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2019
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profa. Greica Priscila Zanatta Furtado
Profa. Liliani Carolini Thiesen
F992d
ISBN 978-85-515-0251-8
CDD 615.822
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, seja muito bem-vindo a nossa disciplina! Este livro
auxiliará você em seus estudos e a compreender melhor a drenagem linfática.
O conteúdo deste livro e as orientações contribuirão positivamente para o
direcionamento do processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO...................................1
TÓPICO 2 – HISTÓRICO.......................................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................15
2 ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO........................................................................................15
2.1 TOPOGRAFIA DO SISTEMA LINFÁTICO..................................................................................16
2.1.1 A linfa – transporte e circulação............................................................................................20
3 VIAS LINFÁTICAS...............................................................................................................................23
4 LINFONODOS.......................................................................................................................................25
5 ÓRGÃOS LINFÁTICOS.......................................................................................................................31
6 SISTEMA LINFÁTICO E SUA RELAÇÃO IMUNOLÓGICA......................................................38
7 SISTEMA LINFÁTICO E DRENAGEM ...........................................................................................41
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................42
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................43
VII
5 PERÍODO MENSTRUAL – TPM......................................................................................................77
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................81
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................82
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................181
VIII
UNIDADE 1
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO
SISTEMA LINFÁTICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 2 – HISTÓRICO
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, você já parou para pensar em todos os riscos a que está
exposto no seu futuro ambiente de trabalho? Quais os cuidados que devem ser
tomados? Quais EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) você futuramente
terá que utilizar?
3
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Entende-se por risco biológico qualquer tipo de ser vivo que possa
apresentar algum tipo de ameaça: bactérias, leveduras, fungos, parasitas e também
outros seres humanos. O risco pode ficar em materiais usados pelos profissionais
(alicates, espátulas, escovas, máscaras, luvas, touca, entre outros).
6
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
estar presos durante toda estadia no local de trabalho e durante os procedimentos devem
estar envolvidos pela touca descartável. A maquiagem pode ser utilizada de forma discreta.
Em relação às bijuterias, é liberado o uso de brincos em tamanhos discretos, já anéis, pulseiras
e relógios não podem ser usados durante os atendimentos (VIEIRA; ANDRADE, 2017).
7
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
0 1 2
Molhe as mãos com água Cubra as mãos com a Esfregue bem as palmas
espuma do sabão
3 4 5
Esfregue o dorso com Lave as palmas com os Esfregue a base dos dedos
a palma das mãos dedos entrelaçados nas palmas das mãos
6 7 8
9 10 11
Enxugue as mãos com Use esta mesma toalha Pronto, suas mãos estão
uma toalha descartável para desligar a torneira completamente limpas!
FONTE: CTSB (2017)
8
TÓPICO 1 | BIOSSEGURANÇA E HISTÓRIA DO SISTEMA LINFÁTICO
9
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
O ambiente terapêutico deve ser claro e sem muitos objetos e enfeites, que
dificultem a higienização do local. Aromatizantes de ambientes como incensos
e sprays devem respeitar o gosto do paciente, pois não são todas as pessoas que
os apreciam. Música relaxante complementa satisfatoriamente um ambiente
propício ao relaxamento (CTSB, 2017).
Segundo Vinyes (2005), nos últimos anos de sua vida, Vodder cedeu a
representação de seu método à escola de Walchsee, na Áustria e ao professor
Foldi na Alemanha. A grande demanda de aprendizagem da drenagem linfática
manual tem dado lugar a outras novas escolas que colocam em prática o método,
compartilhando conceitos, simplificando e destacando o essencial da drenagem
linfática manual, tornando-o mais compreensível e facilitando sua aprendizagem.
FONTE: <http://www.espacocorpocampinas.com/blog/estetica-corporal/conheca-a-origem-
da-drenagem-linfatica/>. Acesso em: 6 out. 2018.
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder, no ano de 1932, iniciaram seus
estudos sobre o sistema linfático, dando origem à drenagem linfática manual.
13
AUTOATIVIDADE
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
HISTÓRICO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, quando falamos em drenagem linfática, é fundamental
sabermos as funções, as estruturas, os conceitos, a fisiologia, a anatomia do sistema
linfático, quais são fundamentais para a compreensão dessa e a aplicabilidade
dos recursos estéticos. Por isso, é necessário aprofundar os estudos para que
possa entendê-las e assim colocar em prática nos seus protocolos de atendimento.
15
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
16
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
Linfonodo subparotídeo
Linfonodos
esternocleidomastóideos
Linfonodos faciais
(linfonodos bucais)
Linfonodo jugular externo
(linfonodo cervical
superficial lateral)
Linfonodos mandibular Linfonodo jugulodigástrico
e submandibular
Linfonodos laterais profundos
Linfonodos submentais (linfonodos acessórios espinhais)
Linfonodo supra-hióiedo Linfonodo intermediário
Linfonodos tireóideos superiores
Cadeia jugular interna de linfonodos
Linfonodos cervicais profundos (linfonodos cervicais laterais profundos)
anteriores (pré-traqueias e tireóideos) Linfonodo cervical profundo
(profundamente aos músculos) inferior (escalênico)
Linfonodos cervicais superficiais
anteriores (linfonodos jugulares Cadeia de linfonodos
anteriores) cervicais transversos
Tronco jugular
Linfonodo júgulo-omo-hióideo Tronco subclávio e linfonodo
Ducto torácico
Linfonodos supraclaviculares da cadeia subclávia
17
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Linfonodo deltopeitoral
Veia cefálica
Veia basílica
Linfonodos cubitais
Veia cefálica
Veia basílica
18
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
Ligamento inguinal
(de Poupart)
Anel femoral
Ducto (vas) deferente
Ligamento lacunar
(de Gimbernat)
Bainha femoral
Linfonodos inguinais
Canal femoral (aberto) profundos
Linfonodos inguinais
superficiais (grupo vertical)
Fáscialata
Veia safena magna
Fáscia crural
19
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Linfonodos poplíteos
20
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
• A força da gravidade.
• As contrações musculares (movimentos corporais): o aumento da pressão
força uma maior quantidade de líquido para dentro dos capilares linfáticos,
modificando a pressão interna do capilar, desencadeando uma sequência de
contrações, que também serão transmitidas para segmentos subsequentes. A
intensa atividade muscular eleva também a temperatura da região, levando
a um aumento das contrações da musculatura lisa dos capilares linfáticos. O
sistema muscular é o grande impulsionador da linfa nos membros, pois no
momento da contração muscular, os troncos linfáticos são comprimidos pelos
músculos que os cercam e, graças ao sistema valvular, a movimentação da linfa
é enormemente aumentada.
