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INSTITUTO TÉCNICO LUGENDA DE

CIÊNCIAS DE SAÚDE

Colheita de Amostras

Docente:
Dra. Esperança V. Rafael
Introdução
Colheita de amostras é o processo através do qual o
paciente, o clínico, ou profissional de saúde
especializado recolhe amostra biológica para análises.
Posteriormente veremos os procedimentos usados para a
colheita de expectoracao e colheita do sangue.
Colheita de Expectoracao
 Expectoração e a eliminação, através da tosse, das
secreções produzidas nos brônquios, na traqueia ou
nos pulmões.
A tosse é a remoção, de todo o material contido no
sistema respiratório.
O indivíduo normal não expectora, apesar de uma
produção diária de secreções na árvore
traqueobrônquica em torno de 100 a 150ml. A
secreção brônquica é composta por mucina (muco),
água, pequena quantidade de proteína, algumas células
descamativas e macrófagos.
Normalmente, em condições normais de saúde, esse
volume de secreções respiratórias é mobilizado pelos
cílios das células da mucosa brônquica e da traqueia
para a glote e faringe, sendo deglutido
inconscientemente. Somente quando essa quantidade
fisiológica é excedida ou a secreção brônquica está
qualitativamente alterada, surge a tosse e a
expectoração.
A descrição do escarro é importante e deve ser feita em
termos de cor, consistência, quantidade, odor ou
presença de sangue, pus ou outros materiais; de forma
que, em um contexto clínico específico, ajude a
estabelecer um diagnóstico causal de expectoração e
a estabelecer um tratamento preventivo, se
necessário.
Caracteristicas
As seguintes características de expectoração devem ser
consideradas:
Quantidade: Depende da patologia de base, bem como da
força da tosse do paciente. Nos estágios iniciais de um
processo inflamatório, a expectoração geralmente aumenta
em períodos de estado e declínio. Expectoração muito
abundante (às vezes mais de 300ml / dia) geralmente
indica a existência de cavidades que drenam para um
brônquio em processos supurativos do pulmão ou
bronquiectasia. Essa quantidade de escarro às vezes pode
não ser observada se o paciente engolir escarro (se houver
broncoplegia ou obstrução do brônquio de drenagem.
Viscosidade ou consistência: Esta característica depende
da quantidade de água, muco e detritos.
Exemplos:
Fluidos: como no edema agudo de pulmão.
Aderente: com fungos fibrinosos, como nas crises asmáticas.
Necrótico: como nos abscessos pulmonares ou tumores
necróticos.
Odor: se for fétido e pútrido, considerar infecção
anaeróbica típica de processos supurativos do pulmão ou
abscessos pulmonares.
Cor: incolor-transparente, expectoração mucosa amarelo-
esverdeado, expectoração mucopurulenta típica de
processos infecciosos bacterianos das vias aéreas.
Vermelho devido à presença de sangue na
expectoração, com tonalidades diferentes, nas
diferentes causas de hemoptise.
Preto, na antracose pulmonar, típica de fumantes
pesados ​ou portadores de pneumoconiose.
Indicações
O exame de escarro é indicado para diagnosticar
doenças respiratórias, como:
Pneumonia;
Tuberculose; 
Bronquite;
Fibrose cística;
Abscesso pulmonar;
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Além disso, o exame de escarro pode ser recomendado
para Pacientes adultos que procurem o serviço de saúde
por apresentarem queixas respiratórias ou qualquer outro
motivo e informem ter tosse e expectoração por três ou
mais semanas;
Pacientes que apresentam alterações pulmonares na
radiografia de tórax;
Pessoas que entraram em contato com casos de
tuberculose pulmonar bacilíferos que apresentarem
queixas respiratórias.
 Acompanhar a resposta ao tratamento de uma infecção
ou para verificar qual o melhor antibiótico para combater
uma infecção.
Material
Material para coleta:
potes plásticos descartáveis, transparentes, com boca
larga e tampa com rosca; capacidade do pote para 35 e
50 ml. O pote deve ser identificado com o nome do
paciente e data da coleta, sendo que esta identificação
deve ser feita no corpo do copo e nunca na tampa.
Local para coleta: local aberto, ao ar livre ou sala
arejada;
Coleta da amostra:
Geralmente, a coleta deve ser feita de manhã antes de
comer ou beber, para evitar contaminar a amostra de
escarro. Se recomenda beber bastante liquido no dia
anterior a consulta, para fluidificar as secreções e
dormir de barriga para cima e sem travesseiro, para
facilitar a saída do escarro na hora da coleta.
Entregar ao paciente o frasco para coleta de amostra
verificando se a tampa do pote fecha bem e se já está
identificado;
Orientar ao paciente que ao despertar pela manhã, lavar
bem a boca sem escovar os dentes, inspirar
profundamente, prendendo a respiração por um instante e
forçando a tosse escarrar;
Deve-se repetir este processo até se obter duas
eliminações de escarro, sempre evitando que escorra o
conteúdo pelas paredes externas do frasco;
O frasco após a coleta deve ser tampado e colocado em
um saco plástico com a tampa para cima e encaminhado
ao laboratório e/ou unidade de saúde.
Lavar as mãos antes e após o procedimento. Uma
amostra de qualidade para a análise deve vir da árvore
brônquica por meio do esforço da tosse e não da
faringe ou por aspiração de secreção nasal, nem conter
saliva.

 Volume da Amostra: 5 a 10 ml;


Conservação e Transporte da Amostra:
preferencialmente as amostras de escarro para
investigação da TB Pulmonar devem ser
encaminhadas ao laboratório imediatamente após a
coleta, sendo que seu período máximo de conservação
é de 24 horas em temperatura ambiente ou sete dias
sob refrigeração (geladeira própria para material
contaminado), a uma temperatura de 2º a 8º C. A
amostra sempre deve ser mantida protegida da luz e
em pote bem fechado.
Colheita de Sangue
Puncao Venosa
A punção venosa é um dos procedimentos invasivos
mais rotineiramente realizados e é realizada para:
 Obter sangue para fins de diagnóstico;
 Para monitorar os níveis de componentes do sangue
Administrar tratamentos terapêuticos incluindo
medicamentos, nutrição ou quimioterapia;
remover o sangue devido a níveis excessivos de ferro
ou eritrócitos glóbulos vermelhos;
Coletar sangue para uso posterior, principalmente
transfusão no doador ou em outra pessoa.
Material:
Bandeja para acondicionar o material.
Luvas de procedimento.
Dispositivo venoso adequado para a rede venosa
(considerar o tempo de permanência necessário).
Conector de sistema fechado.
Algodão com álcool a 70%.
Material para fixação: fita adesiva hipoalergênica ou
filme transparente.
Garrote.
Técnica:
Higienizar as mãos.
Separar o material necessário.
Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
Higienizar as mãos e calçar as luvas.
Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o
melhor local a ser puncionado.
Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser
puncionado.
Abrir o material com técnica asséptica.
Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes, mantendo
a mão fechada até a obtenção do retorno venoso.
Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida em
álcool a 70% com movimento único de baixo para cima.
Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da
agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo do   local
da punção.
Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente
abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter e retirar o
mandril (cateter sobre agulha).
Soltar o garrote.
Adaptar conector de sistema fechado.
Fixar o cateter com filme transparente.
Reunir o material e deixar a unidade em ordem.
Retirar as luvas.
Higienizar as mãos
Checar o procedimento em prescrição médica.
Tabela – Calibre dos dispositivos venosos
periféricos
fim

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