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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

SISTEMA CARDIOVASCULAR

CORAÇÃO:
- Pesa normal: 300g
- Tamanho aproximadamente de uma mão fechada

LOCALIZAÇÃO:
Mediastino médio: entre os pulmões e músculo do diafragma,
entre 3ª costela do lado esquerdo
↪ no mesmo local que o coração, também encontramos o
pericárdio (lâminas), raízes dos grandes vasos e
brônquios principais

Ápice:
- Parte inferior composta pela cavidade do ventrículo esquerdo
PAREDE CARDÍACA
(VE)
- Afastada 9cm do plano mediano à esquerda ➪ EPICÁRDIO: superficial ao miocárdio - lâmina visceral do
pericárdio seroso
➪ MIOCÁRDIO: musculatura do coração
Base: parte mais larga
Obs: esquerdo é mais espesso que o direito pois a
- Contribuição da cavidade do átrio esquerdo (AE) a.aorta tem origem ali e o esforço realizado pelo
ventrículo esquerdo é muito grande para bombear o
Faces: sangue para o corpo todo

- Esternocostal (face anterior) Apresenta elevações internas:


- Pulmonar (face lateral)  Átrio (AD) e aurículas: músculos pectíneos (reforço de
- Diafragmática (face inferior) contração do átrio)
 Ventrículos: trabéculas cárneas (redutores do
turbilhonamento sanguíneo ventricular)
➪ ENDOCÁRDIO: revestimento interno do coração

MORFOLOGIA EXTERNA DO CORAÇÃO


ÁTRIO:
- Parte superior do coração (base)
- Possuem expansões chamadas de Aurículas (direita e
esquerda), que são expansões do átrio que funcionam como
válvulas de escapes para que o sangue consiga fluir, tendo
necessidade de acomodação
PERICÁRDIO: ENVOLTÓRIO DO CORAÇÃO Obs: a aurícula direita é maior que a esquerda
➪ Membrana fibrosserrosa  Átrio direito (AD): entrada das veias cava superior e
inferior. Possui um formato triangular
FIBROSO (Camada externa)  Átrio esquerdo (AE): entrada das 4 veias pulmonares.
↪ Impede a hiperdistensão do coração. Possui formato quadrilátero.
- Ligamento pericárdicofrênico: une o pericárdio fibroso ao
diafragma VENTRÍCULO: parte inferior
- Parte inferior do coração (ápice)
SEROSO (Camada interna)
 Ventrículo direito (VD): onde começa o tronco pulmonar
Formado por duas lâminas:
(cone arterial)
↪ Lâmina parietal: reveste o pericárdio fibroso por dentro e  Ventrículo esquerdo (VE): forma o ápice do coração e é
produz o líquido pericárdico
mais espesso que o ventrículo direito.
↪ Lâmina visceral (ou epicárdio): reveste internamente o
coração
SULCOS: depressões onde percorrem vasos sanguíneos que
➪ Entre as lâminas circula o líquido pericárdico → permite o irrigam o coração
deslizamento do coração e seus batimentos

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 Sulco interventricular anterior (siA): ocupado pelos vasos


interventriculares anteriores (artéria interventricular anterior
e veia cardíaca magna)
 Sulco coronário: separa as aurículas dos ventrículos, e
circunda quase completamente o coração. Ocupado pelas
artérias coronárias (direita e esquerda), veia cardíaca parca e
seio coronário.
 Sulco interventricular posterior (siP): parte do sulco
coronário e desce em direção a incisura do ápice do coração.
Ocupado pelo ramo interventricular posterior da artéria
coronária direita e veia interventricular posterior
 Sulco terminal: entre as entradas das veias cavas e a
aurícula. ➪ TRIGONOS FIBROSOS (direito e esquerdo): Áreas
triangulares de tecido conjuntivo fibroso.

APARELHO VALVAR
- São estruturas que permitem o trânsito do sangue dos átrios para
os ventrículos
Impedem o refluxo sanguíneo durante a contração
muscular
- Valva: conjunto de válvulas
- Formado pelas:
Valva com válvulas (v)
Cordas tendíneas (c)

MORFOLOGIA INTERNA Músculos papilares (m)

- 4 cavidades cardíacas: AD, AE, VD e VE

- SEPTO INTERATRIAL: separa o átrio direito do átrio


esquerdo
Obs: há mistura de sangue no feto por causa da ausência
desse septo, mas no pós-natal ele se fecha formando a
fossa oval
- SEPTO INTERVENTRICULAR: separa o ventrículo direito ➪ Cordas tendíneas estão ligadas aos músculos papilares e nas
e esquerdo válvulas. Na sístole, essas cordas puxam as válvulas fazendo com
Formada pela: parte membranácea (menor e superior) e que elas se fechem.
pela parte muscular (maior e inferior)
➪ diástole = relaxamento
- Impede que o sangue venoso e arterial se misturem
- A passagem entre átrio e ventrículo é chamada de ÓSTIO
VALVAS CARDÍACAS
ESQUELETO FIBROSO Valvas semilunares:
- Suporte e sustentação para o miocárdio, para as válvulas e para - Valva do tronco pulmonar: tricúspide sem cordas tendíneas ou
as valvas. músculos papilares
- Formado por anéis que contornam os orifícios. - Valva da aorta: tricúspide sem cordas tendíneas ou músculos
- Impede a distensão excessiva das valvas e vasos papilares. Estão com a cavidade (concha) voltada para cima
Obs: valva é o conjunto de válvulas Não apresentam cordas tendíneas e nem músculos papilares.
- Fixação das válvulas nos anéis fibrosos O sangue que transita entre elas sempre sai do coração
- Fixação para o miocárdio
- Isolante elétrico (contração independente) → a rede elétrica
responsável pelo batimento precisa ser organizada
- Valva atrioventricular direita (TRICÚSPIDE):
 3 válvulas: v. anterior, v. posterior e v. septal
 Cordas tendíneas presas a 3 m. papilares
 M. papilar septal: liga a v. anterior e v. septal
M. papilar posterior: liga a v. posterior e v. septal
M. papilar anterior: liga a v. anterior e v. posterior

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- Sulco terminal: entre aurícula e veia cava superior


- Valva atrioventricular esquerda (BICÚSPIDE / MITRAL): - Possui a fossa oval e limbo que é uma depressão que no feto era
um forame
 2 válvulas: v. anterior e v. posterior
 Cordas tendíneas presas a 2 m. papilares - Músculos pectíneos estão no átrio direito e nas aurículas direita
 M. papilar posterior: liga a v. posterior e v. septal e esquerda, que contribuem para a contração do átrio para ejetar
M. papilar anterior: liga a v. anterior e v. posterior sangue para os ventrículos.
Obs: Em cada músculo papilar há 2 válvulas - Crista terminal é um cordão muscular onde se fundem os
Obs: as válvulas estão entre átrio e ventrículo músculos pectíneos. Do lado externo do coração está o sulco
terminal
- Óstio do seio coronário é uma abertura para o sangue venoso
ser drenado

GRANDES VASOS – VASOS DA BASE


Artéria Aorta (A)
ÁTRIO ESQUERDO (AE)
 Possui 3 partes:
ASCENDENTE (de onde saem as a. coronárias) - Formato quadricular
ARCO DA AORTA - Entrada das veias pulmonares (2D e 2E)
DESCENDENTE
- Aurícula esquerda apresenta músculos pectíneos,
 VE: sangue se afasta
- O átrio esquerdo NÃO possui músculos pectíneos, tendo
Tronco pulmonar (TP) aspecto liso.
 VD: sangue se afasta
- Parede mais espessa que o AD
Veia cava superior (VCS) e Veia cava inferior (VCI):
 AD: sangue se aproxima
Veias pulmonares (VP)
 4 veias pulmonares
 AE: sangue se aproxima

VENTRÍCULO DIREITO (VD)


- CONE ARTERIAL: onde começa o tronco pulmonar
- Há 3 tipos de MÚSCULOS PAPILARES:
M. Papilar Septal: conecta a válvula anterior e a válvula
CARACTERÍSTICAS DAS CAVIDADES CARDÍACAS
septal
ÁTRIO DIREITO (AD) M. Papilar Anterior: conecta a válvula anterior e a válvula
- Formato triangular posterior

- Aurícula direita visível M. Papilar Posterior: conecta a válvula posterior e a


válvula septal
- Veias cavas superior entra na parte superior e a veia cava
inferior entra na parte superior
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- TRABÉCULA SEPTOMARGINAL: tipo de músculo papilar VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO:


que coordena a contração do músculo papilar anterior - Artérias coronárias e as veias cardíacas conduzem sangue que
- TRABÉCULAS CÁRNEAS: Saliência no interior do entra e sai do coração, irrigando e drenando o músculo e outros
tecidos.
ventrículo

IRRIGAÇÃO: leva nutrientes e O2 para os tecidos através do


sangue. Ocorre na diástole, pois na sístole o óstio está fechado.
Artérias: vaso pelo qual o sangue se afasta do coração.
Se ramificam em vasos de menor calibre
DRENAGEM: coleta resíduos metabólicos e CO 2 dos tecidos
trazendo de volta ao coração.
Veias: vaso pelo qual o sangue se aproxima do coração.
Se reúnem formando vasos de maior calibre

Artérias coronárias se originam dos óstios dos seios aórticos


(parte ascendente da a. aorta)

Artéria coronária direita


VENTRÍCULO ESQUERDO (VE) - Está entre o tronco pulmonar e aurícula direita.
- Forma o ápice do coração - Contorna o sulco coronário

- Musculatura mais espessa por conta da origem da artéria aorta Divide-se em:
(maior esforço) ○ Ramo do nó sinoatrial
- Há 2 tipos de músculos papilares porque a válvula é bicúspide ○ Ramo do cone arterial
(duas válvulas): ○ Ramo marginal direito
 Músculo papilar anterior ○ Ramo do nó atrioventricular
 Músculo papilar posterior ○ Ramo interventricular posterior
OBS: Miocárdio apresenta elevações internas nas superfícies
atrial e ventricular. Supre:
○ Átrio direito
- Na atrial formam os músculos pectíneos, que auxiliam no
○ Maior parte do ventrículo direito
reforço da contração do átrio.
○ Face diafragmática do ventrículo esquerdo
- Na ventricular encontramos as trabéculas cárneas, de menor
○ Parte do septo interventricular
projeção, atuando como redutores de turbilhonamento sanguíneo
ventricular (evita também a formação de coágulos) ○ Nó sinoatrial(40% das pessoas)
○ Nó atrioventricular(80% das pessoas)
Turbilhonamento sanguíneo → quando sai sangue do átrio e vai Artéria coronária esquerda
para o ventrículo ele precisa ter uma acomodação para que na - Está entre o átrio esquerdo e o tronco da artéria pulmonar
hora da contração ele seja ejetado. Não podendo ficar livre pois
senão será ineficiente o trabalho do coração Divide-se em:
○ Ramo interventricular anterior → percorre o sulco
interventricular anterior → Ramo diagonal ou ramo lateral
○ Ramo circunflexo → percorre o sulco coronário → Ramo
marginal esquerdo e Ramo posterior do VE

Supre:
○ Átrio esquerdo
○ Maior parte do ventrículo esquerdo
○ Parte do ventrículo direito
○ Maior parte do septo interventricular + fascículo e ramos
atrioventriculares do complexo estimulante
○ Nó sinoatrial (60% das pessoas)

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 Alongadas, citoplasma com poucas organelas e unidas


por junção de oclusão, limitando a permeabilidade de
algumas substâncias

PERICÁRDIO
- Saco fibrosseroso que aloja o coração
Pericárdio fibroso
 Camada externa que impede a hiperdistensão do
coração
 Tecido conjuntivo denso não modelado
Pericárdio seroso
 Camada interna formada por 2 lâminas:
DRENAGEM DO CORAÇÃO: veias cardíacas  Lâmina parietal: reveste o pericárdio fibroso por dentro
e produz líquido pericárdico → mesotélio
A maioria das veias que drenam o coração desembocam no seio  Lâmina visceral ou epicárdio: contato direto com o
coronário, que é o principal vaso que coleta parte do sangue músculo cardíaco → mesotélio
venoso e leva ao AD.
- Essas veias são:
● Veia cardíaca magna (maior)  extremidade esquerda do PAREDES CARDÍACAS
seio coronário. É a principal tributária. EPICÁRDIO (Túnica externa)
Obs: Começa próximo ao ápice como veia interventricular e - É a lâmina visceral do pericárdio seroso
junto a ela se funde a v. interventricular posterior - Tecido conjuntivo frouxo
● Veia interventricular posterior  extremidade direita - Pode haver acúmulo de tecido adiposo branco nessa camada
● Veia cardíaca parva (menor)  extremidade direita. - Revestidos externamente por epitélio simples pavimentoso
Transita pelo sulco coronário apoiado em lâmina basal → mesotélio
- Algumas veias se abrem diretamente no AD: veias cardíacas Obs: não é endotélio porque não reveste internamente
anteriores
- Algumas veias mínimas se abrem diretamente nas outras MIOCÁRDIO (túnica média):
câmaras cardíacas: veias cardíacas menores (mínimas) - Músculo estriado cardíaco
➪ Lado direito = 2 tributárias - Formado por fibras musculares estriadas cardíacas que
funcionam como um sincício (células que se conectam por discos
➪ Lado esquerdo = 3 tributárias intercalares e sinapses elétricas, então quando uma célula
desenvolve potencial de ação, todas desenvolvem como se fossem
uma única célula)

Fibras musculares estriadas cardíacas

HISTOLOGIA DO CORAÇÃO - Alongada, ramificada


- Todo sistema circulatório (sanguíneo e linfático) está revestido - 1 ou 2 núcleos centralizados
INTERNAMENTE por endotélio, que é um epitélio simples - Possui discos intercalares, que são junções comunicantes que
pavimentoso. permitem a união das células cardíacas
Células endoteliais - Presença de díades (túbulos T e uma cisterna do retículo
sarcoplasmático)
Obs: túbulo T está em cima da linha Z e o retículo
sarcoplasmático é pouco desenvolvido porque o cálcio para
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contração muscular vem do líquido extracelular. A membrana do


retículo tem alguns pontos de união com o túbulo T, mas não é
contínua.
- Presença de mitocôndrias próxima às miofibrilas
- Também apresenta lâmina basal da célula cardíaca, que envolve
todo o sarcolema.
- Além dos discos intercalares (que são junções
intercomunicantes), há ZÔNULAS DE ADESÃO (alfa-actinina e
vinculina → proteínas do citoesqueleto) e DESMOSSOMOS
Obs: quando essas células entram em processo de morte celular e
a falta de oxigênio ultrapassa 45 minutos, se torna irreversível.
Há o rompimento da membrana e liberação dos componentes na - Há endotélio apoiado em lâmina basal, uma camada
circulação, levando ao aumento da troponina subendotelial (tecido conjuntivo frouxo) e camada
subendocárdica (fibras subendocárdicas: células cardíacas
modificadas – células de Purkinje)
Fibras nodais
Obs: o tecido conjuntivo frouxo está abaixo do endotélio e entre
- São menores que as fibras circundantes as fibras subendocárdicas, do miocárdio e o epicárdio. Ele faz
- Menos miofibrilas: localização periférica nutrição das células.
- Desprovidas de discos intercalares internos Obs: as fibras subendocárdicas são mais claras que as cárdicas,
porque tem pouca miofibrilas e glicogênio.
Obs: fibras de condução atrial, fibras do fascículo AV, dos ramos
e fibras subendocárdicas são maiores do que as fibras ESQUELETO FIBROSO
circundantes - Estrutura as valvas
- Tecido conjuntivo denso não modelado

Fibras subendocárdicas (Sistema de Purkinje) VALVAS


- São fibras auto excitáveis e de condução que se distribuem no - Fixadas aos anéis fibrosos
miocárdio e são responsáveis por originar estímulos cardíacos
para que o músculo se contraia. - É formada por:

- Também possuem o núcleo centralizado, discos intercalares e  Camada esponjosa: tecido conjuntivo frouxo (fibras
ramificações. colágenas e elásticas numa matriz rica em
proteoglicanos)
- A diferença é que possuem um diâmetro maior, menor  Camada fibrosa: tecido conjuntivo denso não
quantidade de miofibrilas formando o sarcômero (localização modelado dos anéis fibrosos
periférica)  Camada ventricular: tecido conjuntivo denso não
- Muitas mitocôndrias, grânulos de glicogênio e gotículas de modelado
lipídios → energia - Recobertas por endotélio
- Citoesqueleto rico em desmina, sem túbulos T
- Desmossomos e junções GAP: rápido fluxo de íons CORDAS TENDÍNEAS
- Irrigação: artéria coronária esquerda - Tecido conjuntivo denso modelado recoberto por endotélio
Obs: citoplasma mais claro por conta da quantidade de (epitélio simples pavimentoso)
grânulos de glicogênio e miofibrilas na periferia das
células
- Tecido conjuntivo frouxo entre as células de Purkinje, vasos e FISIOLOGIA: SISTEMA CARDIOVASCULAR
nervos
Função do SC:
- Transporte: de hormônio, CO2, O2, nutrientes, proteínas
plasmáticas
E: endocárdio - Nutrição: artérias perfundem e nutrem os tecidos. Sangue chega
M: miocárdio até os tecidos pelas artérias, que se ramificam em arteríolas e
capilares.
Azul: tecido conjuntivo frouxo
- Artérias levam sangue do coração em direção ao corpo
Setas: discos intercalares  ricos
centrifugamente (fugindo do centro)
em junções gap ou comunicantes
- Remoção: veias drenam e fazem a remoção dos metabólitos
- Veias trazem sangue ao coração centripedamente (em
direção ao centro).
ENDOCÁRDIO (túnica íntima) Veias são complacentes: não produzem pressão porque
cedem
- Função integrativas dos sistemas e coordenação
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- Homeostáticas ventrículo é de forma passiva, ai o ventrículo faz força pra vencer


a pressão diastólica do tronco pulmonar.

COMPLEXO ESTIMULANTE CARDÍACO


- O músculo cardíaco (atrial e ventricular) tem contração
semelhante à do músculo estriado esquelético, porém é mais
longa
 Tem alto gasto energético (usa lipídio como fonte)
 Células não se regeneram
 Tem ritmicidade extrínseca, que permite originar os
batimentos cardíacos e com seus estímulos

- Vasos cardíacos que ficam na base: veia cava, veias


pulmonares. - O coração tem quatro cavidades
- Quando o ventrículo se contrai, ejeta sangue para a aorta  2 câmaras atriais → sincício atrial
(circulação sistêmica) ou para os pulmões (circulação  2 câmaras ventriculares → sincício ventricular
pulmonar). O VE ejeta sempre a mesma quantidade de sangue SINCÍCIO: células que se conectam por sinapses elétricas, então
que o VD, porém a força de contração é maior, pois ejeta o quando uma célula desenvolve o potencial de ação, todas as
sangue para a aorta e essa circulação percorre o corpo todo. células desenvolvem e se contraem como se fosse uma única
- Paredes do VE é mais espessa que do VD, por conta de um célula, porque estão unidas por junções comunicantes
número maior de células musculares estriadas cardíacas que esse - Dependente de cálcio e do complexo troponina-tropomiosina
músculo tem. Por isso a força de contração é maior, para bombear
o sangue para dentro da aorta. - Contração mais longa e demorada

- Os dois lados têm a mesma quantidade de sangue. O VD tem


que fazer força para vencer a pressão diastólica do tronco - Complexo estimulante do coração é formado por tecidos
pulmonar (8mmHg), e o VE tem que vencer a pressão da aorta especializados em gerar e conduzir impulsos elétricos
(80 mmHg).
- Quando o VE se contrai (sistole), precisa fazer uma força muito - Fibras excitatórias e de condução se originam nos nós
grande para vencer a pressão diastólica aberta. percorrem o septo interventricular e terminam como fibras
subendocárdicas
- Também são células musculares e estriadas, mas tem quantidade
de actina e miosina menor. A Função não é geração de força de
contração, mas gerar o estímulo para que o músculo cardíaco se
contraia.
- Altamente especializadas, maior diâmetro, menor quantidade de
miofibrilas, grande quantidade de mitocôndrias, glicogênio e
gotículas de lipídio
- Na sístole, o VE ejeta sangue para a aorta exercendo uma - Contra-em fracamente e apresentam descargas elétricas rítmicas
pressão de 120 mmHg (pressão sistólica). O sangue flui em geradas automaticamente para que o músculo cardíaco se contraia
direção aos tecidos para o organismo todo, então a pressão vai
reduzindo. A pressão diastólica é a do retorno venoso nas artérias
pulmonares. PROPRIEDADE DAS FIBRAS CARDÍACAS
Nas artérias pulmonares é 25 mmHg por 8 mmHg - Contratilidade (inotropismo): habilidade que o musculo
cardíaco tem de se contrair. Conseguem fazer isso por serem
Nas veias pulmonares é cerca de 2 mmHg
formados por células musculares esqueléticas.
- Excitabilidade (batmotropismo):
- A parede do átrio é fininha porque não precisa fazer muita força Propriedade de ser excitável de forma:
de contração e só tem que bombear o sangue para o ventrículo • Intrínseca: estimulada pelo próprio coração.
que está abaixo, e a força gravitacional ajuda. A sístole atrial só • Extrínseca (de fora): estimulação elétrica, química,
complementa o volume de sangue do ventrículo. neurovegetativa. Exemplo: adrenalina aumenta a atividade e
acetilcolina reduz
- 80% do sangue vai do átrio para o ventrículo de forma passiva,
porque encontra as válvulas tricúspide e mitral abertas. A sístole - Automatismo (cronotropismo): competência de gerar os
atrial joga 20% de sangue nos ventrículos. próprios estímulos

- Átrio é uma bolsa de escova, que precisa fazer uma força de - Condutibilidade (dromotropismo): transmissão do impulso a
contração bem pequena. A maior parte que vai do átrio para o todas as células cardíacas. Favorecido pelos discos intercalares,
que possuem junções comunicantes

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- Distensibilidade (lusitropismo): competência de se contrair e


relaxar

MECANISMO DE CONTRAÇÃO DO MÚSCULO


- A célula muscular cardíaca precisa de potencial de ação, Ca +2 e
ATP para se contrair
- Músculo atrial e músculo ventricular tem canais de cálcio
dependentes de voltagem e o retículo sarcoplasmático armazena
0: Quando a célula cardíaca é estimulada, uma grande quantidade
pouco Ca+2, pois a maior parte vem do líquido extra-celular
de sódio entra pelos canais de sódio dependentes de voltagem
(LEC)
rápidos, determinando a fase zero do potencial de ação e
despolarizando a célula.
1: No final da despolarização, quando a célula começa a ficar
positiva, os canais de sódio vão ficando inativo e os canais de
potássio começam a se abrir, e a célula começa a repolarizar, mas
o efluxo é transiente (dura pouco) porque o escape é
contrabalanceado pelo aporte de cálcio.
Foge um pouco de potássio mas entra cálcio, então a célula
permanece despolarizada em platô.
2: Platô → a célula permanece despolarizada porque o efluxo de
potássio é interrompido por uma corrente de Ca +2 tipo L, e através
de canais lentos de cálcio eles entram e sustentam a célula
despolarizada em platô. Liberação do cálcio armazenado no
retículo sarcoplasmático é muito importante para a mecânica de
A quantidade de cálcio armazenada no reticulo sarcoplasmático contração.
liso é menor, então boa parte do cálcio da contração celular vem 3: Os canais de Ca+2 se fecham e os canais Ikr e Iks (canais lentos
do líquido extracelular, por isso há vários canais de cálcio de potássio) se abrem, então há uma corrente com muito efluxo
de potássio com retificação retardada que repolariza a célula.

POTENCIAL DE AÇÃO EM PLATÔ 4: Corrente de potássio retificadora de influxo → quando atinge o


equilíbrio começa a haver influxo de potássio e a célula atinge
- Potencial de ação tem formato diferente. Cálcio vem tanto do
potencial de repouso.
líquido extracelular (com canais comporta dependendentes de
voltagem para ele), quanto do reticulo sarcoplasmático. Garante a Obs: essas células NÃO hiperpolarizam, porque -90mV é
contração e depois retorna para o retículo sarcoplasmático através potencial de equilíbrio do potássio, então quando chega nesse
de transporte ativo primário uniporte e também pode sair da valor, o potássio não consegue mais fugir.
célula com transporte ativo secundários através do sódio.
Resumo: despolariza → para em platô → repolariza
 0: canais de Na+ abrem
A: despolarização  1: canais de Na+ fecham
 2: canais de Ca+ abrem; canais de K+ fecham rápido
B: platô  3: canais de Ca+ fecham; canais de K+ abrem lentamente
C: repolarização  4: potencial de repouso

- Resposta rápida: potencial em platô


- No músculo atrial dura ≅ 2 segundos e no músculo ventricular
dura ≅ 3 segundos. Essa diferença está presente no período de
platô
Obs: O ventrículo tem platô maior que o átrio pois
precisa de mais força de contração e maior aporte de ELETROCARDIOGRAMA (ECG)
cálcio.
- Registra os impulsos elétricos e o ciclo cardíaco

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Onda P: despolarização atrial → ativação dos átrios


Intervalo PR: condução átrio-ventricular
Complexo QRS: despolarização dos ventrículos → ativação dos
Nó sinoatrial (nódulo sinusal): fibras interatriais e intermodais
ventrículos
Nó atrioventricular
Onda T: repolarização dos ventrículos → onda de recuperação
Fascículo atrioventricular: que se ramificam em ramo esquerdo
Onda U: segue polaridade da onda T
e ramo direito que se espalham pelo miocárdio compondo os
Segmento ST: intervalo entre despolarização e repolarização ramos subendocárdicos
ventricular
Obs: se não houver onda P é porque o nó sinoatrial não gerou
NÓ SINOATRIAL (SA)
impulso ou houve falha do sistema conduto do átrio
- Marca passo do coração
Obs2: a onda T não é diástole ventricular, pois o potássio pode
estar saindo da célula e repolarizando ela, mas o cálcio não pode - Gera o estímulo cardíaco (automatismo)
sair e o músculo permanece em sístole (situação patológica) - Localização:
Parede posterior do átrio
Ântero-lateralmente à junção da veia cava superior
Próximo da extremidade do sulco terminal
- Formado por FIBRAS NODAIS:
 Menores que as fibras circundantes
 Menos miofibrilas e na periferia da célula
 Desprovidas de discos intercalares típicos
 Membranas muito permeáveis ao sódio e pouco
permeáveis ao potássio, portanto há uma diferença entre
LEC e LIC
 Essa menor diferença elétrica inativa os canais rápidos
de Na+ e o potencial marcapasso torna-se gradualmente
menos negativo. Com a célula mais negativa, ativam
canais de Ca+2 do tipo T e canais de sódio tipo If, que
geral potencial de ação.

Observações:
- Se elétron não tem onda P: átrio não está despolarizando e não
vai se contrair
- Potencial de ação das fibras nodais NÃO TEM platô!
- 3 ondas PPPQRST: átrio está despolarizando 3cx antes de uma
- Células nodais estão entremeadas no tecido conjuntivo denso
despolarização ventricular, então o coração não está rítmico
(predomínio de fibras de colágeno e fibroblastos, além de
capilares sanguíneos e fibras nervosas)
COMPONENTES DO COMPLEXO ESTIMULANTE DO
CORAÇÃO (SISTEMA CONDUTOR INTRÍNSECO)
Propagação do nó SA:
1. Para ambos os átrios através das fibras de condução
atrial
2. Para o nó atrioventricular através das fibras
intermodais. A partir disso, seguem pelo fascículo
átrio ventricular

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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- Essas fibras apresentam tamanho intermediário entre as células


nodais e as células cardíacas circundantes → características de
transição.

Geração e condução de impulsos


Nó sinoatrial (AS) → fibras interatriais e intermodais → Nó
atrioventricular (AV) → Fascículo AV → Ramos D/E → Ramos
subendocárdicos

Potenciais de ação do complexo estimulante NÓ ATRIOVENTRICULAR (AV)


Células do nó sinoatrial: - Retarda o impulso do nó sinoatrial para a passagem do sangue
- São menos negativas que o neurônio porque o sódio tem duas do átrio para o ventrículo
forças para entrar dentro da célula (força elétrica e força de - Localização: Porção inferior do septo interatrial
contração).
- Células nodais estão entremeadas no tecido conjuntivo denso
- Tem maior quantidade de canais de vazamento de sódio, (predomínio de fibras de colágeno e fibroblastos, além de
portanto o sódio entra em maior quantidade, então a célula fica capilares sanguíneos e fibras nervosas)
menos negativa
Obs: o nó sinoatrial determina a frequência cardíaca, mas se ele
- Poucos canais de vazamento para potássio, canais que se abrem for lesado, não haverá mais sístole atrial e o nó atrioventricular
quando a célula tende a hiperpolarizar e põe para dentro da célula passa a desempenhar essa função promovendo a sístole
íons positivos ventricular.
Obs: a tendência do potássio é fugir das células, mas O coração vai permanecer em diástole. Reduz o volume de
nessas células tem menor quantidade de potássio sangue ventricular, compromete a musculatura cardíaca, mas vai
- Essas duas coisas deixam a célula menos negativa → mais continuar tendo sangue para ejetar. A consequência de o átrio não
próxima do limiar de estabilidade → potencial de ação fazer sístole é que reduz o volume de sangue ventricular,
compromete a musculatura cardíaca, mas o sangue continuará
- Potencial de ação do nó sino atrial é distribuído para todo átrio
sendo ejetado, porque 80% do sangue passa do átrio para o
rapidamente, levando a contração
ventrículo de forma passiva
- As células do nó atrioventricular se assemelham as do nó sino-
atrial.
Se lesar o nó atrioventricular, as fibras subendocárdicas podem
assumir a função de marcapasso, mas a frequência de descarga
cai muito e torna-se necessário a colocação de marca-passo.

FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR (Feixe de His)


- Conduz o impulso dos átrios para o ventrículo
Quando a célula começa a ficar mais negativa, ativa: - Localização: porção superior do septo interventricular
- Canais de cálcio do tipo T que se abrem quando a célula chega - Tem origem no nó atrioventricular, penetra o esqueleto cardíaco
no potencial de repouso para entrar no septo interventricular e se ramificar nos ramos
- Canais de sódio tipo If direito e esquerdo
- Resposta lenta  Ramo direito: conduz impulsos ao ventrículo direito
- Diferença entre LEC e LIC menor (-55 a -60 mV) devido a  Ramo esquerdo: conduz impulsos ao ventrículo esquerdo
maior permeabilidade da membrana aos íons Na + e a menor Frequência de descarga: 40-60 vezes/minuto
permeabilidade de membrana ao K+
- Essa menor diferença elétrica responde por inativar os canais FIBRAS SUBENDOCÁRDICAS
rápidos de Na+
- Também chamadas de fibras de Purkinje
- Potencial de ação é causado graças aos canais lentos de Ca ++ e
Na+ - Conduzem o impulso para todo ventrículo
- Célula muito especializada, maior diâmetro, menos miofibrilas,
muitas mitocôndrias, grânulos de glicogênio e gotículas de
lipídio. Citoesqueleto rico em desmina, sem túbulos T e com
junções celulares (desmossomos e junções intercomunicantes)

10
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

Obs: citoplasma mais claro por conta da quantidade de - O coração é suprido por fibras do plexo cardíaco (sistema
grânulos de glicogênio e miofibrilas na periferia das nervoso autônomo)
células
- Tecido conjuntivo frouxo entre as células de Purkinje, vasos e Simpático:
nervos  Neurônios pré-ganglionares: T1-T5
- Se lesar o nó AS e o AV, as fibras subendocárdicas assumem a  Neurônios pós-ganglionares: Tronco pulmonar
função de marca-passo, mas a frequência de descarga cai muito e  Aumento da frequência cardíaca e força de contração:
é necessário cirurgia. aumento do aporte de sódio e cálcio por conta de receptores
β1 de adrenalina (abre canais)
Frequência de descarga: 15-40 vezes/minuto  Inerva átrios e ventrículos
 Estimulação simpática normalmente tem descarga contínua,
- Fibras subendocárdicas tem potenciais iguais a do átrio e do o que eleva a frequência cardíaca
ventrículo
- Células que tem diâmetro menor, menos junções comunicantes
e são um pouco mais negativas que o nó sinoatrial

Parassimpático
 Neurônios pré-ganglionares: nervo vago (10º par dos
cranianos)
 Neurônios pós-ganglionares: gânglios próximos aos nós SA
e AV
 Por meio do nervo vago reduz a frequência cardíaca por
conta de receptores M2 (abre canais de potássio)
 Inverna somente átrios
Obs: os nervos do simpático e do parassimpático estão
localizados no plexo cardíaco.
- O nervo vago libera acetilcolina no neurônio pós-ganglionar no
nó sino atrial e nó átrio ventricular, então se ligam no receptor
muscarínicos tipo M2 e abre canais de potássio, que foge das
células, deixando a mais negativa. Reduz força de frequência
cardíaca do átrio, ventrículo, força de contração atrial

IRRIGAÇÃO
Nó sinoatrial (SA)
 60% das pessoas: artéria coronária direita
 40% das pessoas: artéria coronária esquerda
Nó atrioventricular (AV)
 60% das pessoas: ramos da artéria coronária direita
 40% das pessoas: ramos da artéria coronária esquerda
Fascículo atrioventricular
 Ramo interventricular anterior da artéria coronária
esquerda

INERVAÇÃO

11
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

ARTÉRIA
- Vaso pelo qual o sangue se afasta do coração (centrifugamente)
- Podem ser de grande, médio ou pequeno calibre

SISTEMA VASCULAR

HISTOLOGIA: VASOS SANGUÍNEOS ARTÉRIA DE GRANDE CALIBRE (ELÁSTICA)


Ex: aorta
MÚSCULOS LISO Túnica íntima
- Presente na parede dos vasos sanguíneos  Endotélio simples pavimentoso apoiado em lâmina
- Morfologia fusiforme (células longas) basal → secreta fator 8 de coagulação
 É delimitada por uma lâmina elástica limitante interna
- Núcleo centralizado que acompanha a morfologia da célula
 TCF com presença de fibras elásticas e fibras de
- Não apresenta estriações colágeno, entremeadas por células musculares lisas
- Células revestidas por lâmina basal Túnica média
- Mantidas unidas por uma rede de fibras reticulares que amarram  Muito rica em fibras elásticas
as células musculares lisas umas as outras  Camada mais desenvolvida e espessa
- Sarcolema: cavéolas – contém íons cálcio utilizados para a  As fibras elásticas se unem formando a lamela elástica
contração muscular. É uma pequena invaginação da membrana organizada em camadas e entre elas há músculo liso
Não tem túbulos T Túnica adventícia
- Sarcoplasma: possui filamento de actina estabilizados pela  Tecido conjuntivo frouxo, fibras elásticas e pouco
combinação com tropomiosina, sintetizam colágeno do tipo II e colágeno
possuem fibras elásticas e proteoglicanas  Há pequenos vasos sanguíneos (vasa vasorum) que
fazem a nutrição arterial
- Se lesionada entra em mitose e regenera o músculo inteiro
- Corpos densos são pontos de ancoragem na membrana e
também no citoplasma dos filamentos de actina e miosina
com o auxílio de filamentos intermediários (desmina e
vimentina

VASOS SANGUÍNEOS
- Rede tubular fechada por onde o sangue flui do coração para
todo o corpo e depois retorna ao coração
- São formados por TÚNICAS
Túnica íntima
 Endotélio, lâmina basal e tecido conjuntivo frouxo ARTÉRIA DE MÉDIO CALIBRE (MUSCULAR)
(camada subendotelial) - Rica em músculo liso e com menos fibras elásticas na túnica
 Todos os vasos se iniciam na túnica íntima média
Túnica média Túnica íntima
 Músculo liso associados a fibras colágenas e fibras  Endotélio apoiado em lâmina basal.
elásticas  Abaixo há a camada subendotelial composto por TCF e
membrana elástica limitante interna bem visível (separa
Túnica adventícia (mais externa) a túnica íntima da média)
 Tecido conjuntivo, fibras de colágeno e fibras elásticas  Constituído por músculo liso que se comunicam por
junções GAP
Obs: na artéria, a túnica média é mais desenvolvida. Nas veias, é
a túnica adventícia Túnica média
12
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

 Rica em músculo liso e com menor quantidade de fibras - Vesículas pinocíticas: transporte de substâncias entre a luz e o
elásticas tecido adjacente
 Não apresenta fibroblastos, então as células musculares - Localização: músculos, pulmões, timo e encéfalo
lisas sintetizam componentes da MEC
 A lâmina elástica externa limitante separa a túnica
média da adventícia 2) Capilares fenestrados
Túnica adventícia - Fenestras são aberturas na membrana do endotélio, que são
 Tecido conjuntivo frouxo com fibroblastos, fibras obstruídas ou não por um diafragma fino
elásticas e fibras colágenas - Lâmina basal contínua
 Há vasa vasorum (pequenos vasos sanguíneos que
- Geralmente é encontrado em locais com intensa troca de
fazem a nutrição arterial da túnica adventícia e da
substâncias entre as células e o sangue
túnica média) e nervi vasorum (nervos da parede dos
vasos) - Localização: ao redor de glândulas endócrinas, locais de
absorção de líquidos e metabólitos no trato intestinal e vesícula
biliar
Obs: os capilares fenestrados sem diafragma se encontram nos
glomérulos renais

3) Capilares descontínuos, sinusais ou sinusóides


- Endotélio e lâmina basal descontínuas
- Troca intensa de sangue e parênquima nos locais em que irriga,
pois a abertura na lâmina permite a passagem de substâncias
maiores

ARTÉRIA DE PEQUENO CALIBRE (ARTERÍOLA)


Se diferem pelo número de camadas de músculo liso e pela
espessura
Pequeno calibre: 8 camadas de células musculares lisas
Arteríola: 1 a 2 camadas de músculo liso
Túnica íntima
 Endotélio apoiado em lâmina basal, tecido conjuntivo,
células de músculo liso e membrana elástica interna PERICITOS
(pode não ter na arteríola) - São células do sistema nervoso central (SNC), que envolvem o
Túnica média endotélio dos vasos sanguíneos cerebrais, compondo a barreira
hematoencefálica
 Células musculares lisas entremeadas em fibras
colágenas - Origem mesenquimal
Túnica adventícia - Após dano, se diferenciam em novas células endoteliais ou
células musculares lisas
 Tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas
- Função: manutenção das funções metabólicas e de sinalização
dos microvasos
- Se encontram ao redor dos capilares somáticos e compartilham
a lâmina basal da própria célula
- Morfologia achatada e alongada
- Permite a diferenciação desses para o processo de angiogênese
(formação de novos vasos)

CAPILARES SANGUÍNEOS
- Ramificação das arteríolas e das vênulas
- Menores vasos sanguíneos do corpo
- Responsáveis pelo transporte e intercâmbio de gases VEIA
metabólicos da célula
- Vaso pelo qual o sangue se aproxima do coração
- Composição: 1 a 3 camadas de células apoiadas em lâmina basal (centripetamente)
1) Capilares somáticos ou contínuos - Podem ser de grande, médio e pequeno calibre
- Células endoteliais unidas por junções de oclusão
- Lâmina basal contínua VÊNULAS
13
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- Possuem 3 túnicas não tão distinguíveis


- Vênulas pós capilar apresentam apenas a túnica íntima e podem
apresentam periquitos
- Formato de luz alongado
Túnica íntima
 Camada subendotelial delgada ou inexistente que
facilita a DIAPEDESE (passagem de células
sanguíneas)
Túnica média
 1 a 2 camadas de células musculares lisas
Túnica adventícia
 Mais espessa com tecido conjuntivo e fibras

VEIAS DE PEQUENO CALIBRE


Túnica adventícia bem desenvolvida e média pouco desenvolvida
Túnica íntima
 Endotélio apoiado em lâmina basal com TCF
 Podem apresentam 2 a 3 camadas de músculo liso
Túnica média
 2 a 3 camadas de músculo liso entremeadas em tecido
conjuntivo frouxo (TCF)
Túnica adventícia
 Tecido conjuntivo frouxo e algumas fibras elásticas

VEIAS DE MÉDIO CALIBRE


Túnica íntima
 Endotélio apoiado em lâmina basal, tecido conjuntivo
frouxo, células musculares lisas e membrana elástica
interna
Túnica média
 6 camadas de células musculares lisas entremeadas com
2 a 3 camadas de fibras colágenas
Túnica adventícia
 Tecido conjuntivo frouxo e algumas fibras elásticas

VEIAS DE GRANDE CALIBRE


- Possuem válvulas no interior, que consistem em dobras da
túnica íntima que se projetam para o interior em forma de meia-
lua
Válvulas: tecido conjuntivo frouxo, fibras elásticas, revestidas
por endotélio. São responsáveis por direcionar o sangue para o FISIOLOGIA: HEMODINÂMICA
coração
CIRCULAÇÃO
Túnica íntima
- Supre a necessidade dos tecidos transportando nutrientes e
 Endotélio apoiado em lâmina basal, tecido conjuntivo eliminando produtos do metabolismo para que todas células e
frouxo e músculo liso esparso líquidos funcionem de maneira adequada
Túnica média
 2 a 15 camadas de células musculares lisas entremeadas VASOS SANGUÍNEOS
em fibras colágenas
- Rede tubular fechada que permite que o sangue flua do coração
Túnica adventícia para todo o corpo, e depois retorne
 Bem desenvolvida e formado por tecido conjuntivo - Ao deixar o coração, o sangue passa por vasos de diâmetro
frouxo com vasa vasorum e músculo liso longitudinal progressivamente menores: artérias → arteríolas → capilares
- O sangue retorna ao coração por vasos de diâmetro
progressivamente maiores: capilares → vênulas → veias

14
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

ARTÉRIAS E ARTERÍOLAS Hidrostática do interstício A favor da filtração


- A aorta é a origem para diversos vasos
 Ascendente: artéria coronária direita e esquerda  Hidrostática do capilar: é a força que o líquido faz na luz
 Arco: três vasos que irrigam membros superiores, que é do capilar e é favorável a filtração (extremidade arterial)
o tronco braquiocefálico (artéria carótida comum direita e  Proteínas que não saem do capilar: por serem
artéria subclávia direita), artéria carótida comum osmoticamente ativas, são favoráveis a absorção
esquerda e a artéria subclávia esquerda (extremidade venosa)
 Descendente: irriga membros inferiores e todos os  Hidrostática do interstício: absorção
órgãos encontrados abaixo do coração  Proteínas no interstício: gera força osmótica que arrasta
água → favorável a filtração
Artérias
Grande calibre → distensibilidade por conta da grande presença - Cálculo para ver em que sentido a troca de gases e nutrientes
de fibras elásticas acontece:
Obs: distensibilidade é diferente de dilatação da Soma das favoráveis à filtração
musculatura lisa
Soma das favoráveis à absorção
- São vasos pulsáteis
O resultado maior vence
- Quando o ventrículo faz sístole, ele joga 70mL (muito) de
sangue na aorta com grande pressão, e como ela possui muitas
fibras elásticas, sofre distensibilidade e volta ao seu calibre Pc (PH intracapilar) + πi (PO intesticial)
original Pi (PH intersticial) + πc (PO intracapilar)
- A medida que as artérias reduzem seu calibre, elas perdem K: constante de difusão → é a competência do capilar deixar as
fibras elásticas e ganham musculatura lisa, diminuindo substâncias passarem em suas fenestras
distensibilidade e ganhando resistência

Obs: se uma pessoa tiver baixa pressão oncótica, as proteínas não


Arteríolas vão dar conta de manter o sangue dentro do capilar e ele vai
- Pequenos ramos terminais das arteríolas extravasar causando edema
- Possuem mais musculatura lisa do que nas fibras elásticas → Obs: anastomose comunicação entre duas ou mais
vasos de resistência artérias/arteríolas e vênulas/veias que favorecem a irrigação do
órgão
- É capaz de ocluir vasos ou dilatá-los, alterando o fluxo
sanguíneo em cada tecido de acordo com sua necessidade VEIAS E VÊNULAS
Oferece resistência ao fluxo sanguíneo - São vasos de capacitância, porque são distensíveis
Obs: vasoconstrição ou vasodilatação é referente a atividade - São complacentes, pois cedem pela pouca quantidade de
arteriolar, pois artérias de grande calibre não realizam essa função músculo liso
porque não possuem receptores que determinam a mudança no
calibre a partir de estímulos químicos
Vênulas
CAPILARES
- Coletam sangue dos capilares
- Realizam as trocas de gases e nutrientes diretamente com os
tecidos - Covalescem formando veias cada vez maiores
- O que determina o sentido dos fluxos são as forças de difusão - Possuem menos elastina que as veias de médio e de grande
(absorção ou filtração) calibre
- Possui uma:
 Extremidade arterial: pressão hidrostática é maior no Veias
interior dos capilares e o líquido extravasa levando - Promovem o retorno do sangue venoso
substâncias (nutrientes, oxigênio e água) para dentro das
- São complascentes por conta da pouca musculatura
células → filtração
 Extremidade venosa: pressão hidrostática é menor que a - Paredes finas, poucas fibras musculares
pressão osmótica, então as substâncias que a células joga no - Podem ser: superficiais (subcutâneas), profundas (satélites ou
interstício retornam para os capilares → absorção solitárias) ou comunicantes (ligam as superficiais as profundas)
- Inervadas pelo sistema nervoso simpático: podem sofrer
FORÇAS DE STARLING venoconstrição ou Venodilatação, que é bem menor do que as
artérias por conta da túnica média pouco desenvolvida
- Segue forças osmóticas (de substâncias osmoticamente ativas)
ou hidrostática (de líquidos)
- Determina o movimento do líquido na membrana do capilar RETORNO VENOSO
Pressões envolvidas com - Sístole ventricular esquerda
Sentido do movimento
filtração e absorção - Variação da pressão sanguínea: o sangue vai de onde tem mais
Hidrostática do capilar A favor da filtração pressão para onde tem menos
Hidrostática do interstício A favor da absorção - Valvas venosas: estão presentes apenas nas veias de membros
inferiores e ajuda o sangue a retornar para o coração contra a
Hidrostática do capilar A favor da absorção força gravitacional

15
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- Bomba muscular: devido a contração dos músculos, há a Serotonina Óxido nítrico


compressão das veias e o sangue é empurrado para cima, Endotelina 1 Lactato
auxiliando o retorno venoso
Neuropeptídeo Y Adenosina
Coração venoso plantar: a movimentação dos pés
comprime as veias e ajuda o sangue a subir Diminuição da
Diminuição da tensão de O2
temperatura corporal
Obs: a diferença de pressão entre a aorta (120 mmHg x 80
mmHg) e as veias cavas tende a zero Aumento da tensão de CO2
Obs: a diferença entre a artéria pulmonar (25 mmHg x 8 mmHg) Diminuição do pH
e as veias pulmonares tendem a 2 mmHg Aumento da temperatura local

METARTERÍOLA

FLUXO SANGUÍNEO
Normal (adulto): 100 mL/s ou 6 L/min
- Depende de: variação de pressão (lei dos fluxos) e resistência do
vaso
- Tipos:
 LAMINAR:
- Ocorre na maior parte do sistema vascular
- Segue mais lento nas paredes do vaso e mais rápido no centro
- O que gera lentidão nas paredes são as hemácias e glóbulos
brancos que fazem fricção, enquanto no centro só tem atrito
- Une uma artéria com veia (arteríola com vênula) dos elementos entre si
- O sangue não passa no leito capilar, passa direto na metarteríola - Variações muito pequenas no diâmetro podem alterar muito o
volume do líquido conduzido
- Na junção da arteríola com os capilares tem um esfíncter
composto por musculatura lisa chamada de esfíncter pré-capilar
 TURBILHONAR:
Tem muitos receptores para adrenalina e noradrenalina - Ocorre quando algo está impedindo o fluxo normal (curva,
- Mecanismos sinalizadores (substâncias químicas) determinam a: bifurcação, obstrução, coágulo, gordura ou aumento grande da
velocidade do sangue)
Dilatação dos esfíncteres pré-capilares: maior fluxo sanguíneo - Fluxo ocorre em todas as direções do vaso
chegando nos capilares e na região que está sendo utilizada - Obs: indivíduos com anemia possui menos viscosidade,
- Se o Sistema Nervoso gerar vasoconstrição das artérias e no fazendo com que ele flua mais rápido podendo haver
turbilhonamento
esfíncter pré-capilar → irá chegar menos sangue nas arteríolas e
capilares → diminui a pressão hidrostática e haverá menor Obs: aorta (33 cm/s), capilares (0,003 cm/s)
filtração dos capilares → maior aporte sanguíneo no cérebro que
nos músculos
- Adrenalina
 Receptor α1: vasoconstrição
 Receptor β2: vasodilatação
- Coronárias tem alfa-adrenérgicos, mas a maioria são β2
- Pele e mucosas tem receptores alfa CICLO CARDÍACO
- Músculos apresentam mais receptores β2 - Conjunto de eventos entre o início de um batimento e o início
do próximo

- A acetilcolina atua em receptores pós-ganglionares simpáticos e - Inicia pela geração espontânea de um potencial de ação no nó
inibe o efeito da noradrenalina determinando a sinoatrial
VASODILATAÇÃO
Início
- A inervação das veias e artérias é feita pelo Sistema nervoso
simpático, mas a inervação das veias é MENOR que a das 1) Relaxamento isovolumétrico ventricular
artérias, por isso sofre menos venoconstrição ou dilatação - Átrios em diástole
- Válvulas atrioventriculares fechadas
Vasoconstritores Vasodilatadores - Os átrios começam a se encher de sangue a pressão arterial
aumenta
Noradrenalina Acetilcolina
Catecolaminas Bradicinina
2) Enchimento ventricular rápido
Angiotensina II Angiotensina (1-7)
- O átrio está cheio, então a pressão atrial é muito maior que a
Vasopressina Substância P pressão ventricular

16
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- Válvulas atrioventriculares se abrem e o sangue entra - Contração dos ventrículos: Início da sístole
rapidamente nos ventrículos através de um enchimento passivo Obs: sopro quando não há fechamento correto das valvas
atrioventriculares
3) Enchimento ventricular rápido
- A pressão atrial reduz um pouco com a passagem de parte do
sangue para os ventrículos
SEGUNDA BULHA (B2): “Tá”
- Como a pressão ventricular aumenta, o sangue passa mais - Fechamento das valvas semilunares (valva aórtica e pulmonar)
lentamente para os ventrículos de forma passiva
- Relaxamento dos ventrículos
- O enchimento ventricular passivo (rápido e lento) correspondem
a 80% do volume ventricular - Final da sístole e início da diástole
4) Sístole atrial
- Pressão ventricular e atrial se igualam DÉBITO CARDÍACO
- Átrio faz sístole para ejetar os 20% de sangue restante no - É a quantidade de sangue ejetada pelo coração durante 1 minuto
ventrículo Volume sistólico (VS) x frequência cardíaca (FC)
- A pressão no ventrículo passa a ser maior, porque ele está cheio Volume sistólico (VS): é a quantidade de sangue ejetada por
(110/120mL) e o átrio está vazio batimento (mL/batimento). Depende da: pré-carga, pós-carga e
contratilidade
5) Diástole ventricular Frequência cardíaca (FC): é a quantidade de batimentos por
minuto. É influenciada por fatores cronotrópicos: positivos (↑
- Válvulas atrioventriculares estão fechadas FC) e negativos (↓ FC)
- O sangue do ventrículo tenta voltar para os átrios e “bate” nas
válvulas fechadas, gerando a PRIMEIRA BULHA CARDÍACA
(B1) Volume diastólico final (VDF): 110 a 120 mL
- Volume ventricular ao final da diástole
6) Contração isovolumétrica ventricular - Também conhecido como pré-carga, que é a pressão que o
sangue exerça na parede dos ventrículos
- Nesse momento, o estímulo que estava sendo retardado pelo nó
AV passa pelos fascículos, ramos direito e esquerdo, e começa a - A força de contração necessária para contrair o ventrículo tem
contrair os ventrículos que ser maior que a pré-carga
- A pressão aumenta muito com o objetivo de vencer a pressão
arterial e abrir as válvulas semilunares aórtica (ventrículo Volume sistólico final (VSF): 40 a 50 mL
esquerdo) e pulmonar (ventrículo direito)
- Quantidade de sangue que resta nos ventrículos após a sístole
(ejeção)
7) Fase de ejeção
- Quando a pressão nos ventrículos fica maior que a pressão Fração de ejeção
diastólica da aorta (80 mmHg) e a do tronco pulmonar (8 mmHg),
- É o volume de sangue expelido no volume diastólico final,
as válvulas se abrem e o sangue é ejetado
sendo por volta dos 60%
- A pressão na aorta vai de 80 para 120 mmHg e a do tronco
FE = VDF – VSF
pulmonar vai de 8 para 25 mmHg

Pressão arterial
8) Diástole ventricular
PA = DC (débito cardíaco) x R (resistência corporal periférica)
- Com a ejeção de sangue, a pressão ventricular reduz enquanto a
pressão aórtica e do tronco pulmonar aumentam PA = FC x VS x R
- As válvulas semilunares se fecham, e ocorre a SEGUNDA
BULHA CARDÍACA (B2) CONCEITOS GERAIS
- Enquanto os ventrículos estão em diástole, o átrio recebe sangue PRÉ-CARGA: grau de tensão quando a contração se inicia →
do retorno venoso, aumentando a pressão e reiniciando o pressão diastólica final (pressão que o sangue exerce na parede do
processo ventrículo ao final da diástole)
OBS: Normal – 80 vezes/minuto Estiramento máximo que o coração faz antes da ejeção
Taquicardia – 100 vezes/minuto ventricular (contração).
Bradicardia – 60 vezes/minuto

PÓS-CARGA: carga contrária a qual o músculo exerce sua força


→ pressão da artéria na saída do ventrículo + resistência
AUSCULTA DO CORAÇÃO periférica total
PRIMEIRA BULHA (B1): “Tum” - A força exercida pelo ventrículo tem que superar a pressão
- Fechamento das valvas atrioventriculares (tricúspide e exercida pela aorta
bicúspide)
- A vasocontrição aumenta a pós-carga então o músculo vai ter
- “Tum”: som mais grave e com duração um pouco maior que a que fazer mais força para vencer
segunda bulha
Resumo:

17
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- A pressão do átrio aumenta durante a sístole e todo o sangue é - O tronco emite eferências que vão estimular o sistema nervo
jogado para o ventrículo. Com isso, a pressão do ventrículo fica simpático ou parassimpático
maior e a válvula mitral se fecha.
- Começa a contração isovolumétrica, a pressão do ventrículo fica
maior que a diastólica da aorta e as válvulas semilunares se Obs: o REFLEXO BARORRECEPTOR é importante para o
abrem, aumentando o volume de sangue na aorta e diminuindo no controle de pressão arterial a curto prazo e é irrigado por fluxo
ventrículo turbilhonar, gerando desgaste com o passar dos anos
- Quando a pressão da aorta fica maior do que a do ventrículo, as - Idosos podem ter queda brusca de pressão quando passam da
valvas se fecham e o ventrículo entra em diástole posição sentada para em pé, pois o reflexo não consegue
- Ventrículo fica com uma pressão menor que o átrio que estava compensar a mudança brusca
se enchendo, as valvas se abrem e o ciclo recomeça

REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO


DÉBITO CARDÍACO
 Repouso: 4 a 6 L/min
 Exercício: aumenta de 4 a 7 vezes

Regulação cardíaca intrínseca


- Mecanismo de Frank-Starling: capacidade intrínseca do
coração de se adaptar a volumes crescentes de efluxo sanguíneo
- Até 150 mL, quanto mais o miocárdio for distendido durante o
enchimento, maior será a força de contração e mais sangue será PATOLOGIAS CARDÍACAS
bombeado para a aorta VALVOPATIAS
- Porém, se o sarcômero for estirado mais que 150 mL, a força de
contração diminui, pois a pré-carga fica muito intensa para ser ESTENOSE VALVAR
superada - Valva não abre direito
- Quanto maior for o retorno venoso, maior será a distensão da
parede do átrio direito → mais canais de Ca+2 abertos e mais Valva mitral (bicúspide):
estiramento do nó sinoatrial → aumento do estímulo e da - Dificulta a passagem de sangue e do átrio para o ventrículo,
frequência cardíaca → aumento do débito cardíaco acumulando sangue no átrio. Esse acúmulo ocasiona o aumento
 Pré-carga: força de estiramento cardíaco na diástole da pressão atrial e consequente dilatação do átrio esquerdo (e do
complexo estimulante) → arritmias de origem atrial (fibrilação
 Pós-carga: força que atua contra o encurtamento da
atrial)
fibra
 Contratilidade: propriedade intrínseca na performance - Congestão pulmonar (refluxo pelas veias pulmonares) causa
sistólica edema agudo de pulmão (aumento da pressão hidrostática das
 Catecolaminas (ADR): força de contração veias pulmonares e extravasamento de plasma para os pulmões)

Valva da aorta:
Regulação cardíaca extrínseca
- Aumento da pressão sistólica e diastólica do ventrículo
- Controlado pelo Sistema Nervoso Autônomo Simpático e esquerdo, pois o sangue encontra dificuldade em sair do
Parassimpático ventrículo. Com isso, há o aumento do tempo de ejeção e do
Sistema neurovegetativo: reflexo barorreceptor no arco aórtico e trabalho cardíaco, podendo levar a hipertrofia excêntrica
seio carotídeo que percebem alterações na pressão e estimulam INSUFICIÊNCIA VALVAR:
respostas
- Valva não fecha direito
 Pressão baixa: SIMPÁTICO → vasoconstrição,
aumento da frequência cardíaca, aumento na força de
contração Valva mitral (bicúspide)
 Pressão alta: PARASSIMPÁTICO → vasodilatação, - Durante a contração isovolumétrica, o sangue retorna para o
redução da frequência cardíaca, redução da força de átrio, e com isso, aumenta a pressão causando edema de pulmão e
contração congestão
SEIO CAROTÍDEO
- É uma cavidade/dilatação que existe no início da artéria carótida Válvulas semilunares
interna e no corpo dessa artéria há o CORPO CARÓTIDEO, - Há retorno de sangue da aorta para o VE (pressão aórtica
que é um quimiorreceptor que analisa a taxa de oxigênio que vai diastólica reduz, tempo diastólico também reduz e há volume
para o cérebro maior no ventrículo para ser ejetado). A longo prazo pode levar a
hipertrofia ventricular concêntrica ou excêntrica, dependendo do
- No seio carotídeo há neurônios pseudounipolares sensíveis a quanto a válvula está insuficiente
variação de pressão arterial (BARORRECEPTORES) que
enviam aferências pelo nervo vago e glossofaríngeos para o
ELEVAÇÃO DA PRÉ-CARGA
tronco cerebral
- Ocorre por conta do aumento do volume venoso

18
Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

Ex: doença renal que gera problema na filtração


- A sobrecarga do volume aumenta a pressão que o sangue exerce
na parede do ventrículo e aumenta o débito cardíaco (saída de
mais volume de sangue)
- Causa a hipertrofia excêntrica do miocárdio → aumento dos
miócitos em comprimento, parede fica mais delgada e ocorre a
dilatação ventricular, fibrose extensa e disfunção cardíaca
avançada

ELEVAÇÃO DA PÓS-CARGA Arco da aorta:


- Ocorre por conta do aumento da pressão arterial (hipertensão) - Tronco braquiocefálico: a. carótida comum direita e artéria
subclávia direita
- Redução do débito cardíaco (menos volume de sangue saindo) e
aumento da resistência periférica (por conta de maior pressão) - A. carótida comum esquerda
- Causa a hipertrofia concêntrica do miocárdio → sarcômeros - A. subclávia esquerda
depositados em paralelo → aumento da parede do miocárdio e
aumento da força de contração - A. carótida comum esquerda e direita se bifurcam no nível da
Obs: Hipertrofia fisiológica em atleta 4ª vértebra cervical formando:
- Gerada por atividade física, que eleva a pressão arterial e pode
levar a um discreto aumento das câmaras cardíacas, porém a A. Carótida Interna E/D:
espessura do miocárdio não ultrapassa a normalidade - Irriga o SNC: penetra no crânio pelo canal carótico (osso
- Atleta de força e potência: temporal)
Sarcômeros em “paralelo” Obs: Não há ramificações antes de entrar no cérebro,
Hipertrofia concêntrica mas quando entra, emite vasos
- Atleta de resistência - Seio carótico: dilatação que está na porção inicial e onde se
Sarcômeros depositados em “série” encontram baroceptores para medição da pressão arterial
Hipertrofia excêntrica (aumento importante na - Corpo carótico: possui quimioceptores para análise da taxa de
frequência cardíaca e no débito sistólico) O2 no sangue
- Nervo glossofaríngeo leva informações da pressão arterial e
taxa de O2 dos receptores ao SNC
- Sifão carótico: curvaturas que a artéria sofre assim que entra no
crânio
Obs: se a PA estiver alta, as curvaturas contribuem para a
redução do fluxo ao entrar no crânio
ANATOMIA: SISTEMA VASCULAR
- Penetra o seio da dura-máter: seio cavernoso
Auxilia no retorno venoso: a pulsação da artéria auxilia para
PRINCIPAIS VASOS SANGUÍNEOS que o sangue presente no interior do seio siga o caminho de
drenagem até o coração
REDE ARTERIAL
IRRIGAÇÃO DA CABEÇA:
AORTA - parte ascendente, arco e descendente

Aorta Ascendente:
- Artérias coronárias direita e esquerda: saem pelos óstios do
seio da aorta

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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

9. A. Cerebral Posterior Esquerda


Obs: de 1 a 7 partem das A. Carótidas Internas E/D e de
8 e 9 da A. Basilar

A. Carótida Externa E/D:


- Não penetra no crânio e não irriga o SNC
- Emite ramificações
- Irriga pescoço, face e couro cabeludo

A. Subclávia E/D:
A. Vertebral E/D: IRRIGAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES
- Chegam até o crânio e penetram no crânio pelo forame magno Arco da Aorta:
- Ao passar pelo bulbo, se juntam no nível da ponte formando a ○ A. Subclávia Esquerda
Artéria Basilar ○ A. Carótida Comum Esquerda
A. Basilar = junção das Aa. vertebrais ○ Tronco Braquiocefálico: A. Carótida Comum Direita e A.
Subclávia Direita

A. Subclávia E/D:
- Proximal: passa embaixo da clavícula e vai até a axila, onde se
ramifica em:
- A. Vertebral E/D
- A. Torácica Interna E/D
- A. Tronco Tireocervical E/D
- A. Tronco Costocervical E/D
Passando da clavícula se torna: A. Axilar: irriga axila e ombro.
Segue até o cotovelo como A. Braquial
E depois se bifurca como:
Círculo arterial do cérebro (Polígono de Willis)
A. Radial: lateral
Local de anastomose de 9 artérias no cérebro
A. Principal do Polegar
A. Radial do Indicador
Ramo Palmar Superficial
Arco Palmar Profundo
A. Ulnar: medial
Ramo Palmar Profundo
Arco Palmar Superficial
OBS: anastomoses entre Ramos Palmares e Arcos Palmares
originam as Aa. Metacárpicas e Aa. Digitais.

IRRIGAÇÃO DO TÓRAX

1. A. Cerebral Anterior Direita A. Aorta Descendente (parte torácica):

2. A. Cerebral Anterior Esquerda - Está situada posteriormente no tórax, próximo a coluna


vertebral.
3. A. Comunicante Anterior
- Desce até o diafragma, onde há um orifício para a passagem da
4. A. Cerebral Média Direita aorta, chamado de hiato aórtico.
5. A. Cerebral Média Esquerda - Na aorta descendente surgem grandes ramos chamados de:
6. A. Comunicante Posterior Direita ○ Ramos Bronquiais
7. A. Comunicante Posterior Esquerda ○ Ramos Esofágicos
8. A. Cerebral Posterior Direita ○ Ramos Intercostais
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

○ Aa. Frênicas Superiores

○ A. Ilíaca Comum E/D: porção terminal da A. Aorta


○ A. Ilíaca Interna E/D: irriga porção final do intestino grosso,
canal anal, bexiga urinária e órgãos do sistema genital interno
○ A. Ilíaca Externa E/D: continua e alcança a coxa, passando
pelo ligamento inguinal e se tornando a artéria femoral. Depois
do joelho se torna a. poplítea.

7 - Artéria vertebral
8 - A. torácica interna
9 - Tronco cervical
10 - Tronco costocervical

IRRIGAÇÃO DO
ABDÔMEN E DA PELVE
A. Aorta Descendente (parte abdominal)
- A aorta torácica passa no HIATO AÓRTICO no diafragma e se
torna aorta abdominal.
- Há uma porção de vasos colaterais que surgem a partir da aorta
abdominal.

Aa. Frênicas Inferiores: Irriga a face inferior do diafragma.


- Juntamente com a artéria gástrica esquerda irriga a parte
abdominal do esôfago

Tronco Celíaco
- A. Gástrica Esquerda: irriga a parte esquerda do estômago e a
parte abdominal do esôfago
- A. Hepática Comum: se bifurca em A. Hepática Própria
(irriga o fígado) e artéria gastroduodenal (irriga o intestino
delgado, principalmente o duodeno)
- A. Esplênica: irriga o baço, parte final do pâncreas

○ A. Mesentérica Superior: Irriga a maior parte do intestino


delgado e porção proximal do intestino grosso IRRIGAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES
○ A. Renal E/D: irriga os rins A. Ilíaca interna → irriga a região da pelve (genitais e bexiga)
○ A. Gonadal E/D: irriga testículos ou ovários
○ A. Mesentérica Inferior: irriga a porção distal do intestino A. Ilíaca Externa E/D:
grosso
- A. Femoral E/D:
- Na porção final do abdômen, a aorta sofre uma bifurcação em
artéria ilíaca interna esquerda e direita. - A partir do ligamento inguinal até o joelho, onde se torna
A. Poplítea E/D.

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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- Desce pelo fêmur emitindo tamos ao longo da coxa que ↪ V. Axilar E/D
supre a região inguinal, genitália externa e alguns músculos ↪ V. Braquial E/D
da coxa. ↪ V. Ulnar E/D: medial
- Esses ramos incluem: ↪ V. Radial E/D: lateral
Artéria femoral profunda: importante ramificação que ↪ Arco Venoso Palmar
irriga a região da coxa
● Veias superficiais:
Artéria poplítea surge na região do joelho e se bifurca gerando V. Basílica do Antebraço E/D: medial
a: ↪ Se abre na V. Braquial E/D
A. Tibial Anterior E/D V. Cefálica do Antebraço E/D: lateral
A. Dorsal do Pé E/D → A. Arqueada E/D (digitais dorsais) e ↪ Se abre na V. Axilar E/D
Ramo Plantar Profundo E/D Veias da mão e dos dedos E/D
A. Tibial Posterior E/D
OBS: V. Cefálica e Basílica do Antebraço se comunicam ao nível
A. Fibular E/D → A. Plantar Medial E/D (hálux + 3 aa. do cotovelo pela V. Intermédia do Cotovelo
dorsais) e A. Plantar Lateral E/D
OBS: Arco plantar é formado por anastomoses entre Aa.
Plantares e A. Arqueada, dando origem às Aa. Metatársicas
Plantais e Aa. Digitais

REDE VENOSA
- Veias são vasos pelo quais o sangue se aproxima do coração
- Veias superficiais sempre drenam para as veias profundas
DRENAGEM DO TÓRAX
DRENAGEM DA CABEÇA E DO PESCOÇO V. Cava Superior
Seios da dura-máter: canais venosos que vão coletar a maior ↪ V. Braquiocefálica E/D
parte do sangue vindo do interior do crânio. Drenam para o seio ↪ V. Ázigo
sigmoide, que atraessa o forame jugular e forma a veia jugular ↪ V. Hemiázigo
interna.
↪ V. Hemiázigo Acessória
○ Abóbada do crânio: Vv. Bronquiais
Seio Sagital Superior Vv. Esofágicas
Seio Sagital Inferior Vv. Intercostais
Confluência dos seios Algumas veias abdominais
Seio Reto OBS: V. Ázigo, V. Hemiázigo e V. Hemiázigo Acessória
Seio Transverso formam o sistema ázigo, que recebe as veias Bronquiais,
Seio Sigmóide (se abre no Forame Jugular) Esofágicas, Intercostais e algumas veias abdominais.
Seio Occipital - V. Hemiázigo e Hemiázigo Acessória drenam para a V. Ázigo
○ Base do Crânio:  V. Braquiocefálica  V. Cava Superior.
Seio Cavernoso
Seio Intercavernoso
Seio Petroso Superior
Seio Petroso Inferior

Veia jugular interna E/D é lateral a artéria carótida e recebe


todo o sangue recolhido pelos seios.
- V. Jugular Externa E/D drena parte externa do crânio
- V. Jugular Anterior E/D drena região anterior do pescoço.
Elas se juntam formando a V. subclávia E/D. DRENAGEM DO ABDÔMEN E DA PELVE
- Veia jugular interna se junta a subclávia e formar a Veia - V. Cava Inferior:
braquiocefálica, que drena para a V. Cava Superior.
Penetra o diafragma pelo Forame da Veia Cava
Inferior(VCI)
DRENAGEM DE MEMBROS SUPERIORES
- V. Gonadal Direita: drena testículos ou ovários
● Veias profundas:
- V. Renal E/D: drena os rins
↪ V. Subclávia E/D
- V. Supra-Renal Direita: drena a glândula adrenal
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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

- V. Hepática E/D - Se abre na V. Femoral


- É a mais longa do corpo
V. Porta do Fígado V. Safena Parva E/D:
- V. Mesentérica Superior: drena intestino delgado e parte - Passa posterior ao Maléolo Lateral (fíbula)
proximal do intestino grosso - Segue posteriormente pela perna
- V. esplênica: drena baço, estômago, pâncreas. Formada por: - Se abre na V. Poplítea
V. Mesentérica Inferior: drena parte distal do intestino
grosso
V. Pancreática: drena pâncreas e baço
V. Gastromental Esquerda: drena estômago

Arco Venoso Dorsal do Pé E/D


- Vv. Digitais Dorsais E/D

DRENAGEM DA PELVE MEMBROS INFERIORES


- V. Ilíaca Comum E/D
V. Ilíaca Externa E/D: continuação da V. Femoral
V. Ilíaca Interna E/D: drena órgãos intrapélvicos
OBS: a maioria dos órgãos do abdômen drenam seu sangue para
o fígado pela Veia Porta do Fígado e de lá é levado pela Veia
Hepática até a Veia Cava Inferior

● Veias profundas: a partir da V. Ilíaca Externa


V. Femoral E/D (a partir do ligamento inguinal) → V.
Poplítea E/D → Vv. Tibial Anterior/Posterior E/D → Vv.
Dorsais e Plantares E/D (anastomose)
● Veias superficiais:
V. Safena Magna E/D:
- Passa anterior ao Maléolo Medial (tíbia)
- Segue medialmente a perna

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Bases Morfológicas e Celulares – 1º Semestre

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