Você está na página 1de 50

Drenagem

Linfática

Um dos grandes segredos para um pós


procedimento seguro e tranquilo.
Índice
2

• Intro.............................................................................................3
• Vascularização Linfática..............................................................9
• História.......................................................................................12
• Sistema Linfático........................................................................15
• Terço inferior da face e pescoço.................................................18
• Edema.........................................................................................25
• Técnicas......................................................................................26
• Efeitos da drenagem Linfática.....................................................27
• Como manipular o sistema linfático.............................................28
• Drenagem manual.......................................................................29
• Drenagem vibratória....................................................................35
• Drenagem com laser.................................................................. 36
• Drenagem fotónica..................................................................... 38
• Drenagem por acupunctura........................................................ 39
• Drenagem por Magnetoterapia.................................................. 40
• Drenagem por Ventosaterapia................................................... 41
• Drenagem por Kinesiotaping...................................................... 42
• Drenagem por RPG, alongamento............................................. 43
• Contra-indicações........................................................................47
• Referências bibliográficas............................................................49
3

Drenagem Linfática

O Sistema Linfático, assim como a pele, têm total


conexão com o Sistema Nervoso Autônomo (SNA), relação
muito estudada e tratada com a Terapia Neural. Sendo assim,
questões de estresse emocional e adrenal modificam
significativamente o metabolismo deste Sistema de drenagem
linfática, assim como seu potencial imunológico.
Considerando que a fluidez e o mecanismo de drenagem
linfática são cruciais para a boa recuperação do paciente,
incluímos desde cedo, em nossos cursos protocolos
simplificados na orientação dos profissionais para esta prática
de suma importância.
4

Drenagem Linfática

A Drenagem linfática é uma


técnica extremamente importante,
que deve ser feita antes dos
procedimentos de Harmonização
e outros, para liberar o sistema e
acelerar o fluxo de linfa,
reduzindo edemas.

Além de poder ser realizada profissionalmente, por você ou


alguém de sua equipe (a partir de diversas técnicas e não
somente a manual) ela precisa ser ensinada ao paciente para
dividir a responsabilidade do pós-procedimento com o
profissional.
5

Drenagem Linfática

Uma vez que o Terreno biológico (o corpo e seu


organismo) é uma responsabilidade do seu próprio paciente,
ele tem a responsabilidade de seguir exatamente tudo o que
for orientado, e estas orientações devem ser entregues por
escrito.
Neste material quero te orientar em relação ao sistema
linfático e seu fluxo, assim como as possíveis técnicas que
você, Esteticista poderá lançar para estimular esse sistema
de forma preventiva; como acompanhamento da evolução do
tratamento; e/ou como condução de intercorrências.
6

Drenagem Linfática
7

Drenagem Linfática

Uma vez que o Terreno biológico (o corpo e seu


organismo) é uma responsabilidade do seu próprio paciente,
ele tem a responsabilidade de seguir exatamente tudo o que
for orientado, e estas orientações devem ser entregues por
escrito.
Neste material quero te orientar em relação ao sistema
linfático e seu fluxo, assim como as possíveis técnicas que
você, Esteticista poderá lançar para estimular esse sistema
de forma preventiva; como acompanhamento da evolução do
tratamento; e/ou como condução de intercorrências.
8

Drenagem Linfática
A 1ª etapa, mais importante é dominar a anatomia da
vascularização linfática. Lembrando que ela não é visível, de
fato, nem em cadáveres frescos, seu mapeamento ocorre
com a injeção de contrastes. Mesmo sabendo que cada
indivíduo é único, a “visualização” de seus trajetos mais
comuns é crucial para a condução da técnica.
9

Vascularização
Linfática
Capilares sanguíneos e Linfáticos

Estrutura dos linfáticos Associação de capilares


Capilares sanguíneos e linfáticos
10

ÁREAS DE ATENÇÃO

Drenagem linfática manual: novo conceito


José Maria Pereira de Godoy

• Algumas peculiaridades são importantes em relação ao sistema


hidrodinâmico dos vasos linfáticos. Uma delas é a presença de
válvulas, que desempenham o importante papel de manter o fluxo
unidirecional, evitando o refluxo, e fazem parte da estrutura contrátil
do vaso linfático (linfangion).

• O linfangion é a porção de vaso linfático compreendido entre duas


válvulas que exerce atividade pulsátil. É semelhante ao coração, por
ter atividade contrátil própria. Outra estrutura diz respeito aos
linfonodos, importantes no mecanismo de defesa imunológica, que
funcionam como “filtros” e, portanto, acabam sendo os limitadores da
velocidade de fluxo no sistema.
11

Vasos Linfáticos
12

História
O sistema linfático foi durante séculos
o mais desconhecido dos sistemas do
organismo.

Aristóteles (384-322 AC) filósofo


grego, discípulo de Platão, médico e
professor, citava a existência de vasos
que continham um líquido incolor.

Herófilos, outro médico grego,


escreveu: “Dos intestinos saem condutos
(vasos) que não vão para o fígado, mas
sim para uma espécie de glândula que
hoje conhecemos com gânglios linfáticos.

MASINA, Roberta Merino. SOGAB


13

História
Em 1651, o pesquisador francês, Jean Pecquet, descobriu em
um cadáver humano, a existência de um ducto torácico e uma espécie de
receptáculo no seu início, que denominou de “cisterna de Chily, ou
cisterna de Pecquet”.

A primeira descrição a respeito da drenagem linfática aconteceu


no século XIX, por Winiwarter, austríaco, professor de cirurgia.

Em 1912, Aléxis Carrel conquistou o prêmio Nobel de medicina


por seus trabalhos com o propósito de regeneração celular, mostrando o
funcionamento da linfa nos tecidos vivos. Realizou sua experiência com o
coração de um frango cujas células estavam constantemente
regeneradas pela linfa.
14

História
Somente em 1930, o fisioterapeuta Dr. Emil Vodder, tratou pacientes
acometidos de gripes e sinusites, que viviam na úmida e fria Inglaterra.
Em suas observações, manipulando suavemente os gânglios linfáticos do
pescoço, percebeu que estes se apresentavam inchados e duros.
Intuitivamente iniciou o uso de uma massagem suave nos locais com a
finalidade de melhorar o estado geral dos pacientes.

Com os bons resultados, Dr Vodder disciplinou o método e, seu


primeiro relato escrito surgiu no ano de 1936, em uma exposição de
saúde em Paris.

Na década de 60, o médico Dr Földi, estudou as vias linfáticas da


cabeça e suas relações com o líquido cerebral.

Na década de 70, o professor Ledo demonstrou com uma filmagem e


radioscopia, a ação da drenagem linfática manual.
15

Sistema Linfático

Essa figura esquemática


demonstra a linfa deixando
os capilares sanguíneos e
entrando nos capilares
linfáticos nos pulmões e
tecidos sistêmicos. A linfa
corre pelos ductos linfáticos
e linfonodos para as veias
no circuito do sistema.
16

Sistema Linfático
17

Sistema Linfático
Inferior da face
18

e Pescoço
Para drenagem iniciamos
a abordagem pelos
“portões” mais calibrosos,
e cadeia de gânglios
linfáticos, sendo assim,
para drenar procedimentos
orais e faciais,
começamos pelos
gânglios retroclaviculares
(supraclaviculares e
infraclaviculares) e assim
vamos seguindo o trajeto
para cima até chegar nos
gânglios mais próximos ao
local do procedimento.
Inferior da face
19

e Pescoço

Linfangiograma da cabeça e do pescoço


seguindo o contraste injetado, mostrando:

Os vasos linfáticos internodais na COR AZUL.


Ramos supratrapezoidais na COR VERDE
Ramos supraclaviculares na COR AMARELO
E linfonodos relacionados aos ramos citados
EM ROXO.
Inferior da face
20

e Pescoço
Mandíbula e pescoço:

A radiografia mostra os trajetos dos ramos


cervicais anteriores, EM VERMELHO, situados
entre a derme e o platisma, na região anterior
do pescoço e seus linfonodos relacionados EM
ROXO.

Linfangiograma da face e do pescoço:

Ramos mentuais EM VERDE CLARO, os


ramos cervicais anteriores EM VERMELHO
(sob o platisma) e seus linfonodos
relacionados, EM ROXO
Inferior da face
21

e Pescoço
Anel de Waldeyer

Os ramos cervicais anteriores estão EM VERMELHO sob o platisma, e as setas VERDES indicam
a direção do fluxo da linfa.
Inferior da face
22

e Pescoço
23

Linfaniograma
24

Linfaniograma
25

Edema
Edema - Alterações no Sistema Linfático

A linfa se acumula no espaço intersticial, provocando edema


localizado.

Isso ocorre, normalmente em processos infecciosos, inflamatórios e


doenças; após a linfadenectomia de uma área específica; por retenção de
água e sódio pelos rins; por uso de medicamentos; etc.

Após a exclusão de doenças especificas e uma investigação minuciosa


acerca da saúde do paciente a drenagem deve ser realizada com as
técnicas mais relevantes e de maior acesso tanto do profissional, quanto
do paciente.
26

Técnicas
Quais técnicas podem ser utilizadas para o estímulo da
circulação linfática ?

• Manual
• Vibração
• Laser
• Terapia fotônica
• Acupuntura
• Magnetoterapia
• Kinesiotaping
• Moxaterapia
• RPG e alongamento
• Hidromassagem
• Ozônioterapia
• Eletroestimulação
• Ultrassom
27

Efeitos
Efeitos da Drenagem Linfática:

• Aumento da capacidade de admissão dos capilares


• linfáticos;
• Aumento da velocidade da linfa transportada;
• Aumento da quantidade de linfa filtrada processada
• pelos gânglios linfáticos;
• Aumento da oxigenação e desintoxicação da
• musculatura esquelética;
• Aumento do peristaltismo intestinal;
• Aumento da diurese;
• Otimização das imunorreações celulares;
• Diminuição das aderências e retrações cicatriciais;
• Maior eficiência celular;
• Maior eficiência da nutrição dos tecidos.
28

Drenagem Eficaz
Como manipular o sistema linfático e realizar uma drenagem mais
eficaz ?
Drenagem 29

Linfática Manual
É a técnica mais simples e mais utilizada nas clínicas de estética. O
toque suave, lento e leve, no sentido do fluxo da drenagem fisiológica,
nos vasos e nos gânglios permite uma abertura e aumento do fluxo de
acordo com a velocidade da circulação linfática, que é bem mais lenta do
que a sanguínea.
Drenagem 30

Linfática Manual
Drenagem 31

Linfática Manual
Drenagem 32

Linfática Manual
A drenagem linfática manual deve obedecer ao sentido do fluxo,
pois, se for realizada em sentido contrário, pode forçar a linfa contra as
válvulas, podendo danificá-las e, consequentemente, destruir um “coração
linfático”. Esta é a primeira lei preconizada para a realização da drenagem
linfática.

Movimentos suaves e ritmados, com pressão de 45 mmHg.

A linfa geralmente passa por três a quatro linfonodos antes de atingir o


sistema venoso.

Drenagem linfática manual: novo conceito José Maria Pereira de Godoy


Drenagem 33

Linfática Manual

Sentido e confluência final dos vasos linfáticos da cabeça e pescoço para a


região supra-clavicular. Os vasos caminham para os linfonodos até atingirem o
tronco cervical e este o ducto torácico (lado esquerdo) e ducto linfático direito.

Os ductos desembocam no Sistema venoso na junção das veias subclávia


com a jugular.
Drenagem 34

Linfática Manual
A drenagem linfática manual favorece a melhora da nutrição e da
oxigenação dos tecidos (GUIRRO; GUIRRO, 2004).

É indicada antes e após a aplicação da terapia combinada para


promover o estímulo da circulação linfática e a liberação das toxinas
que estão nos tecidos intersticiais, favorecer as trocas metabólicas e
acelerar a absorção de líquidos e do glicerol que sofreram e fluxo do
adipócito (LEDUC; LEDUC, 2007). É a técnica mais simples e mais
utilizada nas clínicas de estética. O toque suave, lento e leve, no
sentido do fluxo da drenagem fisiológica, nos vasos e nos gânglios
permite uma abertura e aumento do fluxo de acordo com a velocidade
da circulação linfática, que é bem mais lenta do que a sanguínea.
Drenagem 35

Linfática Vibratória
O estímulos nos gânglios e nos vasos linfáticos podem ser realizados com
vibração. Seguindo a mesma ordem de fluxo, e abertura dos gânglios,
primeiramente.

Além de atingir o sistema linfático local, todo o entorno também será


estimulado de forma benéfica, os vasos sanguíneos, os compartimentos de
gordura, o tecido conjuntivo, a musculatura, etc.
Drenagem 36

com LaserTerapia
Na Drenagem dos gânglios, normalmente usamos o Infravermelho.

Na Drenagem local, dos vasos e interstício, normalmente o vermelho.

Devemos respeitar os fototipos do paciente para definirmos o tempo


máximo de exposição, mas de qualquer forma, a média é de 2-5 Joules por
ponto, dependendo do diagnóstico e planejamento.
ponto
Drenagem 37

com LaserTerapia
A Laserterapia:

• Reduz o edema
• Restabelece a saúde das células
• Promove a liberação dos nódulos linfáticos sem
• dor
• Altera a permeabilidade das membranas
• Favorece o fluxo sanguíneo profundo permitindo a descongestão tecidual.
Drenagem
38

por Terapia Fotônica


O LED âmbar drena a superfície da pele, e promove um espessamento das
fibras colágenas. É o único espectro de luz que não exige um limite de tempo
máximo de acordo com o fototipo.

O LED azul atrai o líquido intersticial para o local onde há o estímulo.


Aumenta a tensão superficial da pele.
Drenagem com
39

Acupuntura
Os estímulos tanto das agulhas, como das agulhas associadas a
eletrodos ao meridianos e pontos de acupuntura vão provocar não somente a
drenagem em si, mas diversas reações favoráveis ao sistema como um todo,
uma vez que na Medicina Tradicional Chinesa o corpo humano não é
segmentado e pontos no pé estimulam a face, e vice-versa. Sendo assim, é
possível tratar edemas faciais e submentuais de forma distal com amplo
espectro de eficácia e resolutividade.
40

Magnetoterapia

A diferença entre as polaridades e a carga elétrica que a disposição dos


magnetos liberam e interagem com as cargas elétricas dispersadas pelas
células e tecidos promovem a dispersão de fluxo de líquidos entre os vasos
linfáticos, sanguíneos, meridianos e outros tecidos.

Se forem deixados no corpo, promovem o circuito da drenagem por mais


tempo, 24 horas por dia.
41

Ventosaterapia

As ventosas, deslizantes ou fixas promovem o afastamento dos tecidos


permitindo maior fluxo de líquidos entre eles, assim como uma pressão
negativa, gerando maior demanda de sangue para a superfície e
reorganização do fluxo linfático.
42

Kinesiotaping

Esse corte da faixa de kinesiotaping, corte fan, distribuído de maneira


adequada e na tensão adequada (12,5 – 15%) realiza a drenagem por
promover um leve afastamento do tecido conjuntivo em relação ao músculo,
permitindo um fluxo maior entre o líquido intersticial e os vasos linfáticos.
43

Moxaterapia

A moxa é um bastão de erva Artemísia, utilizado há mais de 4 mil anos na


China, aumenta a circulação local pela temperatura além de exercer o seu
efeito terapêutico da erva, com a melhora de diversas condições e
patologias. Estimula toda a circulação local, estimula os pontos em que é
aproximada e gera energia para o metabolismo.
RPG e manipulação
44

isométrica

Isotonia – encurtamento e estiramento


muscular diante de uma mesma carga, em
intervalos curtos.

Isometria – manutenção do comprimento


muscular com a permanência em longo
intervalo com a mesma carga.
RPG e manipulação
45

isométrica
AÇÃO Dispersante ( diluindo algo que
sobrecarrega ou tensiona uma região )

AÇÃO Geral (toque amplo, em geral


usando as palmas das mãos)

AÇÃO Específica (usando as pontas dos


dedos).
46

Conclusão
É claro que existem outras técnicas que também realizam e otimizam a
drenagem Linfática. Porém, essas descritas anteriormente já são suficientes
para mostrar como é algo simples, prático e totalmente possível de ser
realizado em sua rotina clínica, no complemento de suas atividades
odontológicas e de Harmonização funcional.
Utilizar a drenagem no pré e no pós-procedimento é um sinal de
amadurecimento e sensibilidade profissional no atendimento aos seus
pacientes, com a possibilidade de oferecer tratamentos completos, controle
na evolução, das recuperações e finalização de casos de forma mais atenta.
47

Atenção
CONTRA-INDICAÇÕES PARCIAIS
(Alertas)
• Câncer diagnosticado e estabilizado

• Insuficiência cardíaca controlada

• Insuficiência renal crônica

• Hipertensão

• Reação inflamatória crônica


www.website.com 48

Atenção
CONTRA-INDICAÇÕES TOTAIS
• Câncer
• Tromboflebite
• Trombose
• Septicemia
• Hipertiroidismo
• Reação inflamatória aguda
• Insuficiência cardíaca não
• controlada
• Processos viróticos
• Febre
• Gestação de alto risco
• Hipertensão não controlada.
49

Referências Bibliográficas
1 - Liard, Ruiz Latarjet. Anatomia Humana, Editora Médica Panamericana, 2° Edição,São
Paulo, 1996.
2 - Guyton. Fisiologia Humana, Guanabara Koogan, 6° Edição, Rio de Janeiro, 1984.
3 - Barros, Maria Helena. Fisioterapia Drenagem Linfática Manual, Robe Editorial, São
Paulo, 2001
4 - Godoy, José Maria Pereira. Drenagem linfática manual: novo conceito
5 - MASINA, Roberta Merino. SOGAB
6 - LEDUC; LEDUC, 2007
7 - GUIRRO; GUIRRO, 2004
8 - Netter. Atlas de Anatomia Humana. 2016
9 - Maciocia. Giovani. Os Fundamentos da Medicina Chinesa. 1996
10 - Kanzo Kase. Kinesio Taping. 2003
11 - Bocci, Velio. Ozone, a new medical drug. 2005
12 - Lima, José Roberto T. Magnetoterapia Clínica, 2016 .
50

Obrigada!

Facebook.com/marcia.arieta
Instagram @marcia.arieta
contato@marciaarieta.com.br

Você também pode gostar