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DELEGAÇÃO DE NACALA-PORTO
ENFERMAGEM GERAL
TURMA: 02
2o ANO
NACALA-PORTO
JULHO DE 2022
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Discente:
Nacala-porto
Julho de 2022
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
A kwashiorkor.................................................................................................................................5
DPC primária...................................................................................................................................6
DPC secundária...............................................................................................................................7
Fisiopatologia da DPC.....................................................................................................................7
Prognóstico da DPC.......................................................................................................................10
Tratamento da DPC.......................................................................................................................10
Assistência alimentar.....................................................................................................................12
Complicações do tratamento..........................................................................................................13
Conclusão......................................................................................................................................14
Referencia Bibliográfica................................................................................................................15
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Introdução
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A kwashiorkor
Em países com altas taxas de insegurança alimentar, a DPC afecta crianças que não consomem
quantidades suficientes de calorias ou proteínas.
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DPC primária
Sabe-se que a DPC primária ocorre principalmente em crianças e idosos que não têm acesso aos
nutrientes, embora nos idosos uma causa comum seja a depressão. A DPC pode resultar de jejuns
ou anorexia nervosa. Em crianças ou idosos, maus-tratos podem ser as causas.
Marasmo
Kwashiorkor
A forma depende do equilíbrio de energia de fontes proteicas e não proteicas. A inanição é uma
forma aguda grave de inanição primária.
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O marasmo (também chamado de forma seca da DPC) causa perda ponderal e depleção de
músculos egordura. Em países com altas taxas de insegurança alimentar, o marasmo é o tipo
mais comum de DPC em crianças.
DPC secundária
Distúrbios que afectam a função gastrintestinal: esses distúrbios podem interferir na digestão (p.
ex., insuficiência pancreática), absorção (p. ex., enterite, enteropatia) ou do transporte linfático
dos nutrientes (p. ex., fibrose retroperitoneal, doença de Milroy).
Distúrbios de emaciação: em distúrbios de emaciação (p. ex., aids , câncer , DPOC ) e falência
renal , o catabolismo causa liberação excessiva de citocinas, resultando em desnutrição por
anorexia e caquexia (atrofia muscular e de gordura). Insuficiência cardíaca terminal pode causar
caquexia cardíaca, uma forma grave de desnutrição, com taxa de mortalidade extremamente alta.
Factores que contribuem para a caquexia cardíaca podem ser congestão hepática passiva
(causando anorexia), edema do trato intestinal (absorção comprometida) e, na doença avançada,
aumento das necessidades de oxigénio em decorrência do metabolismo anaeróbico. Distúrbios
críticos podem diminuir o apetite ou prejudicar o metabolismo dos nutrientes.
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Fisiopatologia da DPC
A resposta metabólica inicial a DPC é a diminuição da taxa metabólica. Para suprir energia,
primeiro o organismo quebra o tecido adiposo. Entretanto, depois que esse tecido é depletado, o
corpo pode utilizar proteínas para produzir energia, o que resulta em balanço nitrogenado
negativo. Órgãos viscerais e tecidos musculares também são quebrados, com consequente
diminuição do peso. A perda ponderal dos órgãos é maior no fígado e no intestino, intermediária
no coração e nos rins e menor no sistema nervoso central.
Perda muscular e de gordura é comum em todas as formas de DPC. Em voluntários adultos que
ficaram em jejum por 30 a 40 dias, a perda ponderal foi marcante (25% do peso inicial). Se o
jejum for mais prolongado, a perda ponderal pode chegar a 50% em adultos e, possivelmente, ser
maior em crianças.
Caquexia em adultos é mais óbvia em áreas onde existem depósitos de gordura proeminentes. Os
músculos encolhem e os ossos salientam-se. A pele torna-se fina, seca, inelástica, pálida e fria. O
cabelo fica seco e cai facilmente, tornando-se esparso. A cicatrização de feridas é prejudicada.
Em pacientes idosos, aumenta o risco de fratura do quadril e úlceras de decúbito.
Com a DPC grave aguda ou crónica, o tamanho decoração e o débito cardíaco diminuem; o pulso
torna-se mais fraco e a pressão arterial cai. A frequência respiratória e a capacidade vital
diminuem. A temperatura corporal cai, às vezes provocando a morte.
Edema, anemia, icterícia e petequeias podem se desenvolver. Podem ocorrer falências renais,
hepáticas, ou cardíacas.
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avermelhados ou grisalhos. Eles caem com facilidade, eventualmente tornando-se esparsos, e os
cílios podem crescer em excesso. Episódios alternados de desnutrição e nutrição adequada
podem ocasionar no cabelo uma aparência de “bandeiras listradas”.
Crianças afetadas podem se tornar apáticas, mas irritadiças. A inanição total é fatal em 8 a 12
semanas. Assim, certos sintomas da DPC não têm tempo de se desenvolver.
Para determinar a gravidade: índice de massa corporal (IMC), medidas de albumina sérica,
contagem total de linfocitose, linfocitose CD4+, transferrina sérica
O exame físico pode incluir aferição de peso e altura, inspecção da distribuição da gordura
corporal e medidas antropométricas da massa corporal magra. O Índice de Massa Corporal (IMC
= peso (kg)/altura[m] 2 ) é calculado para determinar a gravidade. Achados geralmente podem
confirmar o diagnóstico.
dietética não indicar claramente ingestão calórica inadequada. A dosagem da albumina sérica,
contagem total de linfocitose, linfocitose T de células CD4+, a dosagem da transferrina e o teste
de resposta cutânea aos antígenos podem ajudar a determinar a gravidade da desnutrição
energético-proteica (ver tabela Valores frequentemente utilizados para classificar a gravidade da
desnutrição proteico-calórica ) ou confirmar o diagnóstico nos casos limítrofes. Muitos outros
resultados de testes podem ser anormais: p. ex., diminuição dos níveis de harmónios, vitaminas,
lipídios, colesterol, pré-albumina, factor 1 de crescimento semelhante à insulina, fibronectina e
proteína de ligação ao retinol. Os níveis de creatina e metil-histidina urinária podem ser usados
para medir o grau de perda de massa muscular. Como o catabolismo proteico desacelera, o nível
de ureia urinária também diminui.
Testes laboratoriais são necessários para identificar as causas de DPC secundária. Deve-se
mensurar proteína C-reativa ou receptor de interleucina 2 quando a causa da desnutrição não
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estiver esclarecida; essas medidas podem auxiliar a determinar se há excesso de citocinas. Testes
de função da tireóide também podem ser realizados.
Outros exames laboratoriais podem detectar anormalidades associadas que podem requerer
tratamento. Deve-se fazer a dosagem sérica de electrólitos, nitrogénio ureico no sangue, glicose e
possivelmente dos níveis de cálcio, magnésio e fosfato.
Prognóstico da DPC
Crianças
Em crianças, a mortalidade varia de 5 a 40%. As taxas de mortalidade são mais baixas para
crianças com DPC mais leve e aquelas em cuidados intensivos. Morte nos primeiros dias de
tratamento decorre geralmente de deficit de electrólitos, sepse, hipotermia ou insuficiência
cardíaca. Consciência prejudicada, icterícia, petéquias, hiponatremia e diarreia persistente são
sinais desfavoráveis. Resolução de apatia, edema e anorexia são sinais favoráveis. A recuperação
é mais rápida em kwashiorkor que no marasmo.
Efeitos da DPC a longo prazo em crianças não estão documentados por completo. Algumas
crianças desenvolvem má absorção e insuficiência hepática crónicas. Crianças muito jovens
podem desenvolver deficiência intelectual, que pode persistir pelo menos até a idade escolar.
Pode haver prejuízo cognitivo permanente dependendo da duração, gravidade e idade de
instalação da DPC.
Adultos
Em adultos, a DPC pode resultar em morbidade e mortalidade (p. ex., perda ponderal progressiva
aumenta a taxa de mortalidade para idosos institucionalizados). Em idosos, a DPC aumenta o
risco de morbidade e mortalidade decorrente de cirurgia, infecções ou outros distúrbios.
Tratamento da DPC
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Geralmente alimentação oral.
Possivelmente deve-se evitar lactose (p. ex. diarreia persistente sugere intolerância à lactose)
Cuidados de suporte (p. ex., alterações ambientais, assistência com alimentação, fármacos
orexigénicos)
Em todo o mundo, a estratégia mais importante para prevenir a DPC é reduzir a pobreza e
melhorar a educação nutricional e as medidas de saúde pública. A DPC leve ou moderada,
incluindo breve inanição, pode ser tratada com uma dieta balanceada, de preferência por via oral.
Suplementos alimentares líquidos (em geral sem lactose) podem ser utilizados quando alimentos
sólidos não podem ser consumidos adequadamente. A diarreia frequentemente complica a
alimentação oral porque a inanição aumenta a probabilidade de o trato gastrintestinal fazer a
A DPC grave e inanição prolongada requerem tratamento hospitalar com dieta controlada. A
prioridade é a correcção das alterações hidroeletrolíticas e o tratamento das infecções. Um estudo
recente sugeriu que as crianças podem se beneficiar de profilaxia com antibióticos. A seguir, a
prioridade é fornecer macronutrientes por via oral ou, se necessário (p. ex., quando engolir for
difícil), por meio de sonda de alimentação, sonda nasogástrica (normalmente) ou sonda de
gastrostomia (nutrição enteral). Indica-se nutrição parenteral no caso de má absorção grave.
Outros tratamentos podem ser necessários para corrigir deficiências específicas, as quais podem
se tornar evidentes com o aumento de peso. Para evitar deficiências, os pacientes devem
continuar consumindo micronutrientes em quantidade equivalente a duas vezes as ingestões
diárias recomendadas, até que a recuperação esteja completa.
Crianças
Para crianças com diarreia, a alimentação pode ser adiada por 24 a 48 h a fim de evitar a piora da
diarreia; durante esse intervalo, as crianças precisam de reidratação oral ou IV. Os alimentos são
oferecidos com frequência (6 a 12 vezes/dia) mas, para evitar sobrecarga da limitada capacidade
de absorção, são limitados a pequenas quantidades (< 100 mL). Durante a primeira semana,
fórmulas lácteas enriquecidas com suplementos costumam ser oferecidas em quantidades cada
vez maiores; depois de 1 semana, a quantidade total diária a ser oferecida é de 175 kcal/kg e 4 g
de proteínas/kg. Deve-se oferecer duas vezes a ingestão diária recomendada (IDR) de
micronutrientes, utilizando- se suplementos multivitamínicos. Após 4 semanas, a fórmula pode
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ser substituída por leite integral acrescido de óleo de fígado de bacalhau e alimentos sólidos,
incluindo ovos, frutas, carnes e lêvedo.
A distribuição energética entre os macronutrientes deve ser: 16% de proteínas, 50% de gorduras
e 34% de carboidratos. Um exemplo é a combinação de leite desnatado em pó (110 g), sacarose
(100 g), óleo vegetal (70 g) e água (900 mL). Muitas outras fórmulas (p. ex., leite fresco integral
com óleo de milho e maltodextrina) podem ser utilizadas. O leite em pó utilizado em fórmulas é
diluído em água.
Como a absorção de ferro por via oral é baixa em crianças com DPC, pode ser necessária
suplementação oral ou intramuscular.
Adultos
Doenças de base devem ser tratadas. Por exemplo, se aids ou câncer resultam em produção
excessiva de citoquinas, pode-se utilizar acetato de megestrol ou medroxiprogesterona para
melhorar a ingestão alimentar. Entretanto, como esses fármacos reduzem de modo drástico a
testosterona em homens (possivelmente causando perda muscular), deve haver reposição de
testosterona. Considerando-se que esses fármacos causam insuficiência adrenal, elas só devem
ser utilizadas por pouco tempo (< 3 meses).
Um fármaco orexigénico, como o extracto canábico dronabinol, deve ser oferecido a pacientes
com anorexia quando a causa for desconhecida, ou a um paciente terminal quando a anorexia
prejudicar a qualidade de vida. Os anabolizantes esteroides (p. ex., enantato de testosterona,
nandrolona) ou o harmónio de crescimento podem beneficiar os pacientes com caquexia em
decorrência de insuficiência renal e, possivelmente, os pacientes idosos (p. ex., pelo aumento da
massa muscular magra ou possivelmente melhora da função).
Fórmulas administradas por via oral podem ser utilizadas. Suprimento de nutrientes deve ser
dado em uma razão de 60 kcal/kg e 1,2 a 2 g de proteínas/kg. Se suplementos líquidos orais
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forem utilizados com alimentos sólidos, devem ser oferecidos pelo menos 1 hora antes das
refeições para que a quantidade de alimento das refeições não seja reduzida.
Assistência alimentar.
Alterações na dieta (por exemplo uso de alimentos enriquecidos e suplementos calóricos entre as
refeições)
O uso de gastrostomia a longo prazo é essencial para pacientes com disfagia grave; seu uso em
pacientes com demência é controverso. Devem-se evitar dietas terapêuticas não palatáveis (p.
ex., pouco sal, dietas para diabetes, baixo colesterol) para pacientes institucionalizados, pois elas
diminuem a ingestão alimentar e podem causar DPC grave.
Complicações do tratamento
Causas de diarreia (p. ex., sorbitol usado em medicações por via enteral, Clostridium difficile se
o paciente tiver recebido antibioticoterapia) podem ser corrigidas. Diarreia osmótica decorrente
do excesso de calorias é rara em adultos e só deve ser considerada se as outras causas forem
excluídas.
Como a DPC pode prejudicar as funções renais e cardíacas, a super-hidratação pode ocasionar
sobrecarga de volume intravascular. O tratamento diminui os níveis extracelulares de magnésio e
potássio. A depleção de potássio ou magnésio pode causar arritmias. O metabolismo de
carboidratos que ocorre durante o tratamento estimula a liberação de insulina, o que direciona o
fosfato para as células.
Hipofosfatemia pode causar fraqueza muscular, parestesias, convulsões, coma e arritmias. Como
os níveis de fosfato podem mudar rapidamente com a alimentação parenteral, eles devem ser
dosadosregularmente.
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Durante o tratamento, a insulina endógena pode setornar ineficaz, causando hiperglicemia.
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Conclusão
Após a pesquisa e elaboração do presente trabalho deu para perceber que A DPC pode ser
primária (causada pela diminuição da ingestão de nutrientes) ou secundária a doenças
gastrintestinal, distúrbios de emaciação ou condições que aumentam a demanda metabólica.
Nas formas graves da DPC, gordura corporal e, eventualmente, o tecido visceral são perdidos, a
imunidade é prejudicada, e a função dos órgãos desacelera, às vezes resultando em insuficiência
de múltiplos órgãos.
Para determinar a gravidade: medição do Índice de Massa Corporal (IMC), albuminas érica,
contagem total de linfócitos, linfócitos CD4+ e transferrina sérica.
Para diagnosticar as complicações e as consequências, fazer hemograma completo e medir os
níveis de electrólitos, nitrogénio uréico no sangue, glicose, cálcio, magnésio e fosfato.
Para DPC leve, recomendar uma dieta equilibrada, às vezes evitando alimentos que contêm
lactose.
Para DPC grave, internar o paciente, administrar uma dieta controlada, corrigir anormalidades
hidroeletrolíticas e tratar infecções; complicações comuns do tratamento (síndrome da
realimentação) são sobrecarga de líquidos, deficits electrolíticos, hiperglicemia, arritmias
cardíacas e diarreia.
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Referencia Bibliográfica
https://google.com/sappientia.ualg.ptbitsteam/10400.1/4679/2/Malnutricao/doencas.pdf
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