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Anatomia do sistema veno-

linfá tico

UFCD_9137

25 horas

815198 - Esteticista
Anatomia do sistema veno-linfá tico UFCD 9137

ÍNDICE

Objetivos e conteú dos .................................................................................................................................................. 4

Fisiologia dos líquidos bioló gicos............................................................................................................................. 5

Conceitos (síntese)......................................................................................................................................................... 5

Organizaçã o das células................................................................................................................................................ 7

Líquidos bioló gicos......................................................................................................................................................... 8

Líquido intracelular / Líquido extracelular.......................................................................................................... 8

Meio interno (apresentaçã o física) /Homeostase.............................................................................................. 9

Sistema venoso.............................................................................................................................................................. 11

Funçõ es............................................................................................................................................................................. 11

Principais veias do membro superior e do membro inferior.....................................................................13

“Bomba” muscular da perna.................................................................................................................................... 17

Patologia do sistema nervoso.................................................................................................................................. 18

Sistema linfá tico............................................................................................................................................................ 21

Componentes do sistema linfá tico......................................................................................................................... 21

A linfa................................................................................................................................................................................. 21

Carga linfá tica obrigató ria........................................................................................................................................ 21

Linfó citos.......................................................................................................................................................................... 23

Macró fagos...................................................................................................................................................................... 24

Vias linfá ticas.................................................................................................................................................................. 25

Capilares linfá ticos....................................................................................................................................................... 25

Pré-coletores, coletores e canal torá cico............................................................................................................ 26

Transporte da linfa...................................................................................................................................................... 27

Gâ nglios linfá ticos: anatomia e funçã o................................................................................................................. 28

Timo................................................................................................................................................................................... 29

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Baço.................................................................................................................................................................................... 31

Formaçõ es linfoides..................................................................................................................................................... 32

Nó dulos linfá ticos (folículos)................................................................................................................................... 32

As amígdalas................................................................................................................................................................... 33

Fisiopatologia................................................................................................................................................................. 34

Aná lise............................................................................................................................................................................... 34

Edema devido ao aumento de liquido ph-PO-PV............................................................................................. 34

Edema devido ao aumento do líquido pH-PO-PV e por falta de drenagem: conclusõ es..................35

Bibliografia e netgrafia............................................................................................................................................... 35

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Objetivos:
 Identificar a constituiçã o e funçõ es do sistema veno-linfá tico.

 Reconhecer a importâ ncia do sistema veno-linfá tico nos tratamentos estéticos.

 Identificar as patologias associadas ao sistema linfá tico.

 Reconhecer a importâ ncia do sistema veno-linfatico nos tratamentos pré e pó s


cirú rgicos.

Conteúdos:
 Fisiologia dos líquidos bioló gicos

 Conceitos (síntese)

 Organizaçã o das células

 Líquidos bioló gicos

o Líquido intracelular

 Líquido extracelular

 Meio interno (apresentaçã o física)

 Homeostase

 Sistema venoso

 Funçõ es

 Principais veias do membro superior e do membro inferior

 “Bomba” muscular da perna

 Patologia do sistema nervoso

 Sistema linfá tico

 Componentes do sistema linfá tico

 A linfa

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o Carga linfá tica obrigató ria

o Linfó citos

o Macró fagos

 Vias linfá ticas

o Capilares linfá ticos

o Pré-coletores, coletores e canal torá cico

 Transporte da linfa

 Gâ nglios linfá ticos

o Anatomia

o Funçã o

 Timo

 Baço

 Formaçõ es linfoides

o Nó dulos linfá ticos (folículos)

o As amígdalas

 Fisiopatologia

 Analise

o Edema devido ao aumento de líquido ph-PO-PV

o Edema por falta de drenagem

o Conclusõ es

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Fisiologia dos líquidos biológicos

Conceitos (síntese)

Os líquidos biológicos têm grande importâ ncia porque perfazem 56% do corpo humano
adulto, enquanto chegam na criança a um percentual de 70%.

Todos os processos metabólicos, tanto os anabó licos (síntese) quanto os catabó licos
(decomposiçã o) ocorrem em ambiente líquido. Todo o transporte material utiliza os líquidos
bioló gicos como veículo e solvente. A maioria das excreções é em forma de líquidos (urina,
suor, lá grimas) ou contém líquido na sua composiçã o (fezes, muco). Os líquidos sã o
importantes como amortecedores físicos, evitam o atrito entre os ó rgã os, participam
ativamente da termorregulaçã o e da desintoxicaçã o; os líquidos da substância fundamental
servem de amortecedores químicos e depó sito para oxigénio, nutrientes e resíduos
metabó licos.

Sem líquido a vida não seria possível.

Os líquidos biológicos podem ser divididos em:

líquidos intracelulares
líquidos extracelulares

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Os líquidos intracelulares encontram-se no interior das células.

Os líquidos extracelulares encontram-se:

nos espaços entre as células (substâ ncia fundamental)


nos vasos sanguíneos e linfá ticos

nos espaços potenciais (pleura, cavidade peritoneal, cavidade pericá rdica, tendas
sinoviais, espaços subaracnoídeos, ventrículos cerebrais)

líquido intraocular

líquido do aparelho gastrintestinal

excreçõ es (urina, suor, lá grimas)

Todos os líquidos biológicos, com exceçã o dos líquidos excretados, comunicam-se entre si.

Enquanto os líquidos extracelulares se encontram em circulaçã o contínua, os intracelulares


permanecem mais constantes nos seus recipientes, mas comunicam-se através da membrana
celular com o líquido intersticial (substâ ncia fundamental), que fornece oxigenaçã o e nutriçã o
para as células e recebe os seus dejetos.

A composição dos diversos líquidos biológicos é basicamente a mesma: á gua, eletró litos e
nã o eletró litos, glicose, proteínas e lipídios, porém cada um tem as suas características
específicas.

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Organização das células

As células são delimitadas por membranas que possuem certo grau de seletividade,
permitindo que tal estrutura tenha, com ressalvas, contacto com o meio externo: é a
permeabilidade seletiva. Algumas células possuem também outros envoltó rios, como o
glicocá lix e a parede celular, que proporcionam resistência e proteção.

Internamente há o citoplasma, regiã o na qual ocorrem diversas reaçõ es químicas relacionadas


com o metabolismo. Rico em á gua, íons e moléculas diversas, é nele que encontramos
ribossomas e estruturas temporá rias de reserva; além do citoesqueleto e das organelas
citoplasmá ticas, no caso das células eucarióticas.

Células eucarióticas também se diferenciam das procarióticas pelo fato de nelas


encontrarmos o nú cleo, delimitado por uma estrutura membranosa: a carioteca; enquanto em
organismos procarió ticos há uma molécula circular de DNA, o nucleoide, sem delimitaçõ es
membranosas.

As células são a unidade estrutural de todos os seres vivos, sendo nelas o local em que
ocorre a maioria das reações capazes de permitir o funcionamento de todos os organismos
vivos. Assim, conhecer a organização celular auxilia-nos a compreender com mais eficiência
as funçõ es que tal estrutura executa, e como ela interfere, positivamente, na vida dos seres
vivos.

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Líquidos biológicos

Líquido intracelular / Líquido extracelular

O líquido intercelular difere significativamente do líquido extracelular. Contém grandes


quantidades de íons de potá ssio, magnésio e fosfato, em vez dos íons de só dio e cloreto,
encontrados no líquido extracelular. Mecanismos especiais para o transporte de íons, através
das membranas celulares, mantém as diferenças de concentraçã o iô nicas entre os líquidos
extracelulares e intracelulares.

O líquido extracelular contém grandes quantidades de sódio, cloreto e íons de


bicarbonato, mais o nutriente para as células como oxigénio, glicose, á cidos graxos e
aminoá cidos. Também contem dióxido de carbono que é transportado das células para os
pulmõ es para ser excretado, a alem de outros produtos de excreçã o celulares, que sã o
transportados paras os rins para serem eliminados.

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Meio interno (apresentação física) /Homeostase

Com 90% de á gua na sua composiçã o - relativamente pró xima ao do plasma - o líquido
intersticial serve para preencher a parte vazia entre as células e os vasos capilares
sanguíneos. A sua presença tem como efeito favorecer a interaçã o entre as duas estruturas. O
excesso de líquido intersticial é tratado pelos capilares linfá ticos, sendo transformados em
linfa. É , portanto, transportada até o pescoço, onde será reintegrada ao sistema sanguíneo pela
veia subclávia esquerda.

Homeostase é a condiçã o de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar


as suas funçõ es adequadamente para o equilíbrio do corpo. Homeostasis: palavra de origem
grega, cujo significado já define muito bem o que vem a ser: homeo- = semelhança; -stasis =
açã o de pô r em estabilidade.

Características:

Apesar de mudanças que possam vir a ocorrer no organismo, internamente ou


externamente, a homeostase é a constâ ncia do meio interno (líquido intersticial).
Conservando-se em temperatura adequada (37º C) garante que as trocas necessá rias para o
corpo ocorram; e, assim, as células do corpo se desenvolvam.

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Funções

Os responsáveis pelo controlo da homeostase sã o o sistema nervoso e as glândulas


endócrinas. Por exemplo, a insulina (que é um hormô nio) age na redução dos níveis de
glicose, quando ele está muito alto. Outro exemplo: No caso do aumento da temperatura do
corpo, as glâ ndulas sudoríparas sã o levadas a libertar mais suor; pois recebem o comando dos
impulsos nervosos; dessa forma, o corpo é arrefecido.

Exemplos:

A homeostase ocorre em todo o organismo. Seguem alguns exemplos:

No sistema circulatório: aqui podemos observá -la desde o seu início, ainda nos
processos de contração e relaxamento alternados do coraçã o, onde o sangue é enviado a todo
o corpo, chegando até aos capilares, onde, por fim, ocorrem as trocas. Nessa etapa, os
nutrientes e o oxigénio sã o transferidos para o líquido intersticial, e, através deste, sã o
transferidos os resíduos celulares para o sangue. Entã o, as células, absorvem esses
nutrientes e o oxigénio e depositam os seus resíduos nesse líquido.

