ISTs e vaginoses

Disciplina: Enfermagem na Saúde do

Homem e da Mulher
Conteúdos:
ISTs (Sífilis, Gonorreia, Hepatite, HPV) / Vaginoses (Gardnerella,
Candidíase).

Objetivos:
Identificar sinais, sintomas e cuidados ligados a infecções
sexualmente transmissíveis e doenças dos aparelhos reprodutores
masculino e feminino.
IST – Infecção Sexualmente Transmissível
ISTs são infecções transmitidas através do contato sexual
entre os indivíduos. Elas podem ser causadas por bactérias,
vírus e outros parasitas.
As ISTs mais comuns são:
● sífilis;
● gonorreia;
● hepatite;
● HPV.
ISTs
Sífilis
● Causada pela bactéria Treponema pallidum;
● Possui várias manifestações clínicas;
● Possui diferentes estágios: sífilis primária,
secundária, latente e terciária;
● Nos dois primeiros estágios há uma alta
possibilidade de transmissão, pois é quando
os principais sintomas da IST se manifestam.
Transmissão e prevenção
Formas de transmissão da sífilis:
● relação sexual sem camisinha;
● durante a gestação ou parto, o que
chamamos de sífilis congênita.
Prevenção:
● uso da camisinha.
● acompanhamento das gestantes e
parceiros no pré-natal, por meio de
exames direcionados.
Um dos métodos de prevenção da sífilis.
Sinais e sintomas da sífilis
● Sífilis primária: pequenas feridas nos
órgãos genitais (cancro duro) que
desaparecem espontaneamente e não
deixam cicatrizes, gânglios aumentados
e ínguas na região das virilhas.
● Sífilis secundárias: manchas
vermelhas na pele, na mucosa da boca,
nas palmas das mãos e nas plantas dos
pés, além de febre, cefaleia, mal-estar,
inapetência e linfonodomegalia.

Ilustração dos estágios.

Sinais e sintomas da sífilis
● Sífilis latente: fase assintomática. É dividida em:
latente recente e latente tardia.
● Sífilis terciária: pode surgir entre 1 e 40 anos após o
início da infecção e apresentar lesões cutâneas, ósseas,
cardiovasculares e neurológicas, comprometendo esses
sistemas e podendo levar à morte.
Diagnóstico e tratamento
Diagnóstico:
● Teste Rápido (TR);
● VDRL (Venereal Disease Research Laboratory);
● teste treponêmico.
Tratamento:
● Penicilina benzatina.

Realização do teste rápido.

Sífilis
Gonorreia
● Doença causada pela bactéria Neisseria
gonorrhoeae;
● Atinge os órgãos genitais e, mais raramente,
as mucosas do reto, orofaringe e conjuntiva;
● Transmitida através do contato sexual ou
perinatal;
● A prevenção é feita com o uso correto e
regular de preservativos e ao evitar práticas
sexuais inseguras.

Bactéria Neisseria gonorrhoeae.

Sinais e sintomas da gonorreia
● Na mulher: leve desconforto na área
genital, corrimento vaginal, necessidade
frequente de urinar e dor ao urinar.
● No homem: leve desconforto na uretra, dor
leve a intensa ao urinar, corrimento no
pênis e frequente urgência em urinar.
Essa infecção também pode ser assintomática,
principalmente nos homens.

Corrimento peniano causado pela gonorreia.

Diagnóstico e tratamento
● Diagnóstico: coloração de Gram, cultura e
testes a base de ácido nucleico.
● Tratamento: combinação de antibióticos
(ceftriaxona e azitromicina) e antibióticos
parenterais.
É importante que os parceiros sexuais também
recebam diagnóstico e tratamento para evitar
novas infecções.

Diagnóstico de gonorreia.
Formas de transmissão da hepatite B
Hepatite B
Essa é uma doença infecciosa que atinge
preferencialmente as células do fígado.
● causada pelo vírus B da hepatite (HBV);
● presente no sangue e secreções;
● transmitida pelo esperma e pela secreção
vaginal (via sexual);
● transmitida pelo contato com o sangue (via
parenteral, percutânea e vertical);
● classificada como uma IST.

Infecção por hepatite B.

Hepatite B
● transmitida pelo contato com o sangue (via
parenteral, percutânea e vertical);

● classificada como uma IST.

Hepatite B
Prevenção:

• A forma mais segura e eficaz de prevenir é

através da vacinação contra hepatite B.

Formas de desenvolvimento da doença:

• hepatite aguda;

• hepatite crônica;

• hepatite fulminante.
Vacina contra hepatite B.
Sinais e sintomas da hepatite B
● Dores abdominais;
● Náuseas;
● Vômitos;
● Fadiga;
● Febre;
● Perda de apetite;
● Urina escura;
● Fezes claras;
● Mal-estar;
● Icterícia.

Sintomas da infecção por Hepatite B.

Diagnóstico e tratamento
Diagnóstico:
● exames de sangue;
● teste rápido.
Medicamentos indicados para o tratamento:
● alfainterferona;
● lamivudina;
● adefovir;
● tenofovir;
● entecavir;
● alfapeginterferona. Teste rápido.
HPV
O papilomavírus humano é uma infecção viral
classificada como IST que atinge a pele e as
mucosas, provocando verrugas anogenitais. Em
casos mais graves, pode provocar cânceres no
colo do útero e no pênis.
Formas de transmissão:
● contato direto com a pele ou mucosa
infectada;
● via sexual;
● transmissão vertical. Vírus do HPV.
Prevenção e diagnóstico
Prevenção:
• vacinação contra o HPV;
• exame preventivo (Quanto a realização do
exame preventivo, ele não entra diretamente na
prevenção do HPV e sim na prevenção e
diagnóstico precoce do câncer de colo de útero);
• Ter um número reduzido de parceiros sexuais;
• preservativo.

Vacina contra o HPV.

Prevenção e diagnóstico
• Diagnóstico:
• Exames clínicos: inspeção dos órgãos que podem ser
atingidos, como pênis, ânus, vulva, vagina, colo uterino,
região perianal e pele.
• Exames Complementares: papanicolau, colposcopia,
peniscopia, anuscopia, biópsias e histopatologia.
Formas de diagnóstico e prevenção contra o HPV
Sinais e sintomas
● Pode ser assintomática;
● Aparecimento de verrugas na região genital e no ânus;
● Pode ocorrer o aparecimento de prurido, queimação,
dor e sangramento.
Tratamento
O tratamento consiste na destruição das verrugas e lesões
na pele, o que pode ser feito através de:
● químicos;
● cirúrgicos;
● estimuladores de imunidade.
Vaginose bacteriana
● Infecção causada pelo crescimento
excessivo de uma bactéria já existente na
vagina;
● Causa mais comum de corrimento vaginal;
● Não é considerada uma IST, porém
aumenta o risco;
● Desencadeia um desequilíbrio da flora
vaginal;
● Pode causar parto prematuro;
● Gardnerella vaginallis provoca vaginose
bacteriana.
Proliferação de bactéria na vagina.
Gardnerella vaginalis
● Faz parte da flora normal do organismo da mulher;
● Ocorre o desequilíbrio da flora por conta do excesso de
bactéria;
● Não é considerada uma IST;
● Causa corrimento vaginal, tendo aspecto
branco-acinzentado, podendo ser fluido ou cremoso, com
cheiro forte e fétido, mais acentuado após o coito e durante
o período menstrual;
● A prevenção é feita pela boa higiene íntima e uso de
preservativo.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico se dá através de exames de secreção vaginal,
que podem ser:
● Papanicolau ou coloração de Gram;
● utilização dos critérios de Amsel.
Tratamento:
● cremes vaginais;
● antibióticos orais;
● duchas vaginais antissépticas.
Candidíase vulvovaginal
● Causada pelos fungos Candida spp e
Candida albicans;
● Também faz parte da flora vaginal da
mulher;
● Causado pelo desequilíbrio da flora;
● Ocorre quando a mulher está com baixa
imunidade;
● Tem como sinais e sintomas secreção
vaginal branca, grumosa e sem odor,
prurido vaginal intenso, edema de vulva,
hiperemia de mucosa, ardência na região,
dor ao urinar ou ardência no ato sexual. Infecção por candidíase.
Candidíase vulvovaginal
Prevenção e diagnóstico
Prevenção:
● hábitos saudáveis;
● evitar roupas apertadas, como o jeans, por exemplo;
● boa higiene íntima;
● uso de preservativos (não é considerada uma IST,
porém pode ser transmitida por contato sexual).
Diagnóstico:
● exame clínico.
Tratamento:
● antifúngicos (via oral ou vaginal).
Infecção por candida albicans.
Materiais Complementares
LUCAS. ANIMAÇÃO - DOENÇAS E INFEÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS (ProEMI). YouTube, 2 out. 2019. Disponível em:
https://youtu.be/SZy8AOsNaSA. Acesso em: 13 maio 2022.
PRÓ VIDA ANÁLISES CLÍNICAS. DSTs - Doenças Sexualmente
Transmissíveis. YouTube, 11 jan. 2017. Disponível em:
https://youtu.be/gYcTQNHow5Q. Acesso em: 13 maio 2022.
KHAN ACADEMY BRASIL. O que é vaginose bacteriana? | Vida e
evolução | Khan Academy. YouTube, 30 nov. 2019. Disponível em:
https://youtu.be/ScI1PB5XGsc. Acesso em: 13 maio 2022.
Referências Bibliográficas
BRUNA, Maria Helena Varella. Candidíase. Drauzio Varella, 2020.
Disponível em:
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/candidiase/.
Acesso em: 13 maio 2022.
BRUNA, Maria Helena Varella. Hepatite B. Drauzio Varella, 2021.
Disponível em:
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/.
Acesso em: 13 maio 2022.
BRUNA, Maria Helena Varella. Sífilis. Drauzio Varella, s. d. Disponível
em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sifilis/.
Acesso em: 13 maio 2022.
BRASIL. Condiloma acuminado (HPV). Biblioteca Virtual em Saúde.
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/condiloma-acuminado-hpv/. Acesso
em: 13 maio 2022.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Gonorreia e Clamídia. Departamento de Doenças de
Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Brasília: Ministério da Saúde, s. d. Disponível em:
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-t
ransmissiveis/gonorreia-e-clamídia. Acesso em: 13 maio 2022.
BRASIL. Hepatite B. Departamento de Doenças de Condições
Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília:
Ministério da Saúde, s. d. Disponível em:
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/
hepatite-b. Acesso em: 13 maio 2022.
BRASIL. Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano - HPV).
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, s. d.
Disponível em:
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-t
ransmissiveis/condiloma-acuminado-papilomavirus-humano-hpv.
Acesso em: 13 maio 2022.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Sífilis. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da
Saúde, s. d. Disponível em:
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-t
ransmissiveis/sifilis. Acesso em: 13 maio 2022.
PORTAL SÃO FRANCISCO. Gardnerella vaginalis. Portal São Francisco,
s. d. Disponível em:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/gardnerella-vaginalis
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MORRIS, Sheldon R. Gonorreia. Manual MSD, 2020. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-i
nfecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis/go
norreia. Acesso em: 13 maio 2022.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite B e
coinfecções. Ministério da Saúde. Brasília, 2017. Disponível em:
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201705/29170330-prot
ocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-hepatite-b-e-coinfeccoe
s-2017.pdf. Acesso em: 13 maio 2022.
BRASIL. Quadro 3.2Quadro-síntese para tratamento de corrimento
vaginal e cervicite: Candidíase vulvoaginal. In: BRASIL. Protocolos da
Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde,
2017. p. 40. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_ba
sica_saude_mulheres.pdf. Acesso em: 13 maio 2022.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Quadro 3.2: Quadro-síntese para tratamento de corrimento
vaginal e cervicite: Vaginose bacteriana. In: BRASIL. Protocolos da
Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saúde,
2017. p. 41. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_ba
sica_saude_mulheres.pdf. Acesso em: 13 maio 2022.
TENORIO, Goretti; PINHEIRO, Chlóe. Candidíase: tratamento,
sintomas e prevenção. Veja Saúde, 2020. Disponível em:
https://saude.abril.com.br/medicina/candidiase-tratamento-sintom
as-e-prevencao/. Acesso em: 13 maio 2022.