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Instituto Biomédico
Curso de Graduação em Biomedicina
Habilitação em Análises Clínicas
Niterói
2018
Lincoln Bastos Farias Junior
Morfologia do espermatozoide: uma revisão atualizada de técnicas no
diagnóstico de análises clínicas
Niterói
2018
Lincoln Bastos Farias Junior
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Ficha catalográfica automática - SDC/BIB
Gerada com informações fornecidas pelo autor
CDD -
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Prof. Dr. D’Angelo Carlo Magliano – UFF (Titular – Presidente)
__________________________________________________________
Profa. Dra. Carla Ferreira Farias Lancetta– UFF (Titular)
__________________________________________________________
MSc. Mariana Duque de Mello – Fiocruz (Titular)
__________________________________________________________
Profa. Dra. Simone Florim da Silva – UFF (Suplente)
3
AGRADECIMENTOS
A meus pais, Vera e Lincoln, e minha irmã, Ticiane, por estarem sempre
presentes em todas as etapas da minha vida e me apoiarem em tudo. Sem vocês
não teria chegado até aqui.
Aos amigos que estão comigo desde a época da escola, pela fidelidade,
apoio, amor e compreensão durante toda a vida e principalmente durante esses
anos de faculdade.
Aos amigos que conquistei na UFF, pelo companheirismo, compreensão,
ajuda, paciência e momentos de diversão nesse misto de caos e paz que a UFF nos
proporcionou nos últimos quatro anos.
A meu orientador, D’Angelo, por toda ajuda oferecida durante a graduação e
por todo aprendizado na área profissional e pessoal. Você é um modelo a se seguir.
A Paula e Mariana, por me ajudarem a encontrar minha área e por me
aceitarem de braços abertos em seu laboratório. Obrigado por todos os
ensinamentos que vou levar pra sempre.
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Pois nada vive na terra que seja tão vil que não tenha algum bem em
especial para lhe doar; e nada é tão bom que não possa ser mal-empregado e,
contrário a sua própria origem, chegar às raias do abuso.
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RESUMO
6
ABSTRACT
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
8
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 14
3. METODOLOGIA.................................................................................................... 15
4. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 16
4.1 INFERTILIDADE MASCULINA ........................................................................ 16
4.2 ESPERMATOGÊNESE E MATURAÇÃO ........................................................ 17
4.3 ESPERMOGRAMA ......................................................................................... 20
4.4 MORFOLOGIA ESPERMÁTICA ..................................................................... 23
4.4.1 CABEÇA ................................................................................................. 23
4.4.2 PEÇA INTERMEDIÁRIA ......................................................................... 26
4.4.3 CAUDA ................................................................................................... 27
4.5 COLORAÇÃO ................................................................................................. 29
4.6 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO ................................................................. 30
4.7 AUTOMAÇÃO ................................................................................................. 31
5. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 33
6. CONCLUSÃO........................................................................................................ 35
7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 36
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1. INTRODUÇÃO
10
Segundo a OMS, devem ser analisados, durante um espermograma,
parâmetros macro e microscópicos. Os parâmetros macroscópicos são: tempo de
liquefação, viscosidade, turgidez, cor, volume e pH. Os parâmetros microscópicos
são: concentração, motilidade, presença de outros tipos celulares no sêmen,
vitalidade e morfologia (WORLD HEALTH ORGANIZATION., 2010).
Além destes métodos adotados pela OMS, outros critérios existem, como o
critério modificado de David, muito utilizado na França e outros países francófonos;
e o critério de Dusseldorf. No primeiro, a morfologia normal é a mesma do critério
estrito, porém tamanhos e formas subnormais são considerados normais (AUGER,
2010). O segundo apresenta uma morfologia normal mais precisa do que o critério
liberal, porém espermatozoides com região acrossômica ligeiramente reduzida são
considerados normais (HOFMANN et al., 1995).
13
2. OBJETIVOS
14
3. METODOLOGIA
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/
http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp
http://www.scielo.org/php/index.php
15
4. DESENVOLVIMENTO
16
4.2 Espermatogênese e Maturação
17
Na etapa do acrossoma, a vesícula e o grânulo se posicionam na metade anterior do
núcleo, formando o capuz acrossômico, que vai originar o acrossoma. Além disso, o
flagelo é formado a partir dos centríolos, enquanto mitocôndrias se acumulam na
porção proximal dessa estrutura, formando assim, a peça intermediária. O núcleo,
nessa etapa, se torna mais condensado e alongado. Na etapa de maturação, grande
parte do citoplasma da espermátide é desprendido. Esses corpos residuais são
fagocitados pelas células de Sertoli. Após todas essas mudanças, são formados os
espermatozoides maduros que são liberados no lúmen dos túbulos seminíferos e
levados ao epidídimo (JUNQUEIRA, 2013). Um esquema do processo de
espermiogênse e de um espermatozoide após esse processo está representado na
Figura 1.
19
Desequilíbrios hormonais também podem prejudicar a espermatogênese. A
falta do hormônio testosterona leva à parada da meiose, resultando em poucas
espermátides e o não acontecimento da espermiogênese. Além disso, ocorre a
liberação de formas imaturas, devido ao prejuízo do sistema de adesão entre a
espermátide e as células de Sertoli (SMITH; WALKER, 2014).
O diabetes mellitus (DM) é uma doença que pode afetar diversos sistemas do
corpo, como o renal e cardiovascular. Entretanto, essa enfermidade também pode
afetar o sistema genital (RAMA RAJU et al., 2012). Essa desordem metabólica
caracterizada por uma hiperglicemia crônica apresenta dois tipos, o tipo 1 é uma
doença autoimune que leva à destruição das células secretoras de insulina; e o tipo
2 é causado pela resistência à insulina. Os dois tipos de DM apresentam prejuízo
para a qualidade seminal, principalmente pela formação de espécies reativas de
oxigênio, que levam à fragmentação do DNA nuclear e mitocondrial dos
espermatozoides. Os pacientes também podem apresentar diminuição da motilidade
e modificações epigenéticas que podem ser passadas para os descendentes (DING
et al., 2015).
O estilo de vida é um fator que pode ter relação com uma espermatogênese
ineficaz. Evidências apontam que a obesidade e sedentarismo têm um efeito
negativo nesse processo que só é agravado pela exposição à poluição atmosférica,
porém, confirmar essas hipóteses é difícil, devido aos diversos fatores
confundidores. Mesmo com essa dificuldade, a diminuição da qualidade seminal
entre os homens jovens indica a necessidade de estudos que relacionem o estilo de
vida com a espermatogênese (SHARPE, 2010).
4.3 Espermograma
20
ORGANIZATION., 2010). Os pontos de corte de todos os manuais da OMS estão
ilustrados na tabela 1.
Figura 2. Esquema representando uma das formas de como dever ser feito o esfregaço de
sêmen. Fonte: (BJÖRNDAHL, 2010).
22
total, ou seja, a concentração por mL multiplicada pelo volume, é de 39 milhões. A
motilidade da amostra seminal é considerada normal se sua amostra apresentar
32% ou mais de espermatozoides com motilidade progressiva (WORLD HEALTH
ORGANIZATION., 2010).
4.4.1 Cabeça
23
a cabeça do espermatozoide deve ser lisa, com um contorno regular, de forma oval
e a região acrossomica deve ocupar 40 a 70% de sua área (WORLD HEALTH
ORGANIZATION., 2010). A cabeça deve ter de 3 a 5 μm de comprimento e 2 a 3 μm
de largura (MENKVELD, R. et al., 2011). A figura 3 mostra diferentes imagens que
representam uma cabeça normal.
24
Figura 4. Fotomicrografia de um esfregaço de sêmen corado onde podem ser observados
espermatozoides com a cabeça arredonda de paciente com globozoospermia. Fonte:
(CHANSEL-DEBORDEAUX et al., 2015).
25
Figura 5 Fotomicrografia de um esfregaço de sêmen corado onde podem ser observados
espermatozoides sem cabeça (seta preta), cabeças desacopladas (seta verde) e outras
alterações (seta vermelha).Fonte: (SHA et al., 2017).
26
Figura 6. Fotomicrografia de espermatozoides observados em microscópio óptico de alta
magnificação, (a) mostra um espermatozoide com peça intermediária normal e (b) com a
peça alterada. Fonte: (UGAJIN et al., 2010).
4.4.3 Cauda
28
4.5 Coloração
29
apresentaram uma média de espermatozoides normais muito menor do que nas
outras colorações (HENKEL et al., 2008). Também não foram encontradas
diferenças significativas quando comparadas a técnica Papanicolau e Diff-quick.
Entretanto, quando o Testsimplets foi comparado com Diff-quick, o resultado obtido
foi o mesmo encontrado na comparação com as outras técnicas, o número de
espermatozoides normais na contagem feita com Testsimplets foi muito menor
(NATALI et al., 2013).
4.7 Automação
31
objetividade, entretanto, o aparelho tem sua atenção voltada para cabeça do
espermatozoide, não incluindo análise da cauda (BLANCHARD et al., 2011).
32
5. DISCUSSÃO
34
6. CONCLUSÃO
35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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