SP 1.

2 Lívia Cambuí

SP 1.2 – Voltando de Férias

Objetivo 1 – Descrever a manutenção do Intestino Delgado:
sistema digestório no equilíbrio
No intestino delgado, a bile produzida pelo
hidroeletrolítico.
fígado é liberada para auxiliar na digestão e
O sistema digestório é responsável pela absorção de gorduras. A bile contém sais
digestão e absorção de nutrientes dos alimentos biliares, que emulsificam as gorduras,
que consumimos, e o equilíbrio aumentando sua área de superfície para facilitar
hidroeletrolítico é fundamental para garantir a ação das enzimas lipolíticas. Esses sais
que as células e tecidos do corpo tenham água biliares também desempenham um papel no
e eletrólitos em quantidades adequadas. equilíbrio hidroeletrolítico, pois ajudam a
emulsionar e absorver vitaminas lipossolúveis
O sistema digestório é composto por órgãos
(A, D, E e K) e ácidos graxos. Além disso, o
como a boca, esôfago, estômago, intestinos
intestino delgado é responsável pela absorção
delgado e grosso, fígado e pâncreas. Cada
de nutrientes como carboidratos, proteínas e a
órgão desempenha um papel específico no
maioria dos eletrólitos essenciais.
processo de digestão, e a manutenção do
equilíbrio hidroeletrolítico é essencial em cada Intestino Grosso:
uma dessas etapas.
No intestino grosso, o organismo reabsorve
Boca e Salivação: água e eletrólitos que não foram absorvidos no
intestino delgado. Esse processo é fundamental
A digestão começa na boca, onde os alimentos
para evitar a desidratação e manter o equilíbrio
são triturados e misturados com saliva. A saliva
hidroeletrolítico adequado no organismo.
contém água e eletrólitos, como sódio e
potássio. A água presente na saliva ajuda a Fígado:
lubrificar o alimento e facilita sua deglutição,
O fígado desempenha muitas funções
enquanto os eletrólitos auxiliam no controle da
importantes no sistema digestório, incluindo a
osmolaridade (concentração de solutos) e no
síntese da bile, que é armazenada e liberada
balanço iônico.
pela vesícula biliar. O fígado também é
Estômago: responsável pela regulação do metabolismo de
carboidratos, proteínas e lipídios, bem como
O estômago é um órgão altamente ácido devido
pelo processamento de nutrientes antes de
à produção de ácido clorídrico pelas células
serem distribuídos pelo organismo.
parietais. Essa acidez é essencial para a
ativação de enzimas digestivas e para matar Pâncreas:
micro-organismos nocivos presentes nos
O pâncreas tem um papel crucial na
alimentos. O ácido clorídrico é secretado por
manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico, pois
uma troca iônica que utiliza cloreto (Cl-) e
é responsável pela produção e liberação de
hidrogênio (H+). Para manter o equilíbrio
enzimas digestivas, como a amilase, lipase e
hidroeletrolítico adequado, o organismo precisa
tripsina, para auxiliar na digestão de
eliminar o excesso de íons de hidrogênio, o que
carboidratos, gorduras e proteínas,
é feito pela secreção de bicarbonato (HCO3-)
respectivamente. Além disso, o pâncreas
pelo pâncreas. Dessa forma, o pH do estômago
secreta bicarbonato para neutralizar o ácido
é regulado e mantido em um nível adequado
para a digestão.

1
Medicina – UniFG
SP 1.2
clorídrico do estômago e ajudar na regulação do
pH do intestino delgado.
A manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico no
sistema digestório é fundamental para garantir
que os nutrientes sejam devidamente
absorvidos e utilizados pelo organismo.
Qualquer desequilíbrio pode levar a problemas
de saúde, como desidratação, distúrbios
eletrolíticos e dificuldades na digestão e
absorção dos nutrientes. Por isso, é importante
que o estudante de medicina compreenda a
fisiologia detalhada do sistema digestório e a
interação entre os diversos órgãos para manter
o equilíbrio hidroeletrolítico adequado no
corpo humano.
Objetivo 2 – Descrever os movimentos
peristálticos e os mecanismos neurais e
hormonais do controle do peristaltismo.
Os movimentos peristálticos ocorrem como
consequência da contração dos músculos lisos
que constituem o tubo digestório, este músculo
liso funciona como um sincício, quando um
potencial de ação é disparado em qualquer
ponto na massa muscular, ele se propaga em
todas as direções do músculo.
O músculo liso do TGI é excitado por atividade
elétrica intrínseca, contínua e lenta, nas
membranas das fibras musculares. A atividade
elétrica pode ser classificada em dois tipos
básicos de ondas elétricas:
1. Ondas Lentas:
Não são potenciais de ação – sendo
determinada pela variação lenta e ondulante do
potencial de repouso da membrana – o ritmo da
contração e determinado pela sua frequência.
Essas ondas parecem ser ocasionadas por
interações complexas entre as células do
músculo liso e células especializadas – as
células de Cajal.
Ondas lentas não causam contração muscular
na maior parte do trato gastrointestinal, exceto
no estômago, mas estimula o disparo de
potenciais em espícula.
Medicina – UniFG
Lívia Cambuí
2. Potenciais em Espícula:
São verdadeiros potenciais de ação, ocorrem
toda vez que os picos de ondas lentas ficam
temporariamente mais positivo que -40mV. Os
canais responsáveis pelos potenciais de ação
são diferentes, eles permitem que quantidade
particularmente grande de íons cálcio entre
junto com quantidades menores de íons sódio –
canais para cálcio-sódio – eles se abrem e
fecham com mais lentidão, causando uma longa
duração dos potenciais de ação.
• Fatores que despolarizam a membrana
(mais excitável): estreitamento do
músculo, estimulação da acetilcolina
(liberada por terminações
parassimpáticas) e a estimulação por
diversos hormônios gastrointestinais
específicos.
• Fatores que hiperpolarizam a
membrana (mais negativo): os efeitos
da norepinefrina e epinefrina na
membrana da fibra, e a estimulação dos
nervos simpáticos que secretam
norepinefrina.
Controle Neural – S. Nervoso Entérico:
Está localizado na parede intestinal,
começando no esôfago e se estende até o ânus,
é bem desenvolvido e importante no controle
dos movimentos de da secreção
gastrointestinal.
É composto por dois plexos, o plexo externo,
que está entre as camadas musculares
longitudinal e circular, denominado de plexo
mioentérico ou de Aurebach, e o plexo interno,
denominado de plexo submucoso ou de
Meissner, localizado na submucosa.
O plexo mioentérico controla quase todos os
movimentos gastrointestinais, e o plexo
submucoso controla a secreção gastrointestinal
e o fluxo sanguíneo local.
Mesmo que o sistema nervoso entérico
funcione independente dos nervos extrínsecos,
a estimulação pelos sistemas parassimpático e
2
SP 1.2
simpático pode intensificar ou inibir as funções
gastrointestinais.
Diferenças entre os plexos:
1. Plexo mioentérico:
Em sua maior parte, é uma cadeia linear de
muitos neurônios interconectados que se
estende por todo o comprimento do TGI. Está
localizado entre as camadas longitudinal e
circular do músculo liso e participa do controle
da atividade muscular por todo o intestino.
Quando estimulado, seus principais efeitos são
o aumento da contração tônica ou tônus da
parede intestinal, o aumento da intensidade das
contrações rítmicas, o aumento no ritmo da
contração, aumento da velocidade de condução
das ondas excitatórias ao longo da parede do
intestino, causando o movimento mais rápido
das ondas peristálticas intestinais.
Não deve ser considerado inteiramente
excitatório, alguns de seus neurônios são
inibitórios (VIP ou outro peptídeo inibitório
pode ser secretado), esses sinais inibitórios são
úteis para a inibição dos músculos de alguns
dos esfíncteres intestinais, como o esfíncter
pilórico e o esfíncter da valva ileocecal.
2. Plexo submucoso:
Está envolvido com a função de controle na
parede interna de cada diminuto segmento do
Medicina – UniFG
Lívia Cambuí
intestino, atua no controle de secreção intestinal
local, absorção local e a contração local do
músculo submucoso (causa dobramento da
mucosa).
Controle Autônomo do TGI
A estimulação parassimpática aumenta a
atividade do SN entérico – intensifica a
atividade da maioria das funções
gastrointestinais.
A estimulação simpática inibe a atividade o
TGI, exercendo efeitos em um pequeno grau,
por efeito direto da norepinefrina que inibe a
musculatura lisa e em um grau maior, por efeito
inibidor da norepinefrina sobre os neurônios de
todo o SN entérico. Podendo inibir os
movimentos motores do intestino.
Fibras nervosas sensoriais aferentes no
Intestino: Podem ser estimulados por irritação
da mucosa intestinal, distensão excessiva do
intestino, ou a presença de substância químicas
especificas no intestino. Os sinais transmitidos
por essas fibras podem causar excitação ou
inibição dos movimentos ou da secreção
intestinal.
Reflexos Gastrointestinais:
1. Reflexos completamente integrados na
parede intestinal do sistema nervoso
entérico: Incluem o controle da
secreção gastrointestinal, peristaltismo,
contrações de mistura, efeitos
inibidores locais.
2. Reflexos do intestino para os gânglios
simpáticos pré-vertebrais e que voltam
para o TGI: Transmitem sinais por
longas distâncias, como sinais do
estomago que causam a evacuação do
cólon – reflexo gastrocólico. Sinais do
cólon e do I.Delgado para inibir a
motilidade de secreção do estômago –
reflexo enterogástrico. E reflexos do
cólon para inibir o esvaziamento de
conteúdos do íleo para o cólon – reflexo
colonoileal.
3
SP 1.2
3. Reflexos do intestino para a medula ou
para o tronco cerebral e que voltam para
o TGI: incluem reflexos do estômago e
duodeno para o tronco cerebral, para
controle da atividade motora e
secretória. Reflexos de dor que causam
inibição geral de todo TGI e os reflexos
de defecação que produzem contrações
colônicas, retais e abdominais (reflexos
da defecação).
Controle Hormonal da Motilidade
Os hormônios gastrointestinais são liberados na
circulação porta e exercem as ações fisiológicas
em células-alvo, com receptores específicos
para o hormônio.
Tipos funcionais de movimentos no TGI:
1. Movimentos Propulsivos –
Peristaltismo:
Faz com que o alimento percorra o trato com
velocidade apropriada para que ocorram a
digestão e absorção. Sendo um anel contrátil,
ao redor do intestino, surge em um ponto e se
move diante. O estimulo usual é a distensão do
TGI, ou seja, se o bolo alimentar se acumula em
qualquer ponto do intestino, a distensão da
parede estimula o sistema nervoso entérico a
Medicina – UniFG
Lívia Cambuí
provocar a contração da parede, surgindo o anel
contrátil. O peristaltismo efetivo requer o plexo
mioentérico ativo.
2. Movimentos de mistura:
Diferem nas várias partes do trato alimentar, em
algumas áreas as próprias contrações
peristálticas causam a maior parte da mistura,
em outros momentos, contrações constritivas
intermitentes locais ocorrem em regiões
separadas por alguns centímetros da intestinal.
Objetivo 3 – Identificar os mecanismos de
controle do esvaziamento gástrico e da
motilidade intestinal.
Esvaziamento do estômago:
É promovido por intensas contrações
peristálticas no antro gástrico, ao mesmo
tempo, o esvaziamento é reduzido por graus
variados de resistência à passagem do quimo
pelo piloro.
• Bomba Pilórica –
Contrações Peristálticas Antrais Intensas
durante o esvaziamento estomacal. Cerca de
20% do tempo em que o alimento está no
estômago, as contrações ficam mais intensas,
começa na porção média e progredi no sentido
caudal, como constrições peristálticas intensas,
promovendo o esvaziamento gástrico.
Quando o tônus pilórico é normal, cada onda
peristáltica força mililitros de quimo para o
duodeno, causando também a mistura – o que
chamamos de bomba pilórica.
• Papel do piloro no controle do
esvaziamento gástrico
O esfíncter pilórico se abre suficiente para a
passagem de água e de outros líquidos do
estômago para o duodeno na contração tônica
normal. Entretanto, a constrição usualmente
evita a passagem de partículas de alimentos até
serem sido misturadas no quimo para a
4
SP 1.2
consistência quase líquida. O grau de
constrição no piloro é influenciado por sinais
nervosos e hormonais.
Regulação do esvaziamento gástrico: A
velocidade e a intensidade com que o estômago
se esvazia é regulada por sinais tanto do
estômago como do duodeno. Porém, os sinais
do duodeno são mais potentes
Fatores que promovem o esvaziamento:
1. Efeito do volume gástrico de alimento
no ritmo de esvaziamento – Volume de
alimentos maior promove um maior
esvaziamento gástrico, pois a dilatação
da parede gástrica desencadeia reflexos
mioentéricos locais que acentuam a
atividade da bomba pilórica e inibem o
piloro.
2. Efeito do hormônio gastrina – esse
hormônio tem efeitos potentes sobre a
secreção de suco gástrico muito ácido
pelas glândulas gástricas. Tendo um
efeito estimulante moderado sobre as
funções motoras do corpo do estômago,
mas intensifica a atividade da bomba
pilórica, o que promove o esvaziamento
gástrico.
Fatores Duodenais que inibem o esvaziamento:
1. Efeito inibitório dos reflexos nervosos
enterogástricos de origem duodenal –
quando o quimo chega ao duodeno,
reflexos nervosos são gerados a partir
da parede duodenal; que podem retardar
ou impedir o esvaziamento gástrico se o
volume de quimo no duodeno for
excessivo. Esses reflexos são mediados
por: 1- diretamente do duodeno para o
estômago pelo SN entérico, 2- pelos
nervos extrínsecos ou 3- pelos nervos
vagos. Esses reflexos causam a inibição
de contrações propulsivas da bomba
pilórica e aumentam o tônus do
esfíncter pilórico.
Isso pode ser causado por: distensão do
duodeno, irritação na mucosa duodenal.
Medicina – UniFG
Lívia Cambuí
Acidez do quimo duodenal,
osmolaridade do quimo e presença de
degradação química no quimo.
2. O feedback hormonal – o papel das
gorduras e do hormônio colecistocinina
– o estimulo para a liberação desses
hormônios inibidores é basicamente a
entrada de gorduras no duodeno. Os
hormônios são transportados para o
estômago, onde inibem a bomba
pilórica, ao mesmo tempo que
aumentam a força da contração do
esfíncter pilórico.
A colecistocinina (CCK) liberada pela
mucosa do jejuno em resposta à
gordura, age como inibidor, bloqueando
o aumento da motilidade gástrica
causada pela gastrina.
Possíveis inibidores: secretina, que
liberada na mucosa duodenal em
resposta ao ácido gástrico que são do
estômago pelo piloro. E o GIP
(principal efeito é estimular a secreção
de insulina) – peptídeo inibidor
gástrico, que tem efeito geral e fraco na
diminuição da motilidade.
Em suma, esvaziamento do estômago é
controlado apenas em grau moderado por
fatores como o grau de seu enchimento e o
efeito excitatório da gastrina sobre o
peristaltismo gástrico. É provável que o
controle mais importante do esvaziamento
resida em sinais de feedback inibitórios do
duodeno, incluindo reflexos nervosos
enterogástricos de feedback inibitório e
feedback hormonal pela CCK. Esses
mecanismos de feedback inibitório, em
conjunto, retardam o esvaziamento quando (1)
já existe muito quimo no intestino delgado; ou
(2) o quimo é excessivamente ácido, contém
muita proteína ou gordura não processada, é
hipotônico ou hipertônico, ou é irritativo. Dessa
maneira, a intensidade do esvaziamento
gástrico é limitada à quantidade de quimo que
o intestino delgado pode processar.
5
SP 1.2
Objetivo 4 – Descrever o mecanismo do vômito
e da diarreia
Vômito – é o meio pelo qual o TGI superior se
livra de seu conteúdo, quando qualquer parte do
trato superior é excessivamente irritada,
hiperdistendida ou hiperexcitada. A distensão
excessiva ou a irritação do duodeno é estímulo
forte para o vômito.
Os sinais sensórias que iniciam o vômito se
originam na faringe, esôfago, estômago e parte
superior do intestino delgado; sendo
transmitidos para o centro do vômito.
1. Antiperistaltismo, prelúdio do vômito:
Começa ocorrer antes de aparecerem o vômito,
podendo iniciar no íleo, e a onda antiperistáltica
viaja em direção oral. A distensão é o fator
excitatório que inicia o ato.
No início do vômito, ocorrem fortes contrações
no duodeno e no estômago e relaxamento
parcial do esfíncter esofogogástrico. Dessa
forma, o ato de vomitar, que envolve os
músculos abdominais, ocorre e expele o vômito
para o exterior.
Medicina – UniFG
Lívia Cambuí
2. Ato do vômito:
Quando o centro do vômito estiver estimulado
e instituído ao ato de vômito, os primeiros
efeitos são: 1-respiração profunda, 2-elevação
do osso hioide e da laringe para a abertura do
esfíncter esofágico superior, 3-fechamento da
glote para impedir o fluxo do vômito para os
pulmões, e 4-elevação do palato mole para
fechar as narinas posterior.
O ato decorre da ação de compressão dos
músculos do abdome, com a contração
simultânea da parede gástrica e abertura dos
esfíncteres esofágicos, com a expulsão do
conteúdo gástrico.
Diarreia – resulta do movimento rápido de
material fecal pelo intestino grosso.
A enterite – inflamação do trato intestinal – na
qual ocorre a irritação da mucosa, aumentando
a secreção e a motilidade. Existe no lúmen
grande quantidade de líquido para a remoção do
agente infeccioso e com movimento
propulsores que impelem esse líquido na
direção do ânus, sendo um mecanismo de
defesa.
A diarreia psicogênica é causada por
estimulação excessiva do sistema nervoso
parassimpático, que excita intensamente a
motilidade e o excesso de secreção de muco no
cólon distal, casando a diarreia acentuada.
6
SP 1.2
Objetivo 5 – Identificar como os diferentes
tipos de alimentos (composição, consistência e
quantidade) interferem no controle neural e
hormonal.
1. Composição dos alimentos: Os
alimentos são compostos por diferentes
nutrientes, como carboidratos,
proteínas, lipídios (gorduras),
vitaminas, minerais e água. Cada
nutriente desempenha funções
específicas e tem diferentes efeitos
sobre o corpo.
• Carboidratos: São a principal fonte de
energia para o corpo. Quando ingeridos,
são quebrados em glicose, que é
absorvida pelo sangue e utilizada pelas
células como combustível. A glicose
também é importante para o
funcionamento do cérebro. Quando os
níveis de glicose estão baixos, o sistema
nervoso libera hormônios, como a
Medicina – UniFG
Lívia Cambuí
insulina e o glucagon, para regular os
níveis de açúcar no sangue.
• Proteínas: São fundamentais para a
construção e reparação dos tecidos do
corpo, como músculos, ossos e órgãos.
A ingestão de proteínas estimula a
liberação de hormônios, como a
insulina e o hormônio do crescimento,
que estão envolvidos na síntese de
proteínas e no crescimento celular.
• Lipídios (gorduras): São importantes
para a absorção de algumas vitaminas, a
produção de hormônios esteroides e a
formação das membranas celulares.
Certos ácidos graxos ômega-3, por
exemplo, têm efeitos anti-inflamatórios
e podem afetar a função cerebral. Os
lipídios também podem influenciar a
produção de hormônios, como a leptina
e a grelina, que regulam a saciedade e o
apetite.
• Vitaminas e minerais: São cofatores
essenciais para muitas reações
metabólicas do organismo e
desempenham um papel fundamental
no funcionamento do sistema nervoso e
do sistema endócrino.
2. Consistência dos alimentos: A
consistência dos alimentos também é
relevante para o controle neural e
hormonal, principalmente no que diz
respeito ao processo de digestão.
• Alimentos de consistência líquida:
Podem ser absorvidos mais
rapidamente, levando a um aumento
mais rápido nos níveis de glicose no
sangue. Isso pode resultar em picos de
insulina em resposta ao aumento rápido
da glicemia.
• Alimentos de consistência sólida:
Levam mais tempo para serem
digeridos e absorvidos, o que pode
resultar em uma liberação mais lenta de
7
SP 1.2 Lívia Cambuí

glicose no sangue e, consequentemente, menores que podem ser levadas através do

uma resposta mais controlada da epitélio intestinal para dentro do corpo.
insulina.
A absorção é o movimento de substância do
3. Quantidade dos alimentos: O controle lúmen no TGI para o líquido extracelular.
neural e hormonal também é
A secreção no TGI pode significar o
influenciado pela quantidade de
movimento de água e íons do LEC para o
alimentos consumidos.
lúmen, ou a liberação de substâncias
• Consumo excessivo de carboidratos e sintetizadas pelas células epiteliais do TGI.
calorias: Pode levar a uma produção
A motilidade é o movimento de material no
excessiva de insulina, o que, ao longo
TGI, como resultado da contração muscular.
do tempo, pode levar à resistência à
insulina e ao desenvolvimento do
diabetes tipo 2.
• Consumo insuficiente de nutrientes:
Pode levar a deficiências nutricionais,
afetando negativamente o
funcionamento do sistema nervoso e
hormonal.
• Dieta equilibrada: Uma dieta
equilibrada, que fornece os nutrientes
necessários em quantidades adequadas,
ajuda a manter o controle neural e
hormonal, permitindo que o corpo
funcione de maneira eficiente.

Objetivo 6 – Descrever o processo de digestão,

absorção e excreção que ocorre no tubo
digestório.

A digestão é a quebra ou degradação, química

ou mecânica dos alimentos em unidades

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Medicina – UniFG