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SISTEMA CARDIOVASCULAR
CORAÇÃO:
- Pesa normal: 300g
- Tamanho aproximadamente de uma mão fechada
LOCALIZAÇÃO:
Mediastino médio: entre os pulmões e músculo do diafragma,
entre 3ª costela do lado esquerdo
↪ no mesmo local que o coração, também encontramos o
pericárdio (lâminas), raízes dos grandes vasos e
brônquios principais
Ápice:
- Parte inferior composta pela cavidade do ventrículo esquerdo
PAREDE CARDÍACA
(VE)
- Afastada 9cm do plano mediano à esquerda ➪ EPICÁRDIO: superficial ao miocárdio - lâmina visceral do
pericárdio seroso
➪ MIOCÁRDIO: musculatura do coração
Base: parte mais larga
Obs: esquerdo é mais espesso que o direito pois a
- Contribuição da cavidade do átrio esquerdo (AE) a.aorta tem origem ali e o esforço realizado pelo
ventrículo esquerdo é muito grande para bombear o
Faces: sangue para o corpo todo
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
APARELHO VALVAR
- São estruturas que permitem o trânsito do sangue dos átrios para
os ventrículos
Impedem o refluxo sanguíneo durante a contração
muscular
- Valva: conjunto de válvulas
- Formado pelas:
Valva com válvulas (v)
Cordas tendíneas (c)
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
- Musculatura mais espessa por conta da origem da artéria aorta Divide-se em:
(maior esforço) ○ Ramo do nó sinoatrial
- Há 2 tipos de músculos papilares porque a válvula é bicúspide ○ Ramo do cone arterial
(duas válvulas): ○ Ramo marginal direito
Músculo papilar anterior ○ Ramo do nó atrioventricular
Músculo papilar posterior ○ Ramo interventricular posterior
OBS: Miocárdio apresenta elevações internas nas superfícies
atrial e ventricular. Supre:
○ Átrio direito
- Na atrial formam os músculos pectíneos, que auxiliam no
○ Maior parte do ventrículo direito
reforço da contração do átrio.
○ Face diafragmática do ventrículo esquerdo
- Na ventricular encontramos as trabéculas cárneas, de menor
○ Parte do septo interventricular
projeção, atuando como redutores de turbilhonamento sanguíneo
ventricular (evita também a formação de coágulos) ○ Nó sinoatrial(40% das pessoas)
○ Nó atrioventricular(80% das pessoas)
Turbilhonamento sanguíneo → quando sai sangue do átrio e vai Artéria coronária esquerda
para o ventrículo ele precisa ter uma acomodação para que na - Está entre o átrio esquerdo e o tronco da artéria pulmonar
hora da contração ele seja ejetado. Não podendo ficar livre pois
senão será ineficiente o trabalho do coração Divide-se em:
○ Ramo interventricular anterior → percorre o sulco
interventricular anterior → Ramo diagonal ou ramo lateral
○ Ramo circunflexo → percorre o sulco coronário → Ramo
marginal esquerdo e Ramo posterior do VE
Supre:
○ Átrio esquerdo
○ Maior parte do ventrículo esquerdo
○ Parte do ventrículo direito
○ Maior parte do septo interventricular + fascículo e ramos
atrioventriculares do complexo estimulante
○ Nó sinoatrial (60% das pessoas)
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
PERICÁRDIO
- Saco fibrosseroso que aloja o coração
Pericárdio fibroso
Camada externa que impede a hiperdistensão do
coração
Tecido conjuntivo denso não modelado
Pericárdio seroso
Camada interna formada por 2 lâminas:
DRENAGEM DO CORAÇÃO: veias cardíacas Lâmina parietal: reveste o pericárdio fibroso por dentro
e produz líquido pericárdico → mesotélio
A maioria das veias que drenam o coração desembocam no seio Lâmina visceral ou epicárdio: contato direto com o
coronário, que é o principal vaso que coleta parte do sangue músculo cardíaco → mesotélio
venoso e leva ao AD.
- Essas veias são:
● Veia cardíaca magna (maior) extremidade esquerda do PAREDES CARDÍACAS
seio coronário. É a principal tributária. EPICÁRDIO (Túnica externa)
Obs: Começa próximo ao ápice como veia interventricular e - É a lâmina visceral do pericárdio seroso
junto a ela se funde a v. interventricular posterior - Tecido conjuntivo frouxo
● Veia interventricular posterior extremidade direita - Pode haver acúmulo de tecido adiposo branco nessa camada
● Veia cardíaca parva (menor) extremidade direita. - Revestidos externamente por epitélio simples pavimentoso
Transita pelo sulco coronário apoiado em lâmina basal → mesotélio
- Algumas veias se abrem diretamente no AD: veias cardíacas Obs: não é endotélio porque não reveste internamente
anteriores
- Algumas veias mínimas se abrem diretamente nas outras MIOCÁRDIO (túnica média):
câmaras cardíacas: veias cardíacas menores (mínimas) - Músculo estriado cardíaco
➪ Lado direito = 2 tributárias - Formado por fibras musculares estriadas cardíacas que
funcionam como um sincício (células que se conectam por discos
➪ Lado esquerdo = 3 tributárias intercalares e sinapses elétricas, então quando uma célula
desenvolve potencial de ação, todas desenvolvem como se fossem
uma única célula)
- Também possuem o núcleo centralizado, discos intercalares e Camada esponjosa: tecido conjuntivo frouxo (fibras
ramificações. colágenas e elásticas numa matriz rica em
proteoglicanos)
- A diferença é que possuem um diâmetro maior, menor Camada fibrosa: tecido conjuntivo denso não
quantidade de miofibrilas formando o sarcômero (localização modelado dos anéis fibrosos
periférica) Camada ventricular: tecido conjuntivo denso não
- Muitas mitocôndrias, grânulos de glicogênio e gotículas de modelado
lipídios → energia - Recobertas por endotélio
- Citoesqueleto rico em desmina, sem túbulos T
- Desmossomos e junções GAP: rápido fluxo de íons CORDAS TENDÍNEAS
- Irrigação: artéria coronária esquerda - Tecido conjuntivo denso modelado recoberto por endotélio
Obs: citoplasma mais claro por conta da quantidade de (epitélio simples pavimentoso)
grânulos de glicogênio e miofibrilas na periferia das
células
- Tecido conjuntivo frouxo entre as células de Purkinje, vasos e FISIOLOGIA: SISTEMA CARDIOVASCULAR
nervos
Função do SC:
- Transporte: de hormônio, CO2, O2, nutrientes, proteínas
plasmáticas
E: endocárdio - Nutrição: artérias perfundem e nutrem os tecidos. Sangue chega
M: miocárdio até os tecidos pelas artérias, que se ramificam em arteríolas e
capilares.
Azul: tecido conjuntivo frouxo
- Artérias levam sangue do coração em direção ao corpo
Setas: discos intercalares ricos
centrifugamente (fugindo do centro)
em junções gap ou comunicantes
- Remoção: veias drenam e fazem a remoção dos metabólitos
- Veias trazem sangue ao coração centripedamente (em
direção ao centro).
ENDOCÁRDIO (túnica íntima) Veias são complacentes: não produzem pressão porque
cedem
- Função integrativas dos sistemas e coordenação
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
- Átrio é uma bolsa de escova, que precisa fazer uma força de - Condutibilidade (dromotropismo): transmissão do impulso a
contração bem pequena. A maior parte que vai do átrio para o todas as células cardíacas. Favorecido pelos discos intercalares,
que possuem junções comunicantes
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
Observações:
- Se elétron não tem onda P: átrio não está despolarizando e não
vai se contrair
- Potencial de ação das fibras nodais NÃO TEM platô!
- 3 ondas PPPQRST: átrio está despolarizando 3cx antes de uma
- Células nodais estão entremeadas no tecido conjuntivo denso
despolarização ventricular, então o coração não está rítmico
(predomínio de fibras de colágeno e fibroblastos, além de
capilares sanguíneos e fibras nervosas)
COMPONENTES DO COMPLEXO ESTIMULANTE DO
CORAÇÃO (SISTEMA CONDUTOR INTRÍNSECO)
Propagação do nó SA:
1. Para ambos os átrios através das fibras de condução
atrial
2. Para o nó atrioventricular através das fibras
intermodais. A partir disso, seguem pelo fascículo
átrio ventricular
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
Obs: citoplasma mais claro por conta da quantidade de - O coração é suprido por fibras do plexo cardíaco (sistema
grânulos de glicogênio e miofibrilas na periferia das nervoso autônomo)
células
- Tecido conjuntivo frouxo entre as células de Purkinje, vasos e Simpático:
nervos Neurônios pré-ganglionares: T1-T5
- Se lesar o nó AS e o AV, as fibras subendocárdicas assumem a Neurônios pós-ganglionares: Tronco pulmonar
função de marca-passo, mas a frequência de descarga cai muito e Aumento da frequência cardíaca e força de contração:
é necessário cirurgia. aumento do aporte de sódio e cálcio por conta de receptores
β1 de adrenalina (abre canais)
Frequência de descarga: 15-40 vezes/minuto Inerva átrios e ventrículos
Estimulação simpática normalmente tem descarga contínua,
- Fibras subendocárdicas tem potenciais iguais a do átrio e do o que eleva a frequência cardíaca
ventrículo
- Células que tem diâmetro menor, menos junções comunicantes
e são um pouco mais negativas que o nó sinoatrial
Parassimpático
Neurônios pré-ganglionares: nervo vago (10º par dos
cranianos)
Neurônios pós-ganglionares: gânglios próximos aos nós SA
e AV
Por meio do nervo vago reduz a frequência cardíaca por
conta de receptores M2 (abre canais de potássio)
Inverna somente átrios
Obs: os nervos do simpático e do parassimpático estão
localizados no plexo cardíaco.
- O nervo vago libera acetilcolina no neurônio pós-ganglionar no
nó sino atrial e nó átrio ventricular, então se ligam no receptor
muscarínicos tipo M2 e abre canais de potássio, que foge das
células, deixando a mais negativa. Reduz força de frequência
cardíaca do átrio, ventrículo, força de contração atrial
IRRIGAÇÃO
Nó sinoatrial (SA)
60% das pessoas: artéria coronária direita
40% das pessoas: artéria coronária esquerda
Nó atrioventricular (AV)
60% das pessoas: ramos da artéria coronária direita
40% das pessoas: ramos da artéria coronária esquerda
Fascículo atrioventricular
Ramo interventricular anterior da artéria coronária
esquerda
INERVAÇÃO
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
ARTÉRIA
- Vaso pelo qual o sangue se afasta do coração (centrifugamente)
- Podem ser de grande, médio ou pequeno calibre
SISTEMA VASCULAR
VASOS SANGUÍNEOS
- Rede tubular fechada por onde o sangue flui do coração para
todo o corpo e depois retorna ao coração
- São formados por TÚNICAS
Túnica íntima
Endotélio, lâmina basal e tecido conjuntivo frouxo ARTÉRIA DE MÉDIO CALIBRE (MUSCULAR)
(camada subendotelial) - Rica em músculo liso e com menos fibras elásticas na túnica
Todos os vasos se iniciam na túnica íntima média
Túnica média Túnica íntima
Músculo liso associados a fibras colágenas e fibras Endotélio apoiado em lâmina basal.
elásticas Abaixo há a camada subendotelial composto por TCF e
membrana elástica limitante interna bem visível (separa
Túnica adventícia (mais externa) a túnica íntima da média)
Tecido conjuntivo, fibras de colágeno e fibras elásticas Constituído por músculo liso que se comunicam por
junções GAP
Obs: na artéria, a túnica média é mais desenvolvida. Nas veias, é
a túnica adventícia Túnica média
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
Rica em músculo liso e com menor quantidade de fibras - Vesículas pinocíticas: transporte de substâncias entre a luz e o
elásticas tecido adjacente
Não apresenta fibroblastos, então as células musculares - Localização: músculos, pulmões, timo e encéfalo
lisas sintetizam componentes da MEC
A lâmina elástica externa limitante separa a túnica
média da adventícia 2) Capilares fenestrados
Túnica adventícia - Fenestras são aberturas na membrana do endotélio, que são
Tecido conjuntivo frouxo com fibroblastos, fibras obstruídas ou não por um diafragma fino
elásticas e fibras colágenas - Lâmina basal contínua
Há vasa vasorum (pequenos vasos sanguíneos que
- Geralmente é encontrado em locais com intensa troca de
fazem a nutrição arterial da túnica adventícia e da
substâncias entre as células e o sangue
túnica média) e nervi vasorum (nervos da parede dos
vasos) - Localização: ao redor de glândulas endócrinas, locais de
absorção de líquidos e metabólitos no trato intestinal e vesícula
biliar
Obs: os capilares fenestrados sem diafragma se encontram nos
glomérulos renais
CAPILARES SANGUÍNEOS
- Ramificação das arteríolas e das vênulas
- Menores vasos sanguíneos do corpo
- Responsáveis pelo transporte e intercâmbio de gases VEIA
metabólicos da célula
- Vaso pelo qual o sangue se aproxima do coração
- Composição: 1 a 3 camadas de células apoiadas em lâmina basal (centripetamente)
1) Capilares somáticos ou contínuos - Podem ser de grande, médio e pequeno calibre
- Células endoteliais unidas por junções de oclusão
- Lâmina basal contínua VÊNULAS
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
METARTERÍOLA
FLUXO SANGUÍNEO
Normal (adulto): 100 mL/s ou 6 L/min
- Depende de: variação de pressão (lei dos fluxos) e resistência do
vaso
- Tipos:
LAMINAR:
- Ocorre na maior parte do sistema vascular
- Segue mais lento nas paredes do vaso e mais rápido no centro
- O que gera lentidão nas paredes são as hemácias e glóbulos
brancos que fazem fricção, enquanto no centro só tem atrito
- Une uma artéria com veia (arteríola com vênula) dos elementos entre si
- O sangue não passa no leito capilar, passa direto na metarteríola - Variações muito pequenas no diâmetro podem alterar muito o
volume do líquido conduzido
- Na junção da arteríola com os capilares tem um esfíncter
composto por musculatura lisa chamada de esfíncter pré-capilar
TURBILHONAR:
Tem muitos receptores para adrenalina e noradrenalina - Ocorre quando algo está impedindo o fluxo normal (curva,
- Mecanismos sinalizadores (substâncias químicas) determinam a: bifurcação, obstrução, coágulo, gordura ou aumento grande da
velocidade do sangue)
Dilatação dos esfíncteres pré-capilares: maior fluxo sanguíneo - Fluxo ocorre em todas as direções do vaso
chegando nos capilares e na região que está sendo utilizada - Obs: indivíduos com anemia possui menos viscosidade,
- Se o Sistema Nervoso gerar vasoconstrição das artérias e no fazendo com que ele flua mais rápido podendo haver
turbilhonamento
esfíncter pré-capilar → irá chegar menos sangue nas arteríolas e
capilares → diminui a pressão hidrostática e haverá menor Obs: aorta (33 cm/s), capilares (0,003 cm/s)
filtração dos capilares → maior aporte sanguíneo no cérebro que
nos músculos
- Adrenalina
Receptor α1: vasoconstrição
Receptor β2: vasodilatação
- Coronárias tem alfa-adrenérgicos, mas a maioria são β2
- Pele e mucosas tem receptores alfa CICLO CARDÍACO
- Músculos apresentam mais receptores β2 - Conjunto de eventos entre o início de um batimento e o início
do próximo
- A acetilcolina atua em receptores pós-ganglionares simpáticos e - Inicia pela geração espontânea de um potencial de ação no nó
inibe o efeito da noradrenalina determinando a sinoatrial
VASODILATAÇÃO
Início
- A inervação das veias e artérias é feita pelo Sistema nervoso
simpático, mas a inervação das veias é MENOR que a das 1) Relaxamento isovolumétrico ventricular
artérias, por isso sofre menos venoconstrição ou dilatação - Átrios em diástole
- Válvulas atrioventriculares fechadas
Vasoconstritores Vasodilatadores - Os átrios começam a se encher de sangue a pressão arterial
aumenta
Noradrenalina Acetilcolina
Catecolaminas Bradicinina
2) Enchimento ventricular rápido
Angiotensina II Angiotensina (1-7)
- O átrio está cheio, então a pressão atrial é muito maior que a
Vasopressina Substância P pressão ventricular
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
- Válvulas atrioventriculares se abrem e o sangue entra - Contração dos ventrículos: Início da sístole
rapidamente nos ventrículos através de um enchimento passivo Obs: sopro quando não há fechamento correto das valvas
atrioventriculares
3) Enchimento ventricular rápido
- A pressão atrial reduz um pouco com a passagem de parte do
sangue para os ventrículos
SEGUNDA BULHA (B2): “Tá”
- Como a pressão ventricular aumenta, o sangue passa mais - Fechamento das valvas semilunares (valva aórtica e pulmonar)
lentamente para os ventrículos de forma passiva
- Relaxamento dos ventrículos
- O enchimento ventricular passivo (rápido e lento) correspondem
a 80% do volume ventricular - Final da sístole e início da diástole
4) Sístole atrial
- Pressão ventricular e atrial se igualam DÉBITO CARDÍACO
- Átrio faz sístole para ejetar os 20% de sangue restante no - É a quantidade de sangue ejetada pelo coração durante 1 minuto
ventrículo Volume sistólico (VS) x frequência cardíaca (FC)
- A pressão no ventrículo passa a ser maior, porque ele está cheio Volume sistólico (VS): é a quantidade de sangue ejetada por
(110/120mL) e o átrio está vazio batimento (mL/batimento). Depende da: pré-carga, pós-carga e
contratilidade
5) Diástole ventricular Frequência cardíaca (FC): é a quantidade de batimentos por
minuto. É influenciada por fatores cronotrópicos: positivos (↑
- Válvulas atrioventriculares estão fechadas FC) e negativos (↓ FC)
- O sangue do ventrículo tenta voltar para os átrios e “bate” nas
válvulas fechadas, gerando a PRIMEIRA BULHA CARDÍACA
(B1) Volume diastólico final (VDF): 110 a 120 mL
- Volume ventricular ao final da diástole
6) Contração isovolumétrica ventricular - Também conhecido como pré-carga, que é a pressão que o
sangue exerça na parede dos ventrículos
- Nesse momento, o estímulo que estava sendo retardado pelo nó
AV passa pelos fascículos, ramos direito e esquerdo, e começa a - A força de contração necessária para contrair o ventrículo tem
contrair os ventrículos que ser maior que a pré-carga
- A pressão aumenta muito com o objetivo de vencer a pressão
arterial e abrir as válvulas semilunares aórtica (ventrículo Volume sistólico final (VSF): 40 a 50 mL
esquerdo) e pulmonar (ventrículo direito)
- Quantidade de sangue que resta nos ventrículos após a sístole
(ejeção)
7) Fase de ejeção
- Quando a pressão nos ventrículos fica maior que a pressão Fração de ejeção
diastólica da aorta (80 mmHg) e a do tronco pulmonar (8 mmHg),
- É o volume de sangue expelido no volume diastólico final,
as válvulas se abrem e o sangue é ejetado
sendo por volta dos 60%
- A pressão na aorta vai de 80 para 120 mmHg e a do tronco
FE = VDF – VSF
pulmonar vai de 8 para 25 mmHg
Pressão arterial
8) Diástole ventricular
PA = DC (débito cardíaco) x R (resistência corporal periférica)
- Com a ejeção de sangue, a pressão ventricular reduz enquanto a
pressão aórtica e do tronco pulmonar aumentam PA = FC x VS x R
- As válvulas semilunares se fecham, e ocorre a SEGUNDA
BULHA CARDÍACA (B2) CONCEITOS GERAIS
- Enquanto os ventrículos estão em diástole, o átrio recebe sangue PRÉ-CARGA: grau de tensão quando a contração se inicia →
do retorno venoso, aumentando a pressão e reiniciando o pressão diastólica final (pressão que o sangue exerce na parede do
processo ventrículo ao final da diástole)
OBS: Normal – 80 vezes/minuto Estiramento máximo que o coração faz antes da ejeção
Taquicardia – 100 vezes/minuto ventricular (contração).
Bradicardia – 60 vezes/minuto
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
- A pressão do átrio aumenta durante a sístole e todo o sangue é - O tronco emite eferências que vão estimular o sistema nervo
jogado para o ventrículo. Com isso, a pressão do ventrículo fica simpático ou parassimpático
maior e a válvula mitral se fecha.
- Começa a contração isovolumétrica, a pressão do ventrículo fica
maior que a diastólica da aorta e as válvulas semilunares se Obs: o REFLEXO BARORRECEPTOR é importante para o
abrem, aumentando o volume de sangue na aorta e diminuindo no controle de pressão arterial a curto prazo e é irrigado por fluxo
ventrículo turbilhonar, gerando desgaste com o passar dos anos
- Quando a pressão da aorta fica maior do que a do ventrículo, as - Idosos podem ter queda brusca de pressão quando passam da
valvas se fecham e o ventrículo entra em diástole posição sentada para em pé, pois o reflexo não consegue
- Ventrículo fica com uma pressão menor que o átrio que estava compensar a mudança brusca
se enchendo, as valvas se abrem e o ciclo recomeça
Valva da aorta:
Regulação cardíaca extrínseca
- Aumento da pressão sistólica e diastólica do ventrículo
- Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo Simpático e esquerdo, pois o sangue encontra dificuldade em sair do
Parassimpático ventrículo. Com isso, há o aumento do tempo de ejeção e do
Sistema neurovegetativo: reflexo barorreceptor no arco aórtico e trabalho cardíaco, podendo levar a hipertrofia excêntrica
seio carotídeo que percebem alterações na pressão e estimulam INSUFICIÊNCIA VALVAR:
respostas
- Valva não fecha direito
Pressão baixa: SIMPÁTICO → vasoconstrição,
aumento da frequência cardíaca, aumento na força de
contração Valva mitral (bicúspide)
Pressão alta: PARASSIMPÁTICO → vasodilatação, - Durante a contração isovolumétrica, o sangue retorna para o
redução da frequência cardíaca, redução da força de átrio, e com isso, aumenta a pressão causando edema de pulmão e
contração congestão
SEIO CAROTÍDEO
- É uma cavidade/dilatação que existe no início da artéria carótida Válvulas semilunares
interna e no corpo dessa artéria há o CORPO CARÓTIDEO, - Há retorno de sangue da aorta para o VE (pressão aórtica
que é um quimiorreceptor que analisa a taxa de oxigênio que vai diastólica reduz, tempo diastólico também reduz e há volume
para o cérebro maior no ventrículo para ser ejetado). A longo prazo pode levar a
hipertrofia ventricular concêntrica ou excêntrica, dependendo do
- No seio carotídeo há neurônios pseudounipolares sensíveis a quanto a válvula está insuficiente
variação de pressão arterial (BARORRECEPTORES) que
enviam aferências pelo nervo vago e glossofaríngeos para o
ELEVAÇÃO DA PRÉ-CARGA
tronco cerebral
- Ocorre por conta do aumento do volume venoso
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
Aorta Ascendente:
- Artérias coronárias direita e esquerda: saem pelos óstios do
seio da aorta
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
A. Subclávia E/D:
A. Vertebral E/D: IRRIGAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
- Chegam até o crânio e penetram no crânio pelo forame magno Arco da Aorta:
- Ao passar pelo bulbo, se juntam no nível da ponte formando a ○ A. Subclávia Esquerda
Artéria Basilar ○ A. Carótida Comum Esquerda
A. Basilar = junção das Aa. vertebrais ○ Tronco Braquiocefálico: A. Carótida Comum Direita e A.
Subclávia Direita
A. Subclávia E/D:
- Proximal: passa embaixo da clavícula e vai até a axila, onde se
ramifica em:
- A. Vertebral E/D
- A. Torácica Interna E/D
- A. Tronco Tireocervical E/D
- A. Tronco Costocervical E/D
Passando da clavícula se torna: A. Axilar: irriga axila e ombro.
Segue até o cotovelo como A. Braquial
E depois se bifurca como:
Círculo arterial do cérebro (Polígono de Willis)
A. Radial: lateral
Local de anastomose de 9 artérias no cérebro
A. Principal do Polegar
A. Radial do Indicador
Ramo Palmar Superficial
Arco Palmar Profundo
A. Ulnar: medial
Ramo Palmar Profundo
Arco Palmar Superficial
OBS: anastomoses entre Ramos Palmares e Arcos Palmares
originam as Aa. Metacárpicas e Aa. Digitais.
IRRIGAÇÃO DO TÓRAX
7 - Artéria vertebral
8 - A. torácica interna
9 - Tronco cervical
10 - Tronco costocervical
IRRIGAÇÃO DO
ABDÔMEN E DA PELVE
A. Aorta Descendente (parte abdominal)
- A aorta torácica passa no HIATO AÓRTICO no diafragma e se
torna aorta abdominal.
- Há uma porção de vasos colaterais que surgem a partir da aorta
abdominal.
Tronco Celíaco
- A. Gástrica Esquerda: irriga a parte esquerda do estômago e a
parte abdominal do esôfago
- A. Hepática Comum: se bifurca em A. Hepática Própria
(irriga o fígado) e artéria gastroduodenal (irriga o intestino
delgado, principalmente o duodeno)
- A. Esplênica: irriga o baço, parte final do pâncreas
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
- Desce pelo fêmur emitindo tamos ao longo da coxa que ↪ V. Axilar E/D
supre a região inguinal, genitália externa e alguns músculos ↪ V. Braquial E/D
da coxa. ↪ V. Ulnar E/D: medial
- Esses ramos incluem: ↪ V. Radial E/D: lateral
Artéria femoral profunda: importante ramificação que ↪ Arco Venoso Palmar
irriga a região da coxa
● Veias superficiais:
Artéria poplítea surge na região do joelho e se bifurca gerando V. Basílica do Antebraço E/D: medial
a: ↪ Se abre na V. Braquial E/D
A. Tibial Anterior E/D V. Cefálica do Antebraço E/D: lateral
A. Dorsal do Pé E/D → A. Arqueada E/D (digitais dorsais) e ↪ Se abre na V. Axilar E/D
Ramo Plantar Profundo E/D Veias da mão e dos dedos E/D
A. Tibial Posterior E/D
OBS: V. Cefálica e Basílica do Antebraço se comunicam ao nível
A. Fibular E/D → A. Plantar Medial E/D (hálux + 3 aa. do cotovelo pela V. Intermédia do Cotovelo
dorsais) e A. Plantar Lateral E/D
OBS: Arco plantar é formado por anastomoses entre Aa.
Plantares e A. Arqueada, dando origem às Aa. Metatársicas
Plantais e Aa. Digitais
REDE VENOSA
- Veias são vasos pelo quais o sangue se aproxima do coração
- Veias superficiais sempre drenam para as veias profundas
DRENAGEM DO TÓRAX
DRENAGEM DA CABEÇA E DO PESCOÇO V. Cava Superior
Seios da dura-máter: canais venosos que vão coletar a maior ↪ V. Braquiocefálica E/D
parte do sangue vindo do interior do crânio. Drenam para o seio ↪ V. Ázigo
sigmoide, que atraessa o forame jugular e forma a veia jugular ↪ V. Hemiázigo
interna.
↪ V. Hemiázigo Acessória
○ Abóbada do crânio: Vv. Bronquiais
Seio Sagital Superior Vv. Esofágicas
Seio Sagital Inferior Vv. Intercostais
Confluência dos seios Algumas veias abdominais
Seio Reto OBS: V. Ázigo, V. Hemiázigo e V. Hemiázigo Acessória
Seio Transverso formam o sistema ázigo, que recebe as veias Bronquiais,
Seio Sigmóide (se abre no Forame Jugular) Esofágicas, Intercostais e algumas veias abdominais.
Seio Occipital - V. Hemiázigo e Hemiázigo Acessória drenam para a V. Ázigo
○ Base do Crânio: V. Braquiocefálica V. Cava Superior.
Seio Cavernoso
Seio Intercavernoso
Seio Petroso Superior
Seio Petroso Inferior
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre
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