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São um conjunto de dados que fornecem informação determinante sobre o estado de saúde
de um utente, e paralelamente a outras avaliações fisiológicas, são indicadores fundamentais
para a identificação/resolução de problemas clínicos.
Sinais vitais:
1. Temperatura (ºC);
2. Frequência Cardíaca/Pulso (bpm);
3. Respiração (nº ciclos/min);
4. Pressão arterial (mmHg);
5. Dor (considerado 5º sinal vital)
Os sinais vitais são indicadores do estado de saúde – desvios dos valores padrão
(normalidade). Podem existir ainda alguns desvios dos valores padrões normais em alguns
pacientes, mas devemos ter em consideração que esses podem ser os valores característicos
do paciente, não sendo considerados anormalidades (normalidade individual).
Circulação
Sístole – fase de contração do ciclo cardíaco; ocupa uma terça parte do ciclo cardíaco; a cada
batimento os aurículos contraem-se, seguindo-se a contração dos ventrículos.
Diástole – fase de repouso do ciclo cardíaco; ocupa dois terços do ciclo cardíaco; período de
relaxamento do musculo cardíaco; as cavidades cardíacas dilatam-se.
Circulação – resumidamente
• Palpação
• Auscultação
2. Volume
• Pulso forte ou cheio (boa perceção);
• Pulso franco ou filiforme (má perceção);
3. Ritmo
• Rítmico – intervalo de tempo regular entre cada batimento cardíaco
• Arrítmico – quando o intervalo é interrompido por uma pulsação precoce, tardia
ou omissa). Arritmia é uma variação do ritmo normal da concentração auricular e
ventricular.
4. simetria/ assimetria – igualdade/ desigualdade em locais contralaterais
(simetricamente opostos).
Resumo
Terminologia de dependência:
Tensão arterial
Pressão sanguínea – consiste na força exercida pelo sangue circulante nas paredes dos vasos
do coração e das circulações sistémica e pulmonar. É a força exercida pelo sangue contra uma
área do vaso (artéria).
• Pressão arterial (PA): é a pressão (em mmHg) de sangue sobre as paredes das artérias;
• Pressão diastólica (PAD): é a pressão de sangue quando os ventrículos estão em
repouso (corresponde ao valor mínimo);
• Pressão sistólica (PAS): é a pressão que provém da concentração dos ventrículos
(valor máximo).
• Débito cardíaco;
• Volume de sangue;
• Viscosidade sanguínea;
• Resistência vascular periférica;
• Distensibilidade/elasticidade.
Manómetro:
Sons de Korotkoff:
O que registar:
• Os valores da PA;
• Braço em que foi medido, convém ser o esquerdo;
• Braçadeira utilizada;
• Hora de medição/avaliação;
• Alguma circunstância particular (stress, febre, agitação …)
Tamanho da braçadeira
Tipos de TA:
Quadro de classificação
Hipotensão:
• Hipotensão – quando o valor da tensão arterial está abaixo dos valores considerados
normais. Quando a PAS desce para 90 mmHg ou menos.
Principais causas:
• Palidez;
• Pele marmoreada e húmida;
• Confusão;
• Tonturas;
• Dor torácica;
• FC aumentada;
• Débito urinário diminuído.
• É usada para determinar se o sangue circula bem por todos os órgãos do corpo;
• No geral, valores entre 70 e 110 mmHg são considerados normais;
• Valores de PAM acima de 60 indicam uma boa circulação;
• Mais de 60 é necessário para profundir adequadamente artérias coronárias, cérebro,
rins.
Media da tensão arterial normal com a idade
Idade Valores
Recém-nascido 80/45
2 anos 90/60
Adolescente 120/70
Adulto 130/80
Idoso 140/90
Hipertensão
• Antecedentes familiares;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Elevado consumo de álcool;
• Dislipidémia (hipercolesterolemia);
• Exposição continua ao stress.
A pressão arterial é:
Periodicidade de avaliação da PA
Respiração
Avaliação da respiração
Objetivos:
Métodos de avaliação:
O que avaliar?
