Você está na página 1de 4

1

SEGUNDO PERÍODO LETIVO DE 2022


DISCIPLINA ANATOMIA DO APARELHO LOCOMOTOR
AULA: VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO SEGMENTO AXIAL – 08/12/2022

ROTEIRO PARA ESTUDO TEÓRICO

ARTÉRIAS DO SEGMENTO AXIAL


As artérias são vasos sanguíneos que distribuem o sangue a todas as partes do corpo, a partir da artéria
aorta e do tronco pulmonar, este levando o sangue aos pulmões para que seja oxigenado pelo processo
denominado hematose. A artéria aorta é o vaso responsável pela distribuição do sangue ao corpo,
através da circulação sistêmica ou grande circulação. A aorta tem três partes: (1) aorta ascendente que
origina as artérias coronárias que irrigam o coração; (2) arco da aorta que origina, à esquerda, as
artérias carótida comum esquerda e subclávia esquerda e à direita origina o tronco braquiocefálico e
deste, têm origem as artérias subclávia direita e a carótida comum direita; (3) aorta descendente é
formada por duas partes: torácica e abdominal, que provêm os ramos para as paredes e órgãos
respectivos.
IRRIGAÇÃO DA CABEÇA
arco da a carótida a carótida a facial, superficialmente
a aorta
aorta comum externa a maxilar, profundamente
IRRIGAÇÃO DO PESCOÇO
arco da a
a aorta a vertebral
aorta subclávia
IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTERIOR DO TÓRAX
arco da a a torácica
a aorta aa intercostais anteriores
aorta subclávia interna
IRRIGAÇÃO DA PAREDE POSTERIOR DO TÓRAX
a aorta aa intercostais posteriores
a aorta
torácica a subcostal
IRRIGAÇÃO DO MÚSCULO DIAFRAGMA
arco da a a torácica a
a aorta aa frênicas superiores
aorta subclávia interna musculofrênica
a aorta a aorta abdominal aa frênicas inferiores
IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME – METADE SUPERIOR
arco da a a torácica a epigástrica superior
a aorta
aorta subclávia interna a musculofrênica
IRRIGAÇÃO DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME – METADE
INFERIOR
a aorta a ilíaca a ilíaca a epigástrica inferior
a aorta
abdominal comum externa a circunflexa ilíaca profunda
IRRIGAÇÃO DA PAREDE POSTERIOR DO ABDOME
a aorta aa lombares
a aorta
abdominal a sacral mediana
IRRIGAÇÃO DO DORSO – REGIÃO CERVICAL
arco da a carótida a carótida
a aorta a occipital
aorta comum externa
a vertebral
arco da a
a aorta tronco tireocervical a. cervical ascendente
aorta subclávia
tronco costocervical a cervical profunda
IRRIGAÇÃO DO DORSO – REGIÕES TORÁCICA E LOMBAR
a aorta aa intercostais posteriores
a aorta
torácica a subcostal
a aorta
a aorta aa lombares
abdominal
2

VEIAS DO SEGMENTO AXIAL


As veias são vasos sanguíneos que promovem o retorno do sangue ao coração, vindo de todas as partes
do corpo. São formadas no interior dos órgãos e tecidos, a partir da união de pequenas veias e, ao
longo dos respectivos trajetos recebem as suas tributárias. À medida que se aproximam do coração,
tornam-se os grandes troncos venosos. São três sistemas de retorno do sangue ao coração: (1) sistema
do seio coronário, que faz a drenagem do coração; (2) sistema da veia cava inferior que drena, através
das suas tributárias, os membros inferiores, pelve e períneo, paredes e órgãos abdominais, m
diafragma; (3) sistema da veia cava superior, que drena a cabeça, o pescoço, os membros superiores, a
parede torácica e seus órgãos. O seio coronário e as veias cavas desembocam no átrio direito do
coração.
DRENAGEM DA PAREDE POSTERIOR DO ABDOME
É realizada pelas veias lombares (4 ou 5 pares), direitas e esquerdas, que desembocam na
veia cava inferior. Drenam também a região dorsal. As veias lombares estão unidas a duas
veias verticais denominadas veia lombar ascendente, direita e esquerda, que entrarão na
cavidade torácica.
-veias lombares > veia cava inferior.
DRENAGEM DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME – METADE
INFERIOR
A metade inferior da parede anterolateral do abdome é drenada superficialmente, pelas veias
epigástrica superficial e circunflexa superficial do ílio. Ambas são tributárias da veia
safena magna, que desemboca na veia femoral, e esta, na veia ilíaca externa. As veias
ilíacas externa e interna (que drena a pelve), se unem e formam as veias ilíacas comuns,
direita e esquerda, que juntas formam a veia cava inferior.
-veia epigástrica superficial > veia safena magna > veia femoral > veia ilíaca externa.
-veia circunflexa superficial do ílio > veia safena magna > veia femoral > veia ilíaca externa.
A metade inferior da parede anterolateral do abdome é drenada profundamente, pelas veias
epigástrica inferior e circunflexa profunda do ílio. Ambas são tributárias da veia ilíaca
externa.
-veia epigástrica profunda > veia ilíaca externa.
-veia circunflexa superficial do ílio > veia ilíaca externa.
DRENAGEM DA PAREDE ANTEROLATERAL DO ABDOME – METADE
SUPERIOR
A metade superior da parede anterolateral do abdome é drenada pelas veias epigástrica
superior e musculofrênica. Ambas são tributárias da veia torácica interna, direita e
esquerda. As veias torácicas internas desembocam nas respectivas veias braquiocefálicas,
que unidas, formam a veia cava superior.
-veia epigástrica superior > veia torácica interna > veia braquiocefálica.
-veia musculofrênica > veia torácica interna > veia braquiocefálica.
DRENAGEM DO MÚSCULO DIAFRAGMA
As veias frênicas inferiores, direita e esquerda drenam o músculo diafragma na sua face
abdominal. Desembocam na veia cava inferior.
As veias frênicas superiores drenam a face torácica do m diafragma e desembocam na veia
torácica interna, direita e esquerda. As veias torácicas internas desembocam nas respectivas
veias braquiocefálicas, que unidas, formam a veia cava superior.
-veias frênicas inferiores > veia cava inferior.
-veias frênicas superiores > veias torácicas internas > veias braquiocefálicas > veia cava
superior.
DRENAGEM DA CABEÇA
As veias que drenam a cabeça são divididas em superficiais e profundas. Destacam-se aqui
duas veias: (1) v facial que drena a face superficialmente e desemboca na veia jugular
interna; (2) veia maxilar, responsável pela drenagem profunda da face, une-se com a veia
temporal superficial e forma a veia retromandibular. A veia retromandibular se junta à
veia auricular posterior e forma a veia jugular externa.
DRENAGEM DO PESCOÇO
3

A principal veia do pescoço é a veia jugular interna, direita e esquerda, com origem a partir
do forame jugular na base do crânio, como continuação do seio sigmóide. À medida que
descreve trajeto descendente pelo pescoço vai recebendo as suas tributárias e realizando a
drenagem do encéfalo, da cabeça e do pescoço. De cada lado, a veia jugular interna une-se à
veia subclávia correspondente, resultando dessa união as veias braquiocefálicas, direita e
esquerda, que unidas formam a veia cava superior, responsável pela drenagem sanguínea da
cabeça, pescoço, tórax e membros superiores. Abre-se no átrio direito do coração.
DRENAGEM DA PAREDE POSTERIOR DO TÓRAX, METADE DIREITA
A parede posterior do tórax, em sua metade direita, é drenada pela veia ázigos, formada pela
união das veias lombar ascendente direita e subcostal direita. A veia ázigos recebe, pelas
veias intercostais posteriores direitas, o sangue da metade direita da parede posterior
torácica. A ázigos desemboca na veia cava superior.
-veias intercostais posteriores direitas > veia ázigos > veia cava superior.
DRENAGEM DA PAREDE POSTERIOR DO TÓRAX, METADE ESQUERDA
A parede posterior do tórax, em sua metade esquerda, é drenada pela veia hemiázigos e veia
hemiázigos acessória. Ambas desembocam na veia ázigos, e esta desemboca na veia cava
superior.
-veias intercostais posteriores esquerdas inferiores > veia hemiázigos > veia ázigos > veia
cava superior.
-veias intercostais posteriores esquerdas superiores > veia hemiázigos acessória > veia ázigos
> veia cava superior.
DRENAGEM DA PAREDE ANTERIOR DO TÓRAX
A parede anterior do tórax é drenada por seis pares de veias intercostais anteriores, que
ocupam os respectivos espaços intercostais. As intercostais, de cada lado, drenam para as
veias torácicas internas, direita e esquerda. Estas, drenam para as veias braquiocefálicas,
direita e esquerda, que se unem e formam a veia cava superior.
DRENAGEM DO DORSO
A maior parte do sangue do dorso é drenada pelos plexos venosos vertebrais, uma rede
complexa de veias que termina desembocando na veia ázigos, tributária da veia cava
superior.
NERVOS DO SEGMENTO AXIAL
É sabido que os nervos, estruturas que pertencem ao sistema nervoso periférico, fazem suas conexões
com o sistema nervoso central ou pela medula espinhal e são denominados de nervos espinhais, ou
pelo tronco encefálico, e denominados nervos cranianos. Os nervos podem ser classificados
funcionalmente como sensitivos, motores ou mistos. Os nervos sensitivos aqueles que têm na sua
constituição fibras sensitivas (responsáveis pelo provimento da sensibilidade na região que inerva); os
nervos motores têm fibras motoras na sua formação e estas são responsáveis pela inervação dos
músculos na região suprida pelos nervos. Os nervos mistos têm na sua constituição fibras motoras e
sensitivas. Os nervos espinhais são funcionalmente mistos e os nervos cranianos podem ser sensitivos,
motores e mistos. A inervação da cabeça, pescoço e tronco é feita tanto por nervos cranianos quanto
por nervos espinhais, sendo aqui abordados os nervos espinhais, o nervo trigêmeo, o quinto par
craniano e o nervo facial, o sétimo par craniano, o nervo acessório, o décimo-primeiro par craniano.
NERVOS ESPINHAIS: são 31 pares, funcionalmente mistos, sendo a raiz dorsal motora e a ventral
sensitiva. Os nervos espinhais emergem do canal vertebral pelos forames intervertebrais. Após a
passagem pelos forames intervertebrais cada nervo espinhal divide-se em um ramo posterior ou dorsal
e um ramo anterior ou ventral, ambos funcionalmente mistos.
Os ramos posteriores ou dorsais dos nervos espinhais fazem a inervação sensitiva e motora do dorso.
Os ramos anteriores ou ventrais dos nervos espinhais têm uma distribuição muito particular: os ramos
cervicais, lombares e sacrais formam plexos ou redes nervosas que se destinam à inervação sensitiva e
motora de vários segmentos. Neste estudo devemos observar os ramos anteriores cervicais de C1 a C5,
formadores do plexo cervical. O plexo cervical é formado por ramos superficiais e profundos. Os
ramos superficiais são nervos sensitivos destinados à pele da parte lateral da cabeça (nervos auricular
magno e occipital menor), à pele do pescoço (nervo transverso do pescoço) e à pele da região
clavicular (nervos supraclaviculares). Os ramos musculares ou profundos são destinados à inervação
motora dos mm do pescoço (pré-vertebrais, paravertebrais e relacionados ao osso hióide – supra e
infrahióideos), além do esternocleidomastóideo, que recebe inervação de C2, C3 e C4 e nervo
4

acessório, o décimo-primeiro par craniano. As ramos C3, C4, C5 formam os nervos frênicos, direito e
esquerdo, que inervam o m diafragma.
INERVAÇÃO MOTORA DA CABEÇA
-músculos da mastigação: são inervados pelas fibras motoras do n mandibular, o terceiro
ramo terminal do nervo trigêmeo.
-músculos faciais ou da mímica ou da expressão facial: são inervados pelos fibras motoras do
nervo facial, o sétimo par craniano.
INERVAÇÃO SENSITIVA DA CABEÇA
-na face: fibras sensitivas dos nervos oftálmico, maxilar e mandibular, ramos do nervo
trigêmeo.
-na região lateral: ramos superficiais do plexo cervical (nervos auricular magno, occipital
menor)
-na regiãoposterior: fibras sensitivas dos ramos dorsais dos nervos espinais
INERVAÇÃO MOTORA DO PESCOÇO
Os ramos musculares ou profundos do plexo cervical são destinados à inervação motora dos mm do
pescoço (pré-vertebrais, paravertebrais e relacionados ao osso hióide – supra e infrahióideos), além do
esternocleidomastóideo, que recebe inervação de C2, C3 e C4 e nervo acessório. Posteriormente as
fibras motoras do nervo suboccipital, ramo dorsal de C1, inervam os mm suboccipitais (pós-vertebrais)
INERVAÇÃO SENSITIVA DO PESCOÇO
- nervo transverso do pescoço: inerva a pele da região cervical
-nervos supraclaviculares: inervam a pele da região clavicular
-ramos sensitivos dos ramos posteriores dos nervos cervicais inervam a região dorsal do pescoço.
INERVAÇÃO SENSITIVA E MOTORA DO TÓRAX
A parede torácica é inervada pelos ramos anteriores dos nervos torácicos, que não formam
plexos. Posteriormente, na parede, os ramos anteriores ocupam os 11 espaços intercostais,
sendo denominados de nervos intercostais típicos (T1 a T11), além do n subcostal (T12),
localizado inferiormente à última costela. Na parede anterior do tórax, nos seis espaços
intercostais, observam-se os nervos intercostais de T1 a T6, intercostais típicos também.
Esses nervos da parede torácica emitem ramos cutâneos responsáveis pelo suprimento
sensitivo da região.
INERVAÇÃO MOTORA E SENSITIVA DO ABDOME
Na parede posterior do abdome têm-se: (1) o m quadrado lombar inervado pelo n subcostal e
pelos ramos de L1 a L4; (2) o m psoas maior inervado por ramos de L2 e L3; (3) m ilíaco
inervado pelos ramos L2, L3, L4. Já na parede anterolateral, os mm recebem a inervação de
T7 a T11, que deixam os espaços intercostais da parede torácica e ganham a parede
abdominal, sendo por isso denominados de nervos tóracoabdominais. Também originam os
ramos cutâneos responsáveis pelo suprimento sensitivo da região.
INERVAÇÃO SENSITIVA E MOTORA DO DORSO
-ramos posteriores dos nervos espinhais, através de suas fibras motoras e sensitivas realizam
a inervação dos motora e sensitiva do dorso.

Você também pode gostar