Na manutenção do nível de glicose no sangue: é por este equilíbrio que o cérebro e


todo o corpo sã o mantidos. Pois quando a glicose está abaixo do nível, pode causar danos, como
inconsciência ou até mesmo a morte. Já o contrá rio – muita glicose no sangue – pode
prejudicar os vasos sanguíneos e provocar grande perda de água pela urina.

Um corpo em homeostase tem uma grande capacidade de se regenerar. Pois um organismo


em equilíbrio garante boa saú de. Dois fatores, entre vá rios outros, que interferem nesse
equilíbrio sã o: comportamento e ambiente. A genética também, porém, pode ser influenciada
pelos fatores já citados.

Levar um estilo de vida que contribua com a saúde, evitando uso de substâ ncias nocivas ao
organismo (ex.: á lcool, cigarro, drogas), cultivando bons há bitos alimentares, atividade física e
até a sua forma de encarar a vida, pode contribuir muito para uma ótima saúde e bem-estar.

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Sistema venoso

Funções

O sistema venoso é a parte do sistema circulató rio em que o sangue é transportado da


periferia de volta para o coração. Podemos distinguir entre o sistema venoso superficial e
o profundo.

O sistema venoso superficial subcutâ neo nas pernas inclui a veia safena magna e a
veia safena parva. É através dele que o sangue é transportado a partir da superfície (pele e
tecidos subcutâ neos), de onde conduz para as veias profundas.

O sistema venoso profundo inclui as veias ilíaca, femoral, poplítea e femoral profunda.
As veias profundas geralmente correm paralelas à s artérias correspondentes.

Estes dois sistemas venosos sã o separados um do outro por fá scia de tecido conjuntivo e
mú sculos, e estã o ligadas por um terceiro sistema venoso - as veias perfurantes (ou veias
comunicantes).

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A parede venosa é composta por três camadas:

íntima (camada interior)


média (camada do meio) e

adventícia (camada exterior)

As paredes das veias sã o mais finas do que as das artérias. Sã o mais distensíveis porque
contêm menos fibras elásticas e musculares.

Enquanto as artérias transportam sangue do coração para o corpo, as veias transportam o


sangue pouco oxigenado de retorno ao coraçã o – contra a gravidade. Esta funçã o é auxiliada
pela chamada bomba muscular nos mú sculos das pernas e nas vá lvulas venosas. Como uma
vá lvula, estas impedem que o sangue tenha um fluxo de retorno para a perna. Se este sistema
começar a falhar, o sangue se acumula nas pernas. Desenvolvemos telangiectasias, veias
varicosas, inflamaçã o venosa e, em está gios muito avançados, ú lceras venosas nas pernas.

Válvulas venosas - componentes importantes do sistema venoso

As veias contêm válvulas em forma de crescente, em intervalos mais longos no lú men, que
dividem os vasos longos em segmentos. Estas válvulas abrem-se assim que o sangue é
empurrado para cima, no sentido do centro do corpo, contra a gravidade, e fecham no momento
em que o sangue “para” e começa a fluir para trás.

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Principais veias do membro superior e do membro inferior

As principais veias do membro superior sã o a Veia Cefálica e a Veia Basílica, originam-se


na tela subcutâ nea do dorso da mã o a partir da rede venosa dorsal. A ligação entre as veias
profundas com as veias superficiais, temos as veias perfurantes.

A veia cefálica é superficial e corre lateralmente ao membro superior (posiçã o anató mica).
Tem uma comunicaçã o com a Veia Basílica pela veia intermédia do cotovelo e drena para a
Veia Axilar mais medialmente ao trígono clavipeitoral. Essa veia passa entre os mú sculos
deltoide e peitoral maior no braço e muitas vezes é visível na pele.

A veia basílica começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial do


antebraço no seu terço distal e situa-se na face anterior. Chega à altura do epicôndilo medial e
passa a acompanhar a face medial do braço, seguida pelo nervo cutâneo medial do braço.

Veia cubital mediana (ou veia basílica mediana), é uma veia superficial do membro
superior. Liga a veia basílica e a veia cefá lica e frequentemente é utilizada para punção venosa
(retirar sangue). Repousa na fossa cubital superficial à aponeurose do mú sculo bíceps braquial.

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A artéria axilar começa como a continuaçã o da artéria subclá via no exterior das fronteiras da
primeira costela, abaixo da média da clavícula.

Existem duas veias subclávias (grandes) em cada um dos lados do corpo humano. Cada uma
delas é a continuação da veia axilar e une-se à veia jugular interna que forma assim a veia
braquiocefálica.

Veias do membro inferior:

O maior dos vasos aferentes é a aorta, que sai do ventrículo esquerdo, descreve um arco
aó rtico de trajeto descendente, atravessa o tó rax (aorta torá cica) e o abdó men (aorta
abdominal).

Esta ú ltima pró xima à pelve divide-se em dois ramos terminais, denominadas artérias ilíacas
comuns (direita e esquerda). Em continuaçã o as ilíacas, dividem-se em ilíaca externa e
interna.

A artéria ilíaca externa passa por baixo do ligamento inguinal e alcança o membro inferior
denominada de artéria femoral. Esta é a principal fonte de irrigação do membro inferior.

A artéria femoral é a continuaçã o da ilíaca externa. Encontra-se (medial) no trígono femoral,


sendo, lateral ao nervo femoral e medial a veia femoral.

Apresenta uma disposição medial e oblíqua. Passa pelo hiato tendíneo através do canal do
adutor no mú sculo adutor magno e cai na fossa poplítea, onde, se torna artéria poplítea. Irriga
os glúteos e a coxa.

A artéria poplítea é a continuação da femoral. Passa pela fossa poplítea na face posterior do
fêmur e joelho, sendo, lateral a veia poplítea e nervo tibial. Irriga todo o joelho.

A poplítea dá ramos terminais denominados de artéria tibial anterior e artéria tibial


posterior. Estas irrigam a parte distal do membro inferior (perna e pé).

A artéria tibial anterior vem da artéria poplítea na regiã o da fossa poplítea, onde, passa
desta e percorre a perna anteriormente, alcançando o dorso do pé. Irriga a perna anterior e
dorso do pé.

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A artéria tibial posterior vem também da poplítea e percorre a perna posterior. É recoberta
pelo mú sculo só leo, acompanha o nervo tibial e é superficial no tornozelo, onde pode ser
palpá vel (entre o maléolo medial e calcâ neo). Irriga a porçã o posterior da perna, tornozelo e
planta do pé.

Para finalizar, é importante sabermos que, na divisão da artéria poplítea (entre a artéria
tibial anterior e a posterior) existe outra porçã o/ramo continuada da artéria posterior
denominada de tronco tíbio fibular. Deste sai um ramo, denominada de artéria fibular.

A artéria fibular é um ramo da tibial posterior e apresenta um trajeto posterior ao maléolo


lateral. Irriga a porção lateral da perna e o tornozelo.

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Veias do membro inferior

A direção dos vasos/veias é centrípeta, ou seja, em direçã o ao coraçã o. O sangue que chega
(drena) ao coraçã o é levado pela veia cava inferior.

As veias são numerosas em relação às artérias. Acompanham as artérias com o mesmo


nome e trajeto, sendo classificadas em profundas.

Nos membros existem duas veias (satélites) para cada artéria. Mas existem também as veias
que nã o acompanham artérias, sendo classificadas em superficiais.

Estas são ditas solitárias. Entã o existem dois grupos de veias, as profundas e superficiais.

As superficiais nã o acompanham as artérias. Tudo começa no pé, onde no dorso existe o arco
venoso dorsal do pé, que drena o dorso do pé e a planta do pé através de comunicaçã o com o
arco venoso plantar.

Os arcos medial e lateral, formam dois troncos venosos superficiais mais importantes do
membro inferior, as veias safenas, magna e parva.

A veia safena magna origina na extremidade medial do arco venoso dorsal, anteriormente ao
maléolo medial.

Continua ao longo da face medial da coxa e desemboca (cai) na veia femoral pró ximo ao
osso pú bis. Entã o, drena o sangue da regiã o medial da perna e coxa.

A veia safena parva origina na porção lateral do arco venoso dorsal, posteriormente ao
maléolo lateral. Segue na face posterior da perna e pró ximo a fossa poplítea atravessa a fá scia
muscular e desemboca na veia poplítea. Drena a regiã o posterior e lateral da perna.

Para finalizarmos é importante mencionar que as veias profundas acompanham as artérias


profundas com o mesmo nome e trajeto.

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“Bomba” muscular da perna

De cada vez que os músculos se contraem, apertam as veias profundas nas pernas e
continuam a transportar o sangue. Também neste caso as vá lvulas venosas determinam a
direçã o do fluxo e impedem que o sangue flua para trás.

Treinando a bomba muscular da panturrilha

No entanto, a bomba muscular apenas entra em açã o quando usamos os mú sculos, ou seja, ao
andar ou ao correr. Longos períodos de pé ou sentado podem causar acumulaçã o de sangue nas
pernas.

A água do sangue passa através das paredes dos vasos para os tecidos circundantes e
provoca o inchaço de pernas e pés.

Sempre que os mú sculos dos pés e das pernas trabalham, a bomba muscular trabalha em
conjunto e impulsiona novamente o retorno venoso.

Caminhar, subir escadas, andar de bicicleta ou nadar mantêm a bomba muscular em forma e
garantem boa circulação sanguínea nas pernas.

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Patologia do sistema nervoso

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

É um distú rbio grave do sistema nervoso. Pode ser causado tanto pela obstruçã o de uma
artéria, que leva à isquemia de uma á rea do cérebro, como por uma rutura arterial seguida de
derrame. Os neurónios alimentados pela artéria atingida ficam sem oxigenaçã o e morrem,
estabelecendo-se uma lesã o neuroló gica irreversível. A percentagem de ó bitos entre as pessoas
atingidas por AVC é de 20 a 30% e, dos sobreviventes, muitos passam a apresentar problemas
motores e de fala.

Algum dos fatores que favorecem o AVC sã o a hipertensã o arterial, a elevada taxa de
colesterol no sangue, a obesidade, o diabetes melito, o uso de pílulas anticoncecionais e o há bito
de fumar.

Ataques Epiléticos

Epilepsia não é uma doença, mas sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes formas
clínicas. As epilepsias aparecem, na maioria dos casos, antes dos 18 anos de idade e podem ter
vá rias causas, tais como anomalias congénitas, doenças degenerativas do sistema nervoso,
infeçõ es, lesõ es decorrentes de traumatismo craniano, tumores cerebrais, etc.

Cefaleias

As Cefaleias são dores de cabeça que se podem propagar pela face, atingindo os dentes e o
pescoço. A sua origem está associada a diversos fatores como tensã o emocional, distú rbios
visuais e hormonais, hipertensã o arterial, infeçõ es, sinusites, etc.

A enxaqueca é um tipo de doença que ataca periodicamente a pessoa e caracteriza-se por


uma dor latejante, que geralmente afeta metade da cabeça. As enxaquecas sã o
frequentemente acompanhadas de foto fobia (aversã o a luz), distú rbios visuais, ná useas,
vó mitos, dificuldades em se concentrar, etc. As crises de enxaqueca podem ser desencadeadas
por diversos fatores, tais como tensã o emocional, tensã o pré-menstrual, fadiga, atividade física
excessiva, jejum, etc.

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Doenças degenerativas do sistema nervoso

Existem vá rios fatores que podem causar morte celular e degeneraçã o. Esses fatores podem ser
mutaçõ es genéticas, infeçõ es virais, drogas psicotró picas, intoxicaçã o por metais, poluiçã o, etc.
As doenças nervosas degenerativas mais conhecidas sã o a esclerose mú ltipla, a doença de
Parkinson, a doença de Huntington e a doença de Alzheimer.

Esclerose Múltipla

Manifesta-se por volta dos 25 a 30 anos de idade e é mais frequente nas mulheres. Os primeiros
sintomas sã o alterações da sensibilidade e fraqueza muscular. Pode ocorrer perda da
capacidade de andar, distú rbios emocionais, incontinência uriná ria, quedas de pressã o,
sudorese intensa, etc. Quando o nervo ó tico é atingido, pode ocorrer diplopia (visã o dupla ).

Doença de Parkinson

Manifesta-se geralmente a partir dos 60 anos de idade e é causada por alteraçõ es nos
neuró nios que constituem a "substâ ncia negra" e o corpo estriado, dois importantes centros
motores do cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez corporal,
tremor incontrolá vel, além de acentuada reduçã o na quantidade de dopamina, substâ ncia
neurotransmissora fabricada pelos neurónios do corpo.

Doença de Huntington

Começa a manifestar-se por volta dos 40 anos de idade. A pessoa perde progressivamente a
coordenação dos movimentos voluntários, a capacidade intelectual e a memó ria. Esta
doença é causada pela morte dos neuró nios do corpo estriado. Pode ser hereditá ria, causada
por uma mutaçã o genética.

Doença de Alzheimer

Esta doença manifesta-se por volta dos cinquenta anos e caracteriza-se por uma
deterioraçã o intelectual profunda, desorientando a pessoa que perde, progressivamente a
memó ria, as capacidades de aprender e de falar.

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Esta doença é considerada a primeira causa de demência senil. A expectativa média de
vida de quem sofre desta moléstia é entre cinco e dez anos, embora atualmente muitos
pacientes sobrevivam por 15 anos ou mais.

Através do Alzheimer, ocorrem alteraçõ es em diversos grupos de neuró nios do có rtex-


cerebral e é uma doença hereditá ria.

Nã o existe uma prevenção possível para esta doença. Só um tratamento médico-psicoló gico
intensivo do paciente, que visa mantê-lo o maior tempo possível em seu tempo normal de vida.
Com a ajuda da família e a organizaçã o de uma assistência médico-social diversificada é
possível retardar a evoluçã o da doença.

Doenças infeciosas do sistema nervoso

Vírus, bactérias, protozoá rios e vermes podem parasitar o sistema nervoso, causando doenças
de gravidade que depende do tipo de agente infecioso, do seu estado físico e da idade da pessoa
afetada.

Existem diversos tipos de vírus podem atingir as meninges (membranas que envolvem o
sistema nervoso central), causando as meningites virais. Se o encéfalo for afetado, fala-se de
encefalites. Se a medula espinal for afetada, fala-se de poliomielite. Infeçõ es bacterianas
também podem causar meningites.

O protozoá rio Plasmodium falca á rum causa a malá ria cerebral, que se desenvolve em cerca de
2 a 10% dos pacientes. Destes, cerca de 25% morrem em consequência da infeçã o. O verme
platelminto Taenia solium (a solitá ria do porco) pode, em certos casos, atingir o cérebro,
causando cisticercose cerebral. A pessoa adquire a doença através da ingestã o de alimentos
contaminados com ovos de tênia. Os sintomas são semelhantes aos das epilepsias.

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Sistema linfático
Os componentes do sistema

A linfa

A carga linfática obrigatória

A linfa é um fluido transparente, que impregna o corpo, que é produzido quando o sangue
atravessa os vasos capilares e vaza para o corpo; os poros dos capilares sã o pequenos e nã o
permitem a passagem dos gló bulos vermelhos, mas deixam passar o plasma sanguíneo,
contendo oxigênio, proteínas, glicose e gló bulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos
linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como
nó dulos linfá ticos ou gâ nglios linfá ticos). Apó s a filtragem, é lançada no sangue, desembocando
nas grandes veias torá cicas.

É produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos ao espaço intersticial
ou intercelular, sendo recolhida pelos capilares linfá ticos que drenam aos vasos linfá ticos mais
grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias subclávias.

Percorre o sistema linfático graças a débeis contraçõ es dos mú sculos, da pulsaçã o das
artérias pró ximas e do movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstruçã o, o
líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.

A linfa é composta por um líquido claro pobre em proteínas e rico em lipídios, parecido com
o sangue, mas com a diferença de que as ú nicas células que contém sã o os gló bulos brancos que
migram dos capilares sanguíneos, sem conter hemá cias. A linfa é mais abundante do que o
sangue.

Este fluido é responsável pela eliminação de impurezas que as células produzem durante
seu metabolismo. Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtro dos gâ nglios linfá ticos
e baço sã o eliminados. Por isso, durante certas infeçõ es pode-se sentir dor e inchaço nos
gâ nglios linfá ticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua".

Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos através da força do coraçã o, a
linfa depende exclusivamente da açã o de agentes externos para poder circular. Ao
caminharmos, os mú sculos da perna comprimem os vasos linfá ticos, deslocando a linfa em seu

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interior. A linfa bombeada pela ação muscular segue desta forma em direçã o ao abdome,
onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes.

Outros movimentos corporais também deslocam a linfa, tais como a respiraçã o, atividade
intestinal e compressõ es externas, como a massagem. Permanecer por longos tempos parado
em uma só posiçã o faz com que a linfa tenha a tendência a se acumular nos pés, por influência
da gravidade, causando inchaço.

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Os linfócitos

Os linfócitos sã o um tipo de células brancas do sangue (leucó citos), produzidos na medula


ó ssea vermelha.

Função dos Linfócitos:

Realizar a defesa do organismo contra agentes infeciosos (vírus, bactérias, substâ ncias
alergénicas e outros corpos hostis que podem penetrar no corpo humano).

Características principais:

Possuem formato esférico;

Sã o mononucleares (presença de apenas um nú cleo);

Possuem cor azul;

Possuem tamanho entre 5 e 8 micrô metros;

No corpo humano de uma pessoa saudável existem entre 1 mil e 4 mil linfó citos por mililitro
de sangue. Eles sã o de 20 a 30% do total de leucó citos. Quando uma pessoa está estressada ou
deprimida este nú mero pode cair, enfraquecendo o seu sistema imunológico. Por outro lado,
quando uma pessoa está com uma infeçã o, o nú mero de linfó citos cresce, indício de que o
sistema imunológico está a combater o vírus ou as bactérias.

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Os macrófagos

Em citologia, chamam-se macrófagos as células de grandes dimensõ es do tecido conjuntivo,


ricos em lisossomas, que fagocitam elementos estranhos ao corpo. Os macró fagos derivam
dos monó citos do sangue e de células conjuntivas ou endoteliais. Intervêm na defesa do
organismo contra infeções. Também sã o ativos no processo de involuçã o fisioló gica de alguns
ó rgã os. É o caso do ú tero, que, apó s o parto, sofre uma reduçã o de volume, havendo uma
notável participação dos macrófagos nesse processo.

Têm característica afinidade de cooperação com os linfó citos T e B.[1] Possuem duas
grandes funçõ es na resposta imunitá rias: fagocitose e destruiçã o do microrganismo; e
apresentaçã o de antigénios.

Expressam numerosos recetores:

Para citocinas pró -inflamató rias;

Para moléculas da parede bacteriana;

Para proteínas do complemento;

Para imunoglobulinas;

Para moléculas de adesã o.

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As vias linfáticas

Os capilares linfáticos

Em anatomia, capilares linfáticos são vasos linfáticos de pequena espessura presentes em


quase todos os tecidos do corpo. Capilares mais finos vã o-se unindo em vasos linfá ticos, que
terminam em dois grandes dutos principais: o duto torácico (recebe a linfa procedente da
parte inferior do corpo, do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes do tó rax) e
o duto linfático (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de
parte do tó rax), que desembocam em veias próximas ao coração.

Originam-se nos espaços intercelulares, tem fundo cego. Nã o há contacto direto entre o seu
conteú do e o líquido intercelular, ou as células dos tecidos. Infiltram-se entre estas devido a
suas paredes serem extremamente finas facilitando a permeabilidade, que é maior do que a
dos capilares sanguíneos.

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Pré-coletores - Pré-coletores, coletores e canal torácico

Os vasos pré-coletores possuem uma estrutura bastante semelhante ao capilar linfá tico,
sendo o endotélio coberto internamente por tecido conjuntivo, onde, em alguns pontos se
prolongam juntamente com as células epiteliais, formando as vá lvulas que direcionam o fluxo
da linfa.

As suas estruturas são fortalecidas por fibras colá genas, e através de elementos elá sticos e
musculares, possuem também as propriedades de alongamento e contratilidade

Os vasos linfáticos confluem para dois canais coletores, que conduzem a linfa ao sangue: o
canal torácico e a grande veia linfática.

O CANAL TORÁCICO, assim chamado porque ocupa o tó rax em quase todo o seu trajeto,
estende-se ao longo da coluna vertebral, desde a parte superior do abdô men até a base do
pescoço. Origina-se na cisterna de Pecquet, reservatório piriforme em que desembocam
linfá ticos provenientes dos membros inferiores e dos ó rgã os abdominais, inclusive os do
intestino (vasos quilíferos). Com o diâmetro de meio centímetro ou menos, o canal torá cico
sobe e vai desembocar na veia subclá via esquerda, tendo, no percurso, recebido alguns
afluentes, entre os quais os linfáticos do hemitórax esquerdo.

A GRANDE VEIA LINFÁTICA, situada à direita, na regiã o â ntero-lateral do pescoço, recebe os


linfá ticos do membro superior direito, da metade direita da cabeça e do hemitó rax direito. Com
um trajeto de apenas 8 a 15 milímetros, a grande veia linfá tica desemboca na veia subclá via
direita.

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Transporte da linfa

Formada nos interstícios dos tecidos, pela cooperaçã o destes e do sangue, a linfa, depois de
ganhar as células, deve regressar à circulação sanguínea.

Fá -lo por intermédio de vasos especiais, os vasos linfáticos, que confluem, dos inú meros
ó rgã os, para dois troncos, o canal torá cico, do lado esquerdo, a grande veia linfá tica, do lado
direito. Por eles a linfa se lança nas veias subclá vias, e deste modo retorna ao sangue.

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Gânglios linfáticos: anatomia e função

Dá -se este nome a pequenas dilatações de consistência mole, de forma e volume variá vel,
escaladas no trajeto do linfá tico. É íntima a relação dos gânglios com os canais linfá ticos: o
gâ nglio recebe um certo nú mero de canais aferentes e, de outro lado, emite canais eferentes. Os
gânglios linfáticos, cujo nú mero oscila entre 400 e 500, se distribuem por todo o corpo, na
vizinhança dos troncos vasculares. Encontramos, por exemplo, no membro inferior, em torno
das artérias poplitéia e femural; no membro superior, em torno da axilar e da umeral; no
abdómen, pró ximo das ilíacas, das mesaraicas, da aorta, da veia cava inferior, etc.

No sistema linfá tico, os gâ nglios linfá ticos têm como funçã o primordial a produçã o de linfó citos.
Estes gló bulos, chegando pelos vasos aferentes à s cavidades do gâ nglio, penetram nos tecidos
deste e aí se multiplicam. Os novos elementos, assim formados, regressam à s cavidades e
prosseguem na circulaçã o pelos vasos eferentes.

Os gânglios representam um lugar de depuração; os leucó citos aí deixam partículas


estranhas, gló bulos de gordura, micró bios, que haviam trazido consigo. Compara-se, mesmo, o
que se passa com os leucó citos, no gâ nglio, em que eles abandonam as suas impurezas, ao que
sucede com as hemá cias no pulmã o, em que estas se libertam do anidrido carbô nico.

Os gânglios, intercalados nas vias linfáticas, constituem um obstá culo para a propagaçã o
das infeções ao resto do corpo, em parte porque atuam mecanicamente, como um filtro que
nã o deixa passar os micró bios determinantes da infeçã o, em parte porque os micró bios sã o
captados pelos fagó citos. Provavelmente, servem também os gânglios linfáticos para, em
circunstâ ncias normais, tornar inó cuos os produtos tó xicos resultantes do metabolismo celular,
protegendo assim o indivíduo contra uma autointoxicação.

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Timo

O timo é uma glândula linfoide primária, responsá vel pelo desenvolvimento e seleção de
linfócitos T.

Na anatomia humana, o timo é uma glândula endócrina linfática que está localizada na
porçã o superior do mediastino e posterior ao osso externo, fazendo parte do sistema
imunoló gico. Limita-se superiormente pela traqueia, a veia jugular interna e a artéria
caró tida comum, lateralmente pelos pulmõ es e inferior e posteriormente pelo coraçã o. Ao
longo da vida, o timo involui (diminui de tamanho) e é substituído por tecido adiposo nos
idosos, o que acarreta na diminuição da produção de linfócitos T.

Funçã o: em termos fisiológicos, o timo elabora uma substâ ncia, a timosina, que mantém e
promove a maturação de linfócitos e órgãos linfoides como o baço e linfonodos.

Tanto a zona cortical quanto a medular apresentam células de estrutura epitelial


misturadas com um grande nú mero de linfó citos T, possuidores dos marcadores OKT-6 de
timó citos e, ocasionalmente, células B e macró fagos.

Já na medula, a densidade é menor, facto explicado que células produtoras de anticorpos


nascem na porçã o medular, migrando depois para a regiã o cortical, onde podem evoluir para
macrófagos.

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Baço

O baço é um ó rgã o encontrado virtualmente todos os animais vertebrados. No corpo humano,


possui uma forma oval, pesando cerca de 150 g e situado na regiã o hipocondríaca esquerda,
à esquerda e atrá s do estô mago, por cima do polo superior do rim esquerdo. Possui uma face
diafragmá tica (que se relaciona com o diafragma) e uma face visceral (que se relaciona com
o estô mago, o có lon transverso e o rim esquerdo).

É o maior dos órgãos linfáticos e faz parte do sistema reticuloendotelial, participando dos
processos de hematopoiese (produçã o de células sanguíneas, principalmente em crianças) e
hemocaterese (destruiçã o de células velhas, como hemá cias senescentes - com mais de 120
dias). Tem importante função imunológica de produçã o de anticorpos e proliferaçã o de
linfó citos ativados, protegendo contra infeçõ es, e a esplenectomia (cirurgia de retirada do baço)
determina capacidade reduzida na defesa contra alguns tipos de infeçã o. É um ó rgã o
extremamente frá gil, sendo muito suscetível à rutura, em casos de trauma físico ou ao
crescimento (esplenomegalia) em doenças do depó sito e na hipertensã o portal.

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Formações linfoides

Os nódulos linfáticos (folículos)

Os nódulos linfáticos sã o pequenas glâ ndulas que filtram a linfa, o líquido transparente que
circula no sistema linfá tico. Os nó dulos linfá ticos incham em resposta à presença de infeção e
tumores.

A linfa circula pelo corpo todo através de canais semelhantes aos vasos sanguíneos (sistema
linfá tico). Os gâ nglios linfá ticos sã o glâ ndulas que armazenam gló bulos brancos do sangue,
responsá veis por matar organismos invasores.

Os nódulos linfáticos funcionam como um posto militar. Quando bactérias, vírus e células
anormais ou doentes atravessam os canais linfá ticos, são parados no nódulo.

Quando há infeção ou doença, os nó dulos linfá ticos acumulam os dejetos da doença, como
bactérias e células mortas ou doentes.

Os nódulos linfáticos (glândulas) estã o situados pelo corpo todo e perto da superfície da
pele dos dois lados do pescoço, nas axilas, sob o maxilar, nos dois lados da virilha e acima da
clavícula. Os nó dulos linfá ticos incham em resposta à presença de infeção nessas áreas. Por
exemplo, os gânglios linfáticos do pescoço podem ficar inchados em resposta a uma infeçã o
respirató ria superior, como uma constipaçã o comum.

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As amígdalas

Ajudam-nos a criar anticorpos para combater bactérias agindo, assim, como grandes
aliadas do sistema imunoló gico. Devido à sua localização estratégica – na encruzilhada entre
a boca, o nariz e a garganta -, as amígdalas acabam percebendo e processando todas as
bactérias que invadem o organismo, pelo ar ou pelos alimentos

A sua principal função é desenvolver anticorpos para combater bactérias específicas, para
que o corpo consiga se defender rapidamente e crie imunidade caso seja atacado pela mesma
bactéria numa pró xima vez.

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Fisiopatologia

Análise

Edema devido ao aumento do líquido pH-PO-PV e por falta de drenagem: conclusões

A Fisiopatologia é um campo da medicina que se dedica ao estudo dos mecanismos pelos


quais se originam as mais variadas doenças, isso permite explicar porque ocorrem os seus
sintomas e as diversas manifestaçõ es.

Este campo da medicina está extremamente ligado à Fisiologia, ciência que estuda e como
descreve a forma sã o realizados os diversos processos dos seres vivos de maneira natural,
diferentemente da fisiopatologia que descreve a forma como estes processos mudam no
organismo doente.

O sintoma primário de linfedema é o inchaço nos braços ou nas pernas. Pode haver retenção
de líquido nos dedos das mãos ou dos pés. A pessoa pode ter uma sensaçã o de peso ou sentir
dor difusa na extremidade afetada. Limitaçã o da amplitude do movimento em virtude do
inchaço também pode ser sinal de obstrução linfática.

Os sintomas de linfedema secundário podem aparecer imediatamente apó s o tratamento


medicamentoso ou cirú rgico de câ ncer ou em qualquer outro momento posterior. Alguns
pacientes nã o apresentam inchaço até meses ou anos apó s o tratamento. Por isso, é importante
observar esses sintomas mesmo se aparecerem muito depois de uma cirurgia.

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Bibliografia e netgrafia
HTMARAL, A. - Prescriçõ es de enfermagem, Lusociência. 2010.

GARRET C. - O Essencial da Saú de, Quidnovi. 2007.

www.forma-te.pt

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