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2- AS DOENÇ AS DE ORI GEM NUTRICIO NAL Nutrientes participam do metabolismo interme diário

como substrato e cofatore s de forma a ma nter as princ ipais estr atégias metabólicas da célula:
a o xidação d e mol éculas do alimento ( carboidratos, áci dos graxos e aminoác idos) para a síntese
d e comp ostos energét icos; formação d e poder reduto r; síntese de biom oléculas. A fa lta de
nutriente s l eva as células a alteraçõe s m etabólicas e estrutura is. O acúmulo de dano s cel ulares
acaba por compromet er os tecidos e po r fim a fun ção dos órgãos, levando aos quadros clí nicos de
afecçã o nutriciona l. Como com qualquer outra afecção, o diagn óstico das d oenças nutric ionais
depen de de uma adequ ada a namnese, exame fí sico e, dependend o de cada caso, de exa mes
laboratori ais específico s. A anamnese, como não poderia dei xar de ser, deve incluir uma
adequada e amp la investigação d a dieta consumid a, avaliando todos os aspectos anteriorme nte
coment ados, O estudo cu idadoso da d ieta, in clusive com apoio de um labo ratório de análise de
alimentos é, em situaçõe s pr áticas, u ma maneira bastante efetiva de se chegar ao diagnó stico
presun tivo. Como poder á ser verificado a seguir, a s doe nças nutri cionais via de r egra
apresentam sintomas clínicos semelh antes e em poucas situações prá ticas o exame clínico
isolada mente perm ite a iden tificação de q ual ou quais nutrie ntes e stão em falta ou exce sso.
A determin ação d o perf il nutr icional d a d ieta co nsumida pelo anim al e sua compara ção com
valores de referências p ara espécie s doméstica s conhecidas podem facilitar, e m muito, a
definição de suspeitas clínicas e orie ntar a solicita ção de exam es laborator iais

Anemia: A necessidade de complementar a alimentação, com alimentos ricos em ferro, e Ferro – Heme
(que é absorvido pelo organismo com facilidade) como,ovos,leite, carnes e fígado. Nos adultos, devido à
alimentação irregular, a anemia nutricional é freqüente. Um paciente obeso, por incrível que pareça,
muitas vezes é anêmico. Para se absorver o ferro necessitamos de ácido fólico, vitamina B12, vitamina C
e ainda um meio ácido.

Raquitismo: Ele é causado pela fragilidade dos ossos, devida à falta de deposição do mineral cálcio
biodisponível nas células ósseas e por insuficiência de fósforo, cobre e vitamina D, ou por proporções
inadequadas entre essas substancias. Elementos como o cobre e o zinco, agindo como componentes, ou
ativadores de enzimas, implicados nesse processo de deposição, são importantes para boa formação do
esqueleto. A insuficiência desses elementos determina alterações semelhantes às encontradas na
carência de cálcio, fósforo ou vitamina D.Lembrar sempre que a vitamina D só se transforma de pró-
vitamina D em vitamina D3 com a exposição à luz solar.

Avitaminose: A vitamina C, essencial para o homem, e pode causar quadro de escorbuto na carência
crônica, sangramento gengival, queda de resistência imunológica e dificuldade na fixação do ferro que
leva a anemia. Por outro lado, a deficiência de ácido nicotínico, relativamente rara no homem, é
freqüente nos cães, em que acarreta uma doença conhecida como “língua preta”, caracterizada por
necrose e posterior ulceração da mucosa da boca. Como conseqüência, surge salivação abundante com
cheiro forte e desagradável. O animal recusa alimento e se apresenta com a boca semi-aberta, da qual
escorre baba amarelada, às vezes à sanguinolenta. Esses sintomas levam muitas vezes a suspeita de
raiva.
DOENÇAS NUTRICIONAIS A desnutrição proteico-energética (DPE) é uma consequência da
deficiência na digestão ou absorção de proteínas ou uma ingesta inadequada de proteínas e calorias.
Essa deficiência causa perda de tecido gorduroso e muscular, perda de peso, letargia e fraqueza
generalizada. A insuficiência dietética acontece quando o organismo não recebe energia suficiente de
carboidratos e proteínas, aminoácidos para a síntese de proteínas e lipídios ou não produz hormônios e
coenzimas metabólicas pela ausência de vitaminas e minerais. A desnutrição primária acontece
quando um ou mais componentes está faltando na dieta e a desnutrição secundária acontece quando
o fornecimento de alimentos é adequado mas a ingestão é insuficiente ou a absorção não acontece
adequadamente. As principais causas de insuficiência dietética são: • Pobreza • Infecções • Doenças
crônicas e agudas • Alcoolismo crônico • Ignorância e fracasso de dietas suplementadas • Restrição
dietética autoimposta • Doenças gastrointestinais e síndromes de má absorção A DPE grave afeta
crianças principalmente de países de baixa renda. Ela é caracterizada por ingestão dietética de proteínas
e calorias que é insuficiente para atender às necessidades do corpo. Uma criança cujo peso diminui em
menos de 80% do normal é considerada desnutrida. Marasmo: retardo de crescimento e perda de
massa muscular, como resultado do catabolismo e depleção do compartimento proteico somático.
Kwashiorkor: a privação pronunciada de proteína se associa com a perda grave do compartimento
proteico visceral, e a hipoalbuminemia resultante dá origem a um edema generalizado. Caquexia:
complicação de pacientes com AIDS ou cânceres de estágio avançado. Ela é caracterizada pela extrema
perda de peso, fadiga, atrofia muscular, anemia, anorexia e edema. Sua causa ainda é desconhecida,
mas estima-se que nos cânceres tenha relação com agentes produzidos pelo tumor, como LMF (fator
mobilizador de lipídios) e PIF (fator de indução de proteólise). Transtornos alimentares com bases
neurobiológicas acontecem principalmente em mulheres jovens com complexo de magreza. A
anorexia nervosa é uma condição de inanição induzida, resultando em perda de peso e alguns dos
seus achados clínicos são: • Amenorreia: secreção diminuída da gonadotrolina e, por consequência, do
LTH e hormônio folículo estimulante • Redução de

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