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LCR?

O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um fluido que


fica circulando no espaço intracraniano e tem uma
aparência aquosa (COMMAR, et al. 2009), também
é conhecido como liquor ou fluído cérebro
espinhal, é caracterizado por ser uma solução
salina pura, com baixo teor de proteínas e células,
atuando como um amortecedor para
O líquido cefalorraquidiano
(LCR)
O líquido cefalorraquidiano (LCR), também
conhecido como líquor ou fluído cérebro espinhal,
é definido como um fluído corporal estéril, incolor,
encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e
medula espinhal (entre as meninges aracnóide e
pia-máter).

Caracteriza-se por ser uma solução salina pura,


com baixo teor de proteínas e células, atuando
como um amortecedor para o córtex cerebral e a
medula espinhal.
Outra função deste líquido é fornecer nutrientes
para o tecido nervoso e remover resíduos
metabólicos do mesmo.

É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio


ventricular e espaço subaracnóide em uma taxa de
aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-
nascidos, este líquido é encontrado em um volume
que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no
adulto fica entre 100 a 150 mL.
O LCR
O LCR flui dos ventrículos através dos forames laterais e mediais,
adentrando no espaço sub aracnóide, recobrindo tanto o córtex quanto a
medula espinhal.

A reabsorção deste líquido ocorre nos vilos aracnoides, encontrando-se


em maior número no seio sagital superior.
Este líquido não se resume a um ultrafiltrado do soro: ele é gerado por
filtrações através dos capilares coróides e posterior secreção e transporte
ativo bidirecional de substâncias pelas células epiteliais coróides.

A barreira hemato-encefálica é uma barreira virtual que realiza trocas em


ambas as direções entre o sangue, o LCR e o SNC. Esta barreira, que é
totalmente desenvolvida nos adultos, impede a penetração de algumas
substâncias que podem ser tóxicas para o SNC.
LCR
Para que seja feita uma análise detalhada do conteúdo do LCR, deve-se
realizar uma punção suboccipital (logo abaixo do crânio) ou lombar (entre
a terceira, a quarta e a quinta vértebras lombares).

Este procedimento deve ser realizado sob condições totalmente estéreis


e deve ser executada por um médico experiente. Subsequentemente ao
procedimento, o paciente deve ficar sob repouso por um determinado
período e hidratação forçada.

Habitualmente a coleta é feita por gotejamento em três tubos estéreis,


sendo que um é destinado às análises bioquímicas e sorológicas, outro é
destinado à microbiologia e o terceiro, à citologia.
O LCR
A análise clínica do Líquido Cefalorraquidiano inicia-se durante a coleta, na
qual o profissional deve verificar a coloração deste líquido, sendo que este
deve ser incolor, bem como o fluxo (se corre sob pressão ou somente em
gotejamento lento, sendo este último o normal).
A aparência anormal do LCR pode ser descrito como: cristalino ou turvo,
leitoso, xantocrômico ou sanguinolento (ou hemorrágico). Este último
deve ser diferenciado do acidente ocorrido durante a punção da
hemorragia intracraniana.
A xantocromia, uma coloração rosada, laranja ou amarela tem etiologia na
degradação dos eritrócitos, presença de bilirrubina, caroteno, grande
quantidade de proteínas ou pigmento de melanoma.
EXAME
A realização deste exame como qualquer outro
exame laboratorial é composto pelas três etapas, a
pré analítica, analítica e pós analítica, a primeira
consiste em todos os processos que vão anteceder
a coleta da amostra como a coleta e o transporte, a
parte metodológica é a analítica, e a pós analítica é
a análise dos resultados e a emissão dos laudos
(DILMAS,

SOHLER. 2008).
EXAME
Este tipo de exame é indicado quando ocorrem processos
infecciosos do sistema nervoso e seus envoltórios, processos
granulomatosos com imagem inespecífica, processos
desmielinizastes, leucemias e linfomas, imunodeficiências,
processos infecciosos com foco não identificado e hemorragia
subaracnóidea.

O procedimento de coleta deste tipo de exame laboratorial é


de extrema importância, e realizado da seguinte forma, é
realizada a punção lombar entre a 3ª e a 4ª ou entre a 4ª e a
5ª vértebra lombar, e são retirado três frascos estéreis sem
anticoagulante.
EXAME
O material coletado deverá ser enviado para o
laboratório de preferência em até 30 minutos após a
coleta, já que mudanças importantes tais como
desintegração ou alterações morfológicas das hemácias,
leucócitos e outros tipos celulares, diminuição da
glicose, e pode ocorrer aumento de bactérias e
proteínas após duas horas da coleta.
Caso não seja possível inicia a análise do LCR no período
recomendado a amostra deve ser refrigerada
(DE MELO, et al. 2003).
Como é realizada a coleta do
liquor?
• A forma mais usada é através da punção da coluna lombar por uma agulha.

• É fundamental que este procedimento seja realizado por médicos qualificados e em centros
especializados.

• Apesar de parecer muito incômodo, o esperado é que este procedimento seja tenha uma dor
parecida à dor de uma coleta de sangue.

• A sedação pode ser usada em caso de pacientes mais agitados, mas em geral é necessário
apenas anestésico local.

• A pessoa será posicionada de forma confortável para se realizar o procedimento.


• Pode ser feito deitado de lado em posição fetal ou sentado, abraçando as pernas com a cabeça
entre os joelhos.
• O médico irá limpar bem a região para impedir que bactérias presentes na pele penetrem
dentro do organismo e protegerá a região.
• O médico deverá trocar de luvas após a limpeza e proteção da área.
• Agulhas e seringas são todas descartáveis.
• A primeira injeção é para colocação do anestésico.
• Depois é a agulha para a coleta da amostra.
• A amostra é colocada em tubos próprios e enviado imediatamente para análise.
• O paciente precisa permanecer em repouso após o procedimento, antes de sair do local do
exame.
A coleta do liquor é um procedimento
médico e deve ser realizada por um
especialista capacitado.
Atividade de fixação
1.Como é feito o exame de LCR?
2.Onde é produzido o liquido cefalorraquidiano?
3. Onde se encontra o liquor?
4. Qual a composição do liquor?
5. Para que serve o exame de liquor da coluna?
6.Pesquisa: o diagnóstico diferencial do liquor nas meningites.

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