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O IMPACTO DA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA NA ENTORSE DO TORNOZELO


EM ATLETAS DE FUTEBOL

Elizangela de Souza Monteiro1


Jacson dos Santos2
Milena Medrado3

RESUMO

A taxa de recorrência das entorses de tornozelo é extremamente alta, sendo a mais


comum as entorses laterais de tornozelo, que geralmente ocorrem quando o pé está
para baixo e os dedos estão para dentro, ou seja, a ação de chutar a ponta da bola
com o pé. Assim, o objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica a
respeito do impacto da intervenção fisioterapêutica na entorse de tornozelo de
atletas de futebol. A metodologia utilizada neste estudo trata-se de uma revisão
integrativa de literatura, com uma linguagem