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RADIOLOGIA

VETERINÁRIA
M.V. LILIANE DE OLIVEIRA RAFAEL DO NASCIMENTO
Utilidade do RX na
Medicina Veterinária

Lesões
Traumáticas/fraturas
Diagnóstico
de gestação
Acompanhamento
ortopédicos

Megacólon Diagnóstico de Má formações


patologias
Megaesôfago específicas
Osteossarcoma
Cardiopatias Metástases
Hérnia Hérnia Neoplasias
pulmonares/mama

diafragmática diafragmática
Utilidade do RX na
Medicina Veterinária

Lesões
Traumáticas/fraturas
Diagnóstico
de gestação
Acompanhamento
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Megacólon Diagnóstico de Má formações


patologias
Megaesôfago específicas
Osteossarcoma
Cardiopatias Metástases
Hérnia Hérnia Neoplasias
pulmonares/mama

diafragmática diafragmática
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Medicina Veterinária

Lesões
Traumáticas/fraturas
Diagnóstico
de gestação
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Megaesôfago específicas
Osteossarcoma
Cardiopatias Metástases
Hérnia Hérnia Neoplasias
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diafragmática diafragmática
Utilidade do RX na
Medicina Veterinária

Lesões
Traumáticas/fraturas
Diagnóstico
de gestação
1600 
Acompanhamento
ortopédicos

Megacólon Diagnóstico de Má formações


patologias
Megaesôfago específicas
Osteossarcoma
Cardiopatias Metástases
Hérnia Hérnia Neoplasias
pulmonares/mama

diafragmática diafragmática
Utilidade do RX na
Medicina Veterinária

Lesões
Traumáticas/fraturas
Diagnóstico
de gestação
1600 
Acompanhamento
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Megacólon Diagnóstico de Má formações


patologias
Megaesôfago específicas
Osteossarcoma
Cardiopatias Metástases
Hérnia Hérnia Neoplasias
pulmonares/mama

diafragmática diafragmática
Preparatórios antes do RX
• O posicionamento de
pequenos pacientes
animais para radiografia
requer conhecimento da
anatomia normal da
espécie e terminologia
direcional descritiva.
Preparatórios antes do RX
Preparatórios antes do RX
• Pacientes não estão devidamente posicionados

Interpretação imprecisa da
radiografia

Diagnóstico incorreto do paciente


pode acontecer
Preparatórios antes do RX
• O posicionamento adequado do paciente geralmente requer
que o paciente seja imobilizado

– Contenção química (administração


de sedativos e anestésicos)

– Contenção mecânica (uso de auxiliares


de posicionamento radiológico)
Preparatórios antes do RX
• Identificar a posição ou as posições pedidas
– Requisição geralmente com suspeita diagnóstica
• Pelo limpo e seco
– O contrário = artefatos confusos
Preparatórios antes do RX
• Se possível remover: colares, ataduras, talas, jóias...

• Ideal  contenção química com sedativos


– Vai depender da situação
– Minimiza a ansiedade e movimentos indesejados

• Tratamento adequado = mais agilidade no exame


Preparatórios antes do RX
• HUMANIZAÇÃO DOS ANIMAIS!!!
– LEI CONTRA MAUS TRATOS
– VÍNCULOS AFETIVOS FORTES  RESPONSABILIDADE MAIOR
Auxiliares de posicionamento
• Almofadas de espuma – cobertas de lona

• Sacos de areia – cobertas de lona


Auxiliares de posicionamento
Auxiliares de posicionamento
Marcos de superfície
• Estruturas anatômicas específicas que
devem ser incluídos na radiografia final

• Estas são áreas fixas no paciente corpo que


pode ser visto ou palpado
– Exemplo, o última costela, o ângulo da mandíbula
e a escápula  marcos úteis e palpáveis.
Uma boa radiografia tem:
• Área anatômica de interesse para o estudo radiográfico deve
estar no centro do filme de raios X

– Exemplo: quando radiografias do abdome são feitas, o


feixe de raios X primário é centrado na linha média
• Se o objetivo for o baço: o feixe primário um pouco
mais lateral a linha média
Uma boa radiografia tem:
• Radiografias de ossos longos devem incluir as articulações
proximal e distal ao osso

• Radiografias das articulações deve incluir 1/3 dos ossos


proximais e distal à articulação
Uma boa radiografia tem:
• O tamanho da cassete escolhido deve ser ligeiramente maior
do que o necessário para acomodar a visão necessária

• Em alguns casos, é desejável usar uma cassete de raios X duas


vezes maior do que a necessária para poder colocar duas
imagens num mesmo filme = “dividir a placa“
– blindagem de chumbo em metade da cassete de raios X para evitar
exposição do filme ao tirar a primeira vista e o escudo de chumbo é
então movido para a outra metade da cassete, e a segunda vista é
exposta no outra metade do filme

• Identificação:
– Nome do Paciente, data, nome do veterinário e da clínica
Uma boa radiografia tem:
• Marcadores direcionais
– Devem ser incluídos em todos radiografias.
– Esses marcadores são adicionados antes de fazer a exposição
– Marcadores direcionais podem ser compostos de um escudo de
chumbo cortado em uma forma R ou L, ou pode ser obtido
comercialmente
– usados ​para designar a posição do paciente em seu lado direito ou
esquerdo, bem como o membro radiografado
– Marcadores nas projeções craniocaudais ou caudo-cranianas são
colocados no aspecto lateral do membro.
– Para lateral projeções de membros, o marcador esquerdo ou direito é
colocado no aspecto cranial
– Para dorsoventral ou ventrodorsal projeções, o marcador é usado para
indicar o direito ou lado esquerdo do paciente
Uma boa radiografia tem:
• Marcadores direcionais
Uma boa radiografia
• Chegar ao
diagnóstico!
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E ANATOMIA
RADIOGRÁFICA EM PEQUENOS ANIMAIS
• Nomenclatura para os posicionamentos

– Nome do posicionamento
 leva em conta a face do corpo do animal onde incide e
a face onde emerge a radiação
• Dar nome ao posicionamento é importante no
estudo radiográfico dos diferentes órgãos

– posição
– relação com outros órgãos
– descrição da forma e arquitetura (interna e marginal)
– tamanho
– densidade radiográfica natural
– número
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E ANATOMIA
RADIOGRÁFICA EM PEQUENOS ANIMAIS
• Nomenclatura - Posicionamentos
– D-V : dorso ventral (feixe de raios incide no dorso e
emerge no ventre do animal atingindo o filme)
– V-D : ventro dorsal
– L : lateral (incide de um lado e emerge no outro)
• L-D ou L-E
– Cr-Ca e Ca-Cr : Crânio-caudal e Caudo-cranial
– D-P e P-D : dorso-palmar/plantar e palmo/planto -
dorsal (usados a partir do carpo/tarso)
Desconsiderar essa parte da apostila

1. Região crânio dorsal


2. Região crânio ventral
3. Região média/medial
4. Região caudo-dorsal
5. Região caudo-ventral
Desconsiderar essa parte da apostila

• Escrever assim:
1. Crânio-caudal (CrCa)
2. Caudo-cranial (CaCr)
3. Dorso-palmar (Dpa)
4. Palmo-dorsal (PaD)
5. Dorso-plantar (Dpl)
6. Planto-dorsal (PlD)
7. Oblíquo (O)
Para entender melhor...
Radiografia da cavidade abdominal de cão
em projeção laterolateral
Radiografia da cavidade abdominal de gato
em projeção laterolateral
Projeção Latero-
Lateral da Cavidade
Abdominal

RD – RIM DIREITO
RE – RIM ESQUERDO
C- CECO
CO – CÓLON
B – BEXIGA
D- INTESTINO DELGADO
Projeção lateral esquerda do abdome. Cachorro Beagle 2 anos de idade,
fêmea não esterilizada.
Projeção lateral esquerda do abdome. Cachorro
Beagle 7 anos de idade,
Macho
Projeção lateral esquerda do abdome. Cachorro
Beagle 7 anos de idade,
Macho
Projeção reclinada lateral direita do abdome. Centrado
caudalmente. Cachorro Beagle 7 anos de idade
Projeção ventrodorsal do abdômen de um
cão em decúbito dorsal
Posicionamento para a projeção lateral da
cavidade torácica
Radiografia de tórax em projeção
laterolateral
Posicionamento para a projeção ventrodorsal
da cavidade torácica
Radiografia de tórax em projeção
ventrodorsal
Posicionamento para a projeção dorsoventral
da cavidade torácica
Posicionamento da articulação do ombro e do
braço para projeção mediolateral
Radiografia do ombro e braço em projeção
médiolateral
Posicionamento da articulação do ombro
para projeção caudocranial
Radiografia do ombro e do braço em
projeção caudocranial
Posicionamento da articulação do cotovelo
para projeção mediolateral
Radiografia do cotovelo em projeção
mediolateral
Radiografia do antebraço em projeção
mediolateral
Posicionamento da articulação do cotovelo e
antebraço para projeção craniocaudal
Radiografia do cotovelo e antebraço em
projeção craniocaudal
Posicionamento da articulação carpal para
projeção mediolateral
Radiografia de carpos em projeção
mediolateral
Posicionamento oblíquo da articulação carpal
para projeção mediopalmar –dorsolateral
Radiografia de articulação carpal em
projeção oblíqua
Posicionamento da articulação carpal para
projeção dorsopalmar
Radiografia de carpos em projeção
dorsopalmar
Radiografia dos dígitos em projeção
dorsopalmar
Posicionamento da pelve para projeção
laterolateral
Radiografia de pelve em projeção
laterolateral
Posicionamento da coxa/femur para projeção
medio-lateral
Radiografia de pelve em projeção
ventridorsal
Posicionamento da coxa e articulação do
joelho para projeção mediolateral
Radiografia de membro pélvico em projeção
mediolateral
Posicionamento da articulação do joelho em
projeção craniocaudal
Radiografia de membro pélvico em projeção
craniocaudal
Posicionamento da articulação do joelho em
projeção tangencial (skyline)
Radiografia da articulação do joelho em
projeção tangencial
Posicionamento da articulação tarsal em
projeção mediolateral
Radiografia da articulação tarsal em projeção
mediolateral
Posicionamento da articulação tarsal em
projeção dorsoplantar
Radiografia da articulação tarsal em projeção
dorsoplantar
Posicionamento oblíquo da articulação tarsal
em projeção dorsolateral-medioplantar
Radiografia da articulação tarsal em projeção
dorsolateral-medioplantar
Posicionamento da pata traseira em projeção
dorsoplantar
Posicionamento do crânio para projeção
lateral
Posicionamento do crânio para projeção
lateral

Cão
Projeção lateral do crânio de gato
Posicionamento do crânio para projeção
lateral com boca aberta
Posicionamento do crânio para projeção
ventrodorsal
Posicionamento do crânio para projeção
dorsoventral
Posicionamento do crânio para projeção oblíqua
mediolateral da maxila com boca aberta
Posicionamento do crânio com boca aberta para
projeção oblíqua médiolateral para a mandíbula
Projeção oblíqua médio-lateral para maxila e
para a mandíbula
Posicionamento frontal para avaliação do
forame magno
Posicionamento do paciente para radiografia
de coluna cervical em projeção lateral
Radiografia de coluna cervical de cão em
projeção lateral
Posicionamento da coluna cervical para
projeção ventrodorsal
Posicionamento de coluna vertebral para
projeção lateral
Radiografia de coluna lombo-sacral de cão
em projeção lateral
Posicionamento de coluna vertebral para
projeção ventrodorsal
Coluna Vertebral
• Regiões : cervical, torácica, lombar, sacra e
coccígea
• Devemos buscar o paralelismo perfeito entre a
coluna vertebral e a chapa radiográfica;
• O posicionamento é feito com o auxílio de
calços de espuma (radio transparentes);
• Algumas vezes há necessidade de anestesia
Radiografia de coluna cervical de cão em
projeção ventro-dorsal
Posicionamento de coluna vertebral para
projeção lateral
Radiografia de coluna lombo-sacral de cão
em projeção lateral
Posicionamento de coluna vertebral para
projeção ventrodorsal
Considerações Gerais
• Alterações de densidade : distúrbios
metabólicos em toda coluna;
• Alterações estruturais : osteólise ou esclerose
de maneira isolada ou mista;
• Alterações de contorno das vértebras : em
processos de espondilite;
Alterações de forma das vértebras
• Alterações da inter linha radiográfica; quanto
a tamanho ou densidade.
• Alterações das epífises das faces articulares :
processos de lise e esclerose;
• Alterações de tecidos moles;
• Alterações de eixos ósseos; Alteração da
curvatura (cifose, lordose ou escoliose)
Alterações do Desenvolvimento
• Excesso ou falta de vértebras (parcial ou total)
• Agenesia ou disgenesia sacra : ausência parcial ou total do sacro, das coccígeas, e cauda eqüina (gatos da raça
Manx)
• Vértebra transicional : vértebra de uma região com característica de outra (ex.: sacralização de L7 e S1
fusionados)
• Hemivértebra : relacionado à alteração no fechamento dos núcleos de ossificação; ocorre crescimento parcial
da vértebra; forma de cunha ou borboleta; pode ocorrer em uma ou mais vértebras; agenesia de costela pode
ou não acompanhar; pode-se observar o comprometi/o da curvatura normal da coluna; mais freqüente em
região torácica; achado em animais de até 1 ano
• Vértebra em bloco : fusão parcial ou total de duas ou mais vértebras durante sua formação embriológica
• Espinha bífida : falha no fechamento dorsal do arco neural (posição VD); pode ter dois processos espinhosos;
pode haver protrusão das meninges (meningocele)
• Sinus dermóide-fístula cutâneo espinhal : presença de canal interligando a pele a estruturas vertebrais e ou
espaço sub-aracnóide; pode fluir líquor do mesmo
• Angulação dorsal do processo odontóide : angulação excessiva (45 graus) da extremidade do processo
odontóide levando a compressão medular
• Exostoses cartilaginosas múltiplas : massas cartilaginosas e exostoses em múltiplas vértebras, a partir das
metáfises dos corpos e processos espinhosos, em região torácica e lombar, em costelas e em ossos longos
• Mal formação cervical do Bassethound : em C2-C3
Radiografia torácica
• As radiografias torácicas são utilizadas principalmente para
avaliação dos tecidos moles da cavidade torácica (isto é,
pulmões, coração).
• As radiografias torácicas são geralmente expostas no pico da
inspiração.
– Em pacientes com suspeita de pneumotórax, as exposições
geralmente são feitas durante a pausa expiratória.
• A maioria das posições comumente usadas são o decúbito
lateral direito e esquerdo e ventrodorsal (VD).
– Se VD, dorsoventral (DV), e vistas laterais direita e esquerda são
necessárias, as exposições DV e VD devem ser executado primeiro
para evitar o colapso posicional dos pulmões.
Radiografia torácica
• Para todas as projeções torácicas, os membros
anteriores devem ser estendidos cranialmente
para evitar os músculos do ombro nas
estruturas torácicas
Radiografia torácica
Megaesôfago,
marcado em
amarelo para
melhor
visualização
Radiografia torácica
• VD
Radiografia torácica
• VD

ÁPICE = LADO ESQUERDO


Radiografia torácica
Radiografia VD demonstrando
• VD infiltrado intersticial em lobos
direitos médio (sombreado de
verde na imagem à direita) e
cranial – Animal com
megaesôfago.
Radiografia torácica
Três incidências radiográficas
• VD devem ser realizadas em casos
suspeitos de pneumonia por
aspiração (LL direita, LL
esquerda e VD/DV)

O infiltrado alveolar é o
padrão pulmonar mais
comumente encontrado em
casos de pneumonia por
aspiração (aproximadamente
74% dos casos). Porém, em
aproximadamente 26% dos
casos pode estar presente
padrão pulmonar
predominantemente
intersticial.
Radiografia torácica
• DV
Radiografia torácica
• DV
Radiografia torácica

Posicionamento adequado para projeção
lateral em pé com horizontal raio do tórax
Radiografia torácica
• LL
Radiografia Abdominais
• Radiografias abdominais são utilizadas
principalmente para avaliação dos tecidos
moles do abdômen (rins, bexiga, fígado, trato
intestinal).
• Radiografias abdominais
após exalação completa e antes do início da
inspiração (pausa expiratória).
• Lateral e ventrodorsal (VD)
Radiografia Abdominais
• Alguns estudos radiográficos devem ser realizados
após o paciente ter sido submetido a 12 horas de
jejum
– a menos que condições médicas contra-indiquem
• Enema pode ser realizado 3-4 horas antes da
radiografia para limpar o trato intestinal da matéria
fecal.
– Isso vai melhorar a visualização das estruturas dentro da
cavidade abdominal
• Decúbito lateral direito
Radiografia Abdominais

Posicionamento adequado para projeção lateral do abdômen


Radiografia Abdominais
Radiografia Abdominais
Radiografia Abdominais

Projeção VD do abdômen
Radiografia Pélvica
• As radiografias pélvicas são utilizadas
principalmente para visualização dos ossos e
articulações
• Em pacientes com suspeita de displasia
– Ventrodorsal (VD)
Radiografia Pélvica
Posicionamento adequado para
projeção de perna de sapo VD
Radiografia Pélvica
Projeção Lateral da Escápula

Frequentemente realizadas para fratura

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