1. Frequência respiratória (nº ciclos/min);
2. Amplitude respiratória (avalia o volume de ar corrente) – a amplitude pode ser
normal, superficial ou profunda. Na mulher as zonas designam-se por torácica/costal e
no homem por abdominal/diafragmática; verificar se há simetria na respiração;
3. Ritmo respiratório – (ir)regularidade das ins/expirações;
4. Mucosidades – secreções na arvores respiratória;
5. Ruídos – ainda que a respiração normal seja silenciosa, com recurso a auscultação
identificam-se sons característicos da respiração;
6. Coloração dos tegumentos – rosada (pele, mucosas e leitos ungneais).
Tórax – observação:
Auscultação pulmonar:
• Da respiração;
• Da voz;
• Peroral;
• Da tosse;
• Da percussão.
Como auscultar:
Percussão torácica:
Temperatura
Homeostasia térmica
Terminologia
Termólise – calor eliminado pela pele, rins, pulmões, … (evaporação, radiação, condução,
convecção).
• A pele;
• Os tecidos subcutâneos;
• A gordura dos tecidos subcutâneos.
• Controlo vasomotor;
• Transmissão de calor corporal central para a pele;
• Mecanismo de evaporação.
A temperatura corporal é regulada por mecanismos:
A energia térmica pode ser absorvida a partir do meio externo ou dissipada para o mesmo:
Febre
Nota: a subida rápida da febre é acompanhada de calafrios, tremores, arrepios, pele pálida e
seca. A crise ou descida da febre é acompanhada por pele quente e ruborizada e de suor.
Características da febre:
Estádios da febre:
• Começo da febre;
• Estádio febril;
• Defervescência (cessação ou declínio da febre).
Considerações gerais
• Temperatura central:
1. Artéria pulmonar;
2. Esófago;
3. Bexiga.
• Temperatura de superfície:
1. Tímpano;
2. Boca;
3. Reto;
4. Axila – pele.
Central:
Superfície
A temperatura de superfície obtida varia consoante o local utilizado (retal – mais alta; axilar –
mais baixa) e todos os locais têm vantagens e inconvenientes.
1. Avaliação timpânica
Vantagens Inconvenientes
• Local de acesso fácil; • Grande variabilidade da medição;
• Medição rápida e sem perturbar; • Afetado por dispositivos de
• Proximidade ao hipotálamo; temperatura ambiente;
• A medição não é afetada pela • O rolhão pode afetar as leituras.
ingestão de alimentos.
2. Avaliação retal
Vantagens Inconvenientes
• Reflete a temperatura central • Não deve ser usado em crianças com
diarreia nem utentes submetidos a
cirurgia retal;
• Pode ser fonte de embaraço;
• Risco de exposição a fluidos
orgânicos.
3. Avaliação oral
Vantagens Inconvenientes
• Acessível – não requer mudança de • Afetado pela ingestão de alimentos
posição; e fumo;
• Confortável para o utente. • Não deve ser usado em utentes com
calafrios, traumatismo da face,
cirurgia facial e epilepsia;
• Não usar em crianças.
4. Avaliação axilar
Vantagens Inconvenientes
• Seguro; • Tempo de medição prolongado;
• Pode ser usado em crianças e • Não está indicado em bebés e
utentes pouco colaborantes. crianças pequenas.
5.Avaliação na pele
Vantagens Inconvenientes
• Proporciona leitura contínua; • A diaforese pode afetar a aderência;
• Seguro. Pode ser usado em recém- • Pode ser influenciada pela
nascidos. temperatura ambiente;
• Não é fidedigno durante a fase de
calafrios.
Temperatura corporal
Não esquecer:
Nota: levar todo o material para junto da pessoa num tabuleiro, consoante o tipo de termómetro
e via a utilizar (termómetro, compressas com desinfetante, gel lubrificante, recipiente para
colocar termómetro, saco para sujos, luvas).
2) Termómetros digitais
3) Termómetros de testa – método rápido – 15 segundos; faixas coloridas de fácil leitura;
reutilizável; lavável em água quente.
Hipotermia 35.5º C
Temp. normal 36.5ºC a 37.5ºC
Dor
A dor é:
• Fenómeno universal;
• Mecanismo sinalizador;
• Fisiológica; Principal motivo para a
• Complexa; procura de cuidados de saúde
• Subjetiva;
• Perceção particular de cada pessoa;
• Experiência desagradável;
• FUNÇÃO PROTETORA E DE SINAL DE ALARME.
1. A dor é subjetiva;
2. É um sinal de alarme;
3. O doente tem direito a que a sua dor seja controlada;
4. O profissional de saúde tem o dever de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para
controlar a dor;
5. O tratamento da dor deve ser diferenciado.
6. A dor como 5º sinal vital.
• Dor é normal;
• Sentimento de ter de sofrer em dadas situações;
• Medo dos analgésicos;
• Não querer incomodar;
• Receio de ser considerado piegas;
• Demitir-se do seu papel de interveniente principal da equipa;
• Desvalorizar a dor em detrimento de outra ocupação;
• Receio que a dor esconda um problema mais grave.
Fatores que influenciam a experiência dolorosa:
1. Idade;
2. Género;
3. Significado das experiências dolorosas;
4. Atenção, ansiedade e fadiga;
5. Apoio familiar e social.
• TA, FC e FR aumentadas;
• Transpiração;
• Suores frios;
• Piloereção;
• Palidez;
• Tensão muscular;
DOR CRÓNICA
• Dificuldades no sono;
• Irritabilidade;
• Depressão;
• Isolamento;
• Desespero e desamparo.
• Esgares;
• Comportamento autoprotetor;
• Choro;
Permite compreender as medidas de alívio da dor. Os impulsos da dor podem ser regulados ou
até bloqueados por mecanismos de portão ao longo do sistema nervoso central.
LIMIARES DE DOR
• Tolerância à dor – Nível mínimo do estímulo para que o sujeito procure evitar a estimulação
ou peça a sua interrupção.
• Tolerância com encorajamento – O mesmo que o anterior mas incita-se o sujeito a suportar
níveis de estimulação superiores.
Intervenção de enfermagem
O enfermeiro, tendo em conta o tempo de presença junto de doentes e famílias, bem como a
relação terapêutica próxima na perspetiva da relação de ajuda, é, por excelência, uma pedra
basilar na implementação, execução e avaliação de uma estratégia multidisciplinar de controlo
da dor.
• Não existe relação proporcional entre a importância da lesão e a dor referida pelo doente;
Os enfermeiros devem:
• Registar;
INSTRUMENTOS MULTIDIMENSIONAIS
• + Pode ser aplicada em qualquer tipo de dor, numa população alvo com idades ≥ 6 anos;
• + Aplicação é fácil pela simplicidade;
• + Permite avaliar como evolui a intensidade da dor ao longo do tempo;
• - Limitação imposta pelos extremos;
• - Ignora o caráter multidimensional da dor;
• - Requer capacidades de abstração;
• - As pessoas idosas não respondem com tanta facilidade com esta escala.
• Sensibilidade alta;
• Geralmente bem assimilada pela pessoa;
• Pode ser aplicada em todos os tipos de dor, numa população alvo com idades ≥ 6 anos;
• É sensível ao efeito de memória;
• Pode ser usada sem instrumento físico.
• + Pode ser usada em todos os tipos de dor numa população alvo com idades ≥ 4 anos;
• + É sensível ao efeito de memória;
• + Pode ser usada sem instrumento físico;
• - Pode verificar-se ausência de consenso nos adjetivos a usar.
• Pode ser usada em todos os tipos de dor numa população alvo com idades ≥ 4 anos;
• Atualmente uma das mais utilizadas.
CATEGORIZAÇÃO
• A presença de dor;
• Fatores ligados à hospitalização – a representação da dor pode ser alterada ou intensificada;
• Linguagem e cultura;
• Fatores ambientais.
• Fazer um ensino prévio e ter a certeza de que a pessoa compreende corretamente o significado
e a utilização da escala, com linguagem simples e acessível;
• Avaliar a dor nas crianças pré-verbais e nas pessoas com incapacidade de comunicação verbal
e / ou com alterações cognitivas, com base em indicadores fisiológicos e comportamentais,
utilizando escalas de heteroavaliação;
• Quando usada isoladamente pode produzir alívio de curta duração na dor crónica;
• Muitos idosos utilizam diversas estratégias terapêuticas não farmacológicas que no passado,
em situações semelhantes, lhes deram bons resultados;
• Deve haver particular cuidado com lesões osteoarticulares (exercício) ou com as interações
de ervas medicinais com terapêuticas farmacológicas.
Terapêuticas não farmacológicas mais utilizadas:
• Exercício;
• Aplicação local de calor ou frio;
• Massagem;
• Diatermia e ultrassons;
• Imobilização;
• Estimulação elétrica nervosa transcutânea;
• Educação do Doente e do Cuidador;
• Estratégias cognitivas;
• Distração.
Envolver utente.
Não esquecer:
HISTÓRIA DE SAÚDE
I) Identificação pormenorizada nome, sexo, idade, género humano (vulgo raça) / etnia,
naturalidade, residência, profissão, estado civil....
• Estado civil;
• Nº de filhos dependentes;
• Existência de outros comensais;
• Religião;
• Ocupação extralaboral;
• Hábitos de vida;
• Hábitos de consumo;
• Interesses e passatempos;
• Padrões de interação e comunicação;
• Fontes de rendimento.
• Tegumentar;
• Visual;
• Auditivo;
• Nariz e seios perinasais;
• Pescoço;
• Respiratório;
• Cardiovascular;
• Gastrointestinal;
• Geniturinário/reprodutor;
• Musculosquelético;
• Endócrino.
2 - EXAME FÍSICO
OBJETIVOS DO EF
• Conforto e tranquilidade;
• Iluminação facilitadora;
• Espaço suficiente;
• Restringir o acesso;
• Ideal é que exista uma maca ou cama;
• Privacidade e intimidade;
• Ser homeotérmico;
• Acessibilidade imediata aos recursos;
• Ponto de lavagem e desinfeção;
• Espaço para acomodar acompanhantes.
Recursos e materiais:
• O material, vasto e variado, pode ser diferenciado em função da pessoa, dos objetivos
e extensão do exame a realizar;
• O ideal é que exista uma maca ou cama, de preferência ajustável e articulável.
Recursos/materiais:
• Estetoscópio;
• Otoscópio;
• Esfigmomanómetro;
• Lanterna de bolso;
• Cartaz alfabético;
• Cotonetes;
• Espátulas;
• Diapasão;
• Martelo percussão;
• Algodão;
• Termómetro;
• Bloco de notas e caneta;
• Relógio;
• Balança-régua;
• Lipometro;
• Goniómetro;
• Cadeira balança;
• Balança cama;
• Balança pediátrica;
• Fita métrica.
Duração e momento:
• Não existem razões para que o EF seja realizado de uma só vez;
• Importa perceber que o cansaço, a saturação, a intolerância, o aumento progressivo de
desconforto e incómodo;
• Deve prevalecer o princípio da adaptação do EF à tolerância física e emocional do
utente;
• Também os ritmos e timings de desempenho funcional devem ser respeitados;
• Há aspetos cuja apreciação/avaliação beneficia se realizada noutros momentos da
relação terapêutica, porventura mais madura, onde é mais oportuno a sua realização
(para pessoa e profissional).
Segurança:
Métodos e técnicas:
1. Audição;
2. Visão;
3. Olfato;
4. Tato;
5. Comunicação.
Uma boa sistematização e organização:
1. Abordagem céfalo-caudal:
• Sequencia a partir da cabeça até aos pés, numa lógica proximal-distal;
• Fácil memorização e sequencia;
• Reduzir o número de mudanças de posição do utente;
• Menor tempo requerido.
2. Por sistemas orgânicos:
• Caracter mais anátomo-fisiológico;
• Avaliação de cada sistema por separado;
• Indicadores de determinado sistema sejam avaliados de seguida;
• Agregação dos dados por grupos;
• Fácil a identificação dos problemas.
1. Observação/inspeção:
• O quê?; que características?; em que dimensão?; para quê?; porquê avaliar?;
• Inicia-se logo no primeiro contacto visual (interação) com o doente e acontece
continuamente;
• Disponibilidade de luz adequada e uso de luz adicional para inspecionar as
cavidades do corpo;
• Se possível, compare cada zona inspecionando com a mesma área no lado
oposto;
• Abrange informações sobre: aspeto geral; expressão facial; idade aparente;
biótipo; estatura; estado nutricional; depleção muscular; volume; coloração;
forma; textura; simetria; posição/postura; sudação; deformidades;
movimentos/marcha.
• Complementada com medições bio antropométricas: altura e peso; sinais vitais;
perímetro cefálico; perímetro abdominal; volume testicular; diâmetro e/ou
perímetro de uma lesão;
• Se possível, comprar cada zona inspecionada com a mesma área no lado oposto
(simetria e contralateralidade).
2. Palpação:
• É um exercício de sensibilidade táctil de toque suave ou aplicação de pressão;
• Permite avaliar: tamanho: forma, consistência e mobilidade de tecidos ou de
neoformações (massas); simetria/assimetria de estruturas bilaterais; vibrações
ou humidade cutânea; vibrações; sensibilidade álgica;
• A palpação pode ser:
o Superficial – vai do simples contacto até à depressão de 2 cm do tecido
subjacente;
o Profunda – o tecido é pressionado aproximadamente 4 a 5 cm (pode ir
aos 7), feita por uma ou duas mãos (bimanual).
o Bimanual – utiliza-se ambas as mãos exercendo pressão contraria ou
resistência; coloca-se uma mão suavemente sobre a pele do utente (mão
orientadora) e a outra (mão ativa) é colocada sobre esta, aplicando
pressão.
o Manual – palpação em pinça (avalia turgor); palpação dorso dos dedos
(avalia a temperatura);
o Pode ser com recurso a algodão ou objeto pontiagudo (avalia
sensibilidade tátil e álgica).
• Importa atender às diferentes reações emocionais;
• As mãos devem estar quentes antes de examinar o paciente: palpar
usando mãos frias pode causar contração muscular condicionando o
exame;
• Se possível, comprar cada zona inspecionada com a mesma área no lado oposto
(simetria e contralateralidade).
3. Percussão:
• Processo de exploração clínica de uma cavidade ou órgão através de golpes na
pele realizados com mãos, dedos ou utensilio próprio sobre a região/área
subjacente a estudar;
• Permite golpeando a pele do utente para avaliar a área subjacente;
• O examinador golpeia com as mãos, dedos ou um martelo de reflexos;
• Ajuda a determinar o tamanho e localização de órgãos internos;
• Os sons variam conforme as estruturas contém ar, líquido ou são sólidas;
• A percussão pode ser:
o Direta:
▪ Diretamente na pele;
▪ Um ou dois dedos, ou o punho;
▪ Avaliar a sensibilidade de estruturas subjacentes não para criar
um som (fígado ou rim);
▪ Martelo de reflexos (reflexos miotáticos).
o Indireta:
▪ Coloca-se a primeira falange do dedo médio de uma mão (mão
não dominante) firmemmnte contra a pele do utente e bate-se
na falange com parte final do dedo médio da mão não
dominante;
▪ Toque breve e intenso (retirar rapidamente o dedo que bate).
• Os sons da percussão diferem consoante as áreas do corpo:
o Maciço – é suave, alta tonalidade, curto, produzido por material denso
(musculo);
o Submaciço – varia de suave a moderadamente alto, e duração
moderada. É produzido em material menos denso, (fígado e baço) –
som abafado;
o Ressonante – varia de suave e moderado, intenso e longa duração.
Resulta de estruturas (tecidos) repletos de ar (pulmão) – som oco;
o Hiper-ressonante – som com alta intensidade e volume, duração mais
longa que o anterior. É produzido por um pulmão hiper insuflado,
repleto de ar (enfisema pulmonar) – som estridente;
o Timpânico – som alto, moderadamente longo. Resulta de estruturas
fechadas contendo ar (estomago e intestinos) – som tipo tambor.
4. Auscultação:
• Ouvir e avaliar os sons produzidos pelos sistemas: cardiovascular, respiratório e
gastrointestinal;
• Regra geral:
o Com estetoscópio;
o Diafragma para sons tom elevado (hidroaéreos e respiratórios);
o Campânula para sons tom baixo (vasculares e cardíacos).
• Características no som quando se ausculta:
o Frequência – agudos, graves;
o Intensidade – altos, baixos;
o Tipo/qualidade – descrição subjetiva de um tipo de som, como
“murmúrio”, “ronco”, “sibilos;
o Duração – extensão do som (tempo de permanência), longo,
intermédio, curto.
Estado mental/cognição:
Estado nutricional;
Sinais de dificuldade.
Comunicação/discurso:
• Sereno;
• Atitude amigável;
• Euforia/risos sem motivo;
• Inibição, apatia;
• Sinais claros de dor (retraído).
• Angústia, medo, apreensão;
• Impaciência;
• Negativismo, choros frequentes;
• Desconfiança;
• Sentimentos de culpa;
• Sinais de ansiedade;
• Agitação, agressividade, hostilidade.
Pele – cor:
Pele – olhos:
• Icterícia (amarelo/alaranjada):
o Aumento de depósitos de bilirrubina;
o Doença hepática, destruição de eritrócitos;
o Esclerótica, mucosas e pele.
Pele:
• Temperatura:
o Reflete o aumento ou diminuição do fluxo sanguíneo;
o Palpar com dorso da mão ou dedos;
o Comparar contralateralidade;
o Atenção às hiperemias locais.
• Humidade:
o Normalmente seca e macia;
o Pregas cutâneas normalmente húmidas;
o Sudação e oleosidade mínimas podem estar presentes;
o Sudação aumentada: exercício físico; ambientes quentes; obesidade e
ansiedade/excitação.
• Textura:
o Lisa, suave e flexível (maior parte do corpo);
o Textura mais grossa, palmas mãos e plantas dos pés;
o Poderá haver irregularidades.
• Turgir e mobilidade:
o Elasticidade da pele;
o Diminuído devido a edema ou desidratação;
o Diminuído predispõe para soluções de continuidade.
Pele – vascularização:
• Edema:
o “inchaço” acumulação tecidual de líquidos;
o Pele esticada e reluzente;
o Excessiva acumulação de líquidos orgânicos nos espaços tecidulares ou
retenção de líquidos nas zonas de declive;
o Traumatismo ou alteração retorno venoso;
o Edema com godet ou sinal de godet – exercer pressão com o polegar 2 a 3 seg.
depressão do local. A profundidade, em mm, determina o grau de edema.
• Lesões ou processos inflamatórios:
o Inflamação tecidos moles;
o Formação vesiculosa cutânea;
o Mácula hipopigmentada eritematosa.
Pele – cicatrizes:
• Localização:
a) Acesso torácico;
b) Acesso abdominal;
c) Acesso cervical;
d) Acesso gleno-umeral;
e) …
• Processo de cicatrização:
o Quelóide e cicatrização hipertrófica – desordem fibroproliferativa, são lesões
fibroelásticas, saliente, rosadas, avermelhadas ou escuras e às vezes brilhantes.
o Cicatrização hipertrófica – desordenamento das fibras de colagénio;
o Queloide – produção exagerada de fibras de colagénio.
Pele – unha:
Cabeça:
• Forma:
o Crânio dolicocéfalo – diâmetro longitudinal maior que o latero-lateral;
o Crânio braquicéfalo – diâmetro latero-lateral maior que o diâmetro
longitudinal;
o Crânio normocéfalo – diâmetro latero-lateral e longitudinal mais ou menos
equivalentes.
Cabelo:
• Higiene;
• Quantidade e distribuição;
• Textura: grosso ou fino;
• Seco, quebradiço ou frágil;
• Alteração súbita da cor;
• Alopecia;
• Lêndeas, pedículose, caspa.
Couro cabeludo:
Face:
• Sobrancelhas:
o Quantidade e distribuição;
o Perda de pelos;
o Depilação;
o Cicatrizes, lesões.
• Simetria facial:
o Fendas palpebrais;
o Pregas nasolabiais.
• Cor; aspeto; acne; cicatrizes; abaulamentos; depressões.
• Pálpebras:
o Ptose;
o Pestanas;
o Secreções.
• Nariz:
o Tamanho;
o Forma;
o Capacidade funcional;
o Movimento das asas.
• Olhos:
o Alinhamento com topo orelha;
o Conjuntiva, esclerótica, iris.
• Lábios:
o Simétricos, cor;
o Verificar dureza, humidade e integridade;
o Lesões;
o Desvio da comissura labial.
• Dentes:
o Dentição definitiva e completa;
o Ausência de dentes;
o Higiene oral cuidada;
o Mastigação;
o Sensibilidade dolorosa;
o Prótese dentária;
o Cáries.
• Gengivas:
o Integridade, cor;
o Lesões, inflamações, abscessos, gengivorragias.
• Língua:
o Simetria, cor;
o Movimento paralisia;
o Lisa, com papilas e sulcos;
o Integridade;
o Dor;
o Humidade, ressequida;
o Paladar (sensação gustativa – ponta da língua reage mais a doce e salgado; parte
posterior ao amargo e lados ao sabor ácido);
o Saburrosa – recoberta de uma crosta branca/amarelada – perturbações
gástricas;
o Levantar a língua para visualizar o seu pavimento; envolva a língua com gaze
durante a palpação.
• Boca:
o Observação da mucosa oral, palato, faringe:
▪ Lanterna e uma espátula;
▪ Protusão da língua;
▪ Espátula terço médio;
▪ Pressionar suavemente.
o Mucosa:
▪ Cor, pigmentação, humidade, úlceras, pontos brancos ou nódulos.
o Palato e faringe:
▪ Secreções;
▪ Cor;
▪ Amígdalas pequenas, superfície proeminente e rosa;
▪ Movimento da úlva e do palato mole quando o paciente diz “Ah”.
o Sialorreia (secreção salivar excessiva) neuroses, lesões nervosas, estomatites…
o Xerostomia (diminuição da produção de saliva);
o Hálito.
• Olho:
o Pupilas:
▪ Isocória;
▪ Tamanho igual/arredondadas;
▪ Centro das iris;
▪ Contrai-se à luz;
▪ Simetria de movimentos.
o Ectopia ou excêntrica – não se encontra no centro da íris.
o Discoria – não arredondada.
o Anisocoria – não apresentam o mesmo tamanho;
o Midríase – dilatação anormal do diâmetro da pupila produzida por algumas
drogas como atropina, cocaína, lesões cerebrais ou efeitos colaterais de uso de
remédios;
o Miose – contração excessiva, prolongada ou permanente; diversas condiçoes
médicas; uso de drogas.
• Visão:
o Testar acuidade visual – ao longe; discriminação de cores; ao perto.
o Reação/luz – olhar para um objeto distante (pupilas não contraídas); foco
coloca-se a cerca de 20 cm; pupila iluminada contrai-se e a outra também;
o Teste da posição cardinal – colocar um dedo ou caneta a cerca de 15 cm dos
olhos; pedir para seguir com os olhos (cabeça parada); parar em cada uma das
posições; se houver oscilações rítmicas anormais (tremer muito).
o Acomodação ou simetria de movimentos – olhar 1º para um objeto distante e
depois para um próximo (dedo, lápis a 20 cm de distância da ponta do nariz),
olhar alternadamente. Normal se as pupilas convergirem e contraírem
simetricamente.
• Ouvido:
o Ouvido externo:
▪ Cor; tamanho; posição;
▪ Integridade;
▪ Higiene;
▪ Sensibilidade;
▪ Nódulos;
▪ Produção de cerúmen;
▪ Corrimento (cor, quantidade, consistência);
▪ Próteses.
o Canal auditivo:
▪ Deve estar limpo e seco;
▪ Sem lesões;
▪ Produção mínima de cerume (varia na cor e consistência);
▪ Corrimento;
▪ Corpos estranhos?;
▪ Rubor e edema?;
▪ Otalgia (dor):
❖ À movimentação da orelha (infeção ouvido externo);
❖ Zona mastóidea;
▪ Zumbido.
o Avaliação da acuidade auditiva:
▪ Tapar um ouvido (o próprio se for capaz);
▪ Colocar o relógio próximo do outro ouvido ou sussurrar;
▪ Determinar até que distância consegue ouvir;
▪ Comparação contralateral.
• Pescoço:
o Mobilidade;
o Deformações estruturais;
o Assimetrias;
o Aumento da tiroide ou nodulo linfático;
o Dor e sensibilidade.
Inclui:
• Observação;
• Palpação;
• Percussão;
• Auscultação.
Tórax – inspeção/observação:
Deformidades:
Palpação:
• Sensibilidade;
• Massas;
• Temperatura e hidratação da pele;
• Crepitação óssea;
• Expansão e profundidade torácica;
• Frémito toraco-vocal;
• Simetrias.
• Manobra de laségue – manobra que permite verificar durante a inspiração, a amplitude
e simetria do movimento respiratório;
• Frémito toraco-vocal – vibração sentida através da palpação. Ruido produzido por
movimento de oscilação. O som comparativo auscultado ma percussão feita nos dois
hemotórax deve ser semelhante.
Percussão torácica:
Auscultação pulmonar:
Inclui:
• Observação;
• Auscultação;
• Percussão;
• Palpação.
Observação:
Auscultação:
Percussão indireta:
• Sons:
1. Timpânicos:
o Sons claros, moderadamente alto e longo;
o Semelhantes batida tambor (vísceras ocas);
o Estomago e intestinos.
2. Maciços ou submaciços:
o Suave, alta tonalidade, curto;
o Percebidos como “solidez” (maior densidade).
Palpação:
• Uso de luvas;
• Promover o conforto da pessoa – diminuir a ansiedade;
• Não fazer movimentos bruscos;
• Evite ações ou afirmações que podem ser interpretadas pela pessoa como sexualmente
provocatórias;
• Utilize um toque firme;
• Promoção da privacidade e prevenção da exposição. isolamento, porta fechada,
cortinas;
• Não prolongamento do exame injustamente.
Observação:
• Tamanho;
• Aspeto;
• Cor;
• Textura da pele escrotal;
• Distribuição dos pelos púbicos;
• Se existem parasitas e lêndeas;
• Lesões;
• Odor, corrimento e inflamação;
• Rubor;
• Edema;
• Nódulos;
• Massas nas virilhas;
• Herpes;
• Hérnias inguinais;
O pénis e os testículos:
• Endurecimento;
• Sensação dolorosa;
• Forma e consistência;
• Sensibilidade e nódulos;
Normal – testículos firmes (não duros), esponjosos, com forma de ovo, com cerca de 4 cm de
comprimento e 2 a 2.5 cm de largura. Testículo esquerdo está implantado mais abaixo do que o
direito.
Posição ginecológica – decúbito dorsal, com as pernas fletidas sobre o abdómen e afastadas –
com os joelhos e as coxas devem estar tapadas com lençol.
Observação:
Observar:
• Tamanho e simetria;
• Cor e textura da pele;
• Distribuição dos pelos;
• Pigmentação;
• Sinais inflamatórios;
• Perda de função;
• Dor;
• Úlceras;
• Cicatrizes;
• Unhas e leitos ungueais;
• Equimoses ou hematomas;
• Simetria de todos os aspetos.
Articulações – observar:
• Aumento de volume;
• Sinais inflamatórios;
• Atrofia;
• Dor;
• Crepitações ósseas ou articulares;
• Grau de preservação ou limitação ao movimento;
• Amplitude articular;
• Simetria;
• Hematomas.
Avaliação da vascularização/circulação:
• Tempo que demora o preenchimento capilar apos submeter a base da unha e pressão
– menos de 3 segundos – normal; mais de 4 segundos – anormal (pode ser sugestivo de
obstrução venosa).
Avaliação da vascularização
Sensibilidade superficial:
1. Táctil;
2. Álgica;
3. Térmica.
• Teste sensorial de picada de alfinete, escova/cotonete e superfície quente/fria
• Utente sentado ou decúbito de olhos fechados; informar sobre o procedimento;
realização rápida e objetiva.
Conceitos: