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Intoxicação

Intoxicação exógena é o conjunto de efeitos nocivos representados por


manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico
produzido pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema
biológico.

Fonte: BRASIL, 2019.

Renato Matos da Silva - 14312089736


1. (SES-DF/IADES/2018) Processo patológico causado por substâncias
endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico,
consequente das alterações bioquímicas no organismo, evidenciado por sinais
e sintomas ou mediante dados laboratoriais.
a) DL 50.
b) intoxicações.
c) ação tóxica.
d) toxicidade.
e) toxicante.

Substância química, quase sempre de origem


antropogênica, capaz de causar dano a um
Agente tóxico
sistema biológico, alterando uma ou mais
funções, podendo provocar a morte*.
*De modo geral, a intensidade da ação do agente tóxico será proporcional à concentração e ao
tempo de exposição.

Fonte: BRASIL, 2019.

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Os complexos eventos envolvidos na intoxicação, desde a exposição às
substâncias químicas até o aparecimento de sinais e sintomas, podem ser
desdobrados, para fins de operacionalização da vigilância em saúde, em 4
fases descritas, tradicionalmente, como as fases da intoxicação, vejamos
(BRASIL, 2019):

Fases da intoxicação

Exposição Toxicocinética Toxicodinâmica Clínica

Fonte: BRASIL, 2019.

Corresponde ao contato do agente


Fase de exposição
tóxico com o organismo.

Nessa fase é importante considerar, entre outros fatores, a via de


incorporação do agente tóxico, a dose ou concentração do mesmo,
suas propriedades físico-químicas, bem como o tempo durante o qual
se deu a exposição.
Fonte: BRASIL, 2019.

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Corresponde ao período de “movimentação”
Fase toxicocinética
do agente tóxico no organismo.

Nesta fase destacam-se os processos de absorção, distribuição,


armazenamento, biotransformação e eliminação do agente tóxico ou de
seus metabólitos pelo organismo.
Fonte: BRASIL, 2019.

Fase toxicodinâmica
Compreende a interação entre as moléculas das substâncias
químicas e os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos,
podendo provocar desde leves distúrbios até mesmo a morte.

Fase clínica
Nesta fase há evidências de sinais e sintomas, ou ainda
alterações patológicas detectáveis mediante provas
diagnósticas, caracterizando os efeitos nocivos provocados pela
interação da substância química com o organismo.
Fonte: BRASIL, 2019.

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2. (Petrobrás/CESGRANRIO/2018) O desenvolvimento de tumores pode
ocorrer em uma fase da intoxicação denominada:
a) absorção.
b) biotransformação.
c) exposição.
d) toxicocinética.
e) toxicodinâmica.

Períodos da intoxicação
Considerando as fases envolvidas na intoxicação, a abordagem da população
exposta levará em conta os dois períodos a seguir (BRASIL, 2019):
• Subclínico – quando ainda não existem as manifestações clínicas, mas
existe história de contato direto ou indireto com as substâncias químicas.
• Clínico – neste momento os sinais e sintomas, quadros clínicos e síndromes
são evidentes e determinarão as ações de saúde a serem adotadas. Pelo
grande número de substâncias químicas existentes e considerando-se que
muitas vezes a exposição é múltipla, a sintomatologia é inespecífica,
principalmente na exposição de longo prazo.

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As intoxicações com substâncias químicas podem ser agudas e crônicas, e
poderão se manifestar de forma leve, moderada ou grave, a depender da
quantidade da substância química absorvida, do tempo de absorção, da
toxicidade do produto, da suscetibilidade do organismo e do tempo decorrido
entre a exposição e o atendimento médico, vejamos (BRASIL, 2019):

Intoxicação aguda
Tipos de intoxicação:
Intoxicação crônica

As intoxicações agudas são decorrentes de uma única exposição


Intoxicação ao agente tóxico ou mesmo de sucessivas exposições, desde que
aguda ocorram num prazo médio de 24 horas, podendo causar efeitos
imediatos sobre a saúde.

A intoxicação crônica pode manifestar-se por meio de inúmeras


doenças, que atingem vários órgãos e sistemas, com destaque
Intoxicação
para os problemas neurológicos, imunológicos,
crônica
endocrinológicos, hematológicos, dermatológicos, hepáticos,
renais, malformações congênitas, tumores, entre outros.
Fonte: BRASIL, 2019.

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Fluxograma do atendimento inicial

AVALIAÇÃO INICIAL

CABD*: Exame físico: História da Agente:


Guideline AHA** Pupilas, Sinais Vitais, exposição Dose x Toxicidade
Nível de consciência

VIA DE EXPOSIÇÃO

Cutânea Ocular Oral

*CABD - Circulation Airways Breathing Desfibrilation.


**AHA - American Heart Association. Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Cutânea Ocular Oral

Descontaminação Descontaminação Descontaminação


cutânea ocular gástrica

Observação clínica Ingestão


Tratamento Sintomático + Suporte NÃO até 1h?
Avaliação especialista S/N (cirurgia geral - oftalmologia)

SIM Agente cáustico SIM


ou irritante?

Não realizar LG* NÃO Lavagem gástrica


EDA** precoce + carvão ativado
*LG - Lavagem Gástrica.
**EDA - Endoscopia Digestiva Alta. Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicações agudas
Medidas de esvaziamento gástrico

Consiste na infusão e posterior aspiração de soro


fisiológico a 0,9% (SF 0,9%) através de sonda
nasogástrica ou orogástrica, com o objetivo de
retirar a substância ingerida.
Lavagem
Gástrica (LG) Deve-se utilizar sonda de grande calibre, adultos de
18 a 22 e crianças de 10 a 14, mantendo o paciente
em decúbito lateral esquerdo para facilitar a retirada
do agente tóxico, e diminuir a velocidade do
esvaziamento gástrico para o intestino.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

• Infundir e retirar sucessivamente o volume de SF 0,9% recomendado de


acordo com a faixa etária, até completar o volume total recomendado ou até
que se obtenha retorno límpido, da seguinte forma:
 Crianças: 10 mL/Kg por infusão até volume total de:
a) Escolares: 4 a 5 L.
b) Lactentes: 2 a 3 L.
c) RN: 0,5 L.
 Adultos: 250 ml por vez até um volume total de 6 a 8 L ou até que
retorne límpido.
• É contraindicada na ingestão de cáusticos, solventes e quando há risco de
perfuração e sangramentos.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicações agudas
Medidas de esvaziamento gástrico:
• Carvão ativado
 É um pó obtido da pirólise de material orgânico, com
partículas porosas com alto poder adsorvente do
agente tóxico, que previne a sua absorção pelo
organismo.
 Geralmente é utilizado após a LG, mas pode ser
utilizado como medida única de descontaminação GI.
 O carvão ativado absorve a maioria dos venenos
comumente ingeridos, com exceção de corrosivos,
metais pesados, hidrocarbonetos, ferro e lítio.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Na maioria das vezes deverá ser utilizado em dose única, porém pode ser
administrado em doses múltiplas como medida de eliminação, em exposições
a agentes de ação prolongada ou com circulação ênterohepática, como o
fenobarbital, carbamazepina, dapsona, clorpropramida, dentre outros. As
formas de administração estão descritas a seguir:

Crianças: 1 g/kg, em uma suspensão com água


ou SF 0,9% na proporção de 4-8 mL/g.
Dose Única

Adultos: 50 g em 250 mL de água ou SF 0,9.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Múltiplas doses

Intervalos de 4/4 horas; associar catártico, preferencialmente salino,


junto à 3ª dose, e repetir quando necessário. Utilizar o catártico como
parte da suspensão do CA. Exemplo: utilizar 100 mL Sulfato de Magnésio
10% (10 g), acrescentar 150 mL de SF 0,9% (total 250 mL) e acrescentar
50 g de Carvão Ativado (suspensão 1:5) (Ver capítulo 3).
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicações agudas

Contraindicações ao uso do carvão ativado


RN, gestantes ou pacientes muito debilitados, cirurgia abdominal recente,
administração de antídotos por VO.
Pacientes que ingeriram cáusticos ou solventes ou que estão com obstrução
intestinal.
Pacientes intoxicados com substâncias que não são efetivamente adsorvidas
pelo carvão, como os ácidos, álcalis, álcoois, cianeto e metais como lítio,
ferro, entre outros.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicações agudas

Complicações

1. Constipação e impactação intestinal.

Broncoaspiração, especialmente quando realizado


2.
em pacientes torporosos, sem a proteção da via aérea.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicações agudas
Consiste na administração de solução de
Medidas de esvaziamento gástrico

polietilenoglicol (PEG) via sonda naso-enteral para


induzir a eliminação do agente através do trato
gastrintestinal pelas fezes.

É raramente utilizada, salvo nos casos de ingestão de


Lavagem pacotes contendo drogas (body-packing) ou de
Intestinal (LG) quantidades potencialmente tóxicas de substâncias não
adsorvidas pelo carvão ativado (ex.; ferro, lítio, etc).

Está contraindicada na presença de íleo paralítico,


perfuração gastrintestinal, hemorragia gastrintestinal
e instabilidade hemodinâmica.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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• Crianças de 9 meses a 6 anos: 500 ml/h.
A dose
• Crianças de 6 a 12 anos: 1000 ml/h.
recomendada é
• Adolescentes e adultos: 1500 a 2000 ml/h.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

3. (EBSERH/CESPE/2018) Com referência às intoxicações agudas, julgue o item


que se segue.
As condutas específicas no caso de ingestão de produtos corrosivos são as
seguintes: provocar vômito, passar sonda nasogástrica, realizar lavagem
gástrica e realizar tentativas de neutralização do agente corrosivo.
( ) Certo
( ) Errado

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4. (EBSERH/AOCP/2015) As intoxicações exógenas podem ser provocadas por
ingestão ou inalação de substâncias prejudiciais ao organismo. Sobre o
atendimento às intoxicações exógenas, é correto afirmar que:
a) a primeira conduta visa impedir ou diminuir a absorção do agente tóxico.
b) deve-se sempre induzir o vômito no caso de ingesta de soda cáustica.
c) a lavagem gástrica é sempre indicada em caso de ingesta de éter.
d) nos casos de envenenamento a única medida indicada é a utilização de leite
como antídoto.
e) os sinais vitais só devem ser monitorados nos casos em que ocorrer
rebaixamento de nível de consciência.

5. (Pref. de Nova Odessa-SP/Metro Capital Soluções/2019) Como se sabe, a


intoxicação oral por chumbinho (carbamato) é uma condição clínica
emergencial que tem grande tendência à alta mortalidade relacionada ao
diagnóstico tardio e à conduta inadequada dos profissionais de saúde. A
intervenção específica no atendimento emergencial nessas situações inclui:
a) sondagem nasogástrica e aplicação de carvão ativado.
b) alimentação por via intravenosa.
c) prescrição de penicilina.
d) sondagem vesical de demora.
e) posicionamento do paciente em decúbito lateral.

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6. (Pref. de São Carlos do Ivaí-PR/UNIFIL/2020) A intoxicação aguda resulta do
desequilíbrio orgânico produzido pelo agente químico no sistema biológico
humano. O quadro clínico que resulta das intoxicações retrata esta desordem
na homeostase, podendo ter consequências fatais, se não tratadas. Sobre a
abordagem ao paciente intoxicado, analise as assertivas e assinale a
alternativa correta.
I. A primeira medida a ser tomada ao se deparar com uma vítima de
intoxicação no âmbito pré-hospitalar é a estabilização do paciente, realizando
uma rápida avaliação da função cardiorrespiratória.
II. Deve-se ligar imediatamente para os centros de informação e assistência
toxicológica para tomar conhecimento de outras medidas específicas.

6. (Pref. de São Carlos do Ivaí – PR/UNIFIL/2020)


III. É importante minimizar o contato do paciente com o agente tóxico,
principalmente se a exposição for cutânea. Deve-se retirar as roupas
contaminadas e lavá-las com água corrente enquanto se providencia o
transporte ao serviço médico próximo.
IV. O objetivo do uso do carvão e/ou lavagem gástrica é minimizar a absorção
do agente tóxico pelo organismo, tendo em vista que, estando ainda no trato
gastrointestinal, ainda não atingiu outros sistemas orgânicos.

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6. (Pref. de São Carlos do Ivaí – PR/UNIFIL/2020)
a) Apenas I, II e III estão corretas.
b) Apenas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas I, II e IV estão corretas.
d) Todas estão corretas.

7. (Pref. de Fortaleza-CE/IMPARH/2016) Uma mulher de 22 anos ingeriu


grande quantidade de acetaminofeno (APAP), causando intoxicação. O médico
da emergência solicita à enfermeira que administre carvão ativado conforme
prescrição. Diante da prescrição e da gravidade da situação, a enfermeira
realiza o procedimento, ciente de que a finalidade do carvão ativado é:
a) remover uma quantidade maior de substância tóxica, pois é um método de
descontaminação gastrointestinal, por meio de lavagem realizada com soro
fisiológico e sonda orogástrica.
b) inibir substância que cause ou promova evacuações, diminuindo a absorção
da droga por acelerar sua passagem pelo trato gastrointestinal.

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7. (Pref. de Fortaleza-CE/IMPARH/2016)
c) adsorver a droga em sua grande área de superfície, impedindo sua absorção
pelo trato gastrointestinal, interrompendo a circulação êntero-hepática da
substância tóxica.
d) absorver a droga para o tratamento de intoxicações por substâncias de
baixo peso molecular, hidrossolúveis e pouco ligadas a proteínas plasmáticas,
como é o caso do APAP.

8. (UFMA/UFMA/2019) Carvão ativado é utilizado em casos de intoxicação


exógena, agindo por adsorção, contudo há contraindicações com o seu uso.
Não faz parte dessas contraindicações:
a) Intoxicação por hidrocarboneto.
b) Vítimas com obstrução intestinal ou ruídos hidroaéreos ausentes.
c) Intoxicação por álcool e metanol.
d) Intoxicação por carbamato.
e) Intoxicação por substâncias corrosivas como ácido e álcalis.

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9. (FMS/NECEPE/2019) As intoxicações exógenas são importantes causas de
morbidade, constituindo relevante problema de saúde pública. Qual a situação
que contraindica a lavagem gástrica na emergência?
I. Até 1 hora da ingestão de lítio.
II. Até 1 hora da ingestão de ferro.
III. Paciente em estado de coma.
IV. Ingestão de substância potencialmente letal.
V. Ingestão de substância corrosiva.
Assinale a alternativa CORRETA, quanto às assertivas verdadeiras.
a) II e III. c) III e V. e) II e IV.
b) I e IV. d) I e V.

Envenenamento

Um veneno é qualquer substância que, quando ingerida, inalada, absorvida ou


aplicada na pele ou produzida no corpo em quantidades relativamente pequenas,
lesiona o corpo por meio de sua ação química.
Fonte: HINKLER; CHEEVER, 2020.

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Envenenamento

Os venenos corrosivos incluem agentes alcalinos e


ácidos, que podem causar destruição tecidual após
a entrada em contato com as membranas mucosas.
Venenos
Produtos alcalinos: cal, limpadores a seco, água
ingeridos
sanitária e limpadores de fogão.
(deglutidos)
Produtos ácidos: material de limpeza de piscina,
material de limpeza de metal, removedores de
ferrugem e ácido de baterias.
Fonte: HINKLER; CHEEVER, 2020.

Envenenamento
Medidas para remover o agente tóxico ou diminuir sua absorção
• Dialise ou hemoperfusão envolve a desintoxicação do sangue por
meio do seu processamento em um circuito extracorpóreo e um
cartucho absorvente que contém carvão ou resina, após o que o
sangue limpo é retornado para o cliente.
• A lavagem gástrica para o cliente obnubilado somente é útil nos
primeiros 60 minutos após a ingestão, no caso de substâncias de
liberação prolongada ou quantidades maciças e potencialmente
fatais de uma substância.
• A administração do carvão ativado, se o veneno for do tipo que é
absorvido pelo carvão.
Fonte: HINKLER; CHEEVER, 2020.

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10. (Pref. de Fortaleza-CE/IMPARH/2016) Na assistência aos pacientes vítimas
de envenenamento, qual item NÃO constitui cuidado de enfermagem?
a) Avaliar, estabelecer e manter a via área.
b) Monitorar a função cardíaca.
c) Manter e/ou corrigir o equilíbrio acidobásico e homeostase dos eletrólitos.
d) Prescrever terapia farmacológica de acordo com as complicações.

11. (Pref. de Fortaleza-CE/IMPARH/2018) Acerca das síndromes decorrentes


de intoxicação e envenenamento, assinale o item correto.
a) Nas síndromes colinérgicas, cujas causas envolvem uso excessivo de
atropina, escopolamina, amitriptilina, cogumelos e outros, verificam-se como
manifestações clínicas a agitação, o rubor facial, a midríase, a confusão
mental, arritmias e outros.
b) Nas síndromes extrapiramidais, verificam-se como sintomas movimentos
involuntários tremores, sialorreia, e as causas incluem o uso abusivo de
clorpromazina, bromoprida ou metoclopramida via IV, por exemplo.
c) Nas síndromes adrenérgicas causadas pelo carbamato ou “chumbinho”, as
manifestações clínicas são sialorreia, vômitos, convulsão, entre outras.
d) O tratamento das síndromes narcóticas (morfina, meperidina, codeína ou
heroína) é a administração de benzodiazepínico.

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12. (Pref. de Fortaleza-CE/IMPARH/2018) A conduta no atendimento pré-
hospitalar, em casos de intoxicação, envenenamento ou acidentes com
animais, deve ser considerado correto:
a) a apreensão e a morte do animal peçonhento envolvido no acidente.
b) a observação do animal doméstico por 5 dias e a confirmação da vacinação
antirrábica.
c) a lavagem do local atingido por uma água-viva, utilizando água do mar ou
solução com vinagre.
d) o estímulo ao vômito diante da ingestão de produtos tóxicos.

Intoxicação por monóxido de carbono

Fonte: cdc.gov

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Intoxicação por monóxido de carbono
Pode ocorrer intoxicação por monóxido de carbono (CO)
como resultado de incidentes industriais ou domiciliares,
ou uma tentativa de suicídio.

O CO exerce seu efeito tóxico por meio da ligação a


hemoglobina circulante, reduzindo, assim, a capacidade
de transporte de oxigênio.

A hemoglobina absorve o monóxido de carbono 200 vezes


mais prontamente do que o oxigênio.

A hemoglobina ligada ao monóxido de carbono, denominada


carboxi-hemoglobina, não transporta oxigênio.
Fonte: HINKLER; CHEEVER, 2020.

Intoxicação por monóxido de carbono

Manifestações clínicas: cefaleia, fraqueza muscular,


palpitação, tontura e confusão.

A coloração da pele, que pode variar desde rosa ou vermelho-cereja


até cianótica e pálida, não é um sinal confiável. A oximetria de pulso
pode revelar alta saturação de hemoglobina, que pode ser enganosa,
tendo em vista que a molécula de hemoglobina está saturada com
monóxido de carbono, e não com oxigênio.
Fonte: HINKLER; CHEEVER, 2020.

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Intoxicação por praguicidas

São definidos como produtos e agentes físicos, químicos ou biológicos, destinados


ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos
agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicação por praguicidas


1. Inibidores da colinesterase: carbamatos e organofosforados
• Utilizados amplamente no controle de insetos e outros parasitas,
podendo ser utilizados com finalidade agrícola, doméstica ou veterinária.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicação por praguicidas
1.1. Mecanismo de efeitos tóxicos
• Inibição da Acetilcolinesterase, resultando no acúmulo de acetilcolina nas
sinapses colinérgicas no sistema nervoso central, periférico somático e
autônomo, levando ao aumento da resposta nosreceptores pós-sinápticos,
nicotínicos ou muscarínicos.
• No caso dos inseticidas carbamatos, a inibição é reversível e a reativação da
enzima é espontânea e rápida, geralmente acontece em menos de 24 horas
• Nas exposições a inseticidas organofosforados, a inibição é quimicamente mais
estável quando comparada aos carbamatos e a recuperação da enzima pode
ser mais lenta, podendo levar dias a semanas e até ser irreversível.
1.2. Farmacocinética dos Carbamatos
• Bem absorvidos por ingestão e inalação e através da pele e mucosas.

Intoxicação por praguicidas


• Pico plasmático em cerca de 30 a 40 minutos da ingestão.
• São lipossolúveis possibilitando uma boa distribuição em todo os tecidos
incluindo o SNC.
• Cerca de 90% é excretado na urina dentro de 3 a 4 dias.
1.3. Farmacocinética dos organofosforados
• Bem absorvidos por todas as vias.
• O pico plasmático difere muito conforme o princípio ativo.
• A maioria é lipofílico, levando a um grande volume de distribuição e a
possibilidade de acúmulo em tecido adiposo protegidos do metabolismo.
• Eliminação renal.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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13. (Pref. de Ervália-MG/FUNDEP/2019) Considerando o significado do
termo “agravo à saúde”, que é utilizado em serviços, no meio acadêmico e em
documentos legais, assinale a alternativa que apresenta a situação que o
exemplifica.
a) Intoxicação exógena por organofosforado.
b) Insuficiência cardíaca descompensada.
c) Piora do estado respiratório em portadores de asma.
d) Doença renal crônica dialítica.

Intoxicação por praguicidas


1.4. Manifestações clínicas (agudas e tardias)
Agudas:
• Muscarínicas: Salivação, sudorese, lacrimejamento, hipersecreção brônquica,
bradicardia, miose, vômitos e diarreia.
• Nicotínicas: Taquicardia, hipertensão, midríase, fasciculações, fraqueza
muscular e hiporreflexia, podendo evoluir para paralisia dos músculos
respiratórios
• Centrais: Agitação, labilidade emocional, cefaleia, tontura, confusão mental,
ataxia, convulsões e coma.

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Intoxicação por praguicidas
Tardias:
• Síndrome intermediária: Aparece 24 a 96 horas após a exposição, e é
caracterizada pela paralisia das musculaturas proximal e respiratória
• Polineuropatia tardia: pode ocorrer após 7 a 21 dias da exposição a alguns
organofosforados.
• Desordens neuropsiquiátricas: Em exposições agudas à altos níveis de OF ou
nas exposições à baixas doses por períodos prolongados
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

14. (TRT - 1ª REGIÃO-RJ/AOCP/2018) Adulto, 35 anos, sexo masculino e


trabalhador do campo agroindustrial, procurou atendimento, após intoxicação
ocupacional, apresentando: diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, salivação
e sudorese excessivas, visão borrada, dificuldade respiratória, dor de cabeça e
fasciculações musculares. Esses são sinais e sintomas característicos de:
a) Intoxicação aguda por inseticida carbamato.
b) Intoxicação aguda por álcool.
c) Intoxicação por picada de serpente.
d) Intoxicação aguda por soda cáustica.
e) intoxicação por picada de escorpião.

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Intoxicação por praguicidas
1.5. Diagnóstico
• Baseado na história de exposição aos agentes inibidores da colinesterase.
• Na intoxicação aguda buscar as manifestações agudas colinérgicas.
• Exames laboratoriais.
1.6. Tratamento
Medidas de suporte:
• Desobstruir vias aéreas e administrar oxigênio suplementar quando necessário.
• Monitorizar sinais vitais.
• Manter acesso venoso calibroso.
• Hidratação adequada.
• Evitar o uso de succinilcolina em caso de IOT.

Intoxicação por praguicidas


Descontaminação:
• Em pacientes que apresentem exposição cutânea, as medidas de
descontaminação externa da pele, cabelos, olhos, e a retirada de vestimentas e
calçados contaminados devem ser realizadas concomitantemente com as
medidas de reanimação e a aplicação de antídotos.
• Realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% até 1 hora após ingestão.
• Administrar carvão ativado por SNG após realizar a lavagem gástrica.
• Observar se o paciente apresentou episódios de vômitos espontaneamente.
Nessa situação, a lavagem gástrica não é Intoxicação por indicada, devendo-se
realizar o tratamento sintomático (antieméticos) e administrar apenas o carvão
ativado.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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15. (UPA-CS/FUNDEP/2018) A intoxicação por carbamato (chumbinho) é uma
situação de emergência clínica muito comum nos dias de hoje e está
relacionada à alta mortalidade. Assinale a alternativa que apresenta a correta
intervenção de enfermagem específica para esse atendimento.
a) Sondagem vesical de demora.
b) Alimentação parenteral por bomba de infusão.
c) Sondagem nasogástrica e administração de carvão ativado.
d) Lavagem intestinal com solução fisiológica.

Intoxicação por praguicidas

Tratamento.
• Antídotos:
A atropina age como um bloqueador dos
receptores muscarínicos, evitando a ação da
acetilcolina acumulada nas sinapses.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Administrar o antídoto atropina conforme tabela abaixo:

Considerar uso de bicarbonato de sódio, se disponível, em pacientes com


insuficiência respiratória grave, na dose de 1 a 2 mEq/kg em 2 horas (a
atropina não age bem na acidose).
Fonte: BRASIL, 2016.

Intoxicação por praguicidas


Tratamento
• Antídotos:
A Oxima seu efeito terapêutico esperado é a reativação da acetilcolinesterase.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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16. (Pref. de Tupãssi-PR/UNIFIL/2019) O manejo adequado de um paciente
com suspeita de intoxicação depende do agente envolvido e da sua toxicidade,
assim como do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento. Além do
suporte, o tratamento envolve medidas específicas como descontaminação,
administração de antídotos e técnicas de eliminação. Assinale a alternativa
que apresenta o antídoto adequado diante da intoxicação por inibidores da
acetilcolinesterase (agrotóxicos, carbamatos, organofosforados).
a) Ácido fólico.
b) Atropina.
c) Vitamina K.
e) Dantroleno.

17. (EBSERH/CESPE/2018) Com referência às intoxicações agudas, julgue o


item que se segue.
A atropina é o antídoto específico para o tratamento de intoxicações agudas
por drogas de abuso.
( ) Certo
( ) Errado

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Intoxicação por medicamentos

Medicamentos utilizados em transtornos


ansiosos, como anticonvulsivantes, na
síndrome de abstinência alcoólica, nos estados
hiperadrenérgicos como intoxicações por drogas
de abuso, como relaxantes musculares e como
Benzodiazepínicos agentes sedativos em procedimentos.

Nome genérico: Alprazolam, Clonazepam,


Diazepam, Lorazepam, Midazolam, entre outros.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicação por medicamentos

1.1 - Mecanismo de efeitos tóxicos

Agem por agonismo aos receptores GABAA (ácido gamaaminobutírico) aumentando


a frequência de abertura dos canais de cloreto, provocando hiperpolarização da
membrana e diminuindo a hiperexcitabilidade neuronal, resultando em depressão
generalizada dos reflexos da medula e do sistema ativador reticular. Portanto, há
risco de coma e depressão respiratória.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicação por medicamentos

1.2 - Manifestações Clínicas

Intoxicação leve a moderada Intoxicação grave


Sonolência, sedação, fala Coma com depressão respiratória,
arrastada. hipotensão e hipotermia.

Síndrome de abstinência

Pode ser precipitada pela descontinuação abrupta


após longo tempo de uso de benzodiazepínicos.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicação por medicamentos

1.3 - Diagnóstico

Clínico que é baseado na história de


exposição ao agente e no exame
físico atentando para os sintomas
citados nas manifestações clínica.

Laboratorial.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicação por medicamentos

1.4 - Tratamento
Desobstruir vias aéreas e
administrar oxigênio
Medidas de suporte
suplementar quando
necessário.

Hidratação adequada
Monitorizar sinais
para assegurar boa
vitais.
eliminação renal.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicação por medicamentos

• Lavagem gástrica e carvão ativado: administrar carvão


ativado 1 g/Kg; lavagem gástrica não é necessária nas
Descontaminação
pequenas e moderadas ingestões se o carvão puder ser
administrado rapidamente.

• Administrar Flumazenil dose inicial é de 0,1 a 0,2 mg IV em


15 a 30 segundos e repetida conforme a necessidade até a
Antídoto quantidade máxima de 1 mg. É contraindicado nas
ingestões concomitantes de substâncias que diminuem o
limiar para convulsão, como os antidepressivos tricíclicos.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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18. (Pref. de Cunha Porã-SC/UNIFIL/2020) Assinale o antagonista específico
que deve ser utilizado em caso de intoxicação causada por benzodiazepínico.
a) Flumazenil.
b) Atropina.
c) Naloxona.
d) Protamina.

Intoxicação por medicamentos

2. Lítio
• Medicamento utilizado como estabilizador
de humor no transtorno bipolar.
• Nome genérico: Carbonato de lítio.
2.1. Mecanismo de efeitos tóxicos
• Semelhante à intoxicação por outros
metais, a intoxicação pelo lítio provoca
sintomas gastrintestinais e
neurotoxicidade.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicação por medicamentos
2.2 - Manifestações Clínicas
• Intoxicação leve a moderada
 Agudas são menos danosas, com manifestações predominantemente
gastrintestinais, pela absorção lenta da droga em SNC.
 Crônicas, predominam os sintomas neurológicos. Ocorrem náuseas,
vômitos, diarréia, desidratação, nistagmo e tremores.
• Intoxicação grave
 Os sinais e sintomas incluem fotofobia, desidratação, distúrbios
hidreletrolíticos, disfunção tireoidiana, hipertermia, convulsões, coma.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Intoxicação por medicamentos


2.3 - Diagnóstico
• Baseado na história de exposição ao agente e no exame físico.
• Laboratorial.
2.4 - Tratamento
• Suporte
 Hidratação com solução salina IV: aumenta excreção renal de Lítio.
 Hipotensão: hidratação e drogas vasoativas, se necessário.
 Convulsão / agitação: benzodiazepínicos.
 Rigidez / hipertermia: benzodiazepínicos / medidas de resfriamento.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicação por medicamentos
 Corporal e, em casos graves, intubação orotraqueal e paralisia muscular.
 Suspender medicações nefrotóxicas.
 Corrigir distúrbios hidreletrolíticos.
• Descontaminação
 Lavagem gástrica: tem benefício apenas em intoxicações agudas e nas
primeiras 1 a 2 horas da ingestão. O carvão ativado não é utilizado por
não ter capacidade de adsorver a substância.
• Medidas de eliminação
 Hemodiálise: aumenta o clearance de lítio e diminui a meia-vida. Nove
horas de hemodiálise remove aproximadamente 60% dos estoques totais
de lítio. Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

19. (SESAP-RN/COMPERVE/2018) Homem de 23 anos de idade, orientado


auto e alopsiquicamente e acompanhado da genitora deu entrada em um
pronto socorro apresentando os seguintes sintomas: disartria, ataxia e
tremores grosseiros. Relata que faz uso de Carbonato de Lítio para tratamento
do transtorno bipolar. Após estabilizado o quadro clínico, a assistente social
orientou o paciente a buscar o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no qual
faz tratamento, com a finalidade de readequação do seu projeto terapêutico
singular (PTS). Tendo como base esse caso clínico, considere as seguintes
afirmativas relacionadas ao uso do Carbonato de Lítio.

I - O uso do carbonato de lítio deve ser acompanhado de cuidados especiais,


devido ao seu potencial para intoxicação.
II - O uso de lítio associado a diuréticos e antibióticos também requer um
monitoramento especial.

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19. (SESAP-RN/COMPERVE/2018)

III - Acne, aumento do apetite, gosto metálico e náuseas são efeitos


indesejados do uso do Carbonato de Lítio.
IV - Em casos de intoxicação pelo uso do Carbonato de Lítio, no tratamento do
Transtorno Bipolar, o haldol poderá ser usado para substituí-lo.
Em relação ao uso de Carbonato de Lítio, estão corretas as afirmativas:

a) II e III.
b) I e IV.
c) I e III.
d) III e IV.

20. (IF-TO/IF-TO/2019) O carbonato de lítio é o medicamento indicado no


tratamento de episódios maníacos nos transtornos bipolares; no tratamento
de manutenção de indivíduos com transtorno bipolar, diminuindo a frequência
dos episódios maníacos e a intensidade destes quadros; na prevenção da
mania recorrente; prevenção da fase depressiva e tratamento da
hiperatividade psicomotora. Medicamento bastante usado, porém, deve-se
atentar à toxicidade aguda pelo lítio, que provoca alterações em vários órgãos
e sistemas. No sistema neurológico pode apresentar sinais e sintomas que
variam conforme a intensidade da intoxicação aguda (leve/moderada/grave).
Analise as opções abaixo e marque a correta quanto aos sinais e sintomas
conforme a intensidade da intoxicação por lítio.
a) Toxicidade aguda grave: estupor, convulsões, coma, fasciculações,
espasticidade, rigidez, coreoatetose, ausência de paresia e paralisia.

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20. (IF-TO/IF-TO/2019)
a) Toxicidade aguda moderada: tremor grosseiro, disartria, zumbido, ataxia,
hipotonia, mioclonia.
c) Toxicidade aguda leve: tremor fino, apatia, fadiga, fraqueza muscular, hiper-
reflexia.
d) Toxicidade aguda leve: tremor grosseiro, apatia, fadiga, fraqueza muscular,
hiper-reflexia.
e) Toxicidade aguda moderada: tremor fino, disartria, zumbido, ataxia,
hipertonia, mioclonia.

Intoxicação por medicamentos


3. Digoxina
• Medicação cardiotônica utilizada na insuficiência cardíaca congestiva e para
reduzir a frequência cardíaca (controle da frequência da fibrilação atrial).
3.1. Manifestações clínicas
Intoxicações leves e moderadas
• Intoxicação agudas: náuseas, vômitos, dor abdominal, letargia e bradicardia;
• Intoxicações crônicas: bradicardia, mal-estar, náusea, anorexia, delírio e
alterações visuais, tais como halo amarelado ao redor das luzes.
Intoxicações graves
• Intoxicação agudas: bradicardia grave, chegando a bloqueio atrioventricular
(BAV), vômitos, choque e hiperpotassemia. Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Intoxicação por medicamentos
• Intoxicações crônicas: arritmias ventriculares e variáveis graus de BAV,
porém a hiperpotassemia é incomum.
3.2. Dianóstico
• Baseado na história de exposição ao agente e no exame físico.
• Exames laboratoriais.
3.3. Tratamento
• Medidas de suporte: Monitorizar sinais vitais, Manter acesso venoso
calibroso e Hidratação adequada.
• Na ingestão, realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% ate 1 h após; sua
eficácia é limitada devido à rápida absorção intestinal e também ao efeito
emético do fármaco.
Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

21. (UFMG/UFMG/2018) O enfermeiro deve orientar e supervisionar os


técnicos de enfermagem quanto aos cuidados na administração de
medicamentos conforme prescrição médica. Em relação aos sinais ou sintomas
apresentados pelo paciente (sialorreia, diarreia, cefaleia, náusea, vômito,
prostração, sonolência) entre outros, a equipe de enfermagem deve
considerar intoxicação por administração de:

a) hipoglicemiantes orais.
b) anti-hipertensivos.
c) antiarrítmicos.
d) cardiotônicos.

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22. (PC-ES/AOCP/2019) Arritmias, náuseas, distúrbios da função cognitiva e
visão borrada ou amarela são manifestações habituais que podem ser
provocadas na intoxicação por
a) losartana.
b) furosemida.
c) morfina.
d) digoxina.
e) destrocetamina.

Drogas depressoras do SNC


1 - Etanol
• Droga lícita, com propriedade depressora sobre o SNC, com potencial para
abuso. É a droga mais usada e abusada no mundo.
1.2 - Dose tóxica
• As doses tóxicas são muito variáveis e dependem principalmente da
tolerância individual, do uso concomitante de outros fármacos e da
porcentagem aproximada de etanol em alguns produtos.
1.3 - Manifestações Clínicas
• Reflexos diminuídos, ataxia, logorreia, visão borrada, excitação ou depressão
mental, hipotermia, hipoglicemia (convulsões).
• Coma e falência respiratória. Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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Drogas depressoras do SNC
1.4 - Dignóstico
• Baseado na história de exposição ao agente e no exame físico atentando
para os sintomas citados nas manifestações clínica.
• Exames laboratoriais.
1.5 - Tratamento
• Descontaminação por lavagem gástrica somente em caso de ingestão
recente (01 hora) de grande quantidade de álcool ou associação com outros
produtos tóxicos, sempre tendo o cuidado de proteger as vias aéreas.
• Administrar tiamina para prevenir a encefalopatia de Wernicke, previamente
ou associada à administração de glicose. Adultos: 100 mg diluídas em SF
0,9% ou SG a 5% IV ou VO e Crianças: 50 mg diluídas em SF 0,9% ou SG a 5%
IV ou VO. Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

Drogas depressoras do SNC


• Obter glicemia capilar e repor glicose se necessário.
• Em caso de hipoglicemia.

Fonte: HERNANDEZ; RODRIGUES; TORRES, 2017.

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23. (SES-PE/AOCP/2018) Um homem adulto foi encontrado caído em via
pública. Ao chegar ao local, o serviço de atendimento pré-hospitalar identificou
hipotermia leve (temperatura 35°c) e sinais de intoxicação alcoólica aguda.
Nesse caso, na abordagem medicamentosa, é recomendado administrar:
a) 0,3 a 0,4 mL/kg/ dose de Fenitoína, IV.
b) 100 mg de Tiamina, IM.
c) 10 mL de Glicose 25%, IV.
d) 5 mg de diazepan, IM.
e) 10 mg Vitamina K, IV.

24. (Pref. de Florianópolis-SC/FEPESE/2019) Frente ao quadro de intoxicação


aguda por álcool, são recomendadas intervenções não medicamentosas e
medicamentosas. Analise as afirmativas abaixo em relação ao assunto.
1. Posicionar paciente em decúbito lateral evitando broncoaspiração em caso
de redução do nível de consciência.
2. A Tiamina 100 mg intramuscular é usada no paciente oligotrófico como
profilaxia da síndrome de Wernicke-Korsakoff.
3. Avaliar nível de consciência, nos casos de Glasgow < 10 acionar o Médico.
4. No caso de agitação psicomotora com hetero ou autoagressividade pode ser
necessária a contenção física no leito.

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24. (Pref. de Florianópolis-SC/FEPESE/2019)
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

25. (UFF/COSEAC/2019) Na intoxicação alcoólica, de acordo com o estado do


paciente, devem-se conduzir medidas gerais de suporte à vida. A maioria dos
casos não requer tratamento farmacológico; no entanto, ao observar
alcoolemia a partir de 150mg% deve-se intervir. Em relação ao tratamento da
intoxicação alcoólica, observe as afirmativas a seguir.
I Por ser em geral um processo autolimitado, muitas vezes basta assegurar a
interrupção da ingesta de álcool, proporcionar ambiente seguro e livre de
estímulos e posicionar o paciente em decúbito lateral.
II No comportamento heteroagressivo, pode ser necessária a contenção
química. Nesse caso, utiliza-se de preferência um neuroléptico de alta
potência, como o benzodiazepínico 5mg IM.

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25. (UFF/COSEAC/2019)
III O uso de soro fisiológico e glicose hipertônica é recomendado apenas no
caso de evidência de desidratação e hipoglicemia.
Das afirmativas acima:
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas II e III estão corretas.
e) apenas I e III estão corretas.

26. (SUSIPE-PA/AOCP/2018) Homem de 35 anos apresenta odor de álcool no


hálito, fala pastosa, alterações do humor, prejuízo da coordenação motora, da
atenção e do julgamento, com presença de náuseas e vômitos, ansiedade,
irritabilidade, taquicardia, hipertensão arterial, alucinações, agitação
psicomotora, fraqueza, tremores, febre, sudorese profusa, convulsão e delírio.
Diante desse caso, há suspeita de:
a) intoxicação alcoólica.
b) intoxicação por medicamentos depressores do SNC.
c) exposição a solventes.
d) intoxicação por organofosforados e carbamatos.
e) abstinência alcoólica.

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27. (IF-TO/IF-TO/2019) No Brasil, os casos de suicídio são preocupantes. De
2007 a 2016, 106.374 pessoas morreram em decorrência deste mal; em 2016
a taxa foi de 5,8 por 100 mil habitantes. Os dados indicam ainda que os casos
de intoxicação exógena aumentaram nos últimos 10 anos: em 2007, 7.735
casos foram registrados, enquanto que em 2017 o número saltou para 36.279
notificações. Desta forma, é importante conhecer quais são os antídotos das
substâncias mais comuns ingeridas nas intoxicações agudas. Analise as
alternativas abaixo e marque os antídotos das seguintes substâncias:
anestésicos locais, chumbo, benzodiazepínico, betabloqueador, bloqueador
dos canais de cálcio, opioide, organofosforado, paracetamol, varfarina,
respectivamente.
a) Emulsão lipídica a 20%; EDTH; Atropina; Glucagon; Gluconato de cálcio;
Naloxona; Pralidoxima; Acetilcisteína; Vitamina B.

27. (IF-TO/IF-TO/2019)
b) Emulsão lipídica a 20%; EDTH; Flumazenil; Glucagon; Gluconato de cálcio;
Naloxona; Pralidoxima e Atropina; Acetilcisteína; Vitamina B.
c) Emulsão lipídica a 20%; EDTA; Flumazenil; Glucagon; Gluconato de cálcio;
Naloxona; Pralidoxima e Atropina; Acetilcisteína; Vitamina K1.
d) Emulsão lipídica a 20%; EDTA; Flumazenil; Glucagon; Folinato de Cálcico;
Naloxona; Pralidoxima e Atropina; Acetilcisteína; Vitamina C.
e) Emulsão lipídica a 20%; EDTA; Flumazenil; Glucagon; Folinato de Cálcico;
Naloxona; Pralidoxima e Atropina; Biperideno; Vitamina C.

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28. (Pref. de Campinas-SP/VUNESP/2019) Transportado por familiares, C.M.,
16 anos, sexo masculino, com história de dependência química, chegou ao
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) apresentando agitação e paranoia
extrema, com ideias de perseguição. Ao exame físico, o enfermeiro constatou
que apresentava temperatura axilar = 40,1 ºC; pulso = 124 batimentos por
minuto, arrítmico; pressão arterial = 132 X 86 mmHg e midríase. Frente aos
sinais e sintomas apresentados, o enfermeiro deve solicitar avaliação médica
suspeitando tratar-se de um caso de intoxicação/overdose pelo uso de
a) “poppers” (alquil-nitritos).
b) benzodiazepínicos.
c) heroína.
d) opiáceos.
e) cocaína.

29. (TRT-SE/FCC/2016) Uma das etapas do tratamento de overdose a opióide,


a American Heart Association, 2015, recomenda a aplicação do medicamento
denominado:
a) xylocaína.
b) ancoron.
c) hidantal.
d) atropina.
e) naloxona.

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Intoxicação ocupacional

• É a área da toxicologia que identifica e


quantifica as substâncias químicas
presentes no ambiente de trabalho e os
riscos que elas oferecem com o objetivo de
prevenir a saúde do trabalhador.
• A prevenção da intoxicação em toxicologia
ocupacional pode ser alcançada em 3
etapas fundamentais que são:
reconhecimento, avaliação e controle.
Fonte: RUPPENTHAL, 2013.

Fonte: KLAASSEN; WATKINS III, 2012.

Intoxicação ocupacional

Reconhecimento – através do conhecimento dos métodos de trabalho,


processos e operações, matérias-primas e produtos finais ou secundários, é
1 identificada a presença do agente em determinado local de trabalho ou em
determinado produto industrial. Também busca-se a caracterização das
propriedades químicas e toxicológicas do agente.

Avaliação - realizada através da medição instrumental ou laboratorial do


2 agente químico, comparando os resultados com os limites de tolerância no
ambiente e no sistema biológico.

3 Controle - visa eliminar ou reduzir a exposição do trabalhador ao agente tóxico


Fonte: RUPPENTHAL, 2013.

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30. (Petrobrás/CESGRANRIO/2018) A prevenção da intoxicação, em
toxicologia ocupacional, é feita em três etapas fundamentais que são:
a) auditoria, pontuação e inspeção.
b) reconhecimento, avaliação e controle.
c) monitorização, marcação e supervisão.
d) inspeção, manutenção e retroalimentação.
e) limite de tolerância, exposição extralaboral e limites de tolerância biológica.

31. (Pref. de Cerquilho-SP/VUNESP/2019) J. B., sexo masculino, 32 anos de


idade, agricultor, trabalhando em plantio de tomates há nove semanas,
comparece à Unidade Básica de Saúde com queixa de tonturas, dores de
cabeça, cansaço, náuseas, geralmente no final do dia de trabalho. Os sintomas
tiveram início logo após a pulverização da plantação com agrotóxicos. Para
estabelecer o nexo causal entre os sintomas apresentados e a intoxicação por
exposição ocupacional, a equipe de saúde deve considerar que:
a) temperaturas elevadas e/ou esforço físico podem aumentar a absorção
orgânica dos produtos.
b) quando ingeridos, esses produtos não causam danos à saúde, porque são
neutralizados no trato digestivo.
c) a exposição única é insuficiente para causar intoxicação, porque a absorção
ocorre por acumulação de dose e não por quantidade do produto.

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31. (Pref. de Cerquilho-SP/VUNESP/2019)
d) a principal via de absorção de agrotóxicos é pela pele, causando, de
imediato, desidratação local e queratinização.
e) os mesmos sintomas precisariam ser relatados por todos os trabalhadores
expostos ao mesmo produto, nas mesmas condições.

32. (IHB-DF/CESPE/2018) Considerando-se as orientações nacionais de


suporte básico de vida, julgue o próximo item.
Situações pré-hospitalares envolvendo violência, abuso de drogas ou
intoxicações devem ser avaliadas pelo método ACENA.
( ) Certo
( ) Errado

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A notificação das intoxicações exógenas (por substâncias
Notificação
químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais
Compulsória
pesados) é de notificação compulsória semanal (NCS).
Fonte: BRASIL, 2016, 2020.

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33. (IAPEN-AC/IBADE/2020) A notificação compulsória é realizada por
médicos, por outros profissionais de saúde ou por responsáveis pelos serviços
públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente. Sobre a
notificação compulsória relacionada ao trabalho é correto afirmar que:
a) notificar os casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos é
facultado ao primeiro profissional de saúde que atender o trabalhador.
b) ao receber um trabalhador que sofreu acidente de trabalho, deve-se
notificar apenas após sua alta hospitalar e retorno para sua função de origem.
c) ao receber um trabalhador intoxicado, deve-se preencher a ficha de
notificação somente se for um caso suspeito há mais de 5 anos.

33. (IAPEN-AC/IBADE/2020)
d) dentre os grupos que apresentam considerável vulnerabilidade à exposição
a agrotóxicos estão os trabalhadores rurais e os casos suspeitos e/ou
diagnosticados de intoxicação exógena devem ser notificados.
e) a ficha a ser utilizada para referir o agravo ou a doença de notificação
compulsória é a SIA-SUS – Sistema de Informação Ambulatorial.

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Síndromes tóxicas

Fonte: BRASIL, 2016.

Fonte: BRASIL, 2016.

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Fonte: BRASIL, 2016.

Fonte: BRASIL, 2016.

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Fonte: BRASIL, 2016.

Fonte: BRASIL, 2016.

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Fonte: BRASIL, 2016.

Fonte: BRASIL, 2016.

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Fonte: BRASIL, 2016.

Fonte: BRASIL, 2016.

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Fonte: BRASIL, 2016.

GABARITO:

1-B 12 - C 23 - B
2-E 13 - A 24 - D
3 - ERRADO 14 - A 25 - E
4-A 15 - C 26 - E
5-A 16 - B 27 - C
6-C 17 - ERRADO 28 - E
7-C 18 - A 29 - E
8-D 19 - C 30 - B
9-C 20 - C 31 - A
10 - D 21 - D 32 - CERTO
11 - A 22 - D 33 - D

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Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e
Saúde do Trabalhador. Instruções para preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena Sinan –
Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da
Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único/ Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3ª. ed. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2019.
HERNANDEZ, E. M. M.; RODRIGUES, R. M. R.; TORRES T. M. Manual de Toxicologia Clínica: Orientações para
assistência e vigilância das intoxicações agudas. São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde, 2017. 465 p.
HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddart: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2020.
KLAASSEN, C. D.; WATKINS III, J. B. Fundamentos em toxicologia de casarret e Doull. 2º. ed. Porto Alegre: AMGH,
2012.
RUPPENTHAL, J. E. Toxicologia. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de
Santa Maria ; Rede e-Tec Brasil, 2013.

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