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São Sebastião
2015
2015
Introdução
A doença hepática pode ser herdada (genética) ou causada por uma variedade de
fatores que danificam o fígado, tais como vírus e uso de álcool. A obesidade
também está associada com danos no fígado. Com o tempo, os danos ao fígado
podem levar à insuficiência hepática, uma condição com risco de vida.
O fígado é o segundo maior órgão do corpo humano depois da pele. Ele exerce
mais de 200 funções em nosso organismo, sendo as principais o auxílio na
digestão de alimentos, produção de bile (substância que atua na digestão de
gorduras), a síntese de colesterol e a metabolização dos elementos nocivos de
alguns alimentos, como bebidas alcoólicas, café e gorduras.
O que é:
Caso a criança não tenha sido vacinada contra o vírus da hepatite no primeiro
ano de vida, deve ser encaminhada imediadamente ao pediatra. Possivelmente
será indicado a toma da primeira dose da vacina e uma injeção de
imunoglobulina.
Síndrome de Budd-Chiari
Em mais de 80% dos pacientes com o síndrome de Budd-Chiari é possível
encontrar uma etiologia, sendo esta ligada a fatores de risco de trombose
(Tabela 1).
Uma diretriz de 2009 da Associação Americana para o Estudo de Doenças do
Fígado recomenda a seguinte abordagem para investigar causas da Síndrome
de Budd–Chiari:
Quadro Clínico
A síndrome de Budd-Chiari pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais
comum em mulheres (67%), geralmente na terceira ou quarta décadas de vida
(em média aos 35 anos). Cerca de um quarto dos casos já apresenta doença
mieloproliferativa ativa no diagnóstico, sendo policitemia vera a condição mais
frequentemente associada.
Os sintomas mais comuns da apresentação são ascite e hepatomegalia, mas
até 5% é assintomático, ocorrendo diagnóstico incidental. O líquido ascítico dos
pacientes com síndrome de Budd-Chiari tem um alto gradiente albumina
soroascite (GASA > 1,1 ), refletindo a hipertensão portal. A obstrução do fluxo
sanguíneo hepático é em 62% dos casos nas veias hepáticas, em 7% na veia
cava inferior, e em 31% em ambas, sendo que 14% se associa a trombose de
veia porta.
A apresentação pode ser aguda (e talvez fulminante) em 20% dos casos,
subaguda em 40%, ou crônica em outros 40% dos casos. Caracteriza quadro
subagudo aquele que tem sinais e sintomas por menos de seis meses e sem
evidência de cirrose hepática. Os crônicos têm sintomas por mais de seis
meses, com evidência de hipertensão portal e cirrose. Os casos agudos podem
ser definidos por presença de dor abdominal, presença de ALT (TGP) > 5
vezes o limite superior da normalidade, e perda de células hepáticas em
biópsia de fígado.
A doença aguda ocorre mais comumente em mulheres, podendo ocorrer
durante a gravidez ou puerpério. Os pacientes geralmente apresentam dor no
quadrante superior direito grave e hepatomegalia, sendo que alguns casos
chegam a ter encefalopatia hepática. Icterícia e ascite podem não ser
aparentes no início, mas muitas vezes se desenvolvem rapidamente. A ascite é
detectável por ultrassonografia em > 90% dos casos, sendo que podem
ocorrer episódios de hemorragia digestiva alta secundária a varizes de
esôfago.
Da parte laboratorial, pode-se identificar elevação de transaminases séricas
(que podem estar de 100-200 UI/L até cerca de 600 UI/L), o que ocorre
principalmente pela congestão vascular, resultando em dano hepatocelular
isquêmico. Altos níveis de ALT ( = 5 vezes o limite superior do normal) refletem
lesão isquêmica grave, mas potencialmente reversível. Porém, se houver lento
declínio dos níveis de ALT (queda <50% em relação à dosagem inicial em três
dias), isso prevê resultado ruim. A fosfatase alcalina geralmente fica na casa
das 300 a 400 UI / L. Níveis séricos de bilirrubina são geralmente menos de 7
mg/dL na chegada, mas podem continuar a subir. A função hepática pode
deteriorar-se rapidamente, levando a encefalopatia hepática e insuficiência
hepática.
A forma aguda da síndrome de Budd-Chiari pode ser difícil de diferenciar de
outras causas de insuficiência hepática fulminante, incluindo isquêmica, viral,
maligna e hepatite tóxica, embora as transaminases séricas geralmente não
sejam tão elevadas na síndrome de Budd-Chiari.
Já as formas subaguda e crônica da síndrome de Budd-Chiari podem estar
presentes durante várias semanas há mais de seis meses anteriores à
apresentação clínica. As manifestações clínicas e a duração da doença antes
da apresentação dependerão das veias que forem ocluídas, da extensão da
oclusão, e do recrutamento de circulação colateral. Pacientes com oclusão
parcial ou incompleta das veias hepáticas, por exemplo, podem permanecer
assintomáticos ou sintomáticos minimamente até que a doença progrida.
Oclusão crônica das veias hepáticas pode ser associada com hipertrofia do
lobo caudado do fígado, que por consequência pode causar compressão da
porção intra-hepática da veia cava inferior, levando a uma maior obstrução do
fluxo, acompanhado pelo desenvolvimento de ascite e edema de membros
inferiores.
Nos pacientes com evolução crônica, por conta da congestão de longo prazo,
pode ocorrer cirrose, com consequente hipertensão portal, varizes esofágicas,
ascite e hepatomegalia. Em contraste com a forma aguda da síndrome de
Budd-Chiari, a encefalopatia é pouco frequente. E em até 28% dos casos pode
ocorrer síndrome hepatopulmonar. Tanto na forma crônica quanto na
subaguda, as transaminases são levemente elevadas, assim como a fosfatase
alcalina e as bilirrubinas, sendo raro haver icterícia. Entretanto, é mais comum
haver hipoalbuminemia e hipoprotrombinemia.
A esplenomegalia é rara, mas pode ser encontrada em até 30% dos pacientes,
e colaterais venosas podem ser vistas na parede abdominal. Edema de
membros inferiores é manifestação incomum , e sugere oclusão da veia cava
inferior .
O quadro clínico nas formas crônicas e subaguda de Budd-Chiari deve ser
diferenciado de outras causas de cirrose ou de hipertensão portal, e até mesmo
de insuficiência cardíaca, uma vez que a hepatomegalia e as alterações de
exames bioquímicos séricos podem também ser visto em pacientes com
quadro cardíaco descompensado. Importante lembrar que em todas essas
situações, a concentração de proteína na ascite é > 3,0g/L, com um gradiente
de albumina soro ascite (GASA) > 1,1. Portanto, este índice pode não
diferenciar as causas. Os sinais de insuficiência cardíaca congestiva direita
(como distensão venosa jugular) não são características da síndrome de Budd-
Chiari, e pode sugerir uma causa cardíaca subjacente de acúmulo de líquido,
ajudando no diferencial.
Diagnóstico
A síndrome de Budd-Chiari crônica ou subaguda deve ser considerada no
diagnóstico diferencial de disfunção hepática inexplicável, particularmente em
pacientes nos quais a ascite é uma principal característica, ou naqueles que
têm um conhecido fator de risco para a síndrome de Budd-Chiari.
A forma aguda da doença deve ser suspeitada em pacientes com insuficiência
hepática aguda associada a hepatomegalia, dor no quadrante superior direito,
e ascite, e no diagnóstico diferencial de pacientes com doença veno-oclusiva.
O diagnóstico deve ser estabelecido por exame de imagem (ultrassonografia
com doppler, tomografia computadorizada com contraste venoso, ou
ressonância magnética) que inclusive faça a avaliação de outros vasos, pois a
oclusão da veia porta em pacientes com síndrome de Budd-Chiari limita as
opções terapêuticas e confere um mau prognóstico .
A ultrassonografia com Doppler é o teste diagnóstico não invasivo mais útil
para rastrear a presença de síndrome de Budd-Chiari. Achados inespecíficos
incluem hepatomegalia, esplenomegalia, ascite, presença de colaterais intra-
abdominais, hipertrofia do lobo caudado, atrofia de outros lobos hepáticos e
compressão ou estreitamento da veia cava inferior.
Já os achados mais específicos incluem a incapacidade para visualizar a
junção das veias hepáticas importantes com a veia cava inferior; a presença de
espessamento, irregularidade, estenose ou dilatação das paredes das veias
hepáticas; a presença de fluxo anormal nas grandes veias hepáticas ou da veia
cava inferior ao doppler.
A tomografia computadorizada pode revelar as mesmas anomalias
inespecíficas vistas pela ultrassonografia. Os achados mais específicos da
tomografia incluem: enchimento lentificado ou ausente das três veias hepáticas
principais, após infusão de contraste; um aspecto peculiar do fígado devido ao
aumento relativo do contraste central em relação ao contraste periférico. Este
padrão inverte e produz uma opacificação do parênquima não homogênea;
esvaziamento rápido do contraste do lobo caudado; e estreitamento e/ou falta
de opacificação da veia cava inferior.
A ressonância magnética pode ser de grande utilidade no diagnóstico da
síndrome de Budd-Chiari. Tendo papel em pacientes onde o ultrassom não foi
conclusivo e não há viabilidade de se fazer tomografia com contraste
endovenoso. Além dos achados inespecíficos descritas acima nos outros
exames, a ausência ou redução de calibre das veias hepáticas e a presença de
veias intra-hepáticas tipicamente distorcidas "em forma de vírgula" são
facilmente demonstráveis. O problema é que ainda não é um exame
amplamente disponível.
A despeito de ser muito pouco utilizado devido à disponibilidade de outros
exames, o padrão ouro para o diagnóstico é a venografia, que é realizado
através do acesso a circulação venosa hepática percutânea, seja através da
veia jugular interna, da veia cefálica, ou da veia femoral. A venografia deve ser
realizada apenas se os testes não invasivos são negativos ou não diagnósticos
diante de forte suspeita clínica da doença. A venografia também tem papel na
decisão da terapia, assim como a a arteriografia visceral. Estes exames devem
ser feitos quando há planejamento cirúrgico envolvido no tratamento para se
estudar toda as características vasculares do paciente.
A biópsia do fígado pode ser diagnóstica de síndroma de Budd-Chiari,
particularmente nas formas aguda ou subaguda da doença. As características
histológicas incluem congestão centro-zonal, necrose e hemorragia. Grandes
nódulos regenerativos e venopatia obstrutiva portal também podem ser
encontrada. Cirrose pode ser um achado nas formas crônicas da doença .
Diretrizes internacionais recomendam a realização de uma biópsia do fígado
quando há 1) uma confusão em relação ao diagnóstico (uma situação
incomum); 2) em pacientes com apresentações subaguda (isto é, não,
obviamente, aguda e fulminante ou crônica com cirrose evidente por
características clínicas ou radiológicas). Biópsias que mostram significativa
fibrose poderão indicar avaliação para transplante, enquanto que se houver
apenas congestão centro-zonal, isso pode indicar benefício de cirurgia de
derivação.
Tratamento
O tratamento para a síndrome de Budd-Chiari envolve diversas modalidades e
abordagens. Os objetivos da terapia são impedir a piora da trombose, restaurar
a permeabilidade das veias trombosadas, melhorar o fígado congestionado,
avaliar e prevenir complicações relacionadas com a retenção de líquidos ,
desnutrição e hipertensão portal.
Os Pacientes com síndrome de Budd-Chiari geralmente requerem terapia
sintomática para retenção de líquidos, o que geralmente inclui diuréticos e uma
dieta baixa em sódio. A ascite e o edema de membros inferiores pode ser difícil
de controlar em alguns pacientes. Tais pacientes podem se beneficiar do uso
de meias elásticas ou paracenteses de alívio repetidas.
A causa subjacente da síndrome de Budd-Chiari deve ser investigada, e um
tratamento direcionado deve ser instituído quando possível. A maioria dos
pacientes com trombofilia precisará de anticoagulação crônica. As exceções
incluem os pacientes que desenvolvem a síndrome de Budd-Chiari como
resultado de uma anormalidade anatômica vascular que pode ser corrigida
cirurgicamente ou radiologicamente. Os pacientes com uma doença
mieloproliferativa subjacente podem ter benefício com uso de aspirina e a
hidroxiureia em vez de anticoagulantes como a varfarina.
A anticoagulação por si só é capaz de recanalizar os vasos ocluídos e permitir
o desenvolvimento de circulação colateral adequada para evitar a progressão
da doença hepática. De início, deve-se usar heparina de baixo peso molecular,
visando a atividade anti-Xa entre 0,5-0,8 UI/mL. A seguir, deve-se usar um
anticoagulante oral quando clinicamente apropriado, visando o INR entre 2 e 3.
A anticoagulação é mantida de forma permanente, a menos que haja grande
contraindicação ou ocorrência de complicação.
Alguns autores desenvolveram um modelo que tem categorias de gravidade da
doença ( Classe I a III ) e que se correlaciona com a sobrevivência. As
variáveis ??independentes que predizem um pior prognóstico são a presença
de encefalopatia, ascite, um INR > 2,3 , e as concentrações de bilirrubina mais
altas. O maior benefício da anticoagulação na sobrevivência só foi
demonstrado em pacientes com doença de classe I (ou seja , a doença menos
grave).
Outros autores que avaliaram preditores independentes associados a um pior
prognóstico na síndrome de Budd-Chiari identificaram os seguintes fatores:
idade mais avançada no momento do diagnóstico, insuficiência hepática mais
grave, ascite refratária, e presença de características de cronicidade. Os
pacientes com um perfil favorável tiveram 80% de sobrevida em cinco anos
apenas com terapia médica. O uso apenas de anticoagulantes e diuréticos
como terapia para a síndrome de Budd-Chiari deve ser reservado para dois
grupos de pacientes:
Cirrose Hepática
A cirrose hepática pode ser definida anatomicamente como um processo difuso
de fibrose e formação de nódulos, acompanhando-se freqüentemente de
necrose hepatocelular. Apesar das causas variarem, todas resultam no mesmo
processo.
Fatores de Risco
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
Tipos de Hepatite
Hepatite A: a hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados ou
de uma pessoa para outra. A hepatite A fica incubada entre 10 e 50 dias e
normalmente não causa sintomas, porém quando presentes, os mais comuns
são febre, pele e olhos amarelados, náusea e vômitos, mal-estar, desconforto
abdominal, falta de apetite, urina com cor de coca-cola e fezes esbranquiçadas.
A detecção da hepatite A se faz por exame de sangue e não há tratamento
específico, esperando-se que o paciente reaja sozinho contra a Hepatite A.
Apesar de existir vacina contra o vírus da hepatite A (HAV), a melhor maneira
de evitá-la se dá pelo saneamento básico, tratamento adequado da água,
alimentos bem cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das
refeições.
Tratamento de Hepatite
Não existe tratamento para a forma aguda da hepatite. Se necessário, apenas
sintomático para náuseas e vômitos. O repouso é considerado importante no
tratamento da hepatite pela própria condição do paciente.
Encefalopatia Hepática
Os sintomas da encefalopatia hepática podem ser:
Lentificação do pensamento;
Sonolência;
Tremores;
Descoordenação motora;
Distúrbios comportamentais;
Pele e olhos amarelados;
Abdômen inchado;
Mau hálito;
Esquecimentos frequentes;
Confusão mental;
Piora na escrita.
Estes sintomas podem ir surgindo pouco a pouco e aparecerem de repente.
Funções:
Esta dieta tem como propósito proteger o fígado (numa pessoa com doença
hepática) do trabalho excessivo e permite que ele funcione da maneira mais
eficiente possível.
Recomendações:
MENU MODELO
• pequeno-almoço
- 1 laranja
- geleia de morango
- café ou chá
• almoço
- um vegetal cozido
- salada
- frutas frescas
- leite
• lanche da tarde
• jantar
- salada
- 2 pãezinhos integrais
- 250 ml de leite
• lanche da noite
- leite com alto índice proteico (leite com adição de leite em pó sem gordura)
Em geral, não existem precauções contra alimentos específicos. Entretanto,
muitas pessoas são incapazes de tolerar vegetais excessivamente
aromatizados, alimentos com alto teor de gordura, fritos, chocolate, nozes e
alimentos com muitos condimentos.
Efeitos colaterais:
Fontes alimentares:
Uma das funções do fígado é filtrar o sangue vindo da digestão pois ele é
responsável por metabolizar substâncias consideradas tóxicas para alguns
órgãos. Quando o fígado não consegue filtrar corretamente este sangue,
algumas substâncias tóxicas como a amônia chegam até o cérebro e ao
sistema nervoso central causando a encefalopatia hepática.
Evitar sempre:
Alimentos fritos, gordurosos e oleosos
Alimentos de consistência endurecida, torrados, cortantes e volumosos
Carne Vermelha (boi, porco, caça, peixe-boi, tartaruga, carneiro,
vísceras, pato)
Frutas cítricas ou ácidas (limão, laranja, abacaxi, maracujá)
Leite animal in natura e derivados (queijo amarelo, manteiga)
Refrigerantes
Qualquer tipo de bebida alcoólica
Alimentos conservados em lata (seleta de legumes, patê, atum, sardinha,
etc.) ou defumados(calabresa, salsicha, presunto,etc.)
Gema de ovo (galinha, codorna, tartaruga, tracajá)
Pão de massa branca, bolachas, biscoitos
Massas (macarrão com ovos, pizza, pastel, tortas, etc)
Chocolate, Sorvete, Creme de leite, Leite condensado
Qualquer tipo de pimenta (reino, murupi, malagueta, de cheiro)
Frutos do mar (camarão,lagosta,lula,caranguejo, etc.)
1.- Café da manhã
2.- Almoço
4. Jantar
a) Sopa de verduras (200 ml) ou
b) Salada de verduras ou
c) Duas frutas
d) Pode ser feito o mesmo cardápio do almoço ou modificado de acordo
com o gosto do paciente
Conclusão
Referências Bibliográficas
Sites:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/doenca-hepatica
http://www.tuasaude.com/insuficiencia-hepatica-aguda/
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5960/
sindrome_de_budd_chiari.htm
http://www.hepcentro.com.br/cirrose.htm
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hepatite
http://www.nutricore.com.br/blog/nutricao_e_saude/dieta-para-hepatite-
alimentos-que-ajudam-a-evitar-a-contaminacao
Artigo:
Livro: