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CURSOS TÉCNICOS EM ESTÉTICA, PODOLOGIA

E MASSOTERAPIA

DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL

Rua Dr. Pache de Faria, 23 – Méier – Rio de Janeiro, RJ – CEP: 20710-020


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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................................................4
A HISTÓRIA E ORIGEM DA DRENAGEM LINFÁTICA ....................................................................................................4
HISTOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO ...............................................................................................................................5
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS PRIMÁRIOS ....................................................................................................................................6
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS SECUNDÁRIOS ..............................................................................................................................6
ÓRGÃOS LINFÁTICOS...................................................................................................................................................................6
BAÇO ....................................................................................................................................................................................................7
LINFONODOS (NÓDULOS LINFÁTICOS) .............................................................................................................................7
O TIMO ................................................................................................................................................................................................8
FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO..................................................................................................................................8
DUCTO LINFÁTICO DIREITO ................................................................................................................................................. 10
CANAL TORÁCICO ...................................................................................................................................................................... 10
EDEMA ............................................................................................................................................................................................. 11
OS EFEITOS DA DRENAGEM.................................................................................................................................................. 11
INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA CORPORAL MANUAL .................... 12
MÉTODOS E FUNDAMENTOS DA DRENAGEM LINFATICA CORPORAL MANUAL ...................................... 12
VODDER ........................................................................................................................................................................................... 12
DR. EMIL VODDER E SUA ESPOSA ESTRID VODDER ............................................................................................ 13
FÖLDI ........................................................................................................................................................................................... 14
LEDUC .......................................................................................................................................................................................... 14
GODOY ......................................................................................................................................................................................... 15
TERAPIA LINFÁTICA CERVICAL (ESTÍMULO CERVICAL) .................................................................................. 15
TABELA COMPARATIVA DOS MÉTODOS ........................................................................................................................ 16
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NOS TRATAMENTOS PRÉ E PÓS-OPERATÓRIOS ............................... 16
IRREGULARIDADES NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO: ........................................................................................ 17
AS CIRURGIAS PLÁSTICAS ESTÉTICAS E A DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL ........................................... 17
CIRURGIAS ESTÉTICAS CORPORAIS: ................................................................................................................................ 17
APLICANDO A TÉCNICA........................................................................................................................................................... 18
SEQUÊNCIA DE DRENAGEM MANUAL CORPORAL .................................................................................................... 19
ESTIMULAÇÃO DAS CADEIAS .......................................................................................................................................... 19
DECÚBITO DORSAL:.............................................................................................................................................................. 19
DRENAGEM DOS MEMBROS SUPERIORES ................................................................................................................ 19
DRENAGEM DAS MAMAS ................................................................................................................................................... 20
DRENAGEM DO ABDOME ................................................................................................................................................... 20
DRENAGEM DOS MEMBROS INFERIORES ................................................................................................................. 21
DECÚBITO VENTRAL: .......................................................................................................................................................... 21
DRENAGEM LINFÁTICA DOS GLÚTEOS ...................................................................................................................... 21

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DRENAGEM DAS COSTAS ................................................................................................................................................... 22


SEQUÊNCIA DE FOTOS ............................................................................................................................................................. 22
DEFINIÇÃO ................................................................................................................................................................................ 31
OBJETIVOS ................................................................................................................................................................................. 32
CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS .......................................................................................................................................... 32
APLICAÇÃO .................................................................................................................................................................................... 32
TIPOS DE TÉCNICAS ............................................................................................................................................................. 33
EFEITOS FISIOLÓGICOS ...................................................................................................................................................... 34
A PRESSÃO DAS MANOBRAS ............................................................................................................................................ 34
FREQUÊNCIA DA DRENAGEM E TEMPO: ................................................................................................................... 34
TRAJETO E EXECUÇÃO DAS MANOBRAS.................................................................................................................... 34
PASSO-A-PASSO DA TÉCNICA .......................................................................................................................................... 34
MANOBRAS A SEREM EMPREGADAS ........................................................................................................................... 35
DRENAGEM DO PRIMEIRO BOX: ................................................................................................................................ 36
DRENAGEM DO SEGUNDO BOX ........................................................................................................................................... 36
DRENAGEM DO TERCEIRO BOX .......................................................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ....................................................................................................................................... 39

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INTRODUÇÃO
A drenagem linfática drena os líquidos excedentes que banham as células, tendo, dessa forma, o
equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela é também responsável pela evacuação dos dejetos
provenientes do metabolismo celular (Leduc e Leduc, 2000).
Uma drenagem linfática bem feita é capaz de alcançar os mais diversos resultados que vão de
estéticos como anti-estresse, anti-celulite, antienvelhecimento, pré e pós-parto a terapêuticos como
otimização dos resultados pós-operatórios, tratamentos e preparação para todas as cirurgias estéticas,
tratamento de cicatrizes recentes, retenção de líquido, linfedema, má circulação e dismenorreia.
Segundo Lacerda (2007), todas as pessoas deveriam se submeter à aplicação da técnica de
drenagem linfática manual regularmente a fim de promover prevenção de patologias no sistema
imunológico, entretanto há algumas contraindicações na aplicação desta técnica tais como todo tipo de
processos inflamatórios, trombose venosa profunda, descompensação circulatória, erupções de pele,
extremos de idade, neurites, na vigência de infecções ou ferimentos, doenças malignas e etc.
A drenagem linfática possui um conjunto de manobras específicas e complexas devendo ser
realizadas de maneira suave e superficial obedecendo a pressão cujo valor sugerido é de 30 a 40 mmHg
e respeitando a trajetória do sistema linfático para que não haja colapso linfático (GODOY; GODOY,
1999).
A HISTÓRIA E ORIGEM DA DRENAGEM LINFÁTICA
Os gânglios linfáticos foram observados primeiramente no ano 450 a.C, quando Hipócrates
descobriu este sistema através de dissecações.
Embora Hipócrates, conhecido como o pai da medicina, tenha percebido a existência do sistema
linfático no ano 450 a.C, somente muito depois foi que o italiano Gaspar Asseli, professor, dentre outros
anatomistas, puderam confirmar tal observação de forma científica e desenvolver seus estudos através
da observação de veias em animais.
Logo, em 1651, um médico francês, Jean Pecquet, se dedicou ao estudo do conduto linfático, e
descobriu em um cadáver humano, a existência de um ducto torácico e uma espécie de receptáculo no
seu início, que denominou de “cisterna de Chily, ou cisterna de Pecquet”.
A primeira descrição a respeito da drenagem linfática aconteceu no século XIX, por Winiwarter,
austríaco, professor de cirurgia.
Em 1912, Aléxis Carrel conquistou o prêmio Nobel de medicina por seus trabalhos com o propósito
de regeneração celular, mostrando o fundamental da linfa nos tecidos vivos. Realizou sua experiência
com o coração de um frango cujas células stavam constantemente regeneradas pela linfa.
Somente em 1930, o fisioterapeuta Dr Emil Vodder, tratou pacientes acometidos de gripes e
sinusites, que viviam na úmida e fria Inglaterra. Em suas observações, manipulando suavemente os
gânglios linfáticos do pescoço, percebeu que estes se apresentavam inchados e duros. Intuitivamente
iniciou o uso de uma massagem suave nos locais com a finalidade de melhorar o estado geral dos
pacientes. Com os bons resultados, Dr Vodder disciplinou o método e, seu primeiro relato escrito surgiu
no ano de 1936, em uma exposição de saúde em Paris.
Na década de 60, o médico Dr Földi, estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações com o
líquido cerebral.
Na década de 70, o professor Ledo demonstrou com uma filmagem e radioscopia, a ação da
drenagem linfática manual.

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HISTOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO


O sistema linfático (também conhecido como sistema imunológico humano ou sistema imune, ou
ainda imunitário) consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo
contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias, fungos,
protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno de animais
peçonhentos). As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os
antígenos são combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune, de natureza proteica,
denominadas anticorpos, que reagem de forma específica com os antígenos.
Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma eficaz, o corpo pode reagir
com doenças, infecções ou alergias.
A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de
detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado de
resposta imune.
As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais, os linfócitos e os macrófagos.
Veremos a seguir as células principais desse sistema e as principais funções de cada uma delas:

Macrófagos – são importantes na regulação da resposta imune. Estão


presentes nos tecidos conjuntivos e no sangue (quando são chamados de
monócitos) e, no sistema imune, possui a função de detectar e fagocitar
(processo que engloba e digere substâncias no organismo)
microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos.
Essas células são as primeiras a perceber a presença de agentes
invasores.

Linfócitos - essas células, presentes no sangue, são um tipo de


leucócito (glóbulo branco) e podem ser de três tipos principais:

Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas


pelos macrófagos, são estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os
linfócitos T matadores (CD8) e os linfócitos B. São os responsáveis por
comandar a defesa do organismo.

Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem


responsáveis pela destruição de células anormais, infectadas ou
estranhas ao organismo.

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Linfócitos B – a principal função desse tipo celular é a produção de


anticorpos, quando maduros e ativos. Nesta fase são denominados
plasmócitos.

O sistema linfático é composto por dois grupos de órgãos, os órgãos imunitários primários e os
órgãos imunitários secundários. Os primeiros são assim denominados por serem os principais locais de
formação e amadurecimento dos linfócitos. Já os segundos, são secundários por atuarem no sistema
imunológico após a produção e amadurecimento dos linfócitos. Veja quais são os órgãos que compõem
esses dois grupos:
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS PRIMÁRIOS
MEDULA ÓSSEA – além da produção de células sanguíneas e
plaquetas, a medula produz linfócitos B, linfócitos matadores. É
nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos
linfócitos B.
TIMO – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros.
ÓRGÃOS IMUNITÁRIOS SECUNDÁRIOS
Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa
é filtrada, permitindo que partículas invasoras sejam fagocitadas
pelos linfócitos ali presentes.
Tonsilas – possuem função semelhante aos linfonodos. Estão
localizadas na parte posterior da boca e acima da garganta.
Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos,
substâncias estranhas e resíduos celulares, além de produzir
linfócitos.
Adenoides – constituem de uma massa de tecidos linfoides
protetores localizados no fundo da cavidade nasal. Têm como
função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus
causadores de doenças transmitidas pelo ar.
Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do intestino
grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos invasores são
combatidos.
ÓRGÃOS LINFÁTICOS
O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea
(adenoides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfoide rico em linfócitos) são órgãos do sistema
linfático. Alguns autores consideram a medula óssea pertencente ao sistema linfático por produzirem os
linfócitos. Este órgão contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos A e B e outras células
imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas.
Quando micro-organismos invadem o corpo ou o mesmo encontra outro antígeno (tal como o
pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa. A linfa é conduzida pelos vasos linfáticos
para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos,

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processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a


produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno novamente no
futuro.
BAÇO
O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende
na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o diafragma. Ele é mole, de
consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e
peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 3 cm de
espessura.
O baço é um órgão linfoide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da circulação linfática,
porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado.
Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de
tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos,
leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído
tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos.
Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.
LINFONODOS (NÓDULOS LINFÁTICOS)
São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao
longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais
numerosos do organismo. Armazenam células brancas
(linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que
combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção,
podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão
reagindo aos microrganismos invasores. Eles também liberam
os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e
função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias
ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo
popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso.
Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do
corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis.
Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160 encontram-se na região do pescoço.

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TONSILAS PALATINAS (AMÍGDALAS)


A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte
oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem
linfócitos.
TONSILA FARÍNGEA (ADENOIDES)
É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada
na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a
infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável
conhecida como adenoide.
O TIMO
O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito
contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma
uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se
parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a
quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula
tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e
forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele
apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado,
medindo aproximadamente 5 cm de comprimento, 4 cm de
largura e 6 mm de espessura.
Considerado um órgão linfático por ser composta por um grande número de linfócitos e por sua
única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período pré-
natal, involui desde o nascimento até a puberdade.
FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é constituído por capilares, pré-coletores, coletores (vasos linfáticos que
recebem líquido tecidual do corpo e transportam para o sistema cardiovascular), canal ou ducto
torácico esquerdo e canal ou ducto linfático direito, linfonodos (que servem como filtros do líquido
coletado pelos vasos), órgãos linfoides (que incluem linfonodos, tonsilas, o baço e o timo), válvulas
linfáticas e linfa.
A função mais importante do sistema linfático é a devolução das proteínas a circulação, quando
vazam dos capilares sanguíneos. Alguns dos
poros dos capilares são tão grandes que
permitem o vazamento contínuo de pequenas
quantidades de proteínas, chegando a atingir a
cada dia cerca de metade do total de proteínas
da circulação.
O líquido (porção líquida do sangue e
proteínas plasmáticas) que se acumula nos
espaços entre as células dos tecidos
conjuntivos frouxos é denominado líquido
extracelular. Quando esse líquido se acumula
os tecidos incham, apresentando uma
condição denominada de edema.
O papel do sistema linfático é o de
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retornar o excesso de líquido extracelular e proteínas plasmáticas para a corrente circulatória e, desta
forma prevenir a formação de edemas.
LINFA
É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de
sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do
intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter
glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do
total de glóbulos brancos. A linfa é formada a partir do liquido intersticial (líquido entre as células), que
é formado pelo plasma sanguíneo que sai dos vasos para nutrir os tecidos.
A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos
(também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no
sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.
INTENSIDADE DO FLUXO DA LINFA:
Em função do tempo, o fluxo de linfa varia dentro de extremos muito amplos de intensidade mas, na
pessoa média, o fluxo total de linfa por todos os vasos, é da ordem de 100ml por hora, ou cerca de 1 a 2
ml por minuto. Este é uma intensidade muito pequena de fluxo muito embora ainda suficiente para
remover o excesso de líquido e especialmente, o excesso de proteína que tende a acumular nos espaços
teciduais.
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
Este líquido que fica entre as células é absorvido pelos
capilares linfáticos e conduzido novamente à circulação
sanguínea. A saída de líquidos dos vasos para o meio
intersticial é regulada por duas pressões, a pressão
hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é a
própria pressão exercida pela passagem do sangue no vaso,
esta favorece a saída de líquidos do meio intravascular para
o interstício. A pressão oncótica é gerada pelas proteínas
plasmáticas presentes no sangue, esta faz com que o líquido
permaneça no ou entre para o meio intravascular.
Nas arteríolas, a pressão hidrostática é maior que a
pressão oncótica, o que faz com que certa quantidade de
liquido extravase para o meio intersticial, banhando e
nutrindo as células. A este processo chamamos de filtração
arterial. Já nas vênulas, a pressão oncótica é maior, fazendo
com que o líquido que banha as células (meio intersticial) retorne para o sistema venoso; absorção
venosa. Em geral, a filtração ocorre em maior quantidade em relação à absorção venosa, fazendo com
que “sobre” líquido no meio intersticial. Denominamos isso de “quase equilíbrio de Starling”, pois nem
todo liquido que extravasa do sistema arterial (arteríolas) para os tecidos (interstício) é absorvido pelo
sistema venoso (vênulas) gerando o líquido intersticial e, portanto a linfa. Este desequilíbrio é revertido
pelo sistema linfático, que auxilia na absorção venosa, captando o excesso de líquidos gerado pelo
desequilíbrio venoso/arterial, e conduzindo-o novamente ao sistema sanguíneo, desembocando nas
veias cavas. Sendo assim, o sistema linfático é um auxiliar na absorção venosa.

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A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos


músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das
extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que
impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se
um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada,
produzindo-se um inchaço denominado edema.
Pode conter microrganismos que, ao passar pelos filtros dos
linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante
certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do
pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como “íngua”.
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela
força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem
uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A
linfa move-se lentamente e sob-baixa pressão devido
principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos
músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A
contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido
através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado
progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no
ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do
corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes ductos
desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e direita.
DUCTO LINFÁTICO DIREITO
Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo
escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da
veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu
orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam
a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a
linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo:
lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro
superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e
da face diafragmática do fígado.

CANAL TORÁCICO
O Canal torácico localiza-se no tórax, numa posição retro-
aórtica; mede de 0,5 a 10 mm de diâmetro e é a via final de
evacuação da linfa proveniente dos membros inferiores e dos
órgãos lojados no abdômen e no tórax. Conduz a linfa da maior
parte do corpo para o sangue.

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É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito).
Estende-se da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma
dilatação, a cisterna do quilo ou cisterna de Pecquet alojada na altura de L3.
O canal torácico apresenta um aspecto de “chouriço” em razão da sucessão de linfângios. Ele
desemboca no ângulo venoso júgulo-subclávio esquerdo e apresenta, em alguns casos, uma ramificação
que termina no ângulo venoso direito (inconstante).
EDEMA
O sistema linfático é frágil e quando submetido a qualquer tipo de intervenção cirúrgica tem seu
funcionamento alterado ou comprometido. Segundo Guirro e Guirro (2002), em estados fisiológicos a
pressão hidrostática e oncótica do liquido intersticial são relativamente constantes, quando o volume
de líquido intersticial excede a capacidade de drenagem dos linfonodos, haverá um excesso de líquido
intersticial nos tecidos subcutâneos sendo denominado edema.
O edema pode se subdividir em dois tipos distintos onde o primeiro está relacionado com o excesso
da quantidade de líquido que é proveniente de uma alteração no processo de drenagem natural do
organismo, este é de origem vascular apresentando-se juntamente com o ninal de godjet. O segundo
tem origem a partir de uma alteração no processo fisiológico de evacuação, enquanto que o processo de
filtração ocorre de maneira normal, essa patologia recebe o nome de linfedema (LEDUC; LEDUC, 2000).
O excesso de líquido no interstício promoverá um aumento da pressão intersticial de modo a
promover compressão das estruturas adjacentes. Neste contexto haverá afastamento dos capilares,
distensão das células endoteliais e dos espaços intercelulares ocasionando uma dilatação anormal das
válvulas. Parte deste líquido será drenado pelas veias, no entanto as proteínas de maior peso molecular
não conseguiram retornar aos vasos e acumularam-se no interstício. Esse excesso de proteína
estimulará a formação dos fibroblastos e determinará a formação de fibrose (GODOY; GODOY, 1999).
OS EFEITOS DA DRENAGEM
 Aumento da diurese;
 Diminuição das aderências e retrações cicatriciais;
 Maior eficiência celular;
 Maior eficiência da nutrição dos tecidos.
 Diminuição de sensação de edema e dor na gestante.
 Auxilia também na redução de celulite.
 Recomendada para pós-operatórios e recuperação de cirurgias de estética.
 Aumento da velocidade da linfa transportada;
 Aumento da quantidade da linfa filtrada processada pelos gânglios linfáticos;
 Aumento da oxigenação e desintoxicação esquelética;
 Aumento do peristaltismo intestinal;
 Aumenta a capacidade de transporte do Sistema linfático
 Aumenta a reabsorção de uma fração de edema no nível do vaso capilar
 Previne a formação de fibroses
 Produz relaxamento das fibras musculares esqueléticas, ação do sistema nervoso parassimpático.
(SNP)

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INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA


CORPORAL MANUAL
CONTRAINDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
INDICAÇÕES
RELATIVAS ABSOLUTAS
 Circulação de retorno  Erisipela  Tumores malignos
comprometida  Hipertireoidismo não  Infecções agudas
 Tecido edemaciado controlado  Edemas sistêmicos de
 Varizes  Menstruação abundante origem cardíaca
 Cicatrização  Afecções da pele  Trombose venosa
 Menopausa  Neoplasia tratada  Arteriosclerose avançada
 Cansaço nas pernas  Reação inflamatória aguda  Febre
 Sistema nervoso abalado  Asma e bronquites  Insuficiência Renal
 Gestação  Diabetes descompensada  Gestação de alto risco
 Celulite  Processos viróticos
 Pré e pós-cirurgia plástica  Insuficiência cardíaca
 Linfedema descompensada
 Dores musculares;  Hipotensão
 Relaxamento  Septicemia
 Pós-mesoterapia  Linfagite Aguda
 Hematomas  Reação inflamatória aguda
 Olheiras ou edemas  Câncer
palpebrais;  Síndrome do seio carotídeo
 Rejuvenescimento
 Acne

MÉTODOS E FUNDAMENTOS DA DRENAGEM LINFATICA CORPORAL


MANUAL
São conhecidas várias manobras diferentes para a aplicação da técnica de drenagem linfática manual.
Porém, é importante ressaltar que, seja qual for a manobra executada, três finalidades básicas devem
ser atendidas:
 Bombeamento dos linfonodos;
 Captação da linfa (reabsorção);
 Encaminhamento da linfa.
VODDER
BASES:
 Euflerage
 Manobras em círculos com distensionamento do tecido.
 Não usa manobras de bombeamento.
 Não necessariamente inicia com estímulo ganglionar e local.
 Três movimentos básicos combinados entre si.
 Circulares com os quatro dedos.
 Circular com os polegares.
 Movimento de bombeio com os dedos e a mão simultaneamente.
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DR. EMIL VODDER E SUA ESPOSA ESTRID VODDER


Toda drenagem linfática baseia-se no método Vodder, pois foi
ele o primeiro que ousou tocar em gânglios linfáticos, caso
impensável antes dele. Sabia-se muito pouco sobre a dinâmica
do transporte linfático e a manipulação dos gânglios era
completamente tabu.
Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta
dinamarquês Vodder e pela sua esposa, tornou-se popular graças
aos efeitos referidos pelos pacientes, tendo sido posteriormente
aperfeiçoada.
Vodder publicou seu primeiro trabalho em 1936 por ocasião de uma exposição de saúde “Santé e
Beauté” em Paris.
O primeiro grupo de profissionais a interessar-se pela drenagem linfática de Vodder não foi a dos
profissionais de saúde já conhecidos, nem o dos médicos. As palestras de Vodder chamaram a atenção
das esteticistas que viram no método um meio para potencializar seus tratamentos estéticos.
Vodder tinha a opinião de que quando o banheiro está inundado a gente precisa limpar em primeiro
lugar o ralo e depois mandar a água em sua direção.
A DLM é uma técnica usada para drenar e limpar macromoléculas e resíduos celulares que, devido ao
seu tamanho, não entram no sistema venoso acabando muitas vezes por ficar no organismo devido à
sua má drenagem linfático.
Ora, como indubitavelmente se deduz, são estas macromoléculas e estes resíduos celulares os
responsáveis pela acumulação de água e de gordura criando e ajudando a criar pernas cansadas,
cansaço, celulite, problemas musculares e articulares bem como muitos outros problemas, o que se
refletirá em todo o corpo e no bem-estar geral.
A principal função desta técnica de massagem é, portanto, retirar os líquidos acumulados entre as
células e os resíduos metabólicos. Ao serem retiradas do local armazenado, essas substâncias são
encaminhadas para o sangue através da circulação e, por meio de variados movimentos suaves, são
levadas a caminhar para que sejam eliminadas.
A Drenagem Linfática é realizada em dois processos: a evacuação, que consiste em desobstruir os
gânglios e as demais vias linfáticas, e a captação, que consiste em realizar de fato a drenagem. De forma
manual a drenagem é feita a partir de círculos com as mãos e com o polegar, movimentos combinados e
pressão em bracelete. Esta técnica pode ser feita de forma manual, mecânica ou por estimulação
elétrica. É aplicada com movimentos de pressão leve, suave, rítmica, lenta e precisa. Assim, não há a
necessidade de manobras que provoquem dor ou desconforto, podendo, no entanto, acontecer nos
locais com inflamação ou cicatrizes recentes por estes estarem mais sensíveis. Com esta prática, são
ativados os gânglios linfáticos e o seu trabalho combatendo assim infecções e estimulando as defesas
imunitárias fazendo, deste modo, tanto a prevenção de infecções como o seu combate. Após as fases de
toque, existe um relaxamento total da pressão e mantém-se apenas o contato da mão com a pele do
paciente.
O sentido da drenagem segue o sentido do fluxo linfático no tecido. Na técnica de Vodder, a
massagem sempre se inicia de proximal para distal. Círculos estacionários (fixos) realizados na face e
no pescoço. Com a mão espalmada sobre a pele, os dedos realizam movimentos contínuos em forma de
círculos ou espirais. A pressão deve ser realizada apenas na primeira metade do circulo. Na segunda
metade, existe o contato, porém, sem a pressão, possibilitando o retorno do tecido ao local de origem.
Realiza-se entre 5 e 7 movimentos. Movimentos de bombeamento nesta manobra, o polegar e os dedos

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movem-se na mesma direção em sentido circular. As pontas dos dedos não são utilizadas, sendo o
controle do movimento realizado pelo punho do terapeuta. Assim como na manobra anterior, a pressão
deve ser realizada apenas na primeira metade do circulo. Na segunda metade, existe o contato, porém,
sem a pressão, possibilitando o retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre 5 e 7 movimentos.
FÖLDI
Michael Foldi, outro renomado especialista nos métodos de drenagem
linfática também é um sucessor de Vodder, nasceu em 1920 na Hungria,
formado em medicina.
Em 1963, Foldi criou a Terapia Fixa Complexa, já em 1995 o comitê da
Sociedade De Internacional De Linfologia, indicou sua drenagem sendo a
terapia para linfedema devido sua eficácia nos casos de linfedemas de
extremidades, tendo redução de circunferência de 57 a 100%.
Os conceitos de drenagem linfática manual de Foldi seguem as mesmas
técnicas de manobras de Vodder, que são círculos fixos, manobra de
rotação ou movimentos giratórios, manobras de bombeamento e
movimento doador, mas o que diferencia e potencializa seus resultados é o uso das bandagens
redutoras com multicamadas. Os caminhos da linfa não mudam desde que foram descobertos e
explorados por Vodder e seus escudeiros.
LEDUC
CONCEITOS BÁSICOS: Conceito básico é o esvaziamento das vias
linfáticas com manobras chamadas de proximal para distal. O início de o
movimento circular apenas toca a pele, a pressão aumenta gradualmente
até alcançar seu máximo na metade do ciclo para logo relaxar a mesma
progressivamente. Leduc também associa em suas técnicas o uso das
bandagens elásticas, o uso dos exercícios normais (caminhadas, academia,
entre outros) e a pressoterapia.
 Evacuação: é o esvaziamento das vias linfáticas adjacentes á zona
edemaciada.
 Captação: conjunto de manobras aplicadas sobre a região afetada, visando drenar e absorves o
líquido acumulado no interstício.
 Manobras de evacuação do linfonodos
 Manobras em chamada proximal-distal, no sentido proximal.
 Manobras de reabsorção distal-proximal
 Términus
 Não aplicável euflerage
 Usa manobras em chamadas de reabsorção
 Manobras de bombeamento
 Inicio com estímulo ganglionar local.
No ano de 1977, os professores Albert e Oliver Leduc fizeram adaptações ao método de Vodder e
Foldi, conseguindo demonstrar, através de uma radioscopia, a aceleração do fluxo linfático mediante a
DLM. No ano seguinte, quebra-se o tabu, comprovando-se a eficácia da DLM em pacientes
mastectomizados, desde que procedida com os devidos cuidados e sob-responsabilidade médica. Hoje,
sendo uma prática bastante difundida, a DLM é usada para tratamentos de muitas patologias. A
drenagem linfática manual adquiriu um lugar de destaque no tratamento de edemas e linfedemas.

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GODOY
A técnica de drenagem linfática manual Godoy & Godoy foi
desenvolvida pelos professores Prof. Dr. José Maria Pereira de
Godoy, médico e cirurgião vascular e pela Profa. Dra. Maria de
Fátima Guerreiro Godoy, Terapeuta Ocupacional, que desde 1999
divulgam seus trabalhos sobre a técnica sempre baseada em
evidencia cientifica.
Durante seu processo de validação, os autores seguiram as fases
de avaliação cientifica, sendo a técnica analisada nas três etapas:
estudo In vitro, In vivo e clínico. Sendo este o único método de
drenagem linfática manual que segue toda a rigorosidade cientifica
exigida.
Godoy & Godoy desenvolveram, além da técnica, novos conceitos no tratamento do linfedema que
despertou interesse da Escola Linfoterapia Americana e de médicos da Mayo Clinic USA que visitaram a
Clinica Godoy para conhecer os pacientes e ver os resultados do tratamento. Eles ficaram
impressionados com os resultados e sugeriram a criação da Godoy & Godoy: International School of
Lymphatic Therapy nos EUA. O método já tem escolas na Argentina e EUA, mas já foi divulgado em
outros países.
Em 1999, Godoy e Godoy descreveram uma nova técnica de drenagem linfática, utilizando roletes
como mecanismos de drenagem. Com essa técnica, passou-se a questionar a utilização dos movimentos
circulares preconizados pela técnica convencional e sugeriu-se a utilização dos conceitos de anatomia,
fisiologia e hidrodinâmica.
A técnica de Godoy e Godoy consiste na utilização de roletes que seguem o sentido de fluxo dos vasos
linfáticos e mantêm a sequência de drenagem proposta por Vodder. Além dos roletes, pode-se fazer uso
das mãos ou de outro instrumento que permita a realização da drenagem linfática seguindo o sentido
dos vasos linfáticos ou da corrente linfática, simplificando, desse modo, toda a técnica de drenagem
linfática.
Em associação a esses movimentos de drenagem, a técnica de Godoy valoriza o estímulo na região
cervical como parte importante da abordagem desses pacientes. Apenas esse estímulo isolado melhora
os padrões volumétricos.
Quanto aos possíveis mecanismos de ação desse
estímulo, a hipótese é que ele interfira com a estimulação
dos linfonodos através do sistema nervoso. A técnica
sugere a eliminação dos movimentos circulares da técnica
convencional e a utilização de movimentos mais objetivos,
seguindo as regras da hidrodinâmica, da anatomia e da
fisiologia do sistema linfático. Os principais cuidados se
referem aos linfonodos, que funcionam como limitantes da
velocidade de fluxo e podem ser lesados quando
abordados de maneira inadvertida.
TERAPIA LINFÁTICA CERVICAL (ESTÍMULO CERVICAL)
Trata-se de um novo conceito de estimulação do sistema linfático desenvolvido por Godoy & Godoy.
Ele utiliza de estímulo manual suave na região cervical e em torno de 20 a 30 por minutos durante 15 a
20 minutos por dia. Salienta-se que não tem como objetivo estimular vasos, linfonodos ou qualquer
estrutura linfática.
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A hipótese é que essa manobra estimula via neurológica o sistema linfático. Portanto, conceito
totalmente diferente da drenagem linfática manual. Estudos clínicos mostram a redução do edema em
todo corpo com essa técnica.
Nos pré e pós-operatórios poderão se beneficiar dessa abordagem e utilizando imediatamente após
os procedimentos. Nos edemas de face ela tem uma rápida resposta e em dias uma boa redução do
edema.
TABELA COMPARATIVA DOS MÉTODOS

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NOS TRATAMENTOS PRÉ E PÓS-


OPERATÓRIOS
Pode ser indicada para eliminar edemas e pelas suas características de pressão suave e ritmo lento, a
drenagem linfática manual é a técnica mais indicada para utilização nos tratamentos pós-cirúrgicos.
Uma das características do nosso corpo é a capacidade de se regenerar após uma lesão. A resposta do
organismo a uma lesão, que vai leva-lo a se livrar dos microorganismos que causaram a injúria bem
como a se recuperar das consequências da doença, recebe o nome de inflamação. Se não houvesse a
inflamação, os tecidos lesionados não se regenerariam e as feridas não cicatrizariam. Levando essa
situação para os procedimentos cirúrgicos, não haveria a cicatrização após a realização de uma cirurgia
e esta se transformaria em uma ferida incurável.
Assim, o processo de cicatrização é um processo biológico longo, que ocorre de maneira superficial e
profunda, que pode durar de seis meses a um ano, dependendo das características da lesão, e vai passar
por algumas fases:
LESÃO INICIAL – HEMOSTASIA: É a fase da agressão propriamente dita, na qual ocorrem danos aos
pequenos vasos sanguíneos e ás células. Esses danos são causados por agentes agressores ou pelos
processos cirúrgicos.
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FASE INFLAMATÓRIA: Dura de 48 a 72 horas a pós a lesão.


FASE REGENERATIVA OU PROLIFERATIVA: Dura de 1 a 14 dias, podendo chegar a 21 dias. É a fase
em que os fatores de crescimento recrutam a proliferação dos fibroblastos e a síntese de colágeno.
Nessa fase, ocorre a formação do tecido de granulação, com início de reepitelização e diminuição da
ferida.
FASE DE MATURAÇÃO: Dura de seis meses a um ano. É a fase de maturação e remodelação das fibras
de colágenas, com acomodação dos tecidos. É a mais longa de todo o processo. Agora os fibroblastos
diminuem em quantidade, mas as fibras de colágeno continua aumentando na direção de maior tensão
do trajeto da cicatriz. O tecido conjuntivo vai sendo aos poucos remodelado e regeneram-se as
terminações nervosas.
IRREGULARIDADES NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO:
FIBROSE: Processo de deposição excessiva de colágeno. O processo contrário também pode ocorrer,
causando uma formação deficiente e inadequada de tecido de granulação o que se chama de deiscência
ou abertura de ferida. Nesse caso a cicatrização pode evoluir para a atrofia.
CICATRIZ ATRÓFICA: É a cicatriz cujo relevo é mais baixo que o relevo da pele, isto é, a cicatriz forma
uma depressão no tecido cutâneo. Normalmente ocorre por abertura de ferida.
CICATRIZ HIPERTRÓFICA: Cicatriz mais alta que o relevo da pele, ocasionando por acúmulo excessivo
de colágeno na região da ferida, sem que haja organização das fibras.
QUELOIDE: Cicatriza-se por uma cicatriz de aspecto tumoral, que cresce além das margens da ferida
original e não regride sem tratamento. Existe uma formação excessiva e desordenada de colágeno e sua
incidência é maior em raça negra e asiática, mas ocorre também em indivíduos com predisposição
genética.
AS CIRURGIAS PLÁSTICAS ESTÉTICAS E A DRENAGEM LINFÁTICA
MANUAL
Até meados de 2014, o Brasil era o segundo pais do mundo no ranking das cirurgias plásticas
estéticas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, conforme mostra o quadro a seguir:

PAÍS NÚMERO DE CIRURGIAS


Estados Unidos 1.094,146
Brasil 905.124
China 415.140
Japão 372.773
Itália 316.470
México 299.835
Coréia do Sul 258.350
Índia 207.049
França 191.439
Alemanha 187.193
(FONTE: VASCONCELOS, 2015)

CIRURGIAS ESTÉTICAS CORPORAIS:


Entre as cirurgias plásticas estéticas corporais, as mais procuradas são a abdominoplastia e a
cirurgia de aumento de mamas. Atualmente, com o crescimento do número de cirurgias para redução
do estômago, após a qual o indivíduo chega a emagrecer até 50 kg, vem crescendo também a procura
por dermolipectomia, que é a cirurgia para remoção de excesso de pele.

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ABDOMINOPLASTIA: É a cirurgia realizada para remoção de gordura e excesso de pele da região


abdominal. Há três tipos de abdominoplastia: abdominoplastia total (indicada para pessoas acima dos
45 anos, que apresentam grande flacidez de pele, camada adiposa variável e flacidez dos músculos
abdominais), abdominoplastia total (remoção do excesso de gordura, na sequência junta os músculos
que estão separados e faz uma sutura com pontos chamados plicaturas) e a miniabdominoplastia
(indicada para pessoas com idade entre 30 e 45 anos, no caso de mulheres que não tiveram gestação ou
se tiveram uma, que não engordaram demasiadamente, que apresentam pouca gordura e pouca flacidez
de pele, sem comprometimento muscular).
LIPOASPIRAÇÃO: É a cirurgia realizada para remoção de pequenas quantidades de tecido adiposo,
originalmente desenvolvida para complementar as cirurgias de abdominoplastia.
DERMOLIPECTOMIA: É a cirurgia realizada para remoção de excesso de pele. É uma cirurgia muito
procurada por indivíduos após a realização de redução de estômago.
CIRURGIAS DAS MAMAS: São comuns quatro tipos de cirurgias, são elas: mastoplastia de aumento
(colocação de prótese de silicone), mastoplastia de redução (diminuição do tamanho e correção da
ptose mamária, reposicionando a mama), mastopexia (correção somente da ptose mamária e da
flacidez de pele, removendo o excesso de pele se alterar o tamanho das mamas), correção de assimetria
mamária (correções de mamas que apresentam tamanhos e/ou formatos muito diferente uma da
outra).
LIPOESCULTURA: Procedimento no qual o cirurgião aspira à gordura de uma região do corpo e enxerta
em outra. Por exemplo, pode ser colocada no glúteo a gordura que foi retirada do abdome.
Devemos lembrar que todas as técnicas são procedimentos cirúrgicos e, como tal, devem ser
realizadas em ambiente hospitalar, por cirurgião capacitado, com o paciente monitorado.
Você só poderá iniciar as sessões de drenagem linfática manual no pós-operatório a partir da
liberação médica, mas no caso específico da lipoaspiração, elas devem ter início o mais cedo possível, a
partir do segundo ou terceiro dia pós-operatório, para evitar o desequilíbrio entre a quantidade de
líquido filtrado e reabsorvido.
É importante ressaltar a necessidade de drenar as regiões distais antes de drenar a área com edema,
para que o fluxo extra de líquido tenha vasão. Assim, recomendamos executar a drenagem linfática
manual completa, iniciando pela evacuação das cadeias principais de linfonodos, drenando membros
superiores, mamas e só depois drenando a região abdominal. Depois você deve drenar membros
inferiores e a região posterior do corpo. Na região com edema, o número de repetições para cada
manobra deve ser maior que nas outras regiões. Não se recomenda a utilização de cremes ou óleos para
a execução das manobras.
APLICANDO A TÉCNICA
Para a aplicação da drenagem linfática manual é preciso que o profissional e cliente estejam
confortáveis. O ambiente deve ser arejado, ter temperatura e iluminação agradáveis, encontrar-se limpo
e organizado.
O posicionamento do cliente na maca é muito importante (decúbito dorsal, decúbito lateral e
decúbito ventral). A cabeça deve estar apoiada por um travesseiro. Caso ele tenha edema em membros
inferiores, é interessante a utilização de um travesseiro anatômico em baixo dos joelhos para favorecer
o retorno venoso.
Para a realização da drenagem linfática manual não se é aconselhável à utilização de cremes ou óleos,
com exceção do método de drenagem linfática de Godoy. O ideal é que a técnica seja realizada sobre a
pele totalmente limpa. As mãos do esteticista devem estar muito limpas e secas a fim de realizar as
manobras com precisão.
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SEQUÊNCIA DE DRENAGEM MANUAL CORPORAL


ESTIMULAÇÃO DAS CADEIAS
Cada manobra de bombeamento deve ser executada com cinco repetições, em movimentos lentos e
suaves, com intervalo de tempo de 1,5 segundos entre cada movimento.
1. Estimulação da ampola do ducto torácico, logo abaixo do osso externo (xifóide), através de
respiração profunda. Repetir esse movimento 5 vezes com as mãos sobrepostas. As pontas dos
dedos ficam no corpo do osso externo.
2. Executar movimentos de bombeamento sobre a fossa supraclavicular.
3. Executar movimentos de bombeamento sobre a fossa infraclavicular.
4. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos axilares, com os braços do cliente esticados
para trás.
5. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos inframamários.
6. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos paraesternais.
7. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos da fossa cubital.
8. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos inguinais.
9. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos da fossa poplítea.
10. Executar movimentos de bombeamento nos linfonodos da região maleolar.
O tratamento deve ser iniciado pelos membros superiores e os movimentos realizados no sentido
proximal para distal. Primeiro esvazia-se os linfonodos, depois se encaminha dos linfonodos para a
linfa, que está mais próxima deles. Por último, busca-se a linfa que se encontra na região mais distante
para direcioná-la também aos linfonodos.
Após o esvaziamento das cadeias de linfonodos, iniciar os movimentos de drenagem linfática
manual na região anterior do corpo.
DECÚBITO DORSAL:
DRENAGEM DOS MEMBROS SUPERIORES
BRAÇOS:
1. Efetuar deslizamentos ascendentes suaves por todo o braço, desde o cotovelo até a região axilar.
2. Efetuar círculos com as mãos em concha, na região interna do braço, desde a região axilar até a
fossa cubital. Retornar pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção á região axilar.
3. Efetuar bombeamentos, com as duas mãos em paralelo, como asas de pássaro, desde a região axilar
até a fossa cubital. Retornar pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção á região
axilar.
4. Efetuar braceletes com pressão suave desde a fossa cubital até a região axilar.

ANTEBRAÇOS:
1. Realizar deslizamentos ascendentes suaves por todo o braço, desde o punho até a fossa cubital.
2. Efetuar círculos com as mãos em concha, na região interna do braço, desde a fossa cubital até o
punho. Retornar pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção à fossa cubital.
3. Efetuar bombeamentos, com as duas mãos em paralelo, como asas de pássaro, desde a fossa cubital
até o punho. Retornar pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção á fossa cubital.
4. Realizar braceletes com pressão suave desde o punho até a fossa cubital.

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MÃOS:
1. Efetuar deslizamentos ascendentes por todo o dorso e palma da mão, em direção ao punho.
2. Circular os polegares em toda a palma da mão, do centro para as laterais, da raiz dos dedos em
direção ao punho.
3. Efetuar bombeamento nas laterais dos dedos, da ponta até a raiz, começando pelo polegar até o
dedo mínimo e voltando ao polegar.
4. Efetuar bombeamentos nas faces superior e inferior dos dedos, da ponta até a raiz, começando pelo
polegar até o dedo mínimo e voltando ao polegar.
5. Realizar deslizamentos ascendentes com os polegares no dorso da mão, nos espaços interdigitais.

DRENAGEM DAS MAMAS


As mamas devem ser divididas em quatro quadrantes que serão drenados sempre no sentido da
aréola para fora: quadrante lateral – linfonodos axilares, quadrante superior – linfonodos
infraclaviculares, quadrante interno – linfonodos paraesternais, quadrante inferior – linfonodos
inframamários.
1. Efetuar círculos com as falanges dos dedos na lateral da mama, da aréola até a fossa axilar, em dois
ou três trajetos, dependendo do tamanho da mama. Movimentos em direção à fossa axilar.
2. Efetuar círculos com as falanges dos dedos no quadrante superior da mama, da aréola até a fossa
infraclavicular, em dois trajetos. Movimentos em direção à fossa infraclavicular.
3. Efetuar círculos com as falanges dos dedos no quadrante interno da mama, da aréola até a região
paraesternal, em dois trajetos. Movimentos em direção a região paraesternal.
4. Efetuar círculos com as falanges dos dedos no quadrante inferior da mama, da aréola até a região
inframamária em dois trajetos. Movimentos em direção á região infremamária.
DRENAGEM DO ABDOME
O abdome deve ser dividido em quadro quadrantes: dois quadrantes superiores e dois quadrantes
inferiores. Inicia-se com movimentos que estimulam o peristaltismo, para um melhor funcionamento do
intestino, depois se drenam os dois quadrantes superiores e, na sequência, os dois quadrantes
inferiores.
Sabemos que na região do abdome se encontra uma grande quantidade de linfonodos profundos,
que recebem a linfa proveniente dos intestinos e dos demais órgãos viscerais. Caso o cliente não seja de
pós operatório, é permitida a realização de movimentos com pressão um pouco mais forte para
estímulo do peristaltismo e do sistema linfático profundo. Ainda sim recomenda-se que essa pressão
não seja excessiva.
1. Efetuar deslizamentos ascendentes e suaves desde a região pubiana até a altura das costelas,
descendo pelas laterais, como se estivesse desenhando um grande coração.
2. Efetuar deslizamentos profundos com as duas mãos superpostas no sentido horário, sobre o cólon
ascendente, cólon transverso e cólon descendente, avançando para a curva sigmoide, seguindo o
trajeto do intestino grosso.
3. Efetuar círculos com toda a extensão da mão na lateral do corpo, desde a região axilar até a linha da
cintura, voltando pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção á região axilar.
4. Efetuar círculos com toda a extensão da mão na face anterior do abdome, em dois trajetos, desde a
região inframamária até a linha da cintura, voltando pelo mesmo caminho. Os movimentos devem
ser em direção aos linfonodos inframamários.
5. Efetuar deslizamentos suaves ascendentes da linha da cintura em direção aos linfonodos axilares e
inframamários.
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6. Efetuar círculos com toda a extensão da mão desde a região inguinal até a crista ilíaca, retornando
pelo mesmo caminho. Os movimentos devem ser em direção à região inguinal.
7. Efetuar círculos com toda a extensão da mão desde a região inguinal até a altura da cicatriz
umbilical, em dois trajetos, voltando pelo mesmo caminho. Os movimentos devem ser em direção à
região inguinal.
8. Efetuar deslizamentos suaves com bombeamentos com toda a extensão da mão desde a lateral da
cintura até a região pubiana.

DRENAGEM DOS MEMBROS INFERIORES


COXA:
1. Efetuar deslizamentos ascendentes suaves por toda a extensão da coxa.
2. Efetuar círculos com a mão em concha, na região interna da coxa, desde o joelho até a região
inguinal. Retornar pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção á região inguinal.
Repetir a sequência na região anterior da coxa.
3. Efetuar bombeamento com as duas mãos em paralelo, como asas de pássaro, desde o joelho até a
região inguinal. Retornar pelo mesmo trajeto. Os movimentos devem ser em direção á região
inguinal.
4. Realizar movimentos de bracelete desde o joelho até a região inguinal.

JOELHO:
1. Efetuar círculos com as falanges dos dedos na parte interna do joelho. Movimentos em direção á
região inguinal.
2. Efetuar círculos com os polegares contornados a patela, de baixo para cima. Movimentos em
direção á região inguinal.
3. Efetuar círculos com as falanges dos dedos na lateral externa do joelho. Movimentos da diagonal em
direção á região anterointerna da coxa.

PÉ:
1. Efetuar deslizamentos ascendentes em toda planta e dorso do pé, em direção aos maléolos.
2. Efetuar bombeamentos nas laterais dos artelhos, da ponta até a raiz, começando pelo hálux até o
dedo mínimo e voltando ao hálux.
3. Efetuar bombeamentos nas faces superior e inferior dos artelhos, da ponta até a raiz, começando
pelo hálux até o dedo mínimo e voltando ao hálux.
4. Efetuar deslizamentos ascendentes em toda planta e dorso do pé, em direção aos maléolos.
5. Efetuar círculos com os polegares, do centro, para as laterais, desde os artelhos até o calcanhar.
DECÚBITO VENTRAL:
DRENAGEM LINFÁTICA DOS GLÚTEOS
1. Efetuar bombeamento sobre a região sacral.
2. Efetuar círculos com as falanges dos dedos, desde a região inguinal até o sulco anal voltando á
região inguinal, em três trajetos. Movimentos em direção à região inguinal.
3. Efetuar círculos com as falanges dos dedos ao redor da região sacral em direção ao ânus.
Movimentos em direção aos linfonodos sacrais.

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DRENAGEM DAS COSTAS


Na região das costas a exemplo do abdome, vamos trabalhar em dois quadrantes superiores e dois
quadrantes inferiores. Diferente, porém, do que você executou na região abdominal, vamos iniciar nas
costas os movimentos pelos quadrantes inferiores e terminar o tratamento na parte superior.
1. Efetuar deslizamentos suaves ascendentes por toda a região das costas, desde a lombar até o
trapézio, subindo pelo centro e descendo pelas laterais.
2. Efetuar círculos com toda a extensão da mão na região lombar, na diagonal, desde a região inguinal
até o centro das costas, voltando para a região inguinal em dois trajetos até a linha da cintura.
Movimento em direção á região inguinal.
3. Efetuar círculos com toda a extensão da mão na lateral do corpo, da região axilar até a linha da
cintura, voltando para a região axilar. Movimento em direção à região axilar.
4. Realizar círculos em toda a extensão da mão da axila até o centro das costas atravessando a região
subescapular, voltando pelo mesmo caminho. Movimento em direção a região axilar.
5. Efetuar círculos com toda a extensão da mão da axila até a altura da sétima vértebra cervical,
atravessando a região supraescapular, voltando pelo mesmo caminho. Movimento em direção á
região axilar.
6. Realizar bombeamentos com as pontas dos dedos das duas mãos paralelas nas laterais da coluna
vertebral, desde a primeira até a décima segunda vértebra torácica, voltando á primeira.
7. Efetuar círculos com as falanges nas laterais da coluna cervical, da quinta á primeira vértebra,
voltando á quinta, direcionando a linfa para os linfonodos cervicais profundos.
8. Efetuar deslizamentos suaves na região superior das costas, sobre a escápula e o músculo trapézio,
do centro para as laterais.
SEQUÊNCIA DE FOTOS

Bombeamentos na fossa supraclavicular Bombeamentos na fossa infraclavicular

Bombeamentos na fossa axilar Bombeamentos na fossa cubital

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Bombeamentos nos linfonodos inframamários Bombeamentos nos linfonodos inguinais

Bombeamentos nos linfonodos poplíteos Bombeamentos nos linfonodos maleolares

Deslizamentos ascendentes no braço Deslizamentos ascendentes no braço

(a) (b)
(a)
(a) e (b) Círculos com as mãos em concha na
região
interna do braço, da axila até a fossa cubital,
ida e volta.

(a) (b)
(a) e (b) Bombeamentos com as mãos em forma
de
asa de pássaro no braço, da axila até a fossa
cubital ida e volta.

(a) (b)

(a) e (b) Pressão em bracelete por todo o braço,


da fossa cubital até a axila.

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(a) (b)

(a) e (b) Deslizamentos ascendentes no antebraço.

Círculos com as mãos em concha na região Bombeamentos com as mãos em forma


interna do antebraço, da fossa cubital até o punho, de asa de pássaro no antebraço,
ida e volta. da fossa cubital até o punho, ida e volta.

Pressão em bracelete no antebraço, do punho Deslizamentos no dorso e palma da mão.


até a fossa cubital.

Círculos com os polegares em toda palma da mão. Bombeamentos nas laterais dos dedos.

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Bombeamentos nas faces superior e Deslizamentos com os polegares no dorso


inferior dos dedos. da mão.

Círculos no quadrante superior da mama Círculos no quadrante superior da mama


em direção aos linfonodos infraclaviculares. em direção aos linfonodos axilares.

Círculos no quadrante interno da mama em Círculos no quadrante inferior da mama em


direção aos linfonodos paraesternais. direção aos linfonodos inframamários

(a) (b)

(c)
(a), (b) e (c) Deslizamentos ascendentes por todo Deslizamentos profundos no cólon
o abdome do centro para as laterais. ascendente.

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Deslizamentos profundos no cólon transverso. Deslizamentos profundos no cólon


descendente.

(a) (b)

(a) e (b) Círculos na lateral da fossa axilar até


a cintura, ida e volta.

(a) (b)
Círculos no abdome da região inframamária até a
cintura, ida e volta.

(a) (b)
(a) e (b) Deslizamentos ascendentes no abdome.

Círculos desde a região inguinal até a crista ilíaca, Círculos desde a região inguinal até a
ida e volta. cicatriz umbilical, ida e volta.

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(a) (b)
(a) e (b) Deslizamentos com bombeamentos
desde a cintura até a região pubiana.

(a) (b)
(a) e (b) Deslizamentos ascendentes na coxa.

(a) (b)
(a) e (b) Círculos na região interna e anterior da
coxa desde a região inguinal até a fossa poplítea,
ida e volta.

Bombeamentos com as mãos em forma de asa Braceletes na coxa, do joelho até a região
de pássaro na coxa, da região inguinal até o joelho, inguinal.
ida e volta.

(a) (b)
(a) e (b) Círculos na face interna do joelho.

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(a) (b)
(a) e (b) Círculos com os polegares contornando
a patela, de baixo para cima.

Círculos na lateral externa do joelho. Deslizamentos ascendentes na perna.

Círculos na face interna da perna, do joelho Bombeamentos com as mãos em


até o maléolo, ida e volta. forma de pássaro, do joelho até o maléolo,
ida e volta.

Braceletes na perna, do maléolo até o joelho. Deslizamentos na planta e dorso do pé.

Bombeamentos nas laterais dos artelhos. Bombeamentos nas faces superior e


inferior dos artelhos.

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Deslizamentos ascendentes na coxa. Círculos nas faces interna e posterior da


coxa, da prega glútea até a fossa poplítea,
ida e volta.

Bombeamentos com as mãos em forma de Bracelete na coxa, da fossa poplítea


asa de pássaro, da prega glútea até a fossa até a prega glútea.
poplítea, ida e volta

Círculos a face interna da perna, da Deslizamentos ascendentes na perna.


fossa poplítea até o maléolo, ida e volta.

Bombeamentos com as mãos em forma Braceletes na perna, do maléolo


de asa de pássaro na perna, da fossa poplítea até a fossa poplítea.
até o maléolo, ida e volta.

Círculos com os polegares na planta do pé, Bombeamentos nos linfonodos sacrais.


dos dedos para o calcanhar.

(a) (b)

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(c) (a)
(a), (b) e (c) Círculos da região inguinal
até o sulco anal, ida e volta.

(b) (a)
(a) e (b) Círculos ao redor da região sacral
em direção ao ânus.

(b) (a)
(a) e (b) Deslizamentos ascendentes
nas costas do centro para as laterais.

(b) (a)
(a) e (b) Círculos sobre a lombar,
da regiãoinguinal até o centro das costas,
ida e volta.

(b) (a)
(a) e (b) Círculos na lateral, da região
axilar até a cintura, ida e volta.

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(b) (c)
(a), (b) e (c) Círculos da região axilar até o
centro das costas passando pela região
subescapular, ida e volta.

(a) (b)

(c)
(a), (b) e (c) Círculos desde a região axilar Bombeamentos com as pontas dos dedos
até a sétima cervical, passando pela região nas laterais da coluna vertebral.
supraescapular, ida e volta.

Círculos nas laterais da coluna cervical. Deslizamentos na região superior das


costas,
do centro para as laterais.
(FONTE E IMAGENS: VASCONCELOS, 2015)

DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL FACIAL - INTRODUÇÃO


DEFINIÇÃO
“Drenagem é uma palavra de origem inglesa e pertence ao léxico da hidrologia: consiste em evacuar
um pântano do seu excesso de água por meio de caneletas que desembocam em um poço ou em um
curso de água”. A comparação é clara. Na drenagem linfática manual, as manobras são suaves e
superficiais, não necessitando pressionar os músculos, e sim mobilizar um fluxo de líquido que está
dentro de um vaso linfático em nível superficial e acima da aponeurose (GODOY, BELCZAK, GODOY,
2005, 110).
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A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica de linfoterapia que visa o aumento dos
estímulos, atuando nos sistemas profundo e superficial e que reproduz os estímulos fisiológicos de
drenagem linfática (GODOY; GODOY, 2011).
O sistema linfático compreende o conjunto formado pela linfa, pelos vasos linfáticos e órgãos
relacionados ao sistema linfático como os linfonodos, o baço, o timo e as tonsilas palatinas. A linfa é um
líquido claro, ligeiramente amarelado, que flui lentamente no corpo através dos vasos linfáticos. Parte
do plasma sanguíneo extravasa continuamente dos vasos capilares, formando um material líquido entre
as células dos diversos tecidos do organismo – o líquido intercelular ou intersticial. (SANTOS, 2013)
OBJETIVOS
Para Godoy (2004), o objetivo da drenagem linfática manual é criar diferenciais de pressão para
ocorrer o deslocamento da linfa e do fluído intersticial, visando o seu retorno na corrente sanguínea.
A drenagem linfática manual facial têm objetivos preventivos, estéticos e terapêuticos como:
• Estimular o sistema de defesa e a oxigenação dos tecidos;
• Ajudar na eliminação de líquidos excedente no meio intercelular;
• Tonificar a pele;
• Retardar o envelhecimento dos tecidos;
• Amenizar problemas de origem vascular;
• Minimizar melasmas e
• Diminuir rugas, apesar de não ser o objetivo principal do tratamento.

INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
RETENÇÃO HIDRICA/ EDEMA INFECÇÕES AGUDAS
OLHEIRAS NEOPLASIAS (CÂNCER)
PRÉ E PÓS OPERATÓRIO TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
ROSÁCEA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
GESTANTES SENSAÇÃO DE MAL ESTAR
TELANGECTASIAS HIPERTIRIODISMO
ACNE ASMA BRONQUIAL
RELAXAMENTO AFECÇÕES CUTÂNEAS
HEMATOMAS HIPERTENSÃO DESCONTROLADA

CIRURGIAS PLÁSTICAS FACIAIS


A drenagem linfática é muito utilizada como tratamento em cirurgias faciais como: Blefaroplastia
(retirada da pele excedente da pálpebra superior), Mentoplastia (correção de deformidades no queixo),
Otoplastia (cirurgia plástica das orelhas, visando melhorar a forma, posição ou proporção), Rinoplastia
(cirurgia do nariz para melhora da aparência e a proporção do nariz, podendo ser também para
correção respiratória).
APLICAÇÃO
Existem considerações relevantes que devem ser observadas na aplicação da Drenagem Linfática
(Giardini et al., 2000):
 Executar as manobras no sentido proximal-distal;
 Praticar por maior espaço de tempo onde há maior retenção de líquido, ou seja, linfedema;
 As manobras devem ser em um ritmo lento, pausado e repetitivo, respeitando o mecanismo do
transporte da linfa;
 Não deve ser desagradável e jamais provocar dor;
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 Aconselhável que a primeira sessão seja mais breve;


 As sessões levam em média de 1 hora.
TIPOS DE TÉCNICAS
Atualmente, existem 4 técnicas de DLM, são elas: Vodder, Foldi, Leduc e Godoy.
As manobras de drenagem linfática manual, segundo Leduc, seguem dois princípios básicos:
 O processo de evacuação (remoção) auxilia a remoção da linfa dos coletores linfáticos e desobstrui
as áreas de entrada para os linfonodos regionais, criando assim a possibilidade de uma “aspiração”
da linfa em direção centrípeta.
 O processo de captação (absorção) auxilia a absorção do líquido intersticial excedente para dentro
dos capilares linfáticos terminais e o aumento do fluxo em direção aos linfonodos regionais e,
finalmente, em direção ao canal torácico e ao ducto linfático direito.

Já Vodder descreve 04 movimentos básicos: técnica de bombeamento, técnica de mobilização,


círculos estacionários, técnica rotatória, porém as técnicas de bombeamento e círculos estacionários
são as mais usadas.
 Círculos estacionários (fixos) realizados na face e no pescoço. Com a mão espalmada sobre a pele,
os dedos realizam movimentos contínuos em forma de círculos ou espirais. A pressão deve ser
realizada apenas na primeira metade do círculo. Na segunda metade, existe o contato, porém, sem a
pressão, possibilitando o retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre 5 e 7 movimentos
(SANTOS, 2013).
 Movimentos de bombeamento nesta manobra, o polegar e os dedos movem-se na mesma direção
em sentido circular. As pontas dos dedos não são utilizadas, sendo o controle do movimento
realizado pelo punho do terapeuta. Assim como na manobra anterior, a pressão deve ser realizada
apenas na primeira metade do círculo. Na segunda metade, existe o contato, porém, sem a pressão,
possibilitando o retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre 5 e 7 movimentos (SANTOS,
2013).

“A técnica de Godoy e Godoy consiste na utilização de roletes que seguem o sentido de fluxo dos
vasos linfáticos e mantêm a sequência de drenagem proposta por Vodder. Além dos roletes, pode-se
fazer uso das mãos ou de outro instrumento que permita a realização da drenagem linfática seguindo o
sentido dos vasos linfáticos ou da corrente linfática, simplificando, desse modo, toda a técnica de
drenagem linfática” (SANTOS Apud GODOY, 2004).
Porém, é importante ressaltar que, seja qual for a manobra executada, três finalidades básicas devem
ser atendidas:
 Bombeamento dos linfonodos;
 Captação da linfa (reabsorção);
 Encaminhamento da linfa.
O movimento de bombeamento é executado sobre a cadeia de linfonodos, com cinco a sete
repetições, e tem a finalidade de esvaziar o linfonodo, deixando-o livre para receber a nova carga
linfática que chegará com a drenagem manual.
A finalidade desse movimento, é empurrar o líquido já filtrado para fora do linfonodo, deixando-o
livre para receber a nova carga que será encaminhada.
A manobra de captação da linfa (reabsorção) é executada em círculos. A finalidade desse
movimento é captar a linfa, fazer com que ela saia do meio intersticial e entre no vaso linfático.

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A manobra de encaminhamento da linfa é realizada com as duas mãos. O profissional toca


suavemente a pele do cliente com toda a extensão das duas mãos paralelas com suaves bombeamentos
em direção á cadeia de linfonodos, encaminhando a linfa para o seu destino.
No nosso curso iremos trabalhar apenas as técnicas de Leduc e Vodder.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Por sua ação a massagem de drenagem linfática possui influência direta e indireta sobre o
organismo, entre os quais podemos citar:
 Efeitos diretos - Resposta imune específica - Musculatura lisa dos vasos sanguíneos e linfáticos -
Sistema nervoso autônomo - Quantidade de linfa processada nos gânglios - Filtração e absorção dos
capilares sanguíneos - Velocidade de filtração da linfa - Motricidade dos intestinos.
 E indiretamente, possui influência sobre: - Melhora da nutrição tecidual - Melhora da oxigenação
dos tecidos - Desintoxicação dos tecidos intersticiais - Eliminação de ácido láctico da musculatura
esquelética - Absorção dos nutrientes pelo trato digestivo - Aumento da quantidade de líquido
excretado.

A PRESSÃO DAS MANOBRAS


A pressão exercida será sempre proporcional ao edema.
 1ª fase: Edema grande – Drenagem muito suave.
 2ª fase: Edema controlado – Drenagem suave.
 3ª fase: Sem edema – Drenagem com pressão normal.
FREQUÊNCIA DA DRENAGEM E TEMPO:
• Diariamente – (indicação médica – P.O.);
• Três vezes por semana;
• Sessão: Até 60 minutos.
TRAJETO E EXECUÇÃO DAS MANOBRAS
Deve ser dividida em boxes. O primeiro box corresponde a região entre o maxilar inferior e a
mandíbula. O segundo box, corresponde a região contida entre o nariz e a sobrancelha. E o terceiro
box está contida a região da testa (SILVA,2006).
Iniciamos as manobras de proximal para distal, com a finalidade de desobstruir previamente os
linfonodos para deixar livre a passagem da linfa, assim eliminando o edema.
A técnica se inicia pelo estímulo do terminus (supra claviculares) de 5 a 7x de acordo com a
necessidade do paciente. Em seguida, realizamos a manobra para estimular a cisterna de Quilo
associando às respirações profundas, também de 5 a 7x.
PASSO-A-PASSO DA TÉCNICA
 Paciente em decúbito dorsal
 Harmonização: inspirações profundas e expirações longas (terapeuta e paciente):
 Euflorage: Inspirações profundas e expirações longas (paciente) com deslizamentos:
 Do esterno ao ombro
 Do esterno ao trapézio
 Do esterno à base do pescoço
 Estimulação do términus 5X
 Drenagem da face lateral do pescoço
 Profundus

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 Médium
 Final
 Drenagem da face posterior do pescoço - em cinco pontos:
 Início pelo occipitus
 Estimulação do términus 5X
 Drenagem da face lateral do pescoço
 Profundus
 Médium
 Final
 Garfo baixo
 Garfo alto
 Garfo baixo
 Drenagem da lateral do pescoço: profundus, médium, final
 Estimulação do términus (SILVA, 2006)
MANOBRAS A SEREM EMPREGADAS
 Bombeamentos e/ou círculos estacionários (desobstrução dos linfonodos);
 Dígito pressão, com as pontas dos dedos, deslocar a linfa.

A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem com características muito singulares,
executada com o objetivo de aumentar o fluxo linfático fisiológico para eliminação de líquido excedente
do nosso organismo. Constitui o melhor recurso para atendimento pós-operatório de cirurgias faciais,
pois é capaz de estimular a redução da dor e edema local, previne o surgimento de fibroses
principalmente após lipoaspiração submentoniana, além de auxiliar na reabsorção de equimoses e
hematomas, prevenindo as hipercromias locais.
O toque da massagem também é capaz de produzir um efeito relaxante e confortante ao paciente.
Para que tudo isso seja possível, utiliza-se movimentos lentos, leves e ritmados, simulando a drenagem
linfática naturalmente exercida pelo nosso organismo. A rede linfática superficial está apenas 3 mm
abaixo da pele, sendo extremamente superficial. Desta forma, movimentos intensos comprimem a
trama ao invés de produzir estímulos sobre ela; O fluxo linfático é ininterrupto e unidirecional, não
havendo pausas em seu processo de captação de líquido nos espaços intersticiais, condução da linfa,
filtragem e retorno da linfa excedente para o Sistema.

(GUIRRO,GUIRRO,2014)

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DRENAGEM DO PRIMEIRO BOX:

Mandíbula inferior (abaixo do queixo):


 Região inferior da mandíbula ponto central
 Região inferior da mandíbula ponto médio
 Região inferior da mandíbula ponto lateral

Drenagem do queixo (abaixo do lábio inferior):


 Drenagem da lateral do lábio
 Drenagem do lábio superior
 Drenagem da lateral do lábio
 Drenagem do queixo (abaixo do lábio inferior)

Região inferior da mandíbula ponto central (abaixo do queixo)


 Região inferior da mandíbula ponto médio
 Região inferior da mandíbula ponto lateral
 Drenagem da lateral do pescoço (profundus, médium, final)
 Estimulação do términus

DRENAGEM DO SEGUNDO BOX


 Drenagem das “maçãs” do rosto, dividindo em segmentos de acordo
com o tamanho da face (3)
 Drenagem do nariz (3 regiões com 2 pontos em cada região)
 Drenagem da pálpebra inferior (divide em 3 segmentos com 2 pontos
em cada segmento)
 Drenagem da pálpebra superior (divide em pálpebra superior em
superior-inferior (próximo aos cílios) e superior-superior (próximo à
sobrancelha): superior-inferior: manobra de “despregueio” (com 4 dedos
dedilhados) superior-superior: manobras rotacionais com indicador em 3
pontos

 Drenagem da sobrancelha: 3 pontos com posição de pinça do indicador


e polegar
 Pentear a sobrancelha
 Drenagem da glabela: tracionar o lado esquerdo com o indicador direito
e o lado direito com o indicador esquerdo
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 Direcionar a linfa da região das maçãs do rosto para a região submandibular


 Direcionar a linfa da lateral do rosto com as manobras de garfo alto e baixo e então para o
términus através da lateral do pescoço.

DRENAGEM DO TERCEIRO BOX


 Duas mãos paralelas, com os indicadores unidos, direcionando a linfa
para a região lateral do rosto
 Afastar as mãos lateralmente, realizar o mesmo movimento em
direção à lateral do rosto
 Afastar novamente as mãos para a lateral do rosto realizar o mesmo
movimento em direção à lateral do rosto
 Direcionar a linfa para a região pré-auricular - manobra de garfo alto e
baixo - drenagem da lateral do pescoço

 Estimular o términus 5X - estimulação do couro cabeludo, tomando por


base a linha do walkman: anteriormente à linha do walkman, com dedos
afastados e colocados no couro cabeludo posteriormente à linha do walkman.
 Manobra de garfo alto e baixo
 Drenagem da lateral do pescoço
 Estimular o términus 5X

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GODOY, José M F; GODOY, Maria F G. Drenagem Linfática Manual – Uma nova abordagem. São Paulo: Lin
comunicação, 1999.
GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermato-Funcional – Fundamentos, Recursos e
Patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002.
LACERDA, Gabriela. Drenagem linfática manual. Diário de Noticias. [S.l], 28 de maio de 2007 ano 143 n
50 460.
LEDUC, Albert; LEDUC, Olivier. Drenagem Linfática - Teoria e Prática. 2.ed. São Paulo: Manole, 2000.
MOURA, Vanessa Machado; MEJIA, Dayana Priscila Maia. A importância da técnica de drenagem linfática
manual no tratamento pós-operatório de abdominoplastia. Pós-graduação em Fisioterapia Dermato-
Funcional, Faculdade Cambury.
SANTOS, Daniella Andrade Ferreira; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Análise comparativa das técnicas de
drenagem linfática manual: Método Vodder e método Godoy e Godoy. Pós-graduação em Fisioterapia
Dermato-Funcional, Faculdade Cambury.
VASCONCELOS, Maria Goreti De. Princípios de Drenagem Linfática 1 ed. Brasil: saraiva, 2015. 184 p.

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