• A pulsação das artérias próximas aos vasos: Os vasos linfáticos se encontram
quase sempre nas proximidades dos vasos sanguíneos, de modo que a
pulsação das grandes artérias repercute também nos vasos linfáticos, fatos este
coadjuvante na motricidade dos vasos linfáticos.
• O peristaltismo visceral (movimento dos órgãos).
• Os movimentos respiratórios: a respiração provoca uma mudança de pressão
na caixa torácica, quando, na inspiração, se dilata e seu volume aumenta
consideravelmente pela descida do diafragma, mudanças pelas quais estão
acompanhadas por uma pressão negativa em relação à pressão atmosférica.
Assim, o vácuo parcial que se forma na caixa torácica não somente impele o
ar para dentro dos pulmões, como também facilita o avanço do fluxo linfático
agindo sobre os canais torácicos direito e esquerdos e sobre os troncos linfáticos
do tórax (CUNHA; BORDINHON, 2004).
21
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Linfonodo
Seio
Nódulo
Vaso
linfático
eferente
Fluxo linfático
FONTE: Netter (2008)
22
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
3 VIAS LINFÁTICAS
As vias linfáticas são compostas de capilares, vasos e troncos.
23
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: <https://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00004704&l-
ng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 4 out. 2018.
24
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
Para o
ducto Veia Linfonodo Válvula
Linfonodos torácico linfátiva
Linfonodos inguinais Vasos linfáticos eferentes (drenam
inguinais profundos superfíciais os linfonodos, conduzindo a linfa para
linfonodos ou ductos secundários)
B. Illustração esquemática
Linfonodos Linfonodos
popliteos profundos popíteos Vasos
superfíciais Veias
Superfíciais
Profundas
Vasos linfáticos e linfonodos
Vasos Superfíciais
Vasos linfáticos linfáticos Profundas
profundos superfíciais
4 LINFONODOS
O linfonodo consiste em um aglomerado de tecido retículo-endotelial
revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo. Desempenha importante papel
imunológico, através da filtração da linfa proveniente dos vasos linfáticos e da
produção de células linfoides e reticulares, que realizam a defesa do organismo
através da fagocitose e da pinocitose. Variam em tamanho, forma e cor. Cada
linfonodo apresenta um hilo que corresponde ao local de emergência, não
apenas do vaso linfático, como da veia linfonodal, que acompanha a artéria e se
destina ao suprimento sanguíneo para o linfonodo. A conexão entre o sistema
linfático e o venoso é possível através da veia de drenagem do linfonodo
25
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: <https://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00004704&lng=p-
t&nrm=iso>. Acesso em: 5 out. 2018.
FIGURA 12 – LINFONODO
Vasos linfáticos aferentes
Nódulo linfático
Córtex
Cápsula
Seio subcapsular
Paracórtex
Medula
Seio da medula
Linfa
Sangue arterial
Linfa
Sangue venoso
Artéria
Vasos linfáticos
eferentes
Veia
Seio subcasular
Vênulas pós-capilares
Leito capilar
Seio trabecular
Trabécula
FONTE: <https://histologiaufam.wordpress.com/2016/04/21/tecido-linfoide-ii/>.
Acesso em: 6 out. 2018.
26
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
1 2 3 4 5
FONTE: <http://mural.uv.es/monavi/disco/segundo/histologia/Tema25.pdf>.
Acesso em: 6 out. 2018.
28
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
DICAS
29
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Células B
Entrada de agentes
imaturas
Células infecciosos e/ou
T ima- antígeneos
turas Mucosa/
ambientais
pele
Órgãos linfoides
secundários (periféricos)
Coleta de
antígenos
dos tecidos
Linfonodo via linfa
Ativação de Antígenos/
linfócitos e início microrganismos
das respostas
imunes adaptativas
Coleta de
antígenos
Baço via sangue
Linfócitos T
efetores e
Migração de células
anticorpos efetoras e distribuição
sanguínea de anticorpos
aos locais de infeccção
DICAS
30
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
5 ÓRGÃOS LINFÁTICOS
Como já vimos, o sistema linfático é constituído pelo tecido linfoide (ou
reticular), um tipo especial de tecido conjuntivo rico em células reticulares e em
células de defesa, como os linfócitos, os plasmócitos e os macrófagos. As células
reticulares formam um arcabouço de sustentação para as células de defesa,
através da união dos seus prolongamentos e da produção das fibras reticulares,
a matriz extracelular do tecido (LOWE et al., 2015; OVALLE; NAHIRNEY, 2008).
31
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
32
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
FIGURA 17 – TONSILAS
Palato mole
Filtro do lábio
Arco palatoglosso
Arco palatofaríngeo
Tonsila palatina
Úvula
Fauces
Vista Sagital Medial
Óstia faríngeo da tuba auditiva (Eustáquio) Torus tubal
Palato mole Seio esfenoidal
Tonsila farínega
Glândulas palatinas Tubérculo faríngeo (parte
Palato duro basilar do osso occipital)
Fáscia faringobasilar
Prega semilunar
Fossa supratonsilar Recesso faríngeo
Prega salpingofaríngea
Arco palatoglosso
Úvula
Orofaringe
Prega triangular
Arco palatofaríngeo
Tonsila palatina
Língua (tracionada para
frente e para baixo) Epiglote
33
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Baço
34
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
9ª costela
Glândula
supra-renal Baço
Rim esquerdo
Artéria e veia
Cauda do
esplênicas
pâncreas
Ligamento esplenorrenal
(lienorrenal) Fixação do mesocolo
transverso (seccionado) Colo transverso
FONTE: Netter (2008)
35
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Timo
36
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
37
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
38
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
FONTE: <http://projetotics.cead.ufla.br/arquivos/dmv/imunologia/01-guias/Guia%20de%20
Estudo%20%C3%93rg%C3%A3os.pdf>. Acesso em: 5 out. 2018.
39
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
Antígenos Linfócito T
no tecido virgem
Vaso
linfático Linfócito B
aferente Artéria virgem
Linfonodo
Vaso linfático eferente
Folículo linfóide
Linfócitos efetores
e de memória
Anticorpos
secretados
Células T
Células
efetoras
BeT
Circulação de memória
Migração para o sítio
dos antigenos nos tecidos
Eliminação dos
antígenos na
circulação e
nos tecidos
Eliminação dos
Circulação
antígenos nos tecidos
FONTE: <http://www.liceuasabin.br/medio/files/arquivos/area_professor/13383190410.pdf>.
Acesso em: 6 out. 2018.
40
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
Ao retirar a linfa que fica acumulada entre as células, o que pode ser
ocasionado por um retardo da pessoa na produção da linfa, por exemplo, ou por
dificuldades da absorção por parte das células, ocorre a diminuição do edema. O
procedimento melhora também a circulação em geral, relaxa o corpo e aumenta o
metabolismo do local (SOARES, 2005).
41
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
42
AUTOATIVIDADE
I- Capilares linfáticos.
II- Pré-coletores.
III- Coletores.
( ) Vasos de maior calibre e com válvulas conduzem a linfa em sentido
centrípeto.
( ) Vasos menores se apresentam em formato sinuoso e composto por um
grande número de válvulas.
( ) Vasos iniciais do sistema linfático em que possuem função de absorver o
sistema venoso.
43
44
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, como vimos no tópico anterior, o sistema linfático é uma
complexa rede de orgãos linfoides, linfonodos, ductos, tecidos, vasos e capilares
linfáticos que produzem e transportam fluido linfático (linfa) dos tecidos para o
sistema circulatório.
2 SISTEMA LINFÁTICO
De todas as definições propostas sobre o sistema linfático, a mais clara traz
que o sistema linfático é uma via secundária de acesso, onde os líquidos advindos
do interstício são entregues de volta ao sangue. Ela tem uma forte ligação com
os vasos sanguíneos e com os líquidos teciduais, que são esses absorvidos e
transportados pela rede extensa dos capilares linfáticos e de vasos de grande
calibre, desembocando pelo coletor principal no sistema venoso (LANGE, 2012).
45
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
46
TÓPICO 3 | ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: <http://docplayer.com.br/2111467-Avaliacao-da-drenagem-linfatica-manual-na-
desobstrucao-do-fluxo-expiratorio-das-vias-aereas-superiores.html>. Acesso em: 8 out. 2018.
47
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: <https://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=00004704&lng=p-
t&nrm=iso>. Acesso em: 8 out. 2018.
48
TÓPICO 3 | ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: <http://cuidatelcuerpo.com/wp-content/uploads/Sistema-Intersticial.jpg>.
Acesso em: 8 out. 2018.
Hemácia Plasma
Leucócito
Linfa
Capilar infático
49
UNIDADE 1 | ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
LEITURA COMPLEMENTAR
Talita Duvanel
Drenagem emagrece.
Mentira. Esse tipo de massagem, ajuda, na verdade na eliminação de
líquidos retidos e na liberação de toxinas, não havendo perda de gordura.
- Para de fato perder gordura e emagrecer, é preciso conjugá-la com uma
série de fatores que compõem uma rotina saudável, como alimentação balanceada,
ingestão adequada de água e exercícios – diz Vanessa Villela, fisioterapeuta da
clínica Skinlux, no Rio.
50
TÓPICO 3 | ANATOMIA DO SISTEMA LINFÁTICO
FONTE: <https://oglobo.globo.com/ela/beleza/dez-mitos-verdades-sobre-drenagem-linfatica-
19336628#ixzz5Qp9qTsUK>. Acesso em: 8 out. 2018.
51
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O sistema linfático tem uma forte ligação com os vasos sanguíneos e com os
líquidos teciduais.
• Várias pressões são responsáveis pelas trocas através do capilar sanguíneo, são
elas: pressão hidrostática, pressão osmótica, pressão de filtração e pressão tissular.
52
AUTOATIVIDADE
( 1 ) Ultrafiltração.
( 2 ) Absorção linfática.
( 3 ) Absorção venosa.
53
54
UNIDADE 2
DRENAGEM LINFÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, como visto anteriormente, o Sistema Linfático configura
um sistema de auxílio ao sistema imunológico e ao sistema circulatório, recolhendo
o líquido intersticial não retornado dos capilares sanguíneos, isto é, representa
uma via auxiliar de drenagem do sistema venoso.
2 EDEMA E LINFEDEMA
O edema e o linfedema podem ser definidos como todo e qualquer acúmulo
de líquido, altamente proteico, nos espaços intersticiais, seja ele devido às falhas
de transporte, por alterações da carga linfática, por deficiência de transporte ou
por falha da proteólise extralinfática (MAYALL, 2000).
57
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
LINFEDEMA PRIMÁRIO:
58
TÓPICO 1 | FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
LINFEDEMA SECUNDÁRIO:
59
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
• Agudo: é um linfedema moderado e transitório que ocorre nos primeiros dias após
cirurgias como resultado da incisão dos canais linfáticos. Usualmente desaparece
em algumas semanas com a elevação do membro e o bombeamento muscular.
• Agudo com sintomatologia álgica: ocorre entre 4 a 6 semanas de pós-operatório,
como resultado de linfangites ou flebites agudas. Este tipo de linfedema pode ser
tratado com sucesso com a elevação do membro e medicação anti-inflamatória.
• Agudo na forma de erisipela: ocorre, normalmente, após a picada de insetos ou
pequenas lesões e queimaduras. Pode ser sobreposto ao linfedema crônico. Esta
forma de linfedema requer elevação do membro e antibióticos (BERGMANN, 2000).
• Crônico: é a forma mais comum, sendo usualmente insidioso, com ausência de dor,
não sendo associado a eritemas. O linfedema crônico é irreversível (NCI, 1999).
60
TÓPICO 1 | FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
• Grau A: pacientes que permanecem a maior parte do tempo sem edema, sendo
portadoras de uma insuficiência linfática crônica e compensada, apresentando
todas as medidas simétricas iguais e com ausência de edema em dorso de mão.
• Grau B: pacientes permanentemente com edemas suaves, sem modificações
estruturais da pele e do tecido celular, tendo pelo menos uma medida desigual no
braço, antebraço ou mão, são subdivididos em tipo B1 (somente a circunferência
do terço médio do braço está aumentada), tipo B2 (aumento da circunferência
do terço médio do braço e terço superior do antebraço), tipo B3 (aumento da
circunferência do terço médio do braço, do terço superior e inferior do antebraço),
tipo B4 (aumento da circunferência em terço médio do braço, terço superior e
inferior do antebraço e edema discreto ou grosseiro em dorso de mão).
• Grau C: pacientes com modificações estruturais definitivas da pele e tecido celular,
consistindo as verdadeiras elefantíases cirúrgicas, são subdivididas em tipo C1
(sem comprometimento do plexo braquial) e tipo C2 (com transtornos devidos a
comprometimento braquial e sobrecarga, presença de transtornos subjetivos de dor e
parestesias quase permanentes, apresentando dificuldades de movimentos, ausência
dos grandes sulcos que separam os braços e as partes mais distais, aumento de volume
de forma rápida, e apresentando o braço com volumes grandes e flácidos).
61
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
62
TÓPICO 1 | FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
• papilomatoses dermatológicas;
• alterações cutâneas como eczemas, micoses, queratosis, entre outras
(MORTIMER, 1999; NLN, 1998).
63
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
• Volume: pode ser obtido de forma direta ou indireta. A maneira direta é através
da imersão do membro em um cilindro milimetrado, observando-se a diferença
da quantidade de água deslocada entre o membro afetado e o contralateral.
A maneira indireta é mais rápida, barata e simples, podendo o volume ser
estimado através de medidas de circunferência, tratando cada segmento do
membro como um par de circunferências (assim como um cone truncado). O
volume do segmento é dado por: V = h* (C² + Cc + c²) / (*12), em que V é o
volume do segmento do membro, C e c são as circunferências a cada final, e h
é a distância entre as circunferências (C). O somatório desses volumes dará o
volume final estimado (CASLEY-SMITH, 1994).
• Sinal de Godet ou Cacifo: este sinal é observado pela compressão da área
edemaciada; quando comprimida a região (geralmente com o polegar), a
área permanece deprimida por alguns segundos. A demora no retorno da
área comprimida (acima de cinco segundos) identifica o edema. Porém, em
casos de linfedema crônico não é possível observar o cacifo. Isto ocorre, pois, o
excesso de líquidos no interstício, bem como a estase deste fluxo por períodos
prolongados favorece a formação de um processo inflamatório, gerando
assim, formação de fibrose no tecido conjuntivo intersticial afetado. Portanto,
em geral, os edemas crônicos são “duros”, ou seja, o tecido não se deprime à
pressão do dedo, é o edema sem cacifo (Figura 3) (SOGAB, 2018).
64
TÓPICO 1 | FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO
65
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
66
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
67
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Meige.
b) ( ) Kimount.
c) ( ) Milroy.
d) ( ) Schimit.
68
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A Drenagem Linfática Manual (DLM) é indicada para os casos em que
há retenção hídrica, problemas dermatológicos, rigidez da musculatura, período
de tensão pré-menstrual, pré e pós-operatório, acne, fibroedema geloide e para
rejuvenescimento (CEOLIN, 2006).
A técnica de DLM tem como objetivo drenar o líquido que se encontra em excesso
em algumas áreas do corpo, promovendo uma oxigenação e acelerando a cicatrização,
melhorando a absorção de hematomas e a sensibilidade (MORAIS; CERVAENS, 2012).
69
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
2 GESTANTES
É normal que no período de gravidez ocorram alterações físicas no corpo da
mulher para que se tenha um perfeito crescimento do feto. Porém, essas mudanças
muitas vezes ocasionam dor e limitações em suas atividades diárias (SOUZA, 2000).
70
TÓPICO 2 | INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS
A DLM também pode ser benéfica no pós-parto, uma vez que ajuda
na redução do líquido retido durante a gestação e aumenta a estimulação do
metabolismo basal.
71
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
3 PÓS-OPERATÓRIO DE MASTECTOMIA
O sistema linfático, além de atuar como mecanismo regulador primário para
absorção de liquido proteico intersticial, é o principal sistema de defesa do organismo,
sendo o responsável pela filtração de bactérias, eritrócitos, êmbolos tumorais e
partículas inanimadas. Células malignas ou organismos infectantes são removidos
em virtude de a impossibilidade mecânica das células tumorais atravessarem os
linfonodos intactos ou, então, elas são fagocitadas, dentro dos linfonodos, pelas
células reticuloendoteliais (ALCADIPANI; ANTONANGELO, 1996).
72
TÓPICO 2 | INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS
73
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
FONTE: <http://dicionariosaude.com/wp-content/uploads/2014/01/Mastectomia.jpg/>.
Acesso em: 20 set. 2018.
FONTE: <http://www.institutolongtao.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/09/
mama-3-224x300.jpg />. Acesso em: 20 set. 2018.
74
TÓPICO 2 | INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS
4 FIBROEDEMA GELOIDE
O Fibroedema Geloide (FEG) é uma infiltração edematosa do tecido
conjuntivo subcutâneo, não inflamatório, seguido de polimerização da substância
fundamental, que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica
(GUIRRO; GUIRRO, 2002). É uma afecção que provoca deficiência na circulação
sanguínea e linfática, hipotonia muscular frequente, podendo levar a quase
total imobilidade dos membros inferiores, além de dores intensas e problemas
emocionais (GUIRRO; GUIRRO, 2002; CAMPOS,1992).
75
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
76
TÓPICO 2 | INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS
FONTE: <http://uniquecirurgiaplastica.com.br/wp-content/uploads/2017/04/graus-de-
celulite.jpg>. Acesso em: 20 set. 2018.
79
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
Crescimento do folículo
Ciclo
Temperatura
Hipófise
Hormônios
Hormônio
Foliculoestimulante (FSH)
Progesterona
Estradiol
Hormônios
Ovarianos
Me
M
en
ns
str
tru
ua
açã
çã
o
o
Uterino
Ciclo
80
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
81
AUTOATIVIDADE
82
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, agora que vimos todo o sistema fisiológico e anatômico
do sistema linfático, as contraindicações e indicações, abordaremos, neste tópico,
as principais técnicas de drenagem linfática, que são: Voder, Leduc, Foldi e Godoy.
2 VODER
Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Vodder
e pela sua esposa, tornou-se popular graças aos efeitos referidos pelos pacientes,
tendo sido posteriormente aperfeiçoada. É uma técnica usada para drenar e
limpar macromoléculas e resíduos celulares que, devido ao seu tamanho, não
entram no sistema venoso, acabando muitas vezes por ficar no organismo devido
à uma má drenagem linfática (SATO; RAMOS, 2013).
83
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
Esta técnica pode ser feita de forma manual, mecânica ou por estimulação
elétrica. É aplicada com movimentos de pressão leve, suave, rítmica, lenta e
precisa. Assim, não há a necessidade de manobras que provoquem dor ou
desconforto, podendo, no entanto, acontecer nos locais com inflamação ou
cicatrizes recentes por estes estarem mais sensíveis. Com esta prática, são
ativados os gânglios linfáticos combatendo assim infecções e estimulando as
defesas imunitárias fazendo, deste modo, tanto a prevenção de infecções como o
seu combate (DOMENE, 2002).
84
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
85
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
86
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
3 LEDUC
O Dr. Albert Leduc, belga, doutor em Linfologia, drenagem linfática
manual e reabilitação de câncer de mama, é o presidente fundador do método, que
leva seu nome, DRENAGEM LINFATICA LEDUC METHOD, além de presidente
de honra da Sociedade Europeia de Linfologia.
A DLM segue o sentido do fluxo linfático e venoso, e deve ser aplicada com uma
pressão contínua, é apresentada pelo método de Leduc, pelas manobras de reabsorção
ou captação e a de demanda e evacuação (Figuras 13 e 14) (SILVEIRA, 2011).
• Movimentos circulatórios com os dedos: feitos de maneira circular, nos quais a pele
é deslocada, por uma pressão suave e progressiva, sem ocorrer fricção (Figura 13).
• Movimentos circulatórios com o polegar: feito da mesma maneira que a anterior,
porém utilizando o dedo polegar que possui grande mobilidade (Figura 14).
• Movimentos combinados: feito por meio da combinação dos dois movimentos
situados acima (Figura 15).
87
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
• Bracelete: realizado quando o local a ser drenado pode ser envolvido pelas
duas mãos. O movimento inicia-se sempre na região proximal, e conforme ela
for sendo evacuada, as mãos seguem distalmente, realizando a pressão em
direção à região proximal. Após um movimento de compressão, tem-se a fase
de relaxamento (Figuras 16 e 17).
• Drenagem dos gânglios linfáticos: é pelo contato direto dos dedos indicador e
médio na pele do paciente, de maneira perpendicular sobre os vasos linfáticos
e linfonodos, sendo aplicada com pressão moderada no sentido proximal,
baseando-se na etapa de evacuação (Figura 18).
88
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
89
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
4 FÖLDI
Michael Földi, outro renomado especialista nos métodos de drenagem
linfática, nasceu em 1920, na Hungria. É formado em medicina e professor na
universidade de Freiburg, na Alemanha.
90
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
b) Manobras em ondas:
c) Manobras em bracelete:
91
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
d) Manobras em “S”:
92
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
Földi criou sua técnica tendo como base de inspiração o método Vodder,
que são círculos fixos, manobra de rotação ou movimentos giratórios, manobras
de bombeamento e movimento doador, técnicas que foram analisadas e adaptadas
às patologias linfáticas e aos tratamentos estéticos. Mas o que diferencia e
potencializa seus resultados é o uso associado das bandagens redutoras com
multicamadas, ginásticas e exercícios respiratórios descongestionantes.
O método Földi tem como vantagem o fato de ser prático e fácil, na Europa,
é considerado o método de drenagem mais completo.
93
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
FONTE: <http://www.fisioweb.com.br/portal/images/stories/img-artigos/mastectomia/
fig_2.JPG>. Acesso em: 21 set. 2018.
5 GODOY
Método Godoy e Godoy é o método de Terapia Linfática Global criado no
Brasil pelo Dr. José Maria Pereira Godoy, cirurgião vascular e angiologista, e sua
esposa, Fátima Guerreiro Godoy, doutora em Terapia Ocupacional. José Maria
Pereira de Godoy é Professor Livre Docente da Graduação e Pós-graduação Stricto
Sensu da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP. Autor de mais
de 300 trabalhos publicados nas principais revistas nacionais e internacionais e
autor de 12 livros e mais de 70 capítulos de livros, entre eles: Drenagem linfática
global: Conceito Godoy & Godoy, Reabilitação linfovenosa e Tratamento do linfedema de
membros superiores (GODOY; GODOY, 2004b).
94
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
Além dos roletes, a técnica pode fazer uso das mãos ou de outro
instrumento adequado, como roletes com constituição material leve e macia,
que permitam a realização da drenagem linfática seguindo o sentido dos vasos
linfáticos ou da corrente linfática, simplificando, desse modo, toda a técnica de
drenagem linfática (GODOY; GODOY, 2004c).
95
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
96
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
97
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
98
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
99
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
100
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
101
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
FONTE: <http://www.drenagemlinfatica.com.br/tratamentos/terapia-linfatica-
mecanica-membros-inferiores-ragodoy>. Acesso em: 23 set. 2018.
102
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
103
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
do que é usado para a celulite e consiste, nestes dois casos, em drenar os tecidos
congestionados. É o criador da Terapia Física Complexa, o método está associado
a cuidados com a pele, bandagens redutoras com multicamadas, ginástica e
exercícios respiratórios descongestionantes. O tratamento é dividido em duas
fases, sendo que na primeira, o objetivo é a redução do volume do membro, tendo
a duração de 2 a 6 semanas e a segunda é a fase de manutenção e controle do
linfedema (FÖLDI; FÖLDI; CLODIUS, 1989).
104
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
De 30 a De 30 a De 30 a
De 30 a
40mmHg, suave 40mmHg, suave 40mmHg, suave
40mmHg.
Pressão aplicada e leve, deve ser e leve, deve ser e leve, deve ser
Suave, lenta,
por cada autor decrescente, da decrescente, da decrescente, da
intermitente e
palma das mãos palma das mãos palma das mãos
relaxante.
para os dedos. para os dedos. para os dedos.
Leduc, 2007.
Bandagens
Bandagens,
elásticas Roletes e RA de
Acessório Não utiliza. pressoterapia ou
de média Godoy.
exercícios.
compressão.
GUIRRO, 2002
FONTE: <https://2.bp.blogspot.com/-1J8CaYmhQuQ/WiRrFTlbj5I/AAAAAAAAABk/
dqXmt38rFTc6bJ70P1ZP5eYgdQHRuOTOQCPcBGAYYCw/s1600/Imagem2.png>.
Acesso em: 23 set. 2018.
105
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
Desenvolvimento
106
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
Técnicas aplicadas
107
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
vias pelas quais a linfa terá que fluir (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Soares, Soares e
Soares (2005) ressaltam que quanto mais precocemente for iniciada, menor será a
probabilidade do acúmulo de líquidos no local e mais rápida a recuperação dessas
pacientes, ajudando na penetração do líquido excedente nos capilares sanguíneos
e linfáticos intactos da região adjacente à lesão (RIBEIRO, 2003). Benefícios da
drenagem linfática manual: é uma técnica de massagem com movimentos finos,
suaves e superficiais. Sua função é drenar os líquidos excedentes das células,
permitindo a livre evacuação de toxinas e dejetos metabólicos presentes em
várias partes do corpo. A drenagem linfática manual está relacionada à filtração
e à reabsorção da linfa pelos capilares linfáticos e sanguíneos e também está
relacionada com vários sistemas, como circulatório, linfático, renal, digestivo e
respiratório (GARCIA, 2010). A massagem não deve usar produto lubrificante
algum, não deve causar dor, nem hematomas. As sessões devem ser feitas até a
diminuição ou eliminação do edema (GARCIA, 2010).
Segundo Leduc e Leduc (2002), a DLM faz parte das técnicas utilizadas para
favorecer a circulação dita “de retorno”. Godoy e Godoy (1999) deixam claro que
DLM e a massagem são duas coisas completamente distintas. Afirmam também
que, para realizar a DLM, devemos ter consciência de que estamos drenando, e
que para isso não há necessidade de movimentos fortes de compressão.
Indicações
108
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
Contraindicações
109
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
Complicações no pós-operatório
[...] cita que a pressão exercida pela DLM atua sobre a circulação
sanguínea venosa, deslocando-a em direção centrípeta, sendo que com
o aumento da quantidade de proteínas que penetram nos capilares
linfáticos, a pressão coloidosmótica do líquido intersticial diminuirá,
levando a um aumento da reabsorção para os capilares venosos.
110
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA
111
UNIDADE 2 | DRENAGEM LINFÁTICA
Considerações finais
112
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprende que:
• A técnica Foldi é indicada para qualquer tipo e grau de linfedema, tendo como
objetivo final a remoção do excesso de proteínas plasmáticas do interstício
celular, reequilibrando a carga de proteína linfática e a capacidade de
transporte do sistema linfático, ou seja, evacuação dos objetos provenientes do
metabolismo celular.
113
AUTOATIVIDADE
I– Drenagem linfática pode ser feita com movimentos mais bruscos para
garantir o completo esvaziamento.
II– De acordo com o método Vodder, quanto maior o edema, menor será a
pressão a ser exercida.
III– A inovação do método Godoy é o uso de roletes para auxiliar na drenagem.
IV– O método Vodder não trabalha com os vasos linfáticos superficiais.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e IV estão corretas.
b) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
d) ( ) As sentenças III e IV estão corretas.
114
UNIDADE 3
RECURSOS E AS APLICAÇÕES
PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A drenagem linfática é uma função fisiológica que tem como objetivo
a evacuação de dejetos e o transporte de elementos nutritivos, por intermédio
de canalizações denominadas vasos linfáticos. Os linfáticos associados às veias
regulam o conteúdo do espaço intersticial do corpo humano. A invalidação de
uma dessas duas funções pode desencadear o surgimento de um edema.
117
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
EFEITOS FISIOLÓGICOS
118
TÓPICO 1 | RECURSOS UTILIZADOS NA DRENAGEM LINFÁTICA
3 BAMBUTERAPIA
A bambuterapia representa para os chineses, força, beleza, leveza e
flexibilidade. Acredita-se que o espaço vazio entre um nó e outro era tão sagrado,
que os anjos ao virem à terra, ali se hospedavam. O bambu encontrado na
natureza, especialmente nas regiões tropicais, é cheio de energia e isso influencia
positivamente durante a terapia. Além de ser utilizado em peças e objetos
variados, na decoração e construção pode ser usado para combater um dos
maiores inimigos das mulheres, a “celulite”. Esta técnica foi criada na França pelo
fisioterapeuta francês Gill Amsallem, que serve tanto para acalmar como para
energizar, acelerar, relaxar tecidos e fibras musculares, além de promover uma
drenagem linfática, reduzir medidas, modelar o corpo, trabalhando todo o físico
e a mente promovendo um equilíbrio estético (KAFER, 2008).
Essa técnica pode ser aplicada em várias regiões do corpo, nas pernas, pés,
abdômen, costas, braços e também na face. Tendo início pelos pés, estendendo-
se por todo corpo, até chegar à face. O bambu pode ser aplicado juntamente,
com outras terapias para potencializar seu efeito como acupuntura, shiatsu,
reflexologia e drenagem linfática. Os efeitos na celulite são compostos por
manobras que intensificam a quebra de gordura, os nódulos celulíticos, além de
desenhar e modelar o corpo. Os bambus escorregam, rolam e giram nos relevos
musculares, reduzindo o diâmetro de partes do corpo e remodelando-o (KAFER,
2008; CALVI; RODRIGUÊS, 2009). O bambu deve ser aplicado de maneira leve,
com a correta pressão, rapidez, durabilidade e amplitude de contato, para que o
cliente não sinta tipo de desconforto algum (CALVI; RODRIGUÊS, 2009).
119
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
120
TÓPICO 1 | RECURSOS UTILIZADOS NA DRENAGEM LINFÁTICA
FONTE: <https://dicasparaviverbem.net.br/pressoterapia-beneficios-e-como-
combater-a-celulite/>. Acesso em: 17 out. 2018.
121
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
5 BANDAGENS
As bandagens representam uma das formas mais importantes de
intervenção no tratamento do linfedema, ajudando na remoção dos fluidos
acumulados, assim como a manutenção das reduções já conseguidas (GODOY;
GODOY; BRAILE, 2000).
É importante considerar as diferenças entre bandagens compressivas e
as meias elásticas, principalmente quanto ao controle da pressão exercida por
cada uma delas. Nas meias, a compressão já é graduada na própria confecção,
enquanto nas bandagens a compressão é variável e depende da força exercida
no momento da aplicação e acrescida da vantagem de poderem se adaptar às
deformidades do membro (BELCZACK; FRACCHIA, 2001).
122
TÓPICO 1 | RECURSOS UTILIZADOS NA DRENAGEM LINFÁTICA
FONTE: <https://www.cirurgicazonasul.com.br/bandagem-para-tornozelo-chantal/p>
e <http://clinicahidrocenter.com.br/bandagem-elastica/>. Acesso em: 25 out. 2018.
6 ELETROTERÁPICO
O uso da drenagem linfática está sendo difundido desde a década de
1980. Para que se obtenha um resultado satisfatório, é necessária uma abordagem
multidisciplinar. A combinação de técnicas eletrotermoterápicas com a drenagem
linfática manual tem sido observada e a comprovação da sua eficiência é vista nos
bons resultados, na diminuição do linfedema, na recuperação pós-operatória e no
tratamento do fibroedema geloide. Dentre os principais recursos eletroterápicos
utilizados com a drenagem linfática, está o laser, a estimulação elétrica de alta
voltagem (EVA) e o ultrassom.
123
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
6.1 LASERTERAPIA
O laser refere-se à produção de um feixe de radiação de luz, caracterizado
pela monocromaticidade, coerência e colimação. É produzido pela emissão de
grande número de fótons idênticos a partir de material energizado apropriado.
Após sua emissão, a radiação pode ser refletida na superfície ou penetrar nos
tecidos, dependendo do comprimento de onda, natureza da superfície do tecido
e do ângulo de incidência (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Esse recurso é utilizado
com base nos seus efeitos anti-inflamatório, analgésico e regenerativo. Ele pode
promover a inibição da prostaglandina, a neoformação de vasos sanguíneos,
normalizar a atividade das membranas celulares, regenerar fibras nervosas e
vasos linfáticos e acelerar o processo de cicatrização pelo estímulo aos fibroblastos.
Entre os tipos de laser, os mais utilizados na prática clínica são os de Hélio-Neônio
(HeNe) (Figura 5) e Arseneto de Gálio (AsGa) (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Para o
tratamento do linfedema, acredita-se que o laser pode estimular a linfangiogênese,
a atividade das vias linfáticas, a motricidade linfática, os macrófagos e o sistema
imune e reduzir a fibrose (CARATI et al., 2003).
124
TÓPICO 1 | RECURSOS UTILIZADOS NA DRENAGEM LINFÁTICA
6.3 ULTRASSOM
Conceitualmente, podemos dizer que a técnica de ultrassom consiste na
emissão de ondas sonoras (vibração mecânica), emitidas em frequências não
audíveis para o ser humano. Esta onda se dá a partir da aplicação de uma corrente
elétrica de alta frequência sobre um cristal, que, ao receber tal corrente, dilata-
se e comprime-se sucessivamente, na mesma frequência da corrente aplicada,
transformando-a em vibração mecânica (BORGES, 2006).
FONTE: <https://www.drmoisesdemelo.com.br/drenagem-linfatica-e-cirurgia-
plastica/>. Acesso em: 18 out. 2018.
127
RESUMO DO TÓPICO 1
128
AUTOATIVIDADE
129
130
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A drenagem linfática manual é uma massagem corporal realizada com
as mãos para ajudar a eliminar o excesso de líquidos e toxinas do organismo,
facilitando o tratamento da celulite, inchaço ou linfedema, além de poder ser
utilizada no pós-operatório de cirurgia plástica.
2 FACE
Para a realização da drenagem linfática na região da face, o paciente
permanece sentado e estende a cabeça apoiando-a no tórax do terapeuta, que
adota a posição em pé e atrás do paciente (LEDUC; LEDUC, 2007).
A drenagem linfática manual do pescoço precede a drenagem da cabeça e
da face, pois estas encontram-se em posição distal em relação ao pescoço sobre as
vias de evacuação da linfa (LEDUC; LEDUC, 2007).
131
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
132
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
133
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
A depressão situada nos confins da raiz do nariz (17) é drenada por círculos
realizados com a extremidade distai do dedo médio. Durante essa manobra, o
profissional deverá evitar o apoio sobre o globo ocular (LEDUC; LEDUC, 2007).
134
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
135
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
136
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
3 TRONCO
Drenagem linfática da parede anterior do tórax e mamas:
O paciente encontra-se em decúbito dorsal, com os braços em leve abdução.
A drenagem linfática manual da parede anterior do tórax e das mamas inicia com
a drenagem dos troncos linfáticos que desembocam na circulação sanguínea no
nível do ângulo venoso.
Uma via de evacuação interna (7) leva a linfa diretamente aos gânglios
subclávios (2) sem passar pelas cadeias axilares. Então os polegares ou as falanges
distais, mediante a mesma técnica de demanda, utilizam esta via interna a partir
da borda clavicular até a aréola. A porção infra-areolar da mama (8) é drenada
em direção aos gânglios mamários externos (inferiores) (LEDUC; LEDUC, 2007).
137
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
138
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
139
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
140
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
Deve-se levar em conta o fato de que os dois terços externos do glúteo são
drenados pela via externa em direção aos gânglios inguinais, ao passo que o terço
interno (4) é drenado pela via interna em direção ao grupo ganglionar inguinal
súpero-interno. Então, os círculos com os polegares ou com as falanges distais
dos dedos forçam a linfa do terço interno do glúteo em direção a sua face interna
e à raiz da coxa (LEDUC; LEDUC, 2007).
141
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
142
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
4 MEMBROS SUPERIORES
O paciente encontra-se em decúbito, com o membro superior em abdução
e em posição de declive.
143
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
144
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
145
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
5 MEMBROS INFERIORES
O paciente encontra-se em decúbito, com o membro inferior discretamente
elevado. Nenhum relevo duro deve impedir a circulação de retorno.
146
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
A pressão transversal (3) do início das manobras se torna oblíqua para cima (4)
à medida que as mãos são deslocadas em direção ao joelho (5) (LEDUC; LEDUC, 2007).
A face externa do joelho é drenada por círculos com os dedos em direção à face
anterior e interna da coxa (9) onde as vias de evacuação caminham conjuntamente
em direção aos gânglios inguinais inferiores. A porção proximal da perna é drenada
por círculos com os dedos diretamente, em profundidade e direcionados para os
gânglios poplíteos (10), ou indiretamente, pela via de anastomose em direção aos
coletores da veia safena interna (11) (LEDUC; LEDUC, 2007).
147
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
148
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
149
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
150
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
151
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
EM CASO DE EDEMA
EM CASO DE EDEMA NO PÉ
152
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
6 GESTANTES
A drenagem linfática é o tratamento estético mais indicado para a gestante.
É uma massagem suave e lenta, que ajuda a reduzir a retenção de líquido no
corpo e diminui os inchaços típicos da gravidez, auxiliando assim na redução da
celulite e no aparecimento de varicosidades (SALLET, 2003).
Os efeitos fisiológicos da drenagem são vários, inclusive o aumento e
a reabsorção de proteínas, promovem a desintoxicação dos meios intersticiais,
aumenta a velocidade da linfa, relaxa a musculatura, beneficia a filtração e
a reabsorção de proteínas nos capilares linfáticos, auxilia na distribuição de
hormônios e medicamentos no organismo, acentua a defesa imunológica entre
outras (ELWING, 2010). Ajuda a reduzir a retenção de líquido no corpo e diminuir
os inchaços típicos da gravidez, auxiliando assim na redução da celulite, e no
aparecimento de varicosidades (FONSECA, 2009).
153
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
sobre o corpo deverá ser leve para não produzir colapso linfático, em que o valor
aplicado será o sugerido que gira em torno de 15 – 50 mmHg (BARACHO, 2002).
É importante salientar que a DLM deve ser feita por profissionais que
conheçam e dominem a anatomia e fisiologia do sistema linfático, além da técnica
de drenagem a ser utilizada, uma vez que executadas de maneira errada, poderão
prejudicar o indivíduo que estará recebendo a massagem (ELWING, 2010).
154
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
155
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
156
TÓPICO 2 | APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
FIGURA 29 – DESLIZAMENTO NO PÉ
157
RESUMO DO TÓPICO 2
158
AUTOATIVIDADE
159
160
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento da anatomia e da fisiologia linfática é essencial para a
execução dessa técnica em pós-operatórios (BORGES, 2010). Mauad (2008) afirma
que os sintomas do pós-operatório podem ser reduzidos pelo atendimento de um
profissional qualificado.
Segundo Guirro e Guirro (2004), pode-se iniciar a DLM após 48 ou 72 horas, com
movimentos rítmicos, atuando de forma eficaz no edema ocasionado pelo ato cirúrgico.
161
UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
2 MAMOPLASTIA
Geralmente, a colocação da prótese de silicone não causa dor intensa,
pacientes com mais sensibilidade podem sentir um pouco mais de dor nas
primeiras horas (PAULO, 2012).
No pós-operatório imediato, surge um edema que causa a sensação de uma
mama endurecida. Com o aparecimento dos implantes de superfície texturizada ou
de poliuretano, não tem se indicado massagens vigorosas no pós-operatório com
objetivo de evitar a contratura capsular, todavia, manipulações suaves devem ser
realizadas para minimizar o edema o quanto antes (MAUAD, 2008).
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
3 MASTECTOMIA
Como vimos na Unidade 2, no linfedema pós-cirurgia de câncer de mama,
os linfonodos foram bloqueados irreversivelmente quando realizada a ligadura dos
vasos linfáticos, após a remoção dos linfonodos. Esse procedimento é necessário
para prevenir que a linfa seja coletada nos tecidos ao redor da remoção dos
linfonodos, causando cistos, infecção etc. Entretanto, a linfa continua a ser formada,
direcionando-se para os vasos linfáticos, que se enchem até o ponto em que a
pressão é aumentada, não permitindo a entrada da linfa para seu interior. Pressão
normalmente menores de 10mmHg chegam a ultrapassar mais de 100mmHg,
deixando os vasos linfáticos frágeis e com maior chance de rupturas, devendo a
drenagem linfática manual ser realizada de forma muito suave para a manutenção
de sua integridade, evitando seu agravamento (GODOY; GODOY; BRAILE, 2006).
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
FONTE: <https://fisioemasso.wordpress.com/2016/10/07/fisioterapia-pos-
mastectomia/>. Acesso em: 20 out. 2018.
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
FONTE: <https://fisioemasso.wordpress.com/2016/10/07/fisioterapia-pos-
mastectomia/>. Acesso em: 20 out. 2018.
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
a) vinte movimentos circulares com a face palmar dos quatro dedos na axila oposta;
b) repetição dos mesmos movimentos na região inguinal ipsolateral;
c) divisão da linha interaxilar em três ou quatro partes, realizando movimentos
semicirculares (LEE et al., 2001) em cada segmento, iniciando no mais próximo
à cirurgia e direcionando a pressão para a axila não operada, repetindo três
vezes o caminho interaxilar;
d) o mesmo do item c, mas direcionando o fluxo para a região inguinal.
FONTE: <http://www.ligacombateaocancer.org.br/fisioterapia-para-mastectomia/>.
Acesso em: 22 out. 2018.
FONTE: <http://www.ligacombateaocancer.org.br/fisioterapia-para-mastectomia/>.
Acesso em: 22 out. 2018
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
4 ABDOMINOPLASTIA
Na dermolipectomia clássica ou abdominoplastia é a intervenção cirúrgica
que acontece em todo o abdome anterior. Realiza-se o deslocamento da cicatriz
umbilical, uma incisão supra púbica e plicatura dos músculos reto-abdominais o
que proporciona aproximação dos músculos oblíquos e promove acinturamento
(COUTINHO et al., 2006; SOARES; SOARES; SOARES, 2005). Essa técnica é
utilizada para tratar as formas mais pronunciadas de pele, o excesso de tecido
adiposo e flacidez muscular (Figura 36) (EVANS, 2007).
Uma cinta abdominal é também colocada tomando o cuidado para não haver
compressão excessiva e para não haver prejuízo circulatório (Figura 37) (BARBOSA,
2007), até que os drenos sejam retirados. Isso assegura uma boa compressão das
superfícies descoladas e dissecadas da ferida operatória, o que previne a formação
de seromas e hematomas (EVANS, 2007), tomando o cuidado para não haver
compressão excessiva e para não haver prejuízo circulatório (BARBOSA, 2007).
A cinta abdominal deve ser colocada com tração. Ela deve ser afrouxada caso a
paciente apresente dificuldades para respirar. A profilaxia da trombose e da infecção deve
ser realizada durante a permanência da paciente no hospital. Se as feridas operatórias
ficarem muito tensas, elas poderão alargar e isso pode resultar em cicatrizes grosseiras,
distendidas, descoloridas e dolorosas. A compressão da parede abdominal utilizando-se
bandagem não deve ser muito forte, uma vez que isso pode causar necrose da porção
final distal do retalho (“área mais pobremente vascularizada”) (EVANS, 2007).
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
A drenagem linfática manual deve ser iniciada num período de 72 horas a 15 dias após
procedimento cirúrgico, pois durante este período é possível minimizar a grande maioria das
complicações. Em outros estudos, alguns cirurgiões plásticos encaminhavam seus pacientes
entre o 6º e o 15º dia de PO, isto é, na fase proliferativa do processo cicatricial e não em fases
mais imediatas ou recentes. A minoria dos cirurgiões encaminhava seus pacientes nas fases
mais recentes (3º e 5º dia de PO), somente quando estes apresentavam maior incidência dos
sintomas como dor, edema, hiperestesia e hematoma (SILVA et al., 2012).
Ao constar que nas cirurgias com incisões amplas existe uma interrupção
dos vasos linfáticos superficiais prejudicando a drenagem convencional. Carlucci
(1996) propõe uma alteração no sentido clássico da drenagem linfática manual
que denominou de drenagem linfática reversa.
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
vão dar origem à barreira protetora das lesões. O trauma agudo ou a inflamação
crônica no processo de cicatrização dependem inteiramente da eficiência da
circulação sanguínea e linfática.
Depois
Tração para baixo da pele Antes
acima do umbigo
FONTE: <http://sherm-pos.ru/cinta-pos-operatorio-abdominoplastia/>.
Acesso em: 17 out. 2018.
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
5 LIPOASPIRAÇÃO
A lipoaspiração e a lipoescultura vêm sendo um dos procedimentos
cirúrgicos estéticos mais requisitados pela população, com a finalidade de corrigir
as definições corporais, nas regiões do corpo onde há disposição de gorduras que
não são facilmente corrigidas (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
As áreas mais aspiradas são: região dorsal, abdômen, cintura, cóccix, axilas,
e os procedimentos que são realizados isoladamente são os de abdômen, flancos,
região de trocanter, região interna de coxa. Os mais executados são a combinação
de abdômen, cóccix e cintura (Figura 38) (BORGES; COTRIM; DACIER, 2011).
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
Cris Marques
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TÓPICO 3 | DRENAGEM LINFÁTICA NO PÓS-OPERATÓRIO
Dormência
Sangramento
Infecção
Linfedema
Linfonodos
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UNIDADE 3 | RECURSOS E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA
178
RESUMO DO TÓPICO 3
179
AUTOATIVIDADE
180
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