Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
tom'ir ' 4 % J1 1 ,
.;:j• _ - • • l i •k / 74 ,, 41 /I •n
k,
•ok,,1
q10(
Rolt1
1.,
Queridos Alunas e Alunos
Estimadas Famílias
Caros Docentes
É com grande alegria que vos entregamos os manuais de Educação Moral e Religiosa Católica, que foram preparados
para lecionar o novo Programa da disciplina, na sua edição de 2014. O que aqui encontrareis procura ajudar, cada um dos
alunos e das alunas que frequentam a disciplina, a «posicionar-se, pessoalmente, frente ao fenómeno religioso e agir com
responsabilidade e coerência», tal como a Conferência Episcopal Portuguesa definiu como grande finalidade da disciplina*.
Para tal, realizou-se um extenso trabalho que pretende, de forma pedagogicamente adequada e cientificamente significativa,
contribuir com seriedade para a educação integral das crianças e dos jovens do nosso País.
Esta tarefa, realizada sob a superior orientação da Conferência Episcopal Portuguesa, a responsabilidade da Comissão
Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé e a dedicação permanente do Secretariado Nacional da Educação Cristã,
envolveu uma extensa e motivada equipa de trabalho. Queremos, pois, agradecer aos autores dos textos e aos artistas que
elaboraram a montagem dos mesmos, pelo seu entusiasmo permanente e pela qualidade do resultado final. Também referimos,
com apreço e gratidão, os docentes que experimentaram e comentaram os manuais, ainda durante a sua execução, e o contributo
insubstituível dos Secretariados Diocesanos responsáveis pela disciplina na Igreja local. E a todos os docentes de Educação
Moral e Religiosa Católica, não só entregamos estes indispensáveis instrumentos pedagógicos como aproveitamos esta feliz
ocasião para sublinhar a relevância do seu fundamental papel, nas escolas e na formação das suas alunas e dos seus alunos, e
testemunhamos o nosso reconhecimento pelo seu extenso compromisso pastoral na sociedade portuguesa.
Do mesmo modo, estamos agradecidos às Famílias, porque desejam o melhor para os seus filhos e filhas e, nesse contexto,
escolhem a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica como um importante contributo para a formação e o
desenvolvimento pleno e feliz dos seus jovens. Os jovens conformam o nosso futuro comum e o empenho sério na sua
educação é sempre uma garantia de uma sociedade mais bondosa, mais bela e mais justa.
Finalmente, queridas crianças e queridos jovens, a Igreja quer ir ao vosso encontro, estar convosco, ajudar-vos a viver bem
e, nesse sentido, colaborar com o esforço de construção de um mundo melhor a que sois chamados, enraizados e firmes
(cf. Col 2, 7) na proposta de vida que Jesus Cristo tem para cada um de vós. É esse o horizonte de vida, de missão e de futuro,
a construir convosco, que nos propomos realizar com a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.
Em nome da Conferência Episcopal Portuguesa e no nosso próprio, saudamos todas as alunas e todos os alunos de Educação
Moral e Religiosa Católica de Portugal com alegria e esperança,
*Conferência Episcopal Portuguesa, (2006), Educação Moral e Religiosa Católica — Um valioso contributo para a formação da personalidade, o. 6.
Manual do Aluno
Educação Moral e Religiosa Católica
9.2 ano do Ensino Básico
Coordenação Geral
Cristina Sá Carvalho
Coordenação de Ciclo
Fernando Moita
Equipa de Autores
António Cordeiro
Fernando Moita
José Luís Dias
• Margarida Portugal
Revisão Ortográfica
Gráfica Almondina
Imagens
Dreamstime
Wikipédia
Direção-Geral do Património Cultural / Divisão de Documentação, Comunicação e Informática
Tiragem: 15 000
2.2 edição: outubro 2015
ISBN: 978-972-8690-87-8
Depósito Legal: 399588/15
Edição e Propriedade
Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã - Lisboa, 2015
Impressão
Gráfica Almondina - Torres Novas
Aprovação
Conferência Episcopal Portuguesa
• -••••,•••••• • •
•
Aans•redade dá agora lugar à coragem de vencer para s'eguir para o 'ensino Recundária
Sabes o ()uh irnpor+anfe 'e saber op+ar pelo caminho ber+o.
horizonte mais próximo pensas na área de 'es+udos a sfguir,
no mais dis+ante, proje+as uma vida de realizaç'ób pessoal
O'esforço 'e a de+errningw
saio duas a++h)des que +e ajudarb a olhar 'estes horizontes com 'esperança.
g'econhebe o, dignidade humana
'e s'eras capaz d-e vaiorizw- a vida,
Pergun+a por D-eus
'e descobrirás o s'eu amor,
Procura rozbs'es de viver
'e ousa arriscar por um ideal d-e vida feliz
' •
QUEgOSEg!... voi, com berheza, cudar---i-e op+ar rnelhor s ' e g u i r 'em fren+e corn corag-ern.
• " e s rnui+o mais do qu'e ailuilo que vês 'ern
Fos+e fei+o(a) para voar al+ol
Vem dai_
E proje+a viver o +eu fu+vro, com os +eus amigos, colaborando no, cons-h-uç'ào d-e um mundo melhor
com as r'efkx5-es que a disciplina de E.M.KC. p r o O e para o 9.° ano.
Abraço amigo
Osau+or'es
- 4-
1
Unidade letiva 1
1
Dignidade da Vida Humana
O dom supremo da vida humana 9
O valor da vida 1 7
Mensagem cristã sobre o amor ao próximo 3 0
A dignidade da vida humana em atitudes 3 4
Vida humana: Originalidade e Beleza 3 6
Unidade letiva 2
Deus, Mistério de amor
A questão da existência de Deus 5 5
O fenómeno religioso 6 7
Deus: oceano de amor 7 7
Deus transforma os corações... as pessoas constroem a sociedade 8 2
Unidade letiva 3
Projeto de Vida
Projeto (s) 9 5
Projeto de vida e vocação 9 7
A felicidade como projeto 1 0 4
Opções de vida e "opção fundamental" 1 0 7
Projetos de encontro com Deus 1 1 1
A fé como fonte de felicidade 1 1 9
•
dom supremo da vi
Oval
a obre o amor a
da humana •
'á r i g i na
Olá!
Com certeza já ouviste falar de mim. Sabes que tenho um carinho
especial pelo teu país, que visitei cinco vezes.
Chamo-me Karol lõzef V\iojtyla 'e, quando fui eleito papa em 1979,
'escolhi o nome Toa° Paulo
i\lasci Wadowice, urna pequena cidade perto de Cracovia (Polónia),
em 1920. Era o mais novo de três filhos. A minha Mãe faleceu quando eu
tinha nove anos; os meus irrn6os tarnbérn morreram muito jovens.
Fui ba-Hzado logo em criança e aos nove anos -Hz a primeira cornunhrc'w.Aos dezoito,
recebi a confirrnaçaoe matriculei-me na universidade de Cracovia e numa escola de
tea-h-o - uma das minhas grandes paixbes.
Quando o ex,ercito nazi ocupou a Polóniase fechou a universidade, 'em 1939, -hve de
ir -h-abalhor numa fábrica de produtos químicos, de modo a 'evitar a deportaçaio para. a
Alemanha
•Por volta dos vinte e dois anos Sfnii vocaç'ào pára ser padre 'e ingressei no seminário
cfeCracovia ordenado o n õ i a d e novembro de 191-1, já a guerra
i\los anos que se seguiram continuei a 'estudar tarnbern fui professor Em
1958 fui ordenado bispo "e participei nos trabalhos do Concílio Vaticano 11 (19(Q2-19(95).
Escolheram-me para apresenta- 'esta unidade letiva sobre a dignidade da vida
humana por ter sido a temática que mais me preocupou 'e que mais me fez refletir,
escrever, falar e viajar
Sempre que tinha oportunidade alertava os pessoas com quem me encontrava
para o inestimável valor da vida humana, a riqueza que cada ser humano - Onico
irrepe-Hvel - signi-Hca para o outro e para o mundo.
Desejo sinceramente que a reflex'olo que vais fazer ao longo desta unidade letiva
-Heajude a reconhecer o bem e a beleza de cada pessoa •
8
Dignidade (do latim dignitas — virtude, honra, consideração) é uma
característica inerente ao ser humano. A pessoa desenvolve-se num contínuo
processo de autorrealização pessoal e social, mas esse facto não altera nem
diminui a sua constante dignidade. Pelo simples facto de ser humana, a pessoa
goza de valor inestimável e merece todo o respeito.
A dignidade da pessoa humana—núcleo essencial dos direitos fundamentais
é o supremo valor ético da civilização moderna.
u és especial
No início de uma conferência, um famoso orador mostrou uma nota de
cinquenta euros, e perguntou:
—Quem quer esta nota?
Todos os que estavam na assembleia levantaram a mão.
O conferencista amarrotou-a e voltou a perguntar, enquanto a exibia:
—Quem está ainda interessado nesta nota?
Eas mãos voltaram a erguer-se.
Então, deixou-a cair no chão e pisou-a violentamente. Depois pegou na nota suja
e amarrotada e perguntou de novo:
—E agora? Ainda há alguém que a queira?
Emais uma vez as mãos se levantaram.
—Meus amigos—continuou o conferencista —, seja o que for que eu faça com
esta nota, a maior parte das pessoas permanecerá interessada nela, porque, apesar
do seu aspeto, não perde valor. Limpa ou suja, amarrotada ou não, valerá sempre
cinquenta euros.
Mas, como podem calcular, não vim aqui para vos falar de questões financeiras.
Muitas vezes, na vida pessoal, somos amarrotados, humilhados e conspurcados
por decisões que tomamos ou por circunstâncias que não dependem da nossa
vontade. Quando tal sucede sentimo-nos profundamente desvalorizados ou mesmo
insignificantes. Mas, aconteça o que acontecer, seja qual for a forma como nos
sentimos, nunca perderemos o nosso valor nem a nossa dignidade. Quer estejamos
sujos ou limpos, diminuídos ou inteiros, perdidos ou norteados, nada nos pode
roubar o que verdadeiramente somos. É que o valor das nossas vidas não reside
fundamentalmente no que fazemos ou sabemos, reside sobretudo no que somos. E
todos somos especiais, porque únicos e irrepetíveis.
1\10meio dos adversidades da vida, n.o nos ,eweçaimos
Autor desconhecido
SE
A vida—dádiva de Deus
e p r i m o r 1 d i r - ' ) humano
Na perspetiva religiosa Deus é a origem da vida. É nele que se encontra a
plenitude da existência, em toda a sua perfeição, a qual não conhece início nem
terá ocaso. O ser humano é um ser vivente porque recebeu de Deus a vida como
um dom inestimável.
A vida é, pois, o primeiro dom de Deus. Todo o crente sente que tem para com
ele uma enorme dívida de gratidão. Nada fez para merecer existir e, contudo,
Deus quis que existisse. Por isso agradece a Deus esta dádiva fundamental.
Mas a melhor maneira de a agradecer é cultivá-la e respeitá-la, como quem
1. Em que consiste
cuida da maior prenda que alguma vez lhe tenha sido oferecida. É por isso que
a dignidade da vida
humana? o respeito pela vida faz parte do Decálogo: «Não matarás».
2. Qual o motivo pelo A vida humana é o valor primordial e condição de possibilidade de todos
qual se pode afirmar
os outros valores. Como poderíamos, por exemplo, exigir que se fizesse justiça
que a vida humana é
o valor primordial? a alguém se lhe negássemos o direito de existir? Se a vida humana não estiver
assegurada é simplesmente impossível a realização dos outros valores.
Jec rações r1 c L 0 3
A dignidade da vida humana é um valor partilhado
pelas várias civilizações, que, de uma ou de outra forma,
a entendem como um dom a respeitar e a preservar.
Uma vez que o ser humano é — em variadas situações —
agredido, negado e violentado, ficando a vida humana
seriamente comprometida, a humanidade elaborou
códigos que têm como objetivo defender expressamente
a vida humana e a sua dignidade.
ramento de Hipócrates
Juro por Apoio médico, por Esculápio, por Higia, por Panaceia e por todos os
deuses e deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir com todas
as minhas forças físicas e intelectuais. Mesmo instado, não darei droga mortífera
nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres. Guardarei
castidade e santidade na minha vida e na minha profissão.
https://www.ordemdosmedicos.pt/
Diadosdirei+os humanos
1 2 3 A
7 8 g 1 . 0 ) 11
5 6
15
12 13 14
22 23
20 21-
19 *g)
l
28 29
26 27
101
t4?71Rept:a:11k ?ortuguesa
Artigo 1.9
Portugal é uma República soberana,
baseada na dignidade da pessoa humana
e na vontade popular e empenhada na
construção de uma sociedade livre, justa e
solidária.
Artigo 13.9
Todos os cidadãos têm a mesma dignidade
social e são iguais perante a lei.
Artigo 24.9
A vida humana é inviolável. Em caso algum
haverá pena de morte.
http://dre.pt/comum/html/legisicrp.html
_i
3. Qual a finalidade
das declarações de
direitos humanos?
(-12v i r 1 b i I m n 2 nas r e l i g i õ e s
Todas as religiões exaltam o valor da vida e da dignidade humana apelando
ao respeito pela pessoa.
Idismo
Tudo o que existe no mundo possui uma alma, não só o ser
humano e os animais, como também as plantas, as pedras, as
gotas de água, etc.
O respeito pela vida é o primeiro e o mais importante
mandamento budista.
Por essa razão é que, ao andar, deve o monge varrer diante
de si para não correr o risco de matar algum animal pequeno.
A doutrina budista proclama o respeito absoluto pela vida
humana.
Mircea Eliade, História das Ideias e Crenças Religiosas
.fiNelm•'
Islão
Vós que credes, sede firmes na distribuição da justiça, mesmo
contra vós mesmos, vossos pais e vossos parentes, trate-se de
ricos ou indigentes. Deus vela sobre todos.
Quem matar uma pessoa seja julgado como se houvesse
matado toda a humanidade.
Todos os crentes são irmãos. Fazei a paz entre os vossos irmãos
e temei a Deus.
Alcorão 4,135; 5,33; 49,10
ILlift:maiiin
laísr e Cristia m o
A vida é sempre um bem. Esta é uma intuição ou até um dado de experiência, cuja
razão profunda o homem é chamado a compreender.
Por que motivo a vida é um bem? Esta pergunta percorre a Bíblia inteira, encontrando
já nas primeiras páginas uma resposta eficaz e admirável. A vida que Deus dá ao
homem é diversa e original, se comparada com a de qualquer outra criatura viva,
dado que ele, apesar de emparentado com o pó da terra, é, no mundo, manifestação
de Deus, sinal da sua presença, vestígio da sua glória. Isto mesmo quis sublinhar
Santo ireneu de Lião, com a célebre definição: «A gloria de Deus é o homem vivo».
Ao homem foi dada uma dignidade sublime, que tem as suas raízes na ligação ínfima
que o une ao seu Criador: no homem, brilha um reflexo da própria realidade de Deus.
«Que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para dele cuidardes?»
— interroga-se o salmista (Sal 8,5). Diante da imensidão do universo, coisa bem
pequena é o homem; mas é precisamente este contraste que faz sobressair a
sua grandeza: «Pouco lhe falta para que seja um ser divino; de glória e de honra
o coroastes» (Sal 8,6). A glória de Deus resplandece no rosto do homem. Nele, o
Criador encontra o seu repouso, como comenta, maravilhado e comovido, Santo
Ambrósio: «Terminou o sexto dia, ficando concluída a criação do mundo com a
formação daquela obra-prima, o homem, que exerce o domínio sobre todos os seres
vivos e é como que o ápice do universo e a suprema beleza de todo o ser criado.
Verdadeiramente deveremos manter um silêncio reverente, já que o Senhor Se
repousou de toda a obra do mundo. Repousou-Se no íntimo do homem, repousou-
-Se na sua mente e no seu pensamento; de facto, tinha criado o homem dotado de
razão, capaz de O imitar, desejoso das graças celestes».
João Paulo II, Evangellum Vitoe, 34-35
15
Defesa da vida kumarla
—Um percurso
\I 1998
19%2000
St. k l i t i ae. S t . V a.C.
ac. a c .
Cons-1-!-Fuiçai'o da
Decak)go TUrarnfrItO deE)hagavad-G!±a Akorn gepóbka Porfuguesa
Hipócrai-es
Mãe de Farm _d
Gianna Beretta Molla (1922-1962), médica italiana, casada e mãe de quatro filhos,
foi proclamada santa pela Igreja católica.
Fruto do seu matrimónio com Pietro Molla nasceram quatro crianças: Pierluigi,
Mariolina, Laura e Gianna Emanuela. Na última gestação, aos 39 anos, descobriu
que tinha um fibroma no útero. Foram-lhe apresentadas três opções: retirar o útero
doente, o que ocasionaria a morte da criança; abortar o feto; ou, a mais arriscada,
submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Não hesitou! Disse:
«Salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz!» Submeteu-se à cirurgia.
Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança em Deus, disponibilizou-se
para sacrificar a sua vida se essa fosse a condição para salvar a do filho: «Se tiverem
de decidir entre mim e o meu filho, nenhuma hesitação: exijo que escolham a
criança. Salvem-na». Deu entrada, para o parto, na sexta-feira santa de 1962. No
dia seguinte, 21 de abril, nasceu Gianna Emanuela. Gianna Beretta morreu uma
semana depois.
Foi beatificada em 1994, Ano Internacional da Família, e canonizada no dia 16
de maio de 2004, recebendo do papa João Paulo II o sugestivo título de «Mãe de
Família».
Adaptado de http://www.vaticon.vo/
Fm nrol dA i e da - e r n i d a d e ".1.1111.111
Martin Luther King (1929-1968) foi um pastor batista e um importante ativista
político norte-americano. Lutou em defesa dos direitos sociais para os negros e as
mulheres, combatendo o preconceito e o racismo. Defendia a luta pacífica, baseada
no amor ao próximo, como forma de construir um mundo melhor, fundamentado
na igualdade de direitos sociais e económicos.
Em 1955 foi um dos líderes ao boicote às empresas de transportes, que levou
a Suprema Corte Americana a pôr fim à discriminação que havia contra os
negros nos transportes públicos. Na década de 1960 Luther King liderou várias
manifestações pacíficas defendendo os direitos dos negros. Em 1964 recebeu
o Prémio Nobel da Paz por combater pacificamente o preconceito racial nos
Estados Unidos. Em 1968 organizou a Campanha dos Pobres, apelando à
justiça social e económica.
Com a sua atuação social e política, Luther King despertou muito ódio naqueles
que defendiam a segregação racial. Durante quase toda a sua vida adulta foi
constantemente ameaçado de morte por estas pessoas e grupos.
Na manhã de 4 de abril de 1968, antes de uma marcha, Martin Luther King foi
assassinado no quarto de um hotel na cidade de Memphis.
A sua atuação foi fundamental nas mudanças que ocorreram nas leis dos Estados Unidos
da América nas décadas de 1950 e 1960. As leis segregacionistas foram caindo dando
espaço a uma legislação mais justa e igualitária.
Adaptado de Christy Whitman, O jovem Mortin Luther King
6. Dar a própria
vida por uma causa
ou um projeto será
estupidez ou uma
atitude aliciante e
radical? Justifica a
resposta.
O Bom Pastor
"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida
pelas ovelhas. " E u sou o bom pastor; conheço as
minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me,
"assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e
ofereço a minha vida pelas ovelhas.
Jo 10,11.14-15
Também estas "ovelhas", cada uma na sua medida, têm a missão de imitar o
Pastor, oferecendo a vida pelos outros numa dinâmica de amor gratuito. Ser Bom
Pastor é entregar-se a projetos de amor ao serviço dos outros dignificando a vida.
A ética vigente exige o respeito pela pessoa e pelos seus direitos, garantindo
o exercício d a liberdade e o reconhecimento fundamental dos valores d a
igualdade e da fraternidade, que excluem quaisquer segregações. Mas apesar
da consciência universal dos direitos humanos, o preconceito e a discriminação
continuam a produzir ataques à dignidade humana.
Muitos grupos minoritários ou
«não produtivos» continuam em
situação de desamparo.
ruim"'
Maus - ; °Dl c r i e ic
Os maus tratos contra crianças e jovens podem ser definidos como qualquer ação
ou omissão não acidental perpetrada pelos pais, cuidadores ou outrem que ameace
a segurança, dignidade e desenvolvimento biopsicossocial e afetivo da vítima.
Qualquer tipo de mau trato atenta, de forma direta, contra a satisfação adequada
dos direitos e das necessidades fundamentais das crianças e jovens, não garantindo,
por este meio, o crescimento e desenvolvimento pleno e integral de todas as suas
competências físicas, cognitivas, psicológicas e socioemocionais.
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima,
Manual Crianças e Jovens vítimas de violência: compreender, intervir e prevenir
APAV sos vít• d F ,
.tutklut
ApoioaVítima
Nos últimos anos aumentaram as queixas de violência contra idosos. O aumento
da esperança média de vida e o enfraquecimento dos sistemas de proteção social,
coloca-os numa situação de grande fragilidade. É urgente mudar mentalidades
(7)7 20 00 77)
e recuperar o respeito pelo saber de experiência feito. Tendemos a associar
www.apav.pt imediatamente o termo violência a maus tratos físicos, no entanto, o âmbito da
violência contra os idosos assume muitos outros contornos tão ou mais graves
do que a agressão física, tais como agressões psicológicas, privação de cuidados
adequados, abandono, desvalorização d a s u a personalidade e experiência,
usurpação e administração indevida dos seus próprios bens.
A sociedade atual tem vindo a tratar muito mal os idosos, desvalorizando-os
constantemente. Os ritmos de vida, as exigências profissionais e
a falta de medidas específicas para o desenvolvimento de
o
recursos para integração e proteção dos idosos acabam
por potenciar uma cultura em que os mais velhos são
postos de parte por não corresponderem aos padrões
sociais de beleza, dinheiro e consumo.
Épreciso recuperar a importância do papel do idoso
para a comunidade e assegurar ou reforçar a formação
dos técnicos que trabalham diretamente com eles
TA11-'-/EFA em casas de repouso e lares. Se antigamente os
mais velhos eram respeitados, tidos como fonte
de sabedoria, hoje a permanente falta de tempo
8. Comenta
a afirmação e a busca incessante pela novidade ignora a sua
«Anfigamente os experiência de vida. Esta é uma atitude que nos
mais velhos eram cabe alterar e que espelha também a nossa fuga
respeitados, tidos perante o inevitável envelhecimento.
como fonte de Excertos de Vânia Machado,
sabedoria». Família Cristã, fevereiro de 2009
k 3 TA L I - N i - S M O é o regime político
adotado p o r Joseph Stalin, líder da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) entre 1929
e 1953.
Este regime político racista, em que uma minoria branca dominava uma maioria
negra, chegou ao seu termo quando, por pressão mundial e após a libertação
de Nelson Mandela, foram convocadas as primeiras eleições para um governo
multirracial de transição, em abril de 1994. Mandela assumiu então a presidência
da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.
28
-de essL.
A igualdade fundamental entre todos os homens deve ser cada vez mais reconhecida,
uma vez que, dotados de alma racional e criados à imagem de Deus, todos têm a
mesma natureza e origem; e, remidos por Cristo, todos têm a mesma vocação e
destino divinos.
Sem dúvida, os homens não são todos iguais quanto à capacidade física e forças
intelectuais e morais, variadas e diferentes em cada um. Mas deve superar-se e
eliminar-se, como contrária à vontade de Deus, qualquer forma social ou cultural
de discriminação, quanto aos direitos fundamentais da pessoa, por razão do sexo,
etnia, cor, condição social, língua ou religião. É realmente de lamentar que esses
direitos fundamentais da pessoa ainda não sejam respeitados em toda a parte. Por
exemplo, quando se nega à mulher o poder de escolher livremente o esposo ou o
estado de vida ou de conseguir uma educação e cultura iguais às do homem.
Além disso, embora entre os homens haja justas diferenças, a igual dignidade pessoal
postula, no entanto, que se chegue a condições de vida mais humanas e justas. Com
efeito, as excessivas desigualdades económicas e sociais entre os membros e povos
da única família humana provocam o escândalo e são obstáculo à justiça social, à
12. Qual a posição da
equidade, à dignidade da pessoa humana e, finalmente, à paz social e internacional. Igreja Católica sobre
Procurem as instituições humanas, privadas ou públicas, servir a dignidade e o a dignidade da vida
destino do homem, combatendo ao mesmo tempo valorosamente contra qualquer humana?
forma de sujeição política ou social e salvaguardando, sob qualquer regime polífico, 13. A que desafios
os direitos humanos fundamentais. interpela esta
concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, 29 mensagem?
29
Na parábola do bom samaritano, Jesus afirma a dignidade da vida humana,
qualquer que seja a sua proveniência, e revela a natureza de uma religião
autêntica, que consiste não apenas na adesão a determinadas crenças ou na
prática de alguns rituais, mas fundamentalmente numa vida orientada pelo
princípio do amor ao próximo.
O desafio é valorizar a vida, tornando-se próximo de quem precisa.
---N
«Que fazer para -1-er direi-1v à vida eferna?» —A conclusão é óbvia: para
alcançar a felicidade é preciso amar a Deus e tornarmo-nos próximos dos que
necessitam da nossa ajuda. Trata-se, portanto, de fazer com que o amor percorra
as duas coordenadas fundamentais da existência: a vertical (relação com Deus)
e a horizontal (relação com os outros).
Como o bom samaritano que se aproximou do homem caído para o levantar,
Jesus nasceu para salvar e libertar a humanidade.
O homem ferido, caído, espoliado e incapaz de se ajudar a si mesmo,
personifica a condição da humanidade submetida ao poder do mal e do egoísmo. 16. Identifica
O bom samaritano simboliza Jesus Cristo, que se aproximou de nós assumindo situações atuais
e concretas que
a condição de homem para propor à humanidade um Deus próximo que eleva
esperam por um
a condição humana. «bom samaritano».
17. Refere situações
em que tenhas agido
que a parábola do bom samaritano explicita a grandeza da como o sacerdote ou
dignidade humana e desafia à prática do amor. o levita da parábola.
Numa sociedade marcada pelos valores económicos, que atribui maior
importância ao ter do que ao ser, em muitas situações parece prevalecer a
importância da aquisição e manutenção de bens materiais em detrimento da
defesa do valor essencial que é a pessoa humana.
011, * 0 • • * * * * * * *
FRATERNIDADE
Empenhop-essoaJ na
COMOCENTRO
DASESCOLHAS DO,5ATENTA-D0,5
MORAIS à vida humana
,•,77•
• PARTICIPAÇÃO
EMGRUPOSE
ORGANIZAÇÕES
DEDEFESAE
:11PROMOÇÃODAVIDA TAREFA
-1 ts-
35
Toda a pessoa — independentemente da sua cor, nacionalidade, religião ou
condição social — encontra na organização taxonómica um estatuto de pertença
e dignidade distinto dos outros seres vivos.
aika
A taxonomia — ciência que tem por finalidade a classificação dos seres vivos —
cataloga o ser humano da seguinte forma:
- Reino: Animalla (o homem é um animal)
- Filo: Chordata (possui uma coluna vertebral)
- Classe: Mommaiia (classe dos que mamam; inclui todos os mamíferos)
- Subclasse: Placenta/ia (é um mamífero cuja fêmea possui placenta)
- Ordem: Primata
- Família: Hominidae (a este grupo pertencem também os gorilas e os chimpanzés)
- Género: Homo
- Espécie: Homo Sapiens
- Subespécie: Homo Sapiens Sapiens
TAREFA
Os dados científicos remetem-nos para a singularidade d o ser humano,
enquanto indivíduo que se distingue dos outros seres vivos. Possuidor d e
19. Identifica a
singularidade uma inteligência superior, capaz de criar mundos alternativos, de desenvolver
do ser humano consciência ética e de se reconhecer numa relação social, o ser humano foi
relativamente aos
ganhando consciência da sua dignidade. Mas a sua ação ora se orienta para a
outros seres vivos.
defesa da mesma, ora a fere, pondo em causa a própria vida humana.
iírin cIA vida humana
O primeiro facto biologicamente identificável na formação do ser humano
é a fusão de duas células (ovácito e espermatozoide) provenientes de cada um
dos progenitores, contendo cada uma metade do número de cromossomas de
um ser humano.
A fusão dos dois gâmetas inicia o ciclo vital de uma nova
pessoa. O seu corpo terá um desenvolvimento autónomo,
contínuo e progressivo a partir das fases mais primordiais,
seguindo um percurso que está inscrito nos seus genes.
,
••• , • , • , • ,
40400,349
0(ioti,9141#0•,1009008•0111141
seemeemr
A v i d a iunlakga começa
AvIdaTi-urnana começa__
rioniornekni-o d o r e c o h d a ç ã o p o Y g u e
o deserwolvíniehirõ d e uni ,sey _quandOlulividade cerebrã:
hunionno é u n i p V o c e , s o c o ) 4 n n u o
9 u e r ) ã o pel,n11.1-e c o n i
pl-eci.3 ,Sali-0,3 g u a l ; c l a c i e . ----ITUfficTrias por
allie_yjoy_êr:~
-e-vâo—covIstituro-WE
i,nmano-ainda-vão-se—
P\ vida kürnana
comeÇa
iferenciaranr-T-1.
no momer4-0 do
6140 poy-clue anatt\A,okutc),g Deyebrutt,
sd assome RiA,C11,00'1,01 DOM, ,51 A , O rt ‘vt,i•e
peysonaliclacle
éoke,teyw:LIA,Qaut-pe.Lot-pçtyQoevvt ao
tioyíoka e:toando
nasce pay-ia a flAAA,c,i,o1A4tw,e1A.,to ao 20. Qual a razão
soc;edade. de muitas pessoas
defenderem que a
vida humana tem
Linício no momento
da fecundação?
A Igreja Ca+t5lica afirma guie a vida hurncula ±,ern início no momen-h) da fecundaOlo.
AVIDA.HUMANA-NOÚTERO
INDUZIDO
voLuNrrAglo TEgAPEUTICO
C n n s e al l n ri ,R ç d o 3 r t n
Embora o a b o r t o realizado adequadamente n ã o
implique graves riscos para a saúde física da mulher até
às dez semanas, o perigo aumenta progressivamente
para além desse tempo. Entre as possíveis complicações
fisiológicas d o aborto destacam-se as hemorragias, as
infeções, as lacerações cervicais, as perfurações uterinas,
o aumento d a possibilidade d e u m a n o v a gravidez
terminar em aborto espontâneo ou em parto prematuro
e a esterilidade. Estas consequências surgem com maior
frequência no aborto mais tardio.
As mulheres têm direito de abortar em O aborto não pode ser um direito, porque
condições de segurança. O aborto só é está em causa o valor da vida de outrem.
perigoso quando é feito sem condições de Devem é ser criadas condições para que
higiene e por pessoal incompetente. todos possam ter filhos com dignidade.
O primeiro direito da criança é ser desejada. O primeiro direito da criança é o direito à vida.
hcar " N t t n a o r
Cuidados Paliativos são cuidados ativos e globais, prestados aos doentes e às suas
famílias por uma equipa multidisciplinar, quando a doença já não responde ao
tratamento curativo e a expectativa de vida é relativamente curta.
A eutanásia
Eutanásia ( d o grego eu = bom + thonos = morte) significa literalmente boa
morte e consiste em pôr fim à vida de um doente incurável.
Saber
Teresa de Lisieux morreu em 1897, com apenas 24 anos. Em 1920 foi declarada
santa e, mais tarde, doutora da Igreja por causa dos seus belíssimos escritos,
sobretudo a História de uma Alma, onde descreve o seu percurso espiritual de
encontro com Deus.
Pelo seu a m o r universal e pelo desejo profundo de que todas as pessoas
encontrassem Deus, foi proclamada padroeira dos missionários, aqueles que
anunciam Deus e partilham com os mais pobres uma vida simples. A festa de
Santa Teresinha do Menino Jesus celebra-se a 1 de outubro.
PODEREMOS
ESPERARO TRIUNFO
DOBEMSOBRE O
MAL?
Saber
O Alfa (A / a) e o Omega (O / co) são respetivamente a primeira e a última letra do
alfabeto grego. No livro do Apocalipse afirma-se que Deus é o princípio e o fim de
todas as coisas - "Eu sou o Alfa e o Omega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o
Fim" (Ap 22, 13).
Crença e rp.75n
A impossibilidade d e demonstrar "cientificamente" a existência d e Deus
não implica que não haja razões que sustentem a fé. Deus não é nenhuma
hipótese absurda ou irracional. Bem pelo contrário. Nenhum telescópio pode
observar Deus, porque ele não se encontra em nenhum ponto do universo e,
simultaneamente, é omnipresente.
r -amena • • • • Q . 0 6 . i i , • 0 1 0 0 0 • 11 •
A ovdem do oinivev-3o
Aex;s1-êr)ci.adevaloYe,s
__ é u éICoor);versaisss, gue
podemseY poro3de
I-udo reCeYêr,c;a
_ çoi desar;a aacYecl;1-arolos
de um emDeus.
à-4-e ;seri e.
Faceaoabsov-cloda ilovíe,
goepdeIt-r>ljesao desejo
hunlar,ode elevr),dacle, vale
apenaacvedd-avemDeus
gue,avai-)1--ea vida e oarkloy
corbo vealidade.
••
•
44t„;-'Y'',.•
56
k.
Durante uma conferência, o orador lançou o seguinte desafio:
— Tudo o que existe será obra de um Deus criador?
Vários alunos responderam:
— Sim!
O conferencista objetou:
— Se foi Deus quem criou tudo, então também o mal é obra dele. Partindo do
princípio de que as nossas obras são um reflexo de nós mesmos, se Deus criou o mal
é porque é mau. Ora a ideia de um Deus mau é contraditória. Logo, Deus não existe.
Um silêncio profundo fez-se sentir diante d e tal argumento e o orador
regozijava-se por ter provado mais uma vez que a fé era um mito.
Então, outro estudante levantou a mão e disse:
— O frio existe?
— É lógico que o frio existe ou por acaso nunca sentiste frio?
O rapaz respondeu:
— De facto, o frio não existe! Segundo as leis da física, o que consideramos
frio, na realidade é a ausência de calor. Todo o corpo ou objeto é suscetível de
estudo quando possui ou transmite energia; o calor é o que faz com que este
corpo tenha ou transmita energia. Nós criámos o conceito de frio para descrever
o que sentimos na ausência de calor.
— E existe a escuridão? — insistiu o estudante.
O conferencista respondeu:
— Parece que sim.
— Novamente comete um erro. A escuridão também não tem existência
própria. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz é passível de ser
investigada, a escuridão não! Até podemos decompor a luz branca nas várias
cores que a compõem. A escuridão não! U m simples raio de luz atravessa
as trevas e ilumina a superfície sobre a qual incide. O conceito de escuridão
desenvolveu-se para descrever o que observamos na ausência de luz.
Finalmente, o jovem perguntou ao conferencista:
— O mal existe?
— Basta observarmos o mundo com atenção para nos confrontarmos com
crimes e violência por todo o lado. Tudo isso é manifestação do mal.
O estudante respondeu:
— Na realidade, o mal não existe, pelo menos não existe por si mesmo. O
mal é simplesmente a ausência do bem. Tal como o frio e as trevas não existem
por si mesmos, o mal é um conceito que o ser humano utiliza para descrever a
ausência do bem ou de Deus. Por isso, Deus não pode ter criado o mal. A fé, o
bem ou o amor são realidades existentes, à semelhança do calor e da luz. O mal,
pelo contrário, é mera manifestação da ausência de Deus, ou seja, é o resultado
da ação do ser humano quando expulsa Deus do seu coração.
Autor desconhecido
Só existe um problema: voltar a descobrir que existe uma
vida do Espírito, a única que satisfará o homem. É urgentíssimo
falar aos homens... Necessitam tanto, tanto de Deus.
AntOine Saint-Exupéry (escritor francês do século XX)
numa tipografia.
Benjamin Franklin (cienfista e escritor americano do século XVIII)
ATEISMC,
TEÓgI.C_C» COrlSiSfe n a P g A . F. , e a afi-Fude das
afirrngb ca-legórica da no pessoas que vivem sem qUakitJef
exis-le'ncio, de Deus. É uma referÊncia a Deus, indi-feren-les
conceçao ma-Ferialis*-a ques-&) do sobrena.-lural. Vivem
realidade (nada há. paro. alÉm como se Deus n o exis-Hsse
daquilo que se pode observar, ou n'à'ose in+eressam pelas ques-1-5es
seja, do mundo rna-lerio,I). relacionadas com a transcendências
-.11100•0.111.
Cl
Jean-Paul Sartre (filósofo e escritor francês do século XX)
A vocaç d r h r - ' 0 er 1 0
A razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com
Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com
Deus: pois, se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por ele por amor
constantemente conservado; nem pode viver plenamente segundo a verdade, se
não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao seu Criador. Muitos dos
nossos contemporâneos não atendem a esta íntima e vital ligação a Deus, ou até a
rejeitam explicitamente.
Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, 19
59
Agnosticismo significa literalmente «ignorância», «desconhecimento»:
a (negação) + gnose (conhecimento). É a afirmação da impossibilidade de
alguém se pronunciar sobre a existência de Deus.
Cada pessoa pode criar as suas próprias crenças, os seus próprios valores
o
e conduzir a vida de acordo com eles, sem qualquer padrão ético. Confunde-se
assim valores morais com caprichos.
-us: acolher c o n f - -
A fé em Deus é uma realidade com sentido. A crença não é uma atitude
irracional; traduz-se na confiança em Deus e num consequente compromisso de
vida. Acreditar em Deus é acolher e confiar no sentido último da vida.
fl rir
Quando os meus filhos eram pequenos e eu pensava por eles e decidia por eles,
tudo era fácil e somente a minha liberdade estava em causa. Mas chegado o
momento em que eu pensei que o meu papel consistia em habituá-los a escolhas
progressivas, notei que a inquietação se instalava em mim. Ao deixar os meus filhos
tomar decisões e, portanto, correr riscos, aceitava, ao mesmo tempo, o risco de ver
surgir outras liberdades para além da minha. Se, muitas vezes, continuei a escolher
3. Por que razão em vez dos meus filhos, era, tenho de o confessar, para lhes poupar o sofrimento
Arthur Schnitzler provocado por uma opção que eles iriam talvez lamentar, mas era também, e talvez
afirma que «todos mais, para não experimentar a prova de um desacordo entre a sua escolha e aquilo
são crentes»? Será que eu teria desejado que eles fizessem. Isto significava falta de amor da minha
que ele desconhece a parte, porque agindo deste modo desejava essencialmente pôr-me ao abrigo de
existência de ateus e um possível sofrimento, o sofrimento que experimentei sempre que os meus filhos
agnósticos?
optaram por um caminho diferente daquele que me parecia o melhor para eles.
Foi assim que comecei a perceber que Deus «Pai» possa sofrer. Nós somos seus
filhos. Ele quer que sejamos livres no nosso crescimento e o infinito do seu amor
impede-o de exercer qualquer constrangimento. O seu amor puro, sem qualquer
traço de cálculo, implica, desde o princípio, a aceitação do sofrimento inerente a
esta liberdade total que ele quer para nós.
Francois Varilion (1905-1978), O sofrimento de Deus
Na verdade, não me lembro de não ter tido fé. Desde que me conheço que
me entendo como cristã. É que nasci numa família católica, comecei a frequentar
muito cedo os grupos juvenis da paróquia e todos os meus amigos mais ínfimos
eram cristãos.
1
3 1 ~ ~ 1 ~ ~
1
A i t u r ' e Deu'-
Não posso duvidar de que tudo aquilo que eu amo neste mundo — as árvores, as
rosas, os pássaros, um sorriso — é ainda muito mais amado por Deus. Mas tudo
aquilo que eu não posso amar — o mal que faço aos meus irmãos e aquele que
eles me fazem a mim, a injustiça, a miséria, a fome, a doença — será contemplado
serena e passivamente por Deus, porque a perfeição da sua natureza imortal o
impede de vibrar? Prefiro nem dizer nada a respeito da criança que é torturada ou
do inocente que é humilhado!
A obra criadora é uma aventura. Deus aventurou-se, arriscou. Abriu à humanidade
um caminho de liberdade, com todos os perigos inerentes.
François Vadiou (1905-1978), O sofrimento de Deus
k IP.
A c i -
Sim, temos, de facto, necessidade de Deus, presença em cada um de nós da exigência
de procurar o sentido da vida, de ser responsável por descobri-lo e por realizá-lo.
Precisamos de Deus para tomar consciência da unidade da vida, dessa mesma vida
que anima a subida da seiva nas árvores e a palpitação do sangue no coração dos
seres humanos.
Temos necessidade de Deus cuja presença em nós se manifesta pela possibilidade
permanente d e não nos abandonarmos à passividade mas de assumirmos a
responsabilidade de participar na pilotagem da criação continuada da vida.
O Deus de que precisamos é esse Deus uno e total, presente em todos nós e cuja
unidade é a única que pode dar sentido a todas as coisas como seu fim último e único.
Deus é essa presença que está em nós sem ser de nós. Não podemos captá-lo nem
AZ-11, pelos nossos sentidos nem pelos nossos conceitos.
Tal é a fé perene e universal: a afirmação do sentido da existência, da unidade do
mundo, da criação divina da vida. Para se ser humano tem-se necessidade dessa fé,
4. Identifica situações
seja qual for o nome que se dê ao Deus ao qual ela se dirige.
que constituem
obstáculo ao Adaptado de Roger Garaudy (191?„-2012), Será que precisamos de Deus?
acolhimento de Deus.
» O S
Não acredito em nada. As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa,
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.
Fiquei então sem fé; e a toda a gente
Eu digo sempre, embora magoada:
Não acredito em Deus e a Virgem Santa
Éuma ilusão apenas e mais nada!
Mas avisto os teus olhos, meu amor,
Duma luz suavíssima de dor...
Egrito então ao ver esses dois céus:
Eu creio, sim, eu creio na Virgem Santa
Que criou esse brilho que m' encanta!
Eu creio, sim, creio, eu creio em Deus!
Florbela Espanca (1894-1930), A Mensageira das Violetas
DEUSEYIST-
AT acreditam que
afirrncum que ciedararn que n.o
n'àf' sabem
Rá - deus-Sol, rei dos deuses, pai da humanidade e protetor dos reis e dos mortos.
Ámon - deus da fertilidade, patrono dos faraós.
Osíris - protetor do mundo além-túmulo. Deus da fertilidade e da vegetação. Mais tarde,
tornou-se o deus supremo do Egito, ao lado de Rá, bem como rei e juiz dos mortos.
ísis - deusa lunar, rainha dos deuses, a grande deusa-mãe, deusa dos cereais e da fertilidade.
Horo c o m cabeça de falcão é o deus do
céu e do Sol.
& -
Mon - deus do Sol. Durante um curto " L i
período tornou-se o deus único. ;:"1. „ w • C
Anúbis - deus dos mortos, guardião de 1.
túmulos e de cemitérios.
Saber
Nome Nome
Função
Rincão romano
grego
Zeus Rei dos deuses e dos seres humanos Júpiter
Poseición Causador dos terramotos e senhor dos mares Neptun—ol
Hades Deus do mundo subterrâneo Plutão
Héstia Deusa da Lareira, símbolo do Lar Vesta
1Ares Violento e conflituoso deus da guerra Marte ,-••••••
Representações de Deus
no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a afirmação do monoteísmo é essencial. A proibição
da adoração de imagens, para além de ser um imperativo do Decálogo («Não
faças para ti imagens esculpidas, representando o que há no céu, na terra ou nas
águas»), está também relacionada com a natureza misteriosa e transcendente
de Deus, que não é nenhum objeto do mundo nem pode ser representado como
tal. Ele é um Deus santo, totalmente distinto do resto do universo. Por isso,
Israel não identifica Deus com as forças da natureza, apesar de estas poderem
ser uma manifestação da sua ação.
Desde a sua origem, o povo d e Israel
sentiu e desenvolveu a ideia d e que tinha
sido eleito p o r Deus d e e n t r e t o d o s o s
povos da terra. Deus estabeleceu com ele
uma aliança que havia de marcar toda a sua
história. Por isso, o Deus de Israel é um Deus
nacional. No entanto, pouco a pouco, vai-se
desenvolvendo a consciência de que, sendo
o único Deus existente, é também o Deus de
todos os povos, um Deus universal.
Por respeito para com Deus, os israelitas não pronunciavam o nome de Deus
que tinha sido revelado a Moisés no Monte Sinai («YHWI-1», «Aquele que é» ou
«Aquele que está presente»). Em vez dele, pronunciavam outros nomes que
aparecem igualmente na Bíblia: El (Deus), Elohim (Deus), Adonal (Meu Senhor),
El-Shoddoi (Omnipotente).
rnn)
YHWH em aramaico
«YHWH», mais do que uma simples definição, é a indicação de uma presença. e em hebraico moderno
Quer dizer que Deus não abandona Israel à sua sorte; torna-se conhecido no
encontro e na relação que estabelece com cada um e com o povo. Israel vê no
tetragrama «YHWH» o símbolo do mistério da vida íntima da divindade; é o nome
próprio de Deus, ou seja, a sua identidade, razão pela qual não era pronunciado.
,
Ignoto Deo
Desisti de saber qual é Teu nome,
Se tens ou não tens nome que Te demos,
Ou que rosto é que toma, se algum tome,
Teu Sopro tão além de quanto vemos.
Desisti de Te amar, por mais que a fome
Do Teu amor nos seja o mais que temos,
Eempenhei-me em domar, nem que os não dome,
Meus, por Ti, passionais e vãos extremos.
Chamar-Te amante ou pai..., grotesco engano
Que por demais tresanda a gosto humano!
Grotesco engano o dar-te forma! E enfim,
Desisti de Te achar no quer que seja,
De Te dar nome, rosto, culto, ou igreja...
—Tu é que não desistirás de mim!
José Régio (1901-1969), Biografia
rbo de
Queres saber de que cor Queres saber o lugar Queres saber o segredo
São os sonhos de Deus Da morada de Deus Do coração de Deus
Volta a olhar o mundo Volta a olhar o Homem Volta a olhar o amor
Pela primeira vez Pela primeira vez Pela primeira vez
A pessoa humana é a tela: Deus vai desenhando a obra de arte que é a vida
humana.
74
O catalão Antoni Placid Gaudí i Cornet (1852-1926) foi arquiteto e um dos
maiores símbolos da cidade de Barcelona. Artista modernista e cristão convicto,
quis que a sua obra principal — a igreja da Sagrada Família, em Barcelona —
exprimisse a grandeza, a harmonia e a vitalidade do Criador. Dedicou quarenta
anos da sua vida a esta construção monumental. Gaudí pretendeu com a sua obra
elevar a alma humana a Deus. É quase impossível passar pela extraordinária igreja
como um simples turista; pois este templo é um sinal luminoso da presença de
Deus, a revelação explícita da fé num Deus vivo e próximo.
--.••=mffieW •
76
-
,••••••• •
*MD. _
•.:1T-••• , 0 0 . 4 0 1 1 ~ •
n
7111il"
r-u›
megt, „...fr•••• • •••:"Znir• '
Ima-
^
Este salmo, atribuído ao rei David (séc. X a.C.), ele próprio pastor na sua
juventude, é um poema-oração que canta a confiança e a fé em Deus. Deus é o
Pastor que guarda, orienta e conduz as pessoas. Nele os crentes encontram refúgio
e segurança. Daqui nasce a convicção de que Deus é uma presença fiel e protetora.
Jeremias viveu num dos períodos mais conturbados da história do povo de Israel:
a destruição de Jerusalém e o exílio na Babilónia (séc. VII a.C.). Não lhe foi fácil
a missão de profeta, mas a sua confiança em Deus permitiu-lhe vencer os mais
variados obstáculos, nomeadamente, a oposição da aristocracia judaica.
79
O profeta Jeremias denuncia o facto de o
povo de Israel sobrevalorizar o templo e o culto
e desvalorizar o comportamento ético. Denuncia
a decadência de um povo que esquece a vontade
de Deus para se centrar exclusivamente num
culto sem sentido. O templo era o lugar sagrado
por excelência, mas não podia servir para
camuflar uma religião ritualista que não atende
aos valores morais e ao comportamento justo.
Por isso, o templo não pode ser o lugar mágico
da salvação. O culto essencial a Deus é a prática
da justiça e do bem. Jeremias apela à conversão
do coração — que implica uma alteração radical
da forma de conduzir a vida e uma mudança
essencial na relação com as outras pessoas —
como sinal de uma fé autêntica que não se pode
Jeremias, Jean Vernet (1789-1863) esgotar em rituais.
Fécom obras
'De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras
de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo?'Se um irmão ou uma irmã estiverem nus
e precisarem de alimento quotidiano, "e'um de vós lhes disser: ((Ide em paz,
tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário
ao corpo, de que lhes aproveitará? "Assim também a fé: se ela não tiver obras,
está completamente morta.
Tg 2,14-17
A revelação da vontade libertadora de Deus atinge o seu ponto mais alto com o
nascimento do Deus-Menino, Jesus, o Deus-connosco, o Bom Pastor, o rosto visível
de Deus invisível. A sua mensagem de fraternidade universal pretende reunir todas
as pessoas dos vários quadrantes da terra sob a presença do amor de Deus.
Jesus é o rosto de Deus Pai, que não limita o seu amor infinito ao povo de
Israel, mas inclui a totalidade da humanidade. Por isso, os que seguem Jesus,
o Bom Pastor, reconhecem-se como irmãos e veem, nos outros, pessoas
10. Comenta a
igualmente amadas por Deus.
afirmação «Jesus,
E porque «Deus é Amor», os cristãos vivem o mandamento do amor até o Deus-connosco,
o rosto visível de
ao limite. A fé cristã vive-se na relação com o próximo, na construção de um Deus invisível,
mundo mais solidário e fraterno. Deus conta com as capacidades e limitações de pretende reunir todas
cada pessoa para se dar a conhecer. Quem se empenha em servir os outros é o as pessoas sob a
orientação do amor
autêntico rosto de Deus a atuar na história. E é na história que ficam gravadas de Deus».
as memórias de testemunhos de fé reveladores do rosto de Deus.
Inspirado pelo seu amor a Deus e aos mais desamparados, S. Vicente de Paulo
concretizou muitas obras de amor e fraternidade. A sua vida é uma história de
doação aos irmãos indigentes e é um hino de amor a Deus. O pai dos pobres S. Vicente de Paulo
ie G
-d0/40,
Homem p r o f u n d a m e n t e c r e n t e , Visto neste C o n s i l l o de I
em flordéus, a a:v4..dy,„/"?-49
Aristides s e n t i u o a p e l o d e D e u s
Valido para uma s'o viagem
ouvindo a sua consciência, dialogando O Cônsul,
O A l t o Comissariado p a r a o s
Refugiados da Sociedade das Nações
calculou q u e nesse verão d e 1 9 4 0 ?agou q u a n
O O
tenham entrado em Portugal quarenta W l . n n ( , r 9 4 : 4 2 , '•9,:f. e . • (14 T n i x d a t l e h n d o
importAneut iwkçadt, I I N / /
mil refugiados. N a s u a c a s a e m ,
Pela sua capacidade de diálogo e pela sua humildade, foi escolhido para
ser diplomata do Vaticano, ou seja, representante do papa em vários países.
Cultivou relações respeitosas c o m todos, n u m espírito d e tolerância e
acolhimento. Manteve permanentemente na sua vida diplomática uma atitude
de simplicidade evangélica, inclusive nos assuntos mais complexos.
Durante a Segunda G u e r r a M u n d i a l
(1939-1945) s a l v o u m u i t o s j u d e u s .
Como embaixador d o Vaticano concedeu
permissão de trânsito para que pudessem
viajar e saírem d o s países o n d e e r a m
perseguidos.
.hnnclono
Meu Pai,
Eu me abandono a ti,
Faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim,
Eu te agradeço.
Estou pronto para tudo, aceito tudo.
Desde que a tua vontade se faça em mim
Eem tudo o que tu criaste,
Nada mais quero, meu Deus.
Nas tuas mãos entrego a minha vida.
Eu te a dou, meu Deus,
Com todo o amor do meu coração, 15. Comenta a
Porque te amo afirmação de Charles
Eé para mim uma necessidade de amor dar-me, de Foucauld: «Logo
Entregar-me nas tuas mãos sem medida que descobri que
Com uma confiança infinita existe Deus, entendi
Porque tu és... que não podia fazer
Meu Pai! outra coisa a não ser
Charles de Foucauld viver por ele.»
Iras oe Misericó L L
7 espirituais: 7 corporais:
- Ensinar os simples - Remir os cativos e visitar os presos
- Dar bom conselho - Curar e assistir os doentes
- Corrigir com caridade os que erram - Vestir os nus
- Consolar os que sofrem - Dar de comer a quem tem fome
- Perdoar os que nos ofendem - Dar de beber a quem tem sede
- Sofrer as injúrias com paciência - Dar pousada aos peregrinos
- Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos - Sepultar os mortos.
http://www.ecciesia.pt/catolicopedia/
Saber
Fundada em 1498, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, primeira ONG d o
mundo, procura a realização da melhoria do bem estar da pessoa no seu todo,
prioritariamente dos mais desprotegidos. É conhecida pela sua ação social
desenvolvendo também um importante trabalho nas áreas da saúde, educação e
ensino, cultura e promoção da qualidade de vida.
Rainha Dona Leonor,
José Malhoa (1855-1933)
As misericórdias, espalhadas por todo o país, reúnem milhares de pessoas
que, em irmandade, aliviam o sofrimento de muitos e manifestam o amor
misericordioso de Deus.
O Ninho é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, que tem por
le "O Ni!
Que a prostituição é uma violação dos Direitos Humanos, uma exploração que decorre
das injustiças e desigualdades sociais.
Que não se combate a prostituição com medidas coercivas, mas por uma política
social global, uma transformação das estruturas e uma mudança de mentalidades.
Que a prostituição é uma empresa comercial gigantesca que despreza a dignidade
humana em nome da rentabilidade financeira.
Que se reprima realmente o proxenetismo organizado.
Que legalizar a prostituição é legalizar máfias e organizações criminosas que traficam
crianças, mulheres e 'jovens tornando-os escravos dos tempos modernos, apoiando
a violência institucionalizada pelo Estado, tornando-o proxeneta pactuando com
criminosos.
http://www.oninho.pt/content/oninho/principios.htm
16. Faz uma pesquisa O Ninho foi fundado em Portugal no ano de 1967, seguindo o modelo do Ninho
sobre instituições francês instituído pelo padre André Marie Talvas, em 1936. Nasceu a partir das
de origem religiosa necessidades sentidas pelas mulheres prostituídas. Estrutura uma metodologia de
empenhadas no intervenção que se vai adequando às realidades. Conhecer o meio da prostituição
bem comum e anota e os seus agentes foi o início de uma intervenção inovadora que, na década de
o contributo de sessenta, poucas pessoas compreendiam.
cada uma delas na Em 2003 a Assembleia da República Portuguesa atribuiu o prémio direitos humanos
transformação da
ao Ninho.
sociedade.
,;•,•
-
—
_ —
ço,. d r \ - w i T o
hos-1L\anos \lko c L 5)(ovo_.\/\\i\o_no_ ire.ç,e. -V'e((cp„ nurock.ode:\ck_
okr\concL.V\v\cL,e,,co\)0,e,zo.,e.)(-V(,e,,(ocL.\W ° h o s - \-oondox-
vol-a.roo,.-V0-Ço.-rçorde_ó,.('O\vbek_•-oxn'\\\o,_.
d )'(o \-\orok•ro out d\ss,e,oge,roe,kro,z:\a•volo_ ffl vels '(:\coc\cL5)(oveL,onde,
sk q 'no_vo_,(ou.\d\nVw:\(o.
hr(o\-\o,_•--o,x-o'\\o,.d\ss,e,o, \‘((\ - 'Se,se
' ,box-o'y01'0_e
' \CL,€
' ,boro vorcLo_--o,,n*o:.
E(o,_urocL-ç-ox-rock_de•o k i -\\V‘o 'no ,co 'e_s-)d• ( . . ) 'r-ci,_),cock_--o(roo.de,
nõn-yossor-Vonkek---13(-(\k-,
(..) u°\ \wsko_ rocL c cL coro ovV( Lyos:\cps. Todosnós ,t(ofoos x-%)M
_• : , n o \ I o s . Ç..)O vr\nik(o c\\'e_n VkbeL, venso,L\Oonos. (... 0‘0.\(0—•\'"(1--CLde-sg.
k'ez.-Ndo, roos k\ido o o,Qe, Os de_,(O\ , CV\o(,e\,càr\-Vel\,\rov\o('elk.‘\loideL. ee_
kd \nd\kk(,e,n Ind\--W-en-k'e n So((\cL ,e,os °hos \o(\\ \to_ro. (o,,.no \i\d(o
vossor- --o\/\',(-ekodo„
\--0,de , onde_
o, o - W o V\o r o \-4 de,ksk\idor.
5) n ? sso
£,,,k•r-‘1Ds Fre-KL Esfi- Ora— NOD1\posso
Yk-k-V•1 1\1\N\Nvo!-I-
•o•O\-0\ov--
,
, . , - - . , • —•- - , - , Z , 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1
-
-'•-,.
?:-.';.ir,a,:z-k::,•.:-,,•.... ••,_.
• • .:•.'f, - .k..., _ ••,,
,''.4•7:;•,,--=•'..4-•,_,«_..- ••,.,....,,,' ' ' ''' • ' - ' ' ' ' '
--'''' • ' ~ ? . - T . , ....,
.•••,•••,...-•.., . . . , , , , . . :
Concede-nos que nos lembremos sempre que tu também falas quando te calas.
Enquanto esperamos a tua vinda, dá-nos também esta confiança: Tu calas-te por
amor e também falas por amor. Assim, quer te cales, quer fales, és sempre o mesmo
Pai, o mesmo coração paternal, quer nos guies com a tua voz, quer nos eduques
com o teu silêncio.
Kierkegaard (filósofo e teólogo dinamarquês do séc. XIX)
BAROI apepun
OÊ Sou Mario, a Mole de Jesus. Ser m e foi a grande
opç6o do meu Pg0TETO DE VIDA-.
Wisci em iazaré da Galikia. De acordo com o costvme
judaico de 'ellf-60, aos três anos os meus pois - Toaquirn
e Ana - levaram-me ao templo de Jerusalém para
me consagrarem a Deus, Depois ensinaram-me a
confiar nele
Opovo judeu ansiava pelo Messias, o Salvador E Deus
escoheu-me para ser a m e do Messias esperado.
Eu era ainda muito jovem quando Deus, através do anjo
Gabriel, me convidou a aceitar este projeto. A-brindo o
coraçasi 01) seu convite, dei-lhe o meu "sim" incondicional.
Foi entg que começou -a. minha aventura no mis-herío da
vontade-de-Deus. - -
l\l'aa penses que foi fácil! Eu n'õb tinha absoluta
11;-"Al' certeza do que me estava a acontecer Foram rnomen-hbs
par-Ficularmente difíceis de dovido, e perplexidade. Mas
1_ Indica os nomes
que conheces e
a graça de Deusse.5-1-CLVO.'ern mim f. com a sua força
pelos quais Maria é decidi orientar -toda a minha liberdade para a realizaçb do
evocada e venerada projefo benevolente de Deus. Fui descobrindo o meu futuro através de um processo
em Portugal. Ex.:
interior Fe, disponibilidade, humildade, pron-hdb, org'is'w e doaçab foram as atitudes
Nossa Senhora de
Fátima. que marcaram -todo'esSl€percurso.
Foi assim que me +ornei parte integrante da his-h3ria da relaçaio de Deus com a
humanidade: acolhi o Filho de Deus e entreguei-o GB mundo.
\l,esta unidade le-liva em que vais reflei-ir sobre o teu projefo de vida, procura
estar (1+'el-F-0 aos sinais da vida e à voz da tua consctência. Nta'o tenhas medo e ousa
dar sentido à tva. própria 'eXiSfênCia, Coragem!
141:>_41t,ei Wriçu'itor?!
- 1 1 y•,
Cozinheiro?!-I
PROJETO
Pescador!Futebolista
Pãdren ;;••
Uma das metáforas mais utilizadas para falar da vida é a de um projeto que
nasce com cada pessoa e que se concretiza nas diferentes fases de crescimento,
cujo objetivo é a experiência da felicidade. Associada à imagem de projeto está
também a de caminho. O projeto pessoal de vida é um apelo constante a caminhar,
a libertar-se da inércia e do comodismo que a nada conduzem, para percorrer
itinerários com objetivos traçados, sendo o mais importante a realização pessoal.
95
A palavra i m a j i1(!) deriva do latim e significa «lançar para a frente», sugerindo
2. Que outras movimento, ação, uma trajetória que se visualiza no tempo e no espaço, com
palavras associas a um ponto de partida e outro de chegada. Envolve também a construção de algo
"projeto"? Regista-as novo e a transformação da realidade presente, sugerindo a ideia de futuro.
e partilha-as com os
colegas, os quais A definição d e projeto mistura u m conjunto de verbos e substantivos dela
farão o mesmo. decorrentes e com ela relacionados:
Desta partilha, quais
AVA L I A
as palavras que mais
7,1TVOS
vezes se repetem?
A'J'ÉGIA 'ALIVÇ,ÃO
Por outro lado, é u m termo utilizado e m diferentes áreas da atividade
humana. Uma obra de engenharia, por exemplo, nasce sempre de um projeto,
que mais não é do que a concretização de ideias e intenções organizadas para
servirem determinados fins.
Há projetos pessoais e h á projetos colefivos. Pessoais:
passar de ano, tirar um curso superior, exercer determinada
Umprojeto consiste na profissão, casar, ser missionário; coietivos: projeto educativo
deflnlção de orn conjunto de de um agrupamento de escolas, clube de futebol, associação
obje-hvos a atingir, bem corno de estudantes, etc..
na planificação de estrateglas
A n í v e l pessoal p o d e m o s interrogar-nos: p r o j e t o o u
atividacks que visem ahngir os
projetos? A minha vida envolve e é envolvida por um projeto ou
olif-hvos propostos.
é a experiência progressiva de diferentes projetos consoante o
crescimento e a maturidade pessoais?
zei
UMFgOTETO
•É urn processo que nos •Permite que as pessoas
permite aplicar ideias na aprendam 'e cresçam
-ftansforrnação da realidade, "experimentando;
atraves de estraiegias •gesulta de uma atividade pessoal
açã-esconcretas; oucoletivo, que obedece a um
•Tem corno obje-hvo alterar a plano previamente 'estabelecido;
realidad-epessoal ou social; •Inclui um processo avaliativo,
•Concretiza-se num centrado na relação 'entre os
determinado C011-HeX-h3 ideias,as gbes
'espacial e temporal; oproduto final.
O projeto de vida de cada pessoa ganha um significado especial porque se
relaciona com o dom da vida e o valor e dignidade de cada ser humano. Pensar
o projeto de vida pessoal não pode ser equiparado aos demais projetos da
atividade humana. Tal como cada pessoa é original, única e irrepetível, também
o seu projeto de vida assumirá esta grandeza e importância.
A vida pessoal não se limita a um somatório de vivências sem relação entre
si. E muito menos é o resultado de um conjunto de ações com vista à simples
sobrevivência. Não chega repetir diariamente os mesmos atos e comportamentos:
comer, estudar, praticar desporto, descansar, estar com amigos, ir a concertos,
"estar ligado" às redes sociais... É necessário definir um projeto de vida que
ultrapasse o âmbito restrito da mera sobrevivência. Neste contexto todos temos
a capacidade humana de, no exercício da liberdade, tomar decisões e percorrer
caminhos que dão um sentido à vida.
Neste caminho pessoal, incluem-se a alegria da relação, o risco da aventura,
enveredando por caminhos ainda não percorridos, e, muitas vezes, o sofrimento
provocado pelos fracassos. Os objetivos que cada pessoa traça, no seu projeto de
vida passam pela consciência de que ninguém pode caminhar isolado quando a
finalidade última é a procura e vivência da felicidade. Tal finalidade só se alcança
de mãos dadas com os outros, nossos irmãos na grande aventura da vida.
Oquf me faz s'enfir
•T J â . 7 f 4 „
Será.qu-esesi-ouscchs-K1-1-0••:;!'
como,.rn.inho,_ vida?
, •4).
;-$
Quais as
minhas qualidades
e aptidôles?
Tulgo que n o estarei 'em Portugal. Talvez viva nos Estados Unidos da América numa
cidade ou enfao numa povoaçao mais calma
Aminha família deverá 'estar +oda perto de mim. O meu pai 'e a minha mae
estarao a gozar a vida, a viajar pelo mundo 'e a cuidar dos netnhos. O meu
irmo será um artista de renome 'e respeitada 'estará talvez casado e com
filhos. A minha irrna a acabar o curso ou, entao, já 'estará a trabalhar t\leste
momento ainda n o sei ao certo o que 'ela quererá seguir, mas decerto há de
querer 'enveredar por algo que tenha a ver com filmes. Seremos uma fornia
grande 'e feliz. Aos domingos encontrar-noyernos para o almoço de família O
l\latal será sempre muito festivo e harmonioso. As crianças adorara° abrir os
presentes 'e o meu pai será o Pai klatal.
Hei de ter muitos conhecidos e amigos, mas terei um grupo restrito de amigos
ínfimos. Dar-nos-emos t o bem que talvez saibamos tudo sobre os outros.
Conhecer-nos-emos melhor do que ninguém, saberemos quando algum de nós
está bem ou mal quando alguém precisa de ajuda O meu marido estola
incluído neste grupo, n o fosse ele o meu melhor amigo.
O termo vocação provém do verbo latino vocare («chamar»), remetendo para a ideia
de chamamento divino dirigido a cada ser humano, o qual inicia com a própria vida:
Deus chama-nos a existir. A vocação passa pelos valores e opções que assumimos,
pelo estado de vida que abraçamos (ser casado, ser celibatário entregando-se a
uma causa) e, naturalmente, também pela escolha de uma profissão.
Irr9111111111E
:-E4éLsetylpYe vof
ii
Lá4 á - a roW a.
, s - - Y - -
ik
_,.••••, •••••••••••••••••••
L E E la 1 1 4
Vocação...
( õ 9ue perhsas tu?)
lékicia_clextue-Deus_
da_pezioa_
' gg,
"--4rer-19r cr-- ~
• ^ . « . %
103
A felicidade é a vocação fundamental do
ser humano, a sua primeira inclinação e
objetivo último da sua existência, para a
qual apontam todos os seus esforços.
A nossa vida está repleta de decisões
importantes, u m a s fundamentais,
outras nem tanto; umas conscientes,
outras inconscientes. Mas e m cada
uma delas jogamos a nossa felicidade.
Aquilo que somos e seremos no futuro
depende das vicissitudes da vida, mas
em maior grau das nossas escolhas,
do que tivermos decidido ser e fazer.
Todos imaginamos como gostaríamos
de ser e o que fazer da vida, ou seja,
que projeto de vida queremos para nós.
Ser feliz é o maior projeto de cada
pessoa. Mas quantas vezes as nossas
opções concretas contradizem e s t e
grande projeto!
Cada um de nós é um projeto:
projeto d e alegria, d e beleza, d e
felicidade. Somos nós os verdadeiros
artistas (escultores) da nossa própria
vida e d a nossa felicidade. E não
podemos delegar nos outros esta
‘1,44eg/e #
missão, permitindo que nos moldem a
seu bel-prazer! Somos chamados a dar
forma à nossa própria vida, fazendo as
escolhas que nos tornarão livres e felizes.
Nas pedreiras de Carrara (Itália), encontraram um bloco de mármore de
extraordinárias dimensões. A pedra era tão perfeita que não quiseram quebrá-
-Ia. Conservaram-na inteira, pensando que alguém pudesse extrair dela algo
excecional.
Chamaram os melhores escultores, mas nenhum quis encarregar-se do
projeto. Algum tempo depois, Miguel Ângelo deparou-se com este enorme
pedaço de mármore. Observou a pedra e imediatamente viu que o rei David
morava no seu interior. Decidiu então trabalhar neste novo projeto. Utilizando
os instrumentos necessários, começou a extrair todos os pedaços de mármore
que encerravam a escultura. Pouco a pouco, o seu David foi tomando forma.
Toda a sua beleza, que só Miguel Angelo conhecia enquanto esteve oculta no
enorme pedaço de mármore, apareceu, imponente, aos olhos de todos.
c,
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço
que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à
falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e tornar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz
de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus em cada
manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter
coragem para ouvir um «não». É ter segurança para receber uma crítica, mesmo
ANIOSSA
que injusta.
FELICIDADE
Augusto Cury (médico e escritor contemporâneo), Dez leis para ser feliz
DEPENDE MAIS DO
QUETEMOSt\1AS
WSSASCABEÇAS,
DOQUE \10S
NOSSOSBOLSOS.
Artur Schwenhauer
(1788-/M)
5. Em grupo,
comenta a afirmação
de Schopenhauer.
106
Ao olharmos o mundo que nos rodeia, notamos que as pessoas se
comportam de maneiras muito diferentes. Aquilo que para algumas é mal,
outras consideram-no bom! Cada pessoa observa e julga segundo o universo de
valores que assumiu no seu projeto de vida.
Chamamos valor a tudo o que tem importância real na existência humana.
Se as pessoas não têm todas o mesmo conjunto de valores, a diferença ainda se
acentua mais na forma como os hierarquizam. De facto, cada pessoa estabelece
uma hierarquia de valores — desde o que assume maior relevância até ao
que se revela menos importante — conforme a educação que teve, a época e
o ambiente em que vive. Os valores adotados e a escala de valores respetiva
constituem uma opção fundamental. Essa opção condiciona todas as escolhas,
decisões e comportamentos, uma vez que define os princípios pelos quais cada
pessoa se deixa orientar e o ideal de realização pessoal a que aspira.
VERDADE
MUITO 'DINHEIRO
ALTRUISMO
5 TELEMÓVEIS
USTIA
1 COMPUTADOR
AMIGOS
1 TABLET
SOLIDARICDADE
AMIGOS
ESFORÇO
ROUPA COOL 6. comenta as
PERSISTÊNCIA
CONSUMOS duas "operações
HUMILDADE
FESTAS
matemáticas".
FELICIDADE?
Anossa personalidade vai-se estruturando e definindo por meio das escolhas que
fazemos na vida. A vida humana não está pré-determinada — não existe um destino
escrito nos astros que nos seja imposto —, somos nós próprios que a construímos,
em liberdade, através das opções que tomamos dentro das circunstâncias em que
vivemos. Sendo livres, somos plenamente responsáveis pela vida que escolhemos
viver. E ser responsável implica assumir as consequências das opções tomadas (sejam
boas ou más) e saber responder por elas perante nós mesmos e perante os outros.
R( y bille s o b m La4„
Criado por Deus para a felicidade, o ser humano encontra na sua dedicação ao bem
da comunidade em que se insere os meios para realizar essa felicidade pessoal e
social. Ninguém pode ficar excluído dessa tarefa permanente.
A crise que atinge o nosso mundo e, em particular, o nosso país e o espaço europeu
em que se situa, não é apenas uma crise económica mas também, e sobretudo,
uma crise espiritual e moral. Entre outros aspetos, ela traduz-se na relativização
de valores e princípios, na perda de confiança num futuro melhor, na demissão
em lutar por uma sociedade mais justa e pacífica, no refugiar-se em seguranças
meramente individuais e privadas.
O ser humano, entendido como pessoa em comunidade, e os critérios evangélicos
da construção da comunidade, fundada no amor, implicam a urgência em despertar
os dinamismos inerentes à pessoa, tais como a confiança e a esperança num futuro
com sentido de vida, a participação solidária e o empenhamento responsável pelo
bem comum.
7. Identifica alguns Portugal pode ser diferente, com o contributo positivo de todos. Os cidadãos
dos "pecados sociais" devem ter consciência da sua responsabilidade no crescimento da sociedade como
que dificultam a
comunidade. Ao olharmos o nosso país, com os problemas que o atravessam, na
construção de uma
perspetiva da edificação de uma sociedade solidária, identificamos algumas atitudes
sociedade mais
solidária, justa e
e linhas de comportamento, a que podemos chamar «pecados sociais» e que exigem
fraterna. Propõe uma conversão à solidariedade responsável na construção do bem comum.
soluções. , Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, 2003
PR R E A
EL n t - - - ' Como seres que se realizam apenas na relação
com os outros, não convivemos bem com uma
sociedade desonesta e imoral, o n d e a opção
fundamental consiste, essencialmente, em obter
prazer para si mesmo. Através das nossas ações
construímos o u impedimos a felicidade das
pessoas com quem lidamos, da mesma forma
que elas o fazem em relação a nós, através do
modo como se relacionam connosco. Temos nas
nossas mãos, em cada dia, a responsabilidade de
tornar a vida de alguém mais feliz.
4ik
Uma má escolha é uma porta aberta para a infelicidade. Por vezes até
sabemos o que queremos ser ou vir a fazer, só que, dominados pela preguiça,
não nos esforçamos o suficiente por alcançar essa meta. E sem esforço nada de
verdadeiramente duradouro se pode alcançar. Acabamos por ficar pelo caminho.
Ecom tal comportamento "condenamos" o nosso futuro. É verdade que nem
tudo poderá estar perdido. É sempre possível procurar, mais tarde, alterar o
nosso itinerário. Mas se tudo for feito no momento certo, será certamente mais
fácil e gratificante.
P a r i p a r na construção da sociedade
A participação na vida pública (na escola, na turma, no bairro) é um direito SA-13Eg
de todos os cidadãos e, simultaneamente, um dever moral. Pertencendo a uma Er\IC01\11-gAgA-
comunidade, não devemos deixar, por mãos alheias, a definição dos destinos da ALEGgIADOS
vida pública. Somos chamados a intervir ativamente na sua definição. OUTgOS, É O
Há muitas formas de intervenção: SEGgEDODA-
Em campanhas de solidariedade; nas eleições e nas consultas, na escola, FELICIDADE
em cargos para que fomos escolhidos; em associações com vista a tornar a G'corg-esEyernanos
(1888-191-18)
sociedade mais justa e humana. Quando adulto, posso e devo participar na
atividade política e em organizações que procurem transformar a sociedade e
promover o bem comum.
SEUM HOMEM A solução para os problemas que vão surgindo
kik DESCOBgIU não está, decididamente, em «cruzar os braços»,
f\IADAPELO QUAL adotando uma atitude passiva e permitindo que
MOggEgIA o mundo aconteça, à nossa volta, sem o nosso
ESTÁPg0l\ITO PARA contributo. E m p e n h o n a educação escolar,
VIVEg. informar-se, formar-se e intervir, usando todas
ti Lufher King as possibilidades legítimas ao alcance, contribui
(1929-1%8) para a realização pessoal e o desenvolvimento
da democracia, a valorização do debate de ideias
e a promoção de novos modos de vida.
APESSOA
QUEr\ILNICA O trabalho é uma vocação inerente ao ser humano, é participação na obra criadora
de Deus, é realização da pessoa humana na sua dignidade em solidariedade
EggOU FOI
efetiva com os outros seres humanos. O trabalho é uma dimensão fundamental da
AQUELAQUE existência humana sobre a terra.
klUNICAFEZ Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, 2003
COISAALGUMA
fichei Quois-1-
(/92/-1997)
8. identifica os
aspetos da vida
em sociedade que,
no teu entender,
merecem mais
atenção e cuidado.
Que contributo
poderás dar?
O projet•,„Jr l e Ahraão
Abraão viveu n o século XIX a.C. n o Próximo Oriente Antigo. Nesse
contexto histórico e geográfico eram comuns as migrações de povos em
busca de melhores condições de sobrevivência. A vida destes povos, que
dependia da sua harmonia com a natureza, era constantemente ameaçada
por forças imprevisíveis. Incapazes de exercer qualquer influência sobre
essas forças, o s povos prestavam-lhes culto, procurando aplacar o s
fenómenos naturais divinizando-os (politeísmo). Cada grupo tribal adorava
os seus deuses exprimindo, na devoção que lhes prestava, o seu medo e as
suas aspirações de vida. Abraão era um homem perfeitamente integrado
neste ambiente: prestava culto aos deuses que herdara do seu pai, Taré.
Abraão confiou nesta "voz misteriosa" que lhe preencheu o coração e abriu
possibilidades imprevisíveis. Outrora vivia sob o medo da ação de forças estranhas,
às quais prestava culto para estabelecer uma relativa harmonia com a natureza e
preservar a sua família de todos os seus malefícios. Agora tornara-se o confidente
de Deus, sinal de bênção para todos os povos e pai de um novo povo de crentes.
EDeus cumpriu efetivamente a sua promessa. Contra toda a expetativa, por
causa da idade avançada, Abraão e Sara tiveram um filho a quem deram o nome
de Isaac, o qual haveria de ser o pai de Jacob, que, por sua vez, seria o pai dos
"fundadores" das doze tribos de Israel.
11
ii
lescendê
de AL•ra • Isaac
Tacob
L1
5,•Jà
r-4 • c§"
, P, • • • • • • • •
Abraão é apresentado como o crente ideal: sabe escutar Deus e acolher os seus
projetos com obediência incondicional e confiança total. Mesmo que as propostas
de Deus pareçam incompreensíveis ou que os seus desafios interfiram com os
projetos humanos, o crente acolhe os planos de Deus e realiza-os com fidelidade.
Itinerário de Abraão
Pauir-
Paulo, originariamente Saulo, nasceu por volta do ano 8 da era
cristã, em Tarso, na Ásia Menor (atual Turquia), de uma família
judaica da diáspora, que observava rigorosamente a religião dos
seus pais. Simultaneamente, contactou com a vida e a cultura do
império romano. Recebeu a sua primeira educação religiosa em
Tarso tendo por base a lei de Moisés e depois foi para Jerusalém
aprofundar os seus conhecimentos religiosos. Estudou aramaico,
hebraico, grego e latim. Aprendeu ainda uma profissão manual,
o fabrico de tendas, que lhe permitiu sustentar-se sem depender
de ninguém.
SÍRIA s - s .
DarOz.L;co
A
N Escala: 1:30.000.000
A-rnie-K apenas aguarda a chegada.0 percurso 'é• urn desafio cons-Fan-f-e a n.o
parar 'e, quando s'e cat néc'essário r'ecomeçar.
-•
a E 1111 O ! 1111 IE Cl 11111
- p i c a r indiferente?--
Ove deas
teus takn+os?
- ,
Ell-F'erTa-bS com medo de
--1,e•conheclos
-s,eres obs,ervadovalorizá-los
e cosfigado"?
parfihae s,ervço--OD
—
,•••
A experiência d e f é d o s
crentes das diferentes tradições
religiosas não fecha, nem pode
fechar, o s e r humano e m s i
mesmo. Abre-o a o m u n d o e
aos o u t r o s n u m a constante
vontade d e rentabilizar o s
seus talentos, n a construção
de uma sociedade mais justa
e humana, onde todos tenham
direito a u m l u g a r e vejam
reconhecida a sua dignidade.
Ter fé é abraçar o amor que
Deus é e transformá-lo em
doação constante aos outros
que c o n n o s c o p a r t i l h a m a
vida. Neste sentido, os crentes
encontram na fé a fonte de
felicidade.
Jicidade humana nasce:
o
E
ro
3
••••••5
pít, d UdjULÇd,
Verdele e das boas obras
O crente encontra a sua felicidade na submissão à vontade de Alá e na prática
dos cinco princípios fundamentais: a profissão de fé, a oração cinco vezes ao dia,
a esmola, o jejum e a peregrinação.
da realização do dharma
Dharma é a consciência d e pertencer a u m universo organizado e ,
consequentemente, a obrigação de aceitar o seu lugar na vida pelo cumprimento
dos deveres religiosos, morais e sociais. Para os hindus, uma correta prática do
dharma tem um efeito favorável sobre o karma, o que permite a cada indivíduo
renascer numa casta e num plano de existência mais elevado, aproximando-se,
deste modo, do objetivo final, o nirvana.
;o•
Oamorfaz o bem
'Que o vosso amor seja sincero. Detestai o mal e apegai-vos ao bem. '°Sede
afetuosos uns para com o s outros n o amor fraterno; adiantai-vos uns aos
outros na estima mútua. "Não sejais preguiçosos na vossa dedicação; deixai-
-vos inflamar pelo Espírito; entregai-vos ao serviço do Senhor. 'Sede alegres
na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração. "Partilhai com
os santos que passam necessidade; aproveitai todas as ocasiões para serdes
hospitaleiros. "Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis.
"Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. "Preocupai-vos
em andar de acordo uns com os outros;, não vos preocupeis com as grandezas,
mas entregai-vos ao que é humilde; não vos julgueis sábios por vós próprios.
"Não pagueis a ninguém o mal com o mal; interessai-vos pelo que é bom diante
de todos os homens. "Tanto quanto for possível e de vós dependa, vivei em paz
com todos os homens
Rm 12,9-18
r C OC C , - C C " " P C I P, I N e r
TF
A
N"
.
I
J
-
IALE
F M
I P
ERA
T
VI
O DE
R
\ DA DE3AF-10 PE330AL
- j a sir)ce1ro o v o 3 3 o ar-noir
De1.e3l-ai o oial
A p e 3 a i - Vo s a o h e n i
<,7
F•---------. -
?fr.°41'."'«- -
---....x.,'
• •
, -,4»301.„k4
'
N,'?••
-
S
d
eo
ia
d
rlade
P
R
OD
E
JT
V
O
A
IE
Fecun
dad
ie
1 Esperança
Risco
Vocação
1 Responsabilidade
Respeito
o
leLob
to