar e relacionar-se sexualmente fica extremamente incomodo.

Se não tratar logo, a pessoa pode ficar estéril (incapaz de ter filhos). Sem tratamento a doença
pode afetar o sistema nervoso, os ossos e o coração. Na mulher é mais difícil perceber os sintomas.
Por isso, ela deve procurar um ginecologista sempre que sentir alguma coisa diferente em seu corpo ou
ao menos uma vez por ano.
IST
GONORRÉIA

Gonorréia aguda: Secreção purulenta em vulva e pênis

 Diagnóstico: Geralmente clínico.

 Prevenção:
Uso de camisinha durante as relações sexuais;
Higiene pessoal.

 Tratamento: Antibióticos.
SUPORTE BÁSICO DE
VIDA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

É todo procedimento não invasivo realizado


por leigo ou socorrista que visa manter a
viabilidade dos órgãos nobres até a intervenção
do suporte avançado.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

AVALIAÇÃO INICIAL
Avaliação da cena
• O que aconteceu ? (há quanto tempo?)
• Cena segura?
• Número de vítimas?
• Apoio se necessário
• Bio-proteção
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

PRIMEIRA IMPRESSÃO
•O paciente parece estar “doente” ou “saudável”?
•Achados normais ou anormais?
• Aspecto: estado mental, tônus muscular;
• Respiração: frequência e movimentação do torax/abdomem, posição do
corpo;
• Circulação: cor da pele.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

AVALIAÇÃO DO NIVEL DE CONSCIÊNCIA


(RESPONSIVIDADE)
A= ALERTA

V= VERBAL

I = INCONSCIENTE

GRAVE
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Corrente da Sobrevivência

Acesso RCP Desfibrilação SAV Cuidado pós


rápido rápida rápida rápido rápido
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
C-A-B DA VIDA
C = Circulação
- Cheque a presença de pulso CENTRAL por até 10 segundos!
- Se o pulso não for sentido, realize 30 COMPRESSÕES
- Com dois socorristas. O segundo socorrista irá cuidar das vias aéreas.
- Realizar 5 ciclos de RCP ou 2 minutos para troca de posições, evitando fadiga;
- Caso haja sangramento abundante visível, um curativo deve ser feito e a
hemorragia deve ser interrompida antes das compressões.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
C = Circulação
- Não demorar mais que 5 segundos na troca de posições para reiniciar novo ciclo
de RCP;

- As compressões devem ficar em um ritmo superior a 100 e inferior a 120


compressões por minuto;

- A profundidade da compressão:
> adultos=no mínimo, 2 polegadas (5 à 6 cm);
> crianças= cerca de 2 polegadas (5 cm);
> bebês= cerca de 1½ polegada (4 cm);

COMPRIMA FORTE, COMPRIMA RAPIDO!


SUPORTE BÁSICO DE VIDA

RCP

- 1 SOCORRISTA = 30:2 (para todos)

- 2 SOCORRISTA = 30:2 (adulto)

- 2 SOCORRISTA = 15:2 (criança e lactentes)

“5 ciclos para fazer a troca de posições entre os socorristas”


SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Compressões torácicas
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Compressões torácicas
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Compressões torácicas
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Compressões torácicas

• Sobre superfície rígida;


• No centro do tórax;
• Mão dominante embaixo;
• Afundar tórax em 5 cm;
• Retornar à posição original;
• Frequência >100 e <120 por min;
• Alternar o responsável pela
compressão a cada 2min.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

A = Vias Aéreas

•Pesquise sons de comprometimento das vias aéreas (ronco,


gargarejo, estridores)

•Procure por: dentes quebrados, sangue, dentadura, objetos


estranhos

•Precisa de via aérea auxiliar? (cânula oro/nasofaríngea )


SUPORTE BÁSICO DE VIDA

A = Vias Aéreas

• Head-tilt Chin-lift;
• Trauma cervical – elevação da mandíbula;
• Não fazer varredura digital.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
B = Boa respiração
•Fornecer 2 ventilações após as 30 compressões torácicas. (cada
respiração/ventilação deve durar 1 segundo o suficiente para expansão torácica);

• Assistir a ventilação quando estiver abaixo de 8 e acima de 30 IRPM. 01


ventilação a cada 5 a 6 segundos;

• Inconsciente, respirando adequadamente, colocar na posição de recuperação.

• Priorizar compressões torácicas. Na ausência de equipamento para ventilação, o


resgate boca a boca passou a ser a critério do socorrista.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
B = Boa respiração

500 - 600mL
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Desfibrilação

O Desfibrilador Externo
Automático deve ser
utilizado assim que
disponível.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Objetivos de RCP
• Oxigenar e circular o sangue;

• Retarda ao máximo a lesão cerebral;

• Prolongar a fibrilação ventricular;

• Reverter a parada cardíaca em alguns casos de PCR por causas respiratórias.


SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Causa de parada cardiorrespiratória no traumatizado

1- Problema de Vias Aéreas:


- Corpo estranho;
- Queda da língua;
- Depressão do sistema nervoso central por drogas/álcool.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Causa de parada cardiorrespiratória no traumatizado

2- Problemas da respiração:
- Pneumotórax Hipertensivo;
- Ferida aspirativa;
- Tórax instável;
- Lesão de medula espinhal (C-3 ou superior);
- Inalação de fumaça;
- Broncoaspiração.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Causa de parada cardiorrespiratória no traumatizado


3- Problemas de Circulação:
- Pneumotórax Hipertensivo;
- Choque hemorrágico;
- Tamponamento cardíaco;
- Contusão miocárdica;
- Descarga elétrica;
- Infarto agudo do miocárdio.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Até quando irei fazer RCP?

• Vítima apresentar movimentos;

• Ordem médica;

• Cansaço extremo do socorrista;

• Cena deixou de ser segura.


ANIMAIS
PEÇONHENTOS
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES

No Brasil, há mais de 300 espécies de serpentes, sendo 17% classificadas como


peçonhentas. Estas estão distribuídas entre a família Viperidae (jararacas, cascavéis e
surucucus) e Elapidae (corais verdadeiras). As primeiras têm como característica a
presença de fosseta loreal, um órgão termorreceptor localizado entre o olho e a narina
e com presas do tipo solenóglifas, com alta eficiência para inoculação de veneno. O
tipo de cauda que estas apresentam ajudam a identificar a qual gênero pertencem. Já
as corais verdadeiras são desprovidas de fosseta loreal e suas presas são do tipo
proteróglifa, que são anteriores.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES

Família Viperidae (jararacas, cascavéis e surucucus).

Família Elapidae (corais verdadeiras).


ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES

Tipos de caudas.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
Quanto a presença/ausência e localização da dentição
• Áglifas: Não possuem dentes com ducto, mas podem ter ou não glândula de veneno. Ex.:
sucuri, jiboia e pítons;

• Opistóglifas: Os dentes inoculadores ficam localizados na região posterior do maxilar. Ex.:


falsa coral;

• Proteróglifas: Dentes inoculadores de veneno pouco desenvolvido e na região anterior do


maxilar. Ex.: coral verdadeira;

• Solenóglifas: Os dentes inoculadores de veneno são muito desenvolvidos e situam-se na


parte anterior do maxilar. Ex.: cascavel, jararaca, surucucu, urutu.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
Quanto a presença/ausência e localização da dentição
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE BOTRÓPICO: É o grupo mais importante, com mais de 60 espécies de
jararacas em todo o território, encontradas em ambientes diversos, desde beiras de
rios e igarapés, áreas litorâneas e úmidas, agrícolas e periurbanas, cerrados, e áreas
abertas. Causam a grande maioria dos acidentes ofídicos no Brasil. Tem dentição
solenóglifa.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES

ACIDENTE BOTRÓPICO

O veneno botrópico tem ação proteolítica, coagulante e hemorrágica e os acidentes


podem ser classificados em:

ACIDENTES LEVES: edema discreto (peri-picada) ou ausente e manifestações


hemorrágicas leves ou ausentes. TC normal ou alterado.

ACIDENTES MODERADOS: edema evidente e manifestações hemorrágicas discretas


à distância (gengivorragia, epistaxe). TC normal ou alterado.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES

ACIDENTE BOTRÓPICO

ACIDENTES GRAVES: edema intenso ou muito extenso e manifestações sistêmicas


como hemorragia franca, choque ou anúria. TC normal ou alterado.

Os acidentes botrópicos são os mais freqüentes em todo o Brasil (80 a 90%) e em


40% das vezes levam a complicações no local da picada.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE CROTÁLICO: São causados pelas cascavéis, identificadas pela presença
de guizo, chocalho ou maracá na cauda e têm ampla distribuição em cerrados,
regiões áridas e semi-áridas, campos e áreas abertas. Tem dentição solenóglifa.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE CROTÁLICO

O veneno crotálico é de ação neurotóxica, miotóxica e coagulante; os acidentes


podem ser classificados em:

ACIDENTES LEVES: edema discreto (peri-picada), parestesia e fáscies


miastênica/visão turva ausente ou tardia. TC normal ou alterado.

ACIDENTES MODERADOS: edema discreto ou evidente (peri-picada), parestesia


fáscies miastênica/visão turva discreta ou evidente, mialgia discreta. TC normal ou
alterado.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE CROTÁLICO

ACIDENTES GRAVES: edema (peri-picada), parestesia fáscies miastênica/visão


turva, mialgia, urina vermelha ou marrom, oligúria/anúria presente ou ausente,
hemólise e insuficiência renal aguda. TC normal ou alterado.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE LAQUÉTICO: A surucucu é a maior serpente peçonhenta do Brasil.
Seu habitat é a floresta Amazônica e os remanescentes da Mata Atlântica. Tem
dentição solenóglifa.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE LAQUÉTICO
O veneno laquético tem ação proteolítica, coagulante, hemorrágica e neurológica
(vagal) e os acidentes (pequeno número de acidentes realmente documentados)
podem ser classificados em:
ACIDENTES LEVES: edema discreto (peri-picada) ou ausente e manifestações
hemorrágicas leves ou ausentes. Ausência de manifestações vagais. TC normal ou
alterado.
ACIDENTES MODERADOS: edema evidente e manifestações hemorrágicas
discretas à distância (gengivorragia, epistaxe). Ausência de manifestações vagais.
TC normal ou alterado.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE LAQUÉTICO

ACIDENTES GRAVES: edema intenso e manifestações sistêmicas como hemorragia


franca. Presença de manifestações vagais (diarréia, bradicardia, hipotensão ou
choque). TC normal ou alterado.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE ELAPÍDICO: São causados pelas corais-verdadeiras (Micrurus). São
amplamente distribuidos no país, com várias espécies que apresentam padrão
característico com anéis coloridos. Tem dentição proteróglifa.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
ACIDENTE ELAPÍDICO

Todo acidente causado pelo gênero Micrurus (coral verdadeira) é considerado


potencialmente grave (acidente elapídico). As manifestações clínicas suspeitas são:
dor local discreta, algumas vezes com parestesia, vômitos, fraqueza muscular, ptose
palpebral, oftalmoplegia, face miastênica, dificuldade para manter a posição ereta,
mialgia localizada ou generalizada, disfagia e insuficiência respiratória aguda. Se o
paciente não trouxe o animal, mas refere ter sido mordido por serpente com anéis
coloridos, mesmo estando assintomático deverá permanecer em observação por, no
mínimo, 24 horas, pois os sintomas podem surgir tardiamente.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES
CUIDADOS GERAIS
* Manter a higiene do membro acometido, lavagem local com água e sabão;
* Quando a mordida acontecer em pernas e braços, eles devem permanecer elevados,
a vítima deve permanecer em repouso até chegar no local de tratamento;
* Enquanto houver alteração do TC, realizar apenas compressas frias, quando houver
normalização deste e suspeita de infecção secundária, realizar compressas mormas;
* Não se deve garrotear, espremer, cortar ou queimar o local da mordida; O
garroteamento aumenta o risco de necrose tecidual com risco de amputações;
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SERPENTES

O soro antiofídico é o único tipo de tratamento disponível. Ele deve ser


aplicado em serviço de saúde porque pode provocar reações alérgicas
graves e choque anafilático. Isso acontece porque o soro é preparado
em cavalos e pode haver uma reação grave quando ele for injetado no
homem. Há soros específicos para os vários tipos de cobra, ou seja
para cada gênero deve-se tomar o soro específico para o seu veneno.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES

Os escorpiões são animais de corpo alongado que possuem quatro pares de patas,
um par de pinças no extremo anterior e apresentam um ferrão com glândulas de
veneno na ponta da cauda articulada. Quando se sentem perturbados, picam com
facilidade, causando muita dor, e podendo provocar até a morte em crianças e
pessoas debilitadas.
As espécies que habitam o estado do Rio de Janeiro têm coloração e hábitos que as
confundem com o ambiente em que vivem.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
ESCORPIÃO AMARELO (TITYUS SERRALATUS)

Apresenta o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda amarela sendo esta serrilhada
no lado dorsal, mede cerca de até 7cm de comprimento. Considerado o mais
venenoso da América do Sul, é o escorpião causador de acidentes graves na região
sudeste, principalmente no Estado de Minas Gerais.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
ESCORPIÃO MARROM (TITYUS BAHIENSIS)

Apresenta uma coloração marrom-escuro, às vezes marrom-avermelhado, pernas


amareladas com manchas escuras. Fêmures e tíbias dos pedipalpos com mancha
escura. A mão do macho é bem dilatada. Esta espécie é o causador dos acidentes
mais freqüentes em São Paulo.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
ACIDENTE COM ESCORPIÃO

O veneno tem ação neurotóxica.

ACIDENTES LEVES: dor local, às vezes com parestesia; não administrar soro anti-
escorpiônico (SAEs). Observar o paciente por 6 a 12 horas;

ACIDENTES MODERADOS: dor local intensa, manifestações sistêmicas como


sudorese discreta, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, taquipnéia e hipertensão
leve; administrar 2 a 3 ampolas de SAEs IV;
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ESCORPIÕES
ACIDENTE COM ESCORPIÃO

ACIDENTES GRAVES: além dos sinais e sintomas já mencionados, apresentam uma


ou mais manifestações como sudorese profusa, vômitos incoercíveis, salivação
excessiva, alternância entre agitação e prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca,
edema pulmonar, choque, convulsões e coma; vômitos profusos e incoercíveis
preconizam gravidade; administrar 4 a 6 ampolas de SAEs IV.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS

São animais sem esqueleto interno. A sustentação e a proteção de seu corpo são
feitas por uma carapaça externa, composta por uma substância chamada quitina.
Essa proteção é extremamente importante para evitar a perda de água, o que
permite que as aranhas e outros animais do grupo dos artrópodos (escorpiões,
insetos, crustáceos) consigam sobreviver em ambientes muito variados.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
ARMADEIRA (GÊNERO PHONEUTRIA)

É a aranha venenosa de maior tamanho no mundo, chegando a medir 20 cm de


envergadura com as patas abertas.

Não vivem em teias e, durante o dia, se escondem em lugares sombrios como:


buracos no solo, debaixo de madeiras e pedras, entre folhas largas, especialmente
bananeiras.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
ARMADEIRA (GÊNERO PHONEUTRIA)
Acidentes normalmente ocorrem no ínicio da noite ou nas primeiras horas da manhã,
quando as pessoas entram em contato com alguma aranha que entrou na casa
procurando alimento durante a noite e se escondeu em sapatos, roupas de cama,
toalha, gavetas, embaixo de movéis e etc.

As armadeiras utilizam seu veneno para captura de outras aranhas, insetos e


pequenos vertebrados como lagartos, filhotes de pássaros e camundongos. Porém a
composição química do seu veneno faz com que a ação sobre o nosso organismo
seja muito severa, ocasionando dor intensa e imediata no local da picada, que pode
se irradiar pelo membro atingido.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
ARMADEIRA (GÊNERO PHONEUTRIA)
O local da picada fica vermelho, com suor, inchado, podendo apresentar dormência.

Os acidentados podem apresentar ainda aumento dos batimentos cardíaco,


hipertensão arterial e agitação psico-motora.

Os acidentes graves, que ocorrem principalmente em crianças, são caracterizados


por: sudorese generalizada; salivação intensa; vômitos frequentes; diarréia;
enrijecimento muscular; choque e edema agudo de pulmão, o que pode levar a raros
óbitos.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
ARANHA MARROM (GÊNERO LOXOSCELES)
É uma aranha pequena, doméstica, sedentária e mansa, agredindo apenas quando é
espremida contra o corpo. Causam acidentes graves, com aspecto necrosante, devido
à ação proteolítica do veneno. A lesão é evidenciada até 36 horas após a picada.

Forma-se uma placa infiltrada, edematosa, com áreas isquêmicas entremeadas de


áreas hemorrágicas.

Pode evoluir para necrose seca e úlcera de difícil cicatrização. Paciente portador de
deficiência de G6PD podem apresentar febre, anemia e hemoglobinúria.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
ARANHA MARROM (GÊNERO LOXOSCELES)
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
VIÚVA NEGRA (GÊNERO LATRODECTUS)
É uma aranha pequena e tímida que mede em torno de um centímetro, com patas
longas e frágeis. Seu colorido é negro metálico, com abdômen arredondado e com
vários desenhos de cor vermelho-vivo, as vezes formados com finas linhas brancas.

Sua teia é formada por uma rede de fios desordenados, nos quais ela permanece
virada para baixo, capturando seu alimento. Quando derrubada, a aranha finge-se de
morta ou tenta fugir, arrastando seu pesado abdômen; porém quando perturbada ou
comprimida contra o corpo (por exemplo, dentro de roupas,ou nos lençois durante o
sono), pode picar com relativa facilidade.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
VIÚVA NEGRA (GÊNERO LATRODECTUS)
O veneno da viúva negra é muito tóxico para o homem. Ele ataca o sistema nervoso
provocando dores musculares muito intensas, náuseas, dor de cabeça e alterações
cárdio-respiratórias, sendo mais grave em crianças e podendo causar acidentes fatais
em pessoas sensíveis.
ANIMAIS PEÇONHENTOS
ARANHAS
VIÚVA NEGRA (GÊNERO LATRODECTUS)
ANIMAIS PEÇONHENTOS

*clinicamente os acidentes são classificados como graves ou potencialmente graves.


**clinicamente os acidentes são classificados como moderados ou graves.
***dispensa soroterapia, indicando-se tratamento sintomático e observação hospitalar.
SAC – soro anticrotálico; SABC – soro antibotrópico-crotálico; SABL – soro antibotrópico-laquético.
SAL – soro antilaquético; SAB – soro antibotrópico; SAE – soro antielapídico; SAEEs – soro antiescorpiônico.
SAAr – soro antiaracnídeo; SALox – soro antiloxoscélico; SALatr – soro antilatrodético.
ENGASGOS
ENGASGOS
CAUSAS DE ENGASGOS

Pedaços grandes de comida;


- Álcool;
- Dentaduras;
- Outros corpos estranhos.
ENGASGOS
CONDUTA
Boa troca de Ar: NÃO INTERFERIR
- Tosse forte;
- Chiado.

Troca de ar ruim: TRATE COMO OVAS*


- Tosse fraca e inefetiva;
- Ruídos altos ao respirar;
- Pele azulada (cianose).

*Obstrução de Vias Aéreas Superiores


ENGASGOS
CONDUTA
Obstrução Completa de Vias Aéreas:

Incapaz de tossir, falar e respirar;

Pescoço ingurgitado (Sinal Universal de Angústia);

Pele muito azulada (cianose importante).


ENGASGOS
SINAL UNIVERSAL DA ANGÚSTIA

Se a pessoa for capaz de tossir, falar ou respirar: NÃO INTERFIRA


ENGASGOS
CONDUTA
Manobra de desengasgo vítima em pé
ENGASGOS
CONDUTA
Manobra de desengasgo vítima deitada
ENGASGOS
CONDUTA
Manobra de desengasgo vítima gestante em pé
ENGASGOS
CONDUTA
Manobra de desengasgo vítima gestante deitada
ENGASGOS
CONDUTA
Manobra de desengasgo vítima criança
ENGASGOS
CONDUTA
Manobra de desengasgo vítima lactentes
ENGASGOS
CONDUTA
Caso a Manobra de desengasgo não tenha sucesso e a vítima evoluir
para PCR, realizar procedimentos de RCP:
- Acionar Serviço Médico;
- Iniciar Reanimação Cardiopulmonar imediatamente, realizando 100
a 120 compressões por minuto, conforme instruções de SBV.
AFOGAMENTO
AFOGAMENTO
TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Primeiros socorros: é tratamento aplicado, por leigo, ao acidentado ou portador de mal súbito, antes
da chegada de equipe especializada.
Afogamento: é o acidente caracterizado pela sufocação da vítima após sua imersão em meio líquido
OU é a alteração da capacidade respiratória normal, devido a aspiração de líquido não corporal.
Resgate: é a recuperação de um indivíduo da condição iminente de afogamento.
Óbito/Cadáver: é a condição comprovada por tempo de submersão maior que 1 hora ou sinais
evidentes de morte: rigidez cadavérica, livores ou decomposição corporal.
AFOGAMENTO
CAUSAS DE AFOGAMENTO
Incapacidade de proteger as vias aéreas;
Inconsciência associada a traumatismo de crânio e/ou cervicais (mergulho em águas
rasas);
Intoxicação por álcool e/ou drogas;
Desconhecimento da técnica de natação;
Cansaço físico;
Convulsões.
AFOGAMENTO
PROCESSO DE AFOGAMENTO
Após pânico a vítima tenta se manter em apnéia enquanto luta para emergir;
Há deglutição de água com frequência - distensão abdominal e vômito;
Queda de oxigenação devido a submersão e aspiração involuntária de líquido.
A passagem de líquido pela laringe causando contração involuntária
(laringoespasmo), impedindo maiores aspirações de água;
A imersão em água fria faz com que frequentemente as vítimas entre em estado
de hipotermia (queda da temperatura corporal);
A consequência natural do afogamento é a hipóxia, que é a falta de oxigenação
sanguínea.
AFOGAMENTO
PREVENÇÃO
Apesar da ênfase no resgate e no tratamento, a prevenção permanece a mais
poderosa intervenção e a de menor custo, podendo evitar mais de 85% dos casos de
afogamento. Campanhas de educação na prevenção podem ser visualizadas em
www.sobrasa.org
AFOGAMENTO
RECONHEÇA O AFOGAMENTO E LIGUE PARA SERVIÇO MÉDICO LOCAL
Qualquer atitude de ajuda deve ser precedida pelo reconhecimento de que alguém
está se afogando. Ao contrário da crença popular, o banhista em apuros não acena
com a mão e tampouco chama por ajuda.
AFOGAMENTO
FORNEÇA DISPOSITIVO DE FLUTUAÇÃO
Fornecer flutuação é uma estratégia muito importante, mas pouco utilizada, apesar de
ganhar tempo valioso até a chegada do serviço de emergência. A maioria das ações
de resgate por leigos tende a se concentrarem retirar a vítima da água, mesmo que
para isto exista um alto risco de vida ao socorrista.
AFOGAMENTO
REMOVA DA ÁGUA SÓ SE FOR SEGURO PARA O SOCORRISTA
Após oferecer flutuação e interromper o processo de submersão, a próxima ação é
retirar a vítima da água. Sempre que possível, ajude a retira-la sem entrar totalmente
na água, apontando direções mais próximas e seguras para que a própria vítima tente
o auto salvamento. Se não for possível, na sequência, tente utilizar técnicas de
arremesso de cabo.
AFOGAMENTO
TRATAMENTO
ventilações de resgate (boca-a-boca) para o afogado inconsciente (0.5% das
ocorrências), ainda dentro da água, durante o salvamento.

A ventilação ainda dentro da água proporciona à vítima uma probabilidade 4 vezes


maior de sobrevivência livre de dano neurológico.

Infelizmente, compressões torácicas não podem ser realizadas de maneira eficaz


na água.
AFOGAMENTO
SUPORTE DE VIDA
O transporte da vítima para fora da água deve ser realizado de acordo com o nível
de consciência, mas preferencialmente na posição vertical para evitar vômitos e
demais complicações de vias aéreas.

Em caso de vítima exausta, confusa ou inconsciente, transporte em posição mais


próxima possível da vertical, mantendo a cabeça acima do nível do corpo, sem,
contudo, obstruir as vias aéreas.
AFOGAMENTO
AFOGAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGADO
GRAU SINAIS E SINTOMAS PRIMEIROS PROCEDIMENTOS
Resgate Sem tosse, espuma na boca/nariz, dificuldade na 1. Avalie e libere do próprio local do afogamento
respiração ou parada respiratória ou PCR
1 Tosse sem espuma na boca/nariz 1. Repouso, aquecimento e medidas que visem o conforto e
tranquilidade da vítima;
2. Não há necessidade de O2 ou hospitalização
2 Pouca espuma na boca/nariz 1. Aquecimento corporal, repouso, tranquilização e
observação hospitalar.
3 Muita espuma na boca/nariz, com pulso radial 1. Posição lateral de segurança sob o lado direito.
palpável. 2. Internação hospitalar.
AFOGAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGADO
GRAU SINAIS E SINTOMAS PRIMEIROS PROCEDIMENTOS
4 Muita espuma na boca/nariz, sem pulso radial 1. Observe a respiração com atenção, pode haver PR.
palpável. 2. Posição lateral de segurança.
3. Internação urgente.
5 Parada Respiratória, com pulso carotídeo ou sinais 1. Ventilação boca a boca, sem compressões torácicas.
de circulação presente. 2. Após retorno da respiração, trate como grau 4.
6 Parada Cardiorrespiratória 1. RCP (2 ventilações boca a boca + 15 compressões
torácicas).
2. Após sucesso da RCP, trate como grau 4.
Cadáver PCR com tempo superior a 1h ou rigidez cadavérica Não inicie RCP, acione o IML.
ou decomposição corporal e/ou livores.

A partir do Grau 2, o atendimento deve ser executado o mais breve possível por pessoal habilitado, tendo
em vista a necessidade de administração de medicamentos.
AFOGAMENTO
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
Após o sucesso da RCP, colocar a vítima de lado, de forma a evitar reobstrução das vias
aéreas e/ou aspiração de vômitos (bronco aspiração).

•Ajoelhar próximo à vítima do seu lado direito;


•Estender o braço direito da vítima no prolongamento sobre a sua cabeça;
•Flexionar o joelho esquerdo da vítima;
•Cruzar o outro braço sobre o tórax da vítima, colocando a mão sob a orelha oposta;
•Rolar a vítima para o lado direito, apoiando seu pescoço;
•Manter observação constante até a chegada da equipe médica ou, se a vítima
apresentar sinais de PCR, retorná-la à posição de decúbito dorsal e reiniciar RCP.
AFOGAMENTO
POSIÇÃO LATERAL DE SEGURANÇA
HEMORRAGIAS E
FRTURAS
HEMORRAGIAS E FRATURAS

FERIMENTOS

- Leves e/ou superficiais

- Extensos e/ou profundos


HEMORRAGIAS E FRATURAS

FERIMENTOS LEVES E/OU SUPERFICIAIS

- Lavar o ferimento com água e sabão;

- Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo;

- Não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento;

- Não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante.


HEMORRAGIAS E FRATURAS

FERIMENTOS EXTENSOS E/OU PROFUNDOS

- Cobrir o ferimento com pano limpo;

- Não lavar para não aumentar o risco de hemorragia;

- Não remover objetos fixados no ferimento;

- Usar técnicas para cessar hemorragia;

- Providenciar transporte.
HEMORRAGIAS E FRATURAS

HEMORRAGIA

- Interna;

- Externa
HEMORRAGIAS E FRATURAS

HEMORRAGIA INTERNA
- Manter o paciente calmo, deitado com a cabeça de lado;
- Aplicar compressas frias ou gelo no local suspeito de hemorragia;
- Afrouxar a roupa;
- Providenciar transporte urgente;
- Não oferecer líquidos e alimentos.
HEMORRAGIAS E FRATURAS

HEMORRAGIA NASAL
- Sentar a vítima;
- Apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima respirar pela boca;

- Colocar um chumaço de algodão na narina;

- Colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto;

- Não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar sangramento.


HEMORRAGIAS E FRATURAS

HEMORRAGIA EXTERNA
- Pressão direta;

- Elevação dos membros;

- Pontos de pressão arterial;


- Torniquete
.
HEMORRAGIAS E FRATURAS

TORNIQUETE

Usar somente quando nenhum outro método de contenção de hemorragia tiver


sucesso ou em caso de amputação/avulsão de membro.

*Em combate, este é o primeiro método utilizado para contenção de hemorragia.


HEMORRAGIAS E FRATURAS

TORNIQUETE IMPROVISADO
- Usar panos resistentes e largos acima do ferimento;
- Nunca usar arame, corda, barbante ou outros materiais muito finos;
- Desapertar gradualmente a cada 10 a 15 minutos ou quando notar
extremidades frias ou arroxeadas;
- Não tirar do lugar caso pare a hemorragia.
HEMORRAGIAS E FRATURAS
TORNIQUETE IMPROVISADO

TORNIQUETE IMPROVISADO COM TECIDO E GRAVETO


HEMORRAGIAS E FRATURAS
TORNIQUETE TÁTICO
HEMORRAGIAS E FRATURAS
FRATURAS
HEMORRAGIAS E FRATURAS
FRATURAS
TRATAMENTO

- Não mover o membro fraturado;


- Chamar serviço de emergência;
- Imobilizar o membro com talas improvisadas (jornal, papelão, etc);
- Providenciar o transporte até o médico.
HEMORRAGIAS E FRATURAS
FRATURAS
IMOBILIZAÇÃO
HEMORRAGIAS E FRATURAS
FRATURAS
IMOBILIZAÇÃO
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS

CONCEITO:
Queimaduras são lesões ocasionadas pela exposição de tecidos
orgânicos a diversas formas de energia, não só físicas (calor ou frio),
mas também químicas ou biológicas.

As queimaduras podem variar desde pequenas lesões, como uma


queimadura produzida por cigarro, até lesões extensas e profundas
capazes de desencadear alterações importantes no nosso
metabolismo.
QUEIMADURAS
CLASSIFICAÇÕES DE QUEIMADURAS

Quanto ao agente;

Quanto a profundidade da lesão;

Quanto a extensão da lesão.


QUEIMADURAS
CLASSIFICAÇÕES
QUANTO AO AGENTE
Físico:
Temperaturas: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc.
Eletricidade: corrente elétrica, raio, etc.
Radiação: sol, aparelhos de raio x, raios ultra - violetas, nucleares, etc.
Químicos:
Produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc.
Biológicos:
Animais: lagarta-de-fogo, água viva, medusa, etc.
QUEIMADURAS
QUANTO A PROFUNDIDADE DA LESÃO
1ºGRAU
Não passam da Epiderme;
Não sangra, geralmente seca;
Coloração rosa e toda inervada;
Queimadura de sol (exemplo);
Vermelhidão;
Dolorosa.
QUEIMADURAS
1ºGRAU
QUEIMADURAS
QUANTO A PROFUNDIDADE DA LESÃO
2º GRAU
Atinge a Derme;
São úmidas;
Ocorre a formação de bolhas;
Rosa, (Vermelhidão);
Dolorosa;
Cura espontânea mais lenta, com possibilidade de formação de
cicatriz.
QUEIMADURAS
2ºGRAU
QUEIMADURAS
QUANTO A PROFUNDIDADE DA LESÃO
3º GRAU
Atinge todos os apêndices da pele;
Ossos, músculos, nervos, vasos;
Pouca ou nenhuma dor;
Úmida;
Cor branca, Amarela ou Marrom;
Não cicatrizam espontaneamente, necessita de enxerto.
QUEIMADURAS
3ºGRAU
QUEIMADURAS
QUANTO A PROFUNDIDADE DA LESÃO
4º GRAU
Necrose Total;
Carbonização;
Tecido.
QUEIMADURAS
4ºGRAU
QUEIMADURAS

QUANTO A EXTENSÃO DA LESÃO

Quanto à extensão, as queimaduras são identificadas de acordo com


o percentual de área do corpo acometida, que os médicos chamam
de “superfície corporal queimada (SCQ)”. Para esta classificação,
usa-se a REGRA DOS NOVE:
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS

QUANTO A EXTENSÃO DA LESÃO

- Grande Queimado = > 30%;

- Médio Queimado = >10% e < 30%;

- Pequeno Queimado = <10%.


QUEIMADURAS
QUEIMADURAS

QUANTO A EXTENSÃO DA LESÃO


- Grande Queimado = >20%;

- Médio queimado = >5% e <20%;

- Pequeno queimado = <5%.


QUEIMADURAS
TRATAMENTO
PARA SOCORRER VÍTIMA DE QUEIMADURAS DE PRIMEIRO, SEGUNDO E
TERCEIRO GRAU:
Resfriar com água o local atingido e proteger com um pano limpo;
Interromper Mecanismo de Queimadura
Remover a Roupa solta do corpo e adornos antes do edema – (A COLADA
NÃO);
Nunca Passe nada na Área Queimada;
O atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras
de primeiro grau em que a área lesada não seja muito extensa.
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS QUÍMICAS
Queimadura provocada por substâncias químicas – a ingestão de soda
cáustica continua sendo a maior fonte de queimaduras químicas em
crianças. As pequenas pilhas, as baterias de relógios e de aparelhos
eletrônicos representam perigo por possuir conteúdo corrosivo. 

TRATAMENTO:
Lavar o local afetado com bastante água, para retirar todo e qualquer
resíduo do produto;
Proteger as feridas com gaze ou pano limpo.
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS QUÍMICAS

OBS: Identificar o
agente,pois tem agentes
que reagem com a água.
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS DO FRIO

Se forem lesões da derme e da hipoderme (tecidos subcutâneos), pele


esbranquiçada rija e totalmente insensível havendo perda de sensibilidade.
- SINTOMAS:
Pele edemaciada e endurecida;
Perda de função ou ausência de dor;
Coloração de pele que muda de branca para vermelha e roxa;
Flictemas;
Fala arrastada;
Perda da memória.
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS DO FRIO
TRATAMENTO
Vá para um local quente logo que possível;
Colocar a área afetada em água morna – não quente (a temperatura deverá ser
confortável ao toque nas áreas do corpo não afetadas);
Não esfregue a área queimada ou sequer a massageie, pois pode causar mais
danos;
Não use compressas aquecedoras, lâmpadas quentes ou o calor de um fogão,
lareira ou radiador para aquecer uma vez as áreas afetadas estão dormentes e
poderão queimar facilmente.
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS ELÉTRICAS

É aquela provocada por contato com fonte de energia elétrica. Esse


tipo de queimadura é especial pois dependendo da corrente elétrica
pode atingir órgãos internos na passagem da corrente, “cozinhando-os”
como num microondas, pode ainda causar PARADA cardíaca uma vez
que o coração funciona através de estímulos elétricos.
QUEIMADURAS
QUEIMADURAS ELÉTRICAS

TRATAMENTO
- Monitore os sinais vitais, se preciso aplique RCP;
- Procure os locais de “ entrada “ e “ saída “ da corrente elétrica. O
ponto de entrada é a queimadura no local de contato com a fonte de
energia elétrica, o de saída situa-se na região do corpo descarregou
a energia na “Terra” ambos estarão lesados;
- Se a lesão for maior que 5 cm, NÃO COLOQUE ÁGUA FRIA;
- Cubra o local com pano úmido e limpo.
QUEIMADURAS
VÍTIMAS EM CHAMAS

Abafe;
Retire a roupa que não esteja presa à pele;
Proteja a área com panos limpos e umidificados;
Não use pomadas, Mercúrio ou Outros produtos;
Previna o Estado de Choque.
QUEIMADURAS
VÍTIMAS EM CHAMAS
QUEIMADURAS
TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS TÉRMICOS
CONCEITO:
Trauma térmicos são lesões provocadas por extremos ambientais de frio
e calor.
TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS LEVES RELACIONADOS AO FRIO

- Lesão pelo contato com o frio: Objetos e líquidos;


- Crestadura: precursora do congelamento (palidez e dormência);
- Urticária pelo frio: liberação de histamina;
- Frieira: circulação periférica pobre;
- Ceratite solar (cegueira da neve): lacrimejamento excessivo, dor ,
vermelhidão, edema das palpebras, fotofobia, cefaléia, sensação de areia
nos olhos e turvação.
TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS GRAVES RELACIONADOS AO FRIO

- Pé de trincheira ou pé de imersão: muitas horas de resfriamento


das extremidades –temperaturas de 0°C a 18°C, edemaciado,
pálido, sem pulso e imóvel.

- O diagnóstico e confirmado quando após o reaquecimento passivo,


os sinais não somem.
TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS GRAVES RELACIONADOS AO FRIO

- Lesão congelante pelo frio: destruição leve a grave do tecido –


orelhas, nariz, dedos e genitália masculina.

- O corpo conserva a temperatura central à custa da temperatura das


extremidades e da pele.
TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS GRAVES RELACIONADOS AO FRIO
- O congelamento superficial (1º e 2º grau) compromete pele e os tecidos
subcutâneos, resultado em bolhas claras quando reaquecido;

O congelamento profundo (3º e 4º grau) compromete a pele, o músculo e o


osso, e a pele apresenta bolhas hemorrágicas quando reaquecida;

O grau da lesão em muitos casos não será conhecido pelo menos por 24 a
72 horas, exceto nas exposições mínimas ou grave.
TRAUMAS TÉRMICOS
CONDUTA
- Avalie a cena, C-A-B-C;
- Remova a vitima do frio;
Atenção a outros problemas médicos;
- Remova as roupas molhadas para minimizar a perda adicional de calor
corporal. Trate sempre a hipotermia;
- Preste atenção nas condições ambientais e da localização da dor ou
dormência, e observando a pele sem coloração na mesma área;
- Durante a exposição da vitima, a temperatura deve estar acima da
temperatura de congelamento;
TRAUMAS TÉRMICOS
CONDUTA (Continuação)
- As crestaduras e congelamento superficiais devem ser colocados com a
área acometida contra superfície corporal aquecida;

- Cobrir as orelhas com as mãos quentes;

- Dedos das mãos podem ser colocados nas axilas;

- Os pés podem ser colocados no abdome de outro militar.


TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS RELACIONADOS AO CALOR
INSOLAÇÃO
- Causada pelo calor, especialmente pela exposição prolongada aos raios solares.

SINAIS E SINTOMAS:
- Dor de cabeça, face avermelhada, pele quente e seca, ausência de sudorese,
taquicardia, hipertermia e inconsciência.
TRATAMENTO:
- Lavar o corpo da vitima com água fria, deixa-la em local arejado, desapertar as roupas,
administrar reidratação IV.
TRAUMAS TÉRMICOS
TRAUMAS RELACIONADOS AO CALOR

INTERMAÇÃO
- Causada pela exposição demorada ao calor (ambientes fechados).
SINAIS E SINTOMAS:
- Face pálida, pele úmida e fria, sudorese excessiva, bradicardia e hipotermia.
TRATAMENTO:
- Colocar a vitima em local arejado, desapertar suas roupas, dar água e administrar
reidratação.
TRANSPORTE DE
FERIDOS
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte bombeiro
TRANSPORTE DE FERIDOS
Uma ou duas pessoa de apoio
(muleta humana)
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte nos braços
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte Mochila
TRANSPORTE DE FERIDOS
Apoio sobre as costas
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte com lençol e vara
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte com gandola e vara
TRANSPORTE DE FERIDOS
Cadeirinha
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte em cadeirinha
(Vítima Inconsciente)
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte pela extremidades
TRANSPORTE DE FERIDOS
Transporte em rede
Centro de Doutrina do Exército

CONCLUSÃO
Centro de Doutrina do Exército
“A Casa da Doutrina Militar Terrestre”

Saúde Operacional, o Braço


Forte da Mão Amiga!

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