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Candidíase

A candidíase é uma infecção causada por fungos, como a Candida albicans, que pode afetar a
pele e as mucosas. Ela não é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e ocorre quando o
crescimento da Candida não é controlado pelo sistema imunológico ou ocorre um
desequilíbrio local.

Os sintomas variam de acordo com a área afetada e podem incluir coceira, ardor, vermelhidão,
placas brancas e corrimento, dependendo da região afetada. A candidíase é tratada com
antifúngicos, que ajudam a controlar o crescimento dos fungos. É importante evitar fatores de
risco, como uso prolongado de antibióticos, corticoides, diabetes descompensado e vestuário
que favoreça a umidade. Além disso, a higiene adequada e o fortalecimento do sistema
imunológico podem ajudar na prevenção e tratamento da candidíase. Suplementos como
lactobacilos, equinácea e vitamina C podem ser úteis para fortalecer o sistema imunológico e
regular a acidez da vagina, auxiliando no tratamento.

Candidíase e também chamada de Monilíase, Micose por cândida,” Sapinho”, é uma


doença causada por fungos que pode afetar tanto a pele quanto as membranas mucosas e
que deve ser tratada com antimicóticos. Dependendo da região afetada ela poderá ser
classificada como candidíase oral, intertrigo, vaginal, onicomicose ou paroníquia. Esta
doença é causada pelos microrganismos Cândida albicans, Cândida tropicalis e outros
tipos de Cândida. Quando apresentada na forma vaginal, ela afeta com maior frequência
as mulheres que vivem em regiões de clima quente e úmido.
Não é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), pois normalmente este fungo já
habita o nosso organismo. Como qualquer micose, gosta de lugares quentes e úmidos,
como a vagina e o prepúcio (prega cutânea que recobre a glande do pênis).
Cerca de 80% a 90% dos casos de candidíase devem-se à Candida albicans, acometendo
os órgãos genitais, e 10% a 20% à Candida tropicalis e outras espécies do fungo.
Oportunista, o Candida albicans torna-se agressivo e desencadeia os sintomas da doença
quando o sistema imunológico da pessoa encontra-se alterado. A candidíase é uma das
causas mais freqüentes das visitas feitas pelas mulheres ao ginecologista.
Este é um fungo que naturalmente faz parte do organismo, mas se torna um problema
quando sai do controle e aumenta demasiadamente de quantidade. Ele começa a crescer
em quantidades desproporcionais quando as defesas do organismo diminuem ou quando
as defesas na região diminuem.
DESENVOLVIMENTO DA CANDIDÍASE
É causada pelos microorganismos Cândida albicans, Cândida tropicalis e outros tipos de
Cândida, e se o nosso sistema imunológico está funcionando adequadamente, a
população de fungos é mantida sob controle, mas, caso o sistema imunológico falhe, a
cândida rapidamente se multiplica, vindo a causar uma irritação muito grande na pele ou
mucosa acometida, originando a doença conhecida como candidíase. A cândida ainda
tem a peculiaridade de se desenvolver muito bem em ambientes "açucarados", por isso
ela é tão comum em diabéticos, servindo até como um sinal de que a glicemia pode
estar alta.
SINTOMAS
Os sintomas mais freqüentes são forte irritação do local infectado, causando ardor,
coceira e descamação da pele ou da mucosa, na vagina o corrimento espesso tipo nata
de leite, geralmente acompanhado de coceira e irritação intensa que podem piorar na
época da menstruação e com a relação sexual e pH menor que 4,5. Na candidíase oral
temos a formação de placas brancas removíveis (aftas), ou ainda, placas vermelhas e
lisas na região do palato; no esôfago (órgão que comunica a boca com o estômago),
causa dor no peito, queimação na boca-do-estômago e dor ao engolir alimentos; no ânus
causa coceira e ardor; no pênis, causa manchas brancas, coceira, ardor e descamação da
pele, às vezes chegando a ferir e também corrimento pelo canal da uretra que se
assemelha ao sêmem. Na sua forma intertrigo, ela afeta mais comumente as regiões das
dobras cutâneas, tais como axilas, virilha e nuca; no sistema endócrino mexe com a
menstruação das formas mais diversas; no sistema nervoso dá depressão, irritabilidade,
insônia e dificuldade de concentração; no sistema imunológico dá alergia, sensibilidade
a produtos químicos e função imunológica diminuída e de modo geral está ligada a
fadiga crônica, falta de energia, mal-estar e perda da libido.
Quando espalhada pelo corpo ou sistêmica, principalmente em hospedeiros com
comprometimento do sistema imunológico, ela é perfeitamente capaz de atingir
qualquer órgão e, inclusive, gerar complicações que podem levar a óbito. Suas
principais complicações são esofagite, endocardite, ou infecção sistêmica (mais
frequente em pacientes imunodeprimidos). A candidíase não é considerada uma doença
sexualmente transmissível (DST), entretanto o parceiro sexual pode apresentar sintomas
como coceira ou irritação no pênis.
PREVENÇÃO DA INFECÇÃO E DE REINFECÇÃO
 Lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro;
 Não se sentar no vaso sanitário;
 No banho, não se sentar no chão do box ou banheira. Não tomar banho de banheira;
 As mulheres devem lavar as mãos antes de colocar absorventes internos;
 Na praia ou piscina, não se sentar no chão ou qualquer banco sem antes forrar o local
com uma toalha seca e limpa;
 Não "secar" o maiô ou biquíni no corpo. Se não for mais nadar, tomar um banho de
água doce, lavando bem os genitais e a roupa de banho;
 O casal deve fazer uma higiene íntima antes e depois de ter relações sexuais. O ideal
é também sempre tomar um banho depois;
 O uso de um shampoo antimicótico para higiene íntima pode prevenir a candidíase.
Ele deve ser usado na vulva, nos pelos pubianos, ânus e virilhas, assim como no pênis e
escroto.
 Medicamentos como os antibióticos e corticoides podem alterar a flora vaginal
normal e os mecanismos de defesa, propiciando mais oportunidades p/ o crescimento da
Candida sp
 Anticoncepcionais de alta dosagem: também podem facilitar o aumento da população
de fungos, pelo mesmo mecanismo da gestação.
 Diabete descompensado: o aumento da concentração de glicogênio (um tipo de
"açúcar") no conteúdo vaginal pode favorecer a candidíase
 Vestuário: roupas íntimas e/ou calças justas e/ou de tecido sintético (lycra, elanca,
nylon e similares) prejudicam a ventilação, favorecendo o aumento da umidade e
temperatura local, tornando assim o ambiente propício ao crescimento dos fungos
 Relações sexuais: a transmissão da Candida sp por esta via é controversa, pois a
candidíase vulvovaginal também ocorre em pessoas sem atividade sexual. Então, pelo
menos para casos repetitivos, o tratamento do parceiro sexual pode ser recomendado.
 Dieta: existem hipóteses de que o excesso de ingestão de açúcares e/ou alimentos
ácidos favoreceriam a repetição de episódios de candidíase vulvovaginal, entre outros
 Após as evacuações, a higiene local deve ser feita trazendo o papel higiênico no
sentido da vulva p/ o ânus (da frente para trás), nunca o contrário, evitando assim a
contaminação da vagina por vermes que habitam as fezes.
TRATAMENTO DA CANDIDÍASE
O tratamento deve fazer três coisas: controlar a exuberância da cândida, matar os fungos
que se espalharam pelo corpo e fortalecer o seu sistema imunológico para que ele volte
a trabalhar direito. Como a Cândida já habita normalmente o nosso organismo, não é
possível eliminá-la definitivamente. Mesmo tomando todos esses cuidados, a candidíase
pode ocorrer, sendo então preciso o tratamento com comprimidos e cremes por pelo
menos 14 dias, sempre prescritos pelo médico. Quanto mais cedo iniciar o tratamento
mais curto ele poderá ser. Não é possível curar a candidíase em diabéticos, caso não se
compense o diabetes: os dois tratamentos têm de ser feitos conjuntamente. Quando a
imunodepressão é uma necessidade, como no caso dos transplantados, podemos usar
medicamentos de tempos em tempos (quinzenal ou mensal, por exemplo) a fim de não
deixar que a doença se manifeste. Para os homens, principalmente portadores de
diabetes, é indicado remover através de cirurgia o prepúcio (circuncisão), como uma
forma de prevenir doenças como a candidíase. Não obrigatoriamente o parceiro sexual
precisa ser tratado, já que a candidíase vaginal não é sexualmente transmissível, porém,
alguns especialistas indicam o tratamento para evitar a recorrência da doença. Esta,
aliás, uma das grandes preocupações das mulheres, pois os sintomas da candidíase
podem aparecer novamente, mesmo após o tratamento. Isto se deve a diversos motivos:
 Tratamento interrompido ou feito de forma errada;  Mulheres que tiveram que
fazer uso de antibióticos;  Uso de corticóides por tempo prolongado;  Viver em
lugares com clima quente e chuvoso torna a vagina mais quente e úmida causando a
proliferação dos fungos;  Estresse emocional causando pela alimentação deficiente,
insônia e forte desgaste físico e mental;  Uso de roupas apertadas e de material
sintético, como náilon, deixam a vagina abafada e úmida.
A candidíase é uma das doenças mais mal compreendidas e tratadas de forma leviana no
mundo da medicina. Remédios farmacêuticos tornam a cândida ainda mais resistente,
além de enfrequecerem o corpo (antibióticos como fluconazol) favorecendo o re-
aparecimento da doença. Por fim, uma dica: se você for acometido por uma forte
coceira, o que mais alivia são compressas com um pano embebido em água bem gelada,
até que os medicamentos comecem fazer efeito.
SUPLEMENTOS QUE PODEM AJUDAR
Lactobacilos: Lactobacilos são um tipo de bactéria amiga que faz parte da flora vaginal.
Os lactobacilos mantêm a saúde da vagina pois impedem o crescimento anormal de
bactérias inimigas e da candida. Os lactobacilos produzem ácido lático, que age como
um antibiótico natural. Estudos demonstram que mulheres que consomem lactobacilos
têm uma recuperação mais rápida quando apresentam episódios de candidíase e, ainda,
têm uma redução significativa na recorrência. Equinácea: Muitos médicos recomendam
que pessoas com candidíase recorrente tomem medidas para melhorar seu sistema
imunológico. E equinácea possui a capacidade de fortalecer o sistema imunológico e é
muito usada por pessoas que tem infecções recorrentes. Em um estudo, mulheres que
tomaram equinácea tiveram uma queda de 43% na taxa recorrência da candidíase.
Diabéticos e pessoas com doenças auto-imunes não devem fazer uso de equinácea.
Vitamina C: Estudos mostram que a vitamina C é uma boa aliada contra a candidíase.
Pesquisas revelaram que ela pode ajudar de duas formas. Uma delas é o fortalecimento
do sistema imunológico. Com isso o organismo consegue lidar melhor com infecções,
especialmente as oportunistas, como é o caso da candida que se aproveita de um sistema
imunológico fraco. Além disso, a vitamina C ajuda a regular a acidez da vagina. O
restabelecimento da acidez vaginal favorece o crescimento de lactobacilos que
combatem a candida, explica o doutor Roy M. Pitkin, M.D., professor de obstetrícia e
ginecologia da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Segundo ele, como forma
de ajudar no tratamento, muitos médicos recomendam de 1 a 3 gramas de vitamina C
por dia, divididas em 3 doses.
Conhecida como sapinho, a candidose oral, candidíase ou monilíase é a doença
provocada por um fungo chamado Candida albicans.

Fungos são estruturas simples que existem na natureza há milhões de anos.


Encontram-se em todos os ambientes, estão permanentemente em contato
com nossa pele e mucosas externas, mas não provocam nenhum tipo de reação
patológica, porque vivem na camada constituída pelas células mortas e nosso
organismo entra em equilíbrio com eles.

Quando nosso sistema de defesa se encontra saudável, ele é plenamente capaz


de manter a população deste fungo sob controle, impedindo que o mesmo
possa causar qualquer tipo de doença.

Em crianças, o sistema de defesa do organismo ainda não é forte o suficiente


para combater microrganismos, o que facilita a infecção pelo fungo.

A cândida é um fungo normalmente encontrado em nossa boca, intestinos e


nas vaginas das mulheres. Ela pode desenvolver-se porque a criança teve uma
diarreia e colocou a mão contaminada na boca, ou porque o bico do seio, as
mãos da mãe ou algum objeto como o bico da mamadeira ou a chupeta estão
infectados.

No entanto, alguns outros fatores também contribuem, como: permanecer com


fraldas úmidas por muito tempo, presença de suor e umidade nas dobras do
corpo e a má higienização de chupetas e mamadeiras.

A candidose é uma doença que não afeta apenas as crianças e pode ser grave
em pacientes adultos que tenham problemas de imunidade baixa.

Tipos de candidose:

– Oral: aparece na boca e é conhecida popularmente como “sapinho”;


– Vaginal: aparece na vagina;
– Cutânea: aparece na pele e unhas, em áreas de dobras (virilhas, períneo,
nádegas e espaços entre os dedos). As lesões parecem assaduras.
Sintomas:

– Caracteriza-se pelo aparecimento de placas cremosas e esbranquiçadas na


língua, lábios, céu da boca, parte interna das bochechas e, às vezes, gengivas ou
amígdalas. Podem surgir lesões avermelhadas como aftas.

– Principalmente nos pacientes com aids, a cândida provoca quadros


gravíssimos e as lesões se manifestam não só na língua, mas no esôfago, em
todo o trato gastrintestinal e na região do ânus.

Tratamento:

As doenças provocadas por fungos (micoses) exigem tratamento prolongado e


persistente, sob a orientação de um médico dermatologista.

O sapinho é tratado com cremes antifúngicos de uso local. Pessoas com formas
muito agressivas da doença necessitam de remédios por via oral e, às vezes, na
veia.

Para evitar que ocorra uma nova contaminação os objetos que o bebê leva à
boca, como brinquedos e bicos artificiais, sejam fervidos após cada uso, por 1
minuto.

Prevenção:

A melhor forma de prevenir a candidose é cuidar da higiene e evitar situações


que possam favorecer a infecção por fungos.

– Não compartilhar talheres, chupetas, mamadeiras e outros objetos que a


criança coloca na boca;
– Esterilizar bicos de mamadeira e chupetas e prestar atenção nos brinquedos
que a criança põe na boca;
– Manter as fraldas e roupas íntimas limpas e secas;
– Lavar as mãos antes de lidar com a criança;
– Evitar beijar o bebê;
– Secar bem as dobras do corpo após o banho.
O que é candidíase?
A maioria das pessoas associa o termo candidíase apenas à
infecção vaginal pelo fungo Candida. Apesar da candidíase
vaginal, também conhecida como monilíase vaginal ou
vulvovaginite por Candida, ser a forma mais comum de
candidíase, ela está longe de ser a única.

Candidíase é o nome que damos a qualquer infecção fúngica


causada pelas várias espécies do fungo Candida. Uma candidíase
pode se manifestar de várias formas, desde infeções superficiais
na pele e mucosas, como são os casos da candidíase vaginal, da
candidíase oral (sapinho), candidíase peniana ou do intertrigo
(micose nas dobras da pele) até infecções graves em órgãos
internos, como na candidíase do esôfago, candidíase das vias
urinárias ou nos casos de pneumonia ou meningite por Candida.

A Candida é um gênero de fungos que possui dezenas de


espécies, muitas delas capazes de provocar quadros de micose no
seres humanos. No entanto, na imensa maioria das vezes que um
paciente desenvolve alguma infecção pelo fungo Candida, a
espécie responsável é a Candida albicans.

A candidíase não costuma provocar quadros graves em pessoas


saudáveis com sistema imunológico em perfeito estado. Nesses, a
candidíase costuma ser superficial, como nas monilíases de pele,
boca ou vagina. Todavia, em idosos, pacientes com doenças
graves ou indivíduos imunossuprimidos, o fungo Candida pode
vencer a resistência do sistema imunológico, atingir órgãos
internos e provocar grave infecção generalizada, chamada
candidíase disseminada ou candidíase invasiva.

Nesse artigo vamos fazer um resumo sobre as formas mais


comuns de infecção pela Candida. Para saber mais detalhes sobre
algumas infecções específicas provocadas pela Candida, como a
candidíase oral, vaginal ou peniana.

Transmissão do fungo Candida


Na imensa maioria dos casos de candidíase, a infecção não ocorre
por transmissão de uma pessoa para outra. A Candida albicans,
espécie mais comum de Candida, é um membro normal da flora
gastrointestinal dos seres humanos. A maioria das pessoas é
colonizada por Candida e nenhum sintoma apresenta. Porém,
qualquer desequilíbrio na flora local ou no estado imunológico do
paciente pode levar esse fungo a se proliferar e invadir tecidos,
causando, assim, a doença candidíase. Portanto, ter Candida é
diferente de ter candidíase. Até 80% das pessoas saudáveis têm o
fungo Candida na cavidade oral ou no trato gastrointestinal sem
que isso represente qualquer perigo.

Podemos concluir, portanto, que a Candida albicans é um germe


oportunista, ou seja, ela vive silenciosamente em nosso corpo
durante anos, somente à espera de um desequilíbrio no nosso
sistema de defesa para nos atacar.

Para reforçar o conceito, podemos comparar, por exemplo, a


colonização da boca pela Candida com a colonização da pele por
bactérias. Todo mundo consegue entender que o fato de termos
bilhões de bactérias na nossa pele não significa que tenhamos
alguma doença de pele. O mesmo ocorre com a Candida. Para ter
doença não basta ter os germes, é preciso que eles estejam
atacando o nosso organismo.
A transmissão da Candida ocorre apenas em algumas situações,
como no caso da transmissão para o bebê durante o parto vaginal
ou pontualmente através de relações sexuais.

Candidíase genital é uma doença sexualmente


transmissível?
Na imensa maioria dos casos, não. As candidíase vaginal pode
ocorrer em pessoas que não são sexualmente ativas, incluindo
mulheres em celibato. Isso ocorre porque Candida albicans é um
membro normal da flora vaginal. Não é preciso ter relações
sexuais para ser colonizada pela Candida.

Isso não significa, porém, que a transmissão sexual de Candida


não ocorra nunca ou que a candidíase vulvovaginal não esteja
associada à atividade sexual. Por exemplo, um aumento na
frequência de candidíase vulvovaginal costuma ser notado quando
as mulheres iniciam atividade sexual regular.

Além disso, parceiros de mulheres infectadas têm quatro vezes


mais chance de serem colonizados do que parceiros de mulheres
não infectadas, e a colonização do casal é geralmente pela mesma
linhagem de Candida. Em geral, 15 a 20% dos homens
apresentam o pênis colonizado por Candida. O risco de
colonização é maior se a parceira tiver história de candidíase
vaginal recorrente.

Fatores de risco
A candidíase não surge somente em pessoas com sistema
imunológico fraco. Outros fatores podem levar ao aparecimento
desta micose. Uma exemplo clássico é o uso de antibióticos por
tempo prolongado. Os antibióticos matam as bactérias, mas
poupam os fungos. Deste modo, ele reduz a competição por
espaço e alimentos, facilitando a vida dos fungos que colonizam o
organismo.
A candidíase oral, conhecida como sapinho ou monilíase oral,
também pode ocorrer em pessoas sem doenças do sistema
imunológico, principalmente em crianças pequenas. Cabe
ressaltar que neste caso, a candidíase é restrita e provoca poucos
sintomas.

Quando a candidíase oral é mais severa, isso nos leva a pensar em


um estado de imunossupressão (baixa imunidade).

Doentes imunossuprimidos, como nos pacientes


com AIDS, câncer, uso de quimioterapia, transplantantes de
órgãos, uso crônico de corticoides, doentes graves internados em
CTIs, etc., podem apresentar infecção fúngica generalizada,
chamada de candidemia.

Nos pacientes imunossuprimidos, a cândida pode causar, por


exemplo:

 Pneumonia.
 Endocardite (infecção das válvulas do coração).

 Meningite.

 Infecção urinaria.

 Esofagite (infecção do esôfago).

 Peritonite (infecção do peritônio).

 Artrite infecciosa.

Mais dos 90% dos pacientes HIV positivo, com critérios para
AIDS, possuem alguma infeção por Candida, normalmente
candidíase oral e de esôfago. Feitas as devidas explicações,
voltemos aos pacientes imunocompetentes (sem alterações do
sistema imunológico).

Tipos
Vamos falar a seguir dos diferentes tipos de candidíase que
podemos desenvolver. Como já referido, a Candida albicans pode
atacar a pele, a vagina, o pênis, a boca, o esôfago, a bexiga e
vários outros órgãos internos.

Candidíase vaginal
Aos 25 anos de idade, metade das mulheres já terão apresentado
pelo menos um episódio de vaginite por cândida; ao longo da
vida, cerca de 75% das mulheres terão tido ao menos um episódio
de candidíase vulvovaginal, o que ilustra o quão comum é ter esse
tipo de micose. A espécie Candida albicans é responsável por até
90% dos casos de candidíase vaginal.

A candidíase vaginal é comum em mulheres em idade fértil, mas


também pode correr após a menopausa, apesar de ser menos
comum.

A vulvovaginite por cândida pode surgir em qualquer mulher,


mas ela é bem mais comum nas seguintes situações:

 Uso recente de antibióticos.


 Mulheres com diabetes mellitus.

 Alterações hormonais (uso de anticoncepcionais


hormonais, reposição hormonal ou menopausa).
 Mulheres com predisposição genética.

 Mulheres imunossuprimidas.

O sintoma mais típico da candidíase vaginal é a coceira na região


genital. Uma sensação de ardência ou queimação na área ao
redor da vulva também é bastante comum. Esta dor tende a se
agravar no período pré-menstrual ou durante o ato sexual
(leia: DOR DURANTE O SEXO – DISPAREUNIA E
VAGINISMO).

Outro sinal frequentemente é o corrimento vaginal, mas a sua


ausência não descarta o diagnóstico de candidíase. O corrimento
vaginal da candidíase, quando presente, é, em geral, brancacento,
sem odor e de pequeno volume.
Os sintomas da candidíase são muito semelhantes aos de outras
formas de vaginite, como a tricomoníase e a vaginose
bacteriana. Portanto, diagnóstico de certeza da candidíase
vaginal é feito com o exame ginecológico, através de coleta da
secreção vaginais e identificação do fungo
Candida pelo microscópio.

O tratamento da candidíase vaginal é simples na maioria dos


casos e consiste em uma dose oral de antifúngico, como
o Fluconazol por via oral em dose única, ou creme vaginal, que
deve ser indicado pelo ginecologista. Cerca de 5% das mulheres,
porém, apresentam quadros recorrentes de candidíase vaginal,
sendo necessário tratamento por várias semanas.

Candidíase no pênis
A candidíase nos homens não é tão comum como nas mulheres,
mas pode ocorrer em determinadas situações. Os fatores de risco
são semelhantes aos da candidíase vaginal, sendo importante
acrescentar também a má higiene do pênis e o uso de fraldas
geriátricas ou infantis.

Os sintomas mais comuns da candidíase no pênis são


vermelhidão, inchaço e dor na glande. Placas brancas,
semelhantes às que ocorrem na língua nos casos de sapinho,
também são comuns. As lesões podem causar intensa coceira e
frequentemente há ardência durante o ou após o ato sexual.

Da mesma forma que a candidíase vaginal, a candidíase no pênis


pode ser tratada com antifúngicos em creme ou por via oral.

Candidíase oral
Exceto em crianças, a candidíase oral costuma indicar algum grau
de imunossupressão ou distúrbio na flora de germes normal da
boca. Entre os fatores de risco estão os diabetes, uso de dentadura,
doenças que causam diminuição na salivação (xerostomia) e
imunossupressão, seja por doenças, drogas ou quimioterapia.

A candidíase oral manifesta-se como lesões brancas de aspecto


cremoso, na língua, parede interna das bochechas e no palato (céu
da boca). O paciente se queixa de ardência, diminuição do paladar
e sensação de ter algodão na boca. Quando o esôfago é
acometido, o paciente se queixa de dificuldade e dor para engolir.

O tratamento é feito com bochechos de nistatina ou com


fluconazol por via oral.

Candidíase de esôfago
Ao contrário da candidíase oral, que pode eventualmente ocorrer
em pacientes saudáveis, a candidíase esofagiana é um sinal claro
de que há algo errado com o sistema imunológico. A infecção
pelo HIV é uma das principais causas de esofagite por Candida,
mas qualquer estado de imunossupressão pode ser a causa.

O principal sintoma da candidíase de esôfago é a dor ao engolir,


chamada de odinofagia. Os pacientes também referem uma dor no
peito, por trás do esterno (osso que fica no centro do tórax).

O diagnóstico da candidíase esofagiana é habitualmente feito


através da endoscopia digestiva alta.

O tratamento é feito com Fluconazol oral por até 21 dias.

Candidíase na pele (intertrigo)


Intertrigo é o nome que damos à inflamação que ocorre em áreas
onde duas partes da pele se encostam, como, por exemplo, nas
dobras cutâneas da virilha, nas axilas, bolsa escrotal, embaixo das
mamas ou na região entre os dedos.
Essas áreas de dobras são especialmente susceptíveis ao
aparecimento do intertrigo, pois são regiões úmidas e quentes, o
que favorece a proliferação de germes, principalmente de fungos.

O intertrigo candidiásico se manifesta por placas avermelhadas na


pele, que podem coçar ou doer.

O tratamento é feito com cremes antifúngicos e cuidados gerais


com a pele.

Explicaremos o intertrigo com mais detalhes em um artigo à parte


que será publicado brevemente.

Candidíase do trato urinário


A presença de fungos na urina é bastante comum em pacientes
hospitalizados, embora muitas vezes seja difícil distinguir uma
simples colonização de uma infecção da bexiga. A cistite por
Candida pode ser assintomática, provocando apenas alterações
nas análises de urina ou pode ter sintomas semelhantes aos da
cistite bacteriana, com dor para urinar e micção frequente.

A infecção invasiva dos rins é incomum, sendo mais grave e mais


difícil tratamento do que a infecção da bexiga. O quadro clínico
costuma ser de microabscessos nos rins e sintomas como febre e
dor abdominal.

Endoftalmite por Candida


A endoftalmite (inflamação no globo ocular) por Candida pode se
desenvolver após trauma ou cirurgia ocular ou como complicação
de um quadro candidíase disseminada.

O principal sintoma é diminuição da acuidade visual. Alguns


pacientes também apresentam dor nos olhos.

Candidíase disseminada
Nos pacientes com o sistema imunológico débil, a Candida
albicans pode se multiplicar de forma descontrolada, invadindo o
sangue e órgãos vitais. Coração, pulmões, fígado e ossos são
possíveis. O sistema nervoso central também pode ser invadido,
sendo a meningite por Candida umas das possibilidades.

A candidíase invasiva é um quadro grave, não só pela invasão dos


órgãos, mas porque o paciente costuma estar imunossuprimido. O
tratamento é feito com antifúngicos por via intravenosa.

Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tipo de candidíase que o
paciente apresenta. Nas formas mais graves, o tratamento das
infecções de órgãos deve ser feitos com antifungos por via oral ou
intravenosa, tais como Fluconazol, Itraconazol, Voriconazol ou
anfotericina B.

Nas micoses superficiais, como nas candidíases genitais ou de


pele, o tratamento inicialmente pode ser feito com pomadas ou
soluções antifúngicas para gargarejo, como a nistatina.

Estratégias de Controle na Atenção Básica:

1. Diagnóstico Preciso:
 A identificação adequada da candidíase envolve exame clínico e,
em alguns casos, testes laboratoriais para confirmar a presença do
fungo.
2. Educação do Paciente:
 Fornecer informações aos pacientes sobre a candidíase, seus
fatores de risco e medidas preventivas é essencial para o controle.
3. Tratamento Antifúngico:
 Na Atenção Básica, o tratamento geralmente envolve o uso de
antifúngicos tópicos, como cremes ou loções, para a candidíase
cutânea, oral ou vaginal.
4. Monitoramento Clínico:
 Acompanhamento regular do paciente é importante para garantir
que o tratamento está sendo eficaz e para ajustar a terapia
conforme necessário.
5. Prevenção e Higiene:
 Orientar sobre boas práticas de higiene, como manter a área
genital limpa e seca, pode ajudar a prevenir a candidíase
vulvovaginal.
6. Controle de Fatores de Risco:
 Identificar e controlar os fatores de risco, como o controle do
diabetes, é fundamental para evitar recorrências da candidíase.
7. Intervenções Educacionais:
 Realizar campanhas educacionais na comunidade sobre a
prevenção da candidíase, especialmente em grupos de maior
risco.
8. Referência para Especialistas:
 Em casos graves ou recorrentes, encaminhar os pacientes para
especialistas em dermatologia, ginecologia ou infectologia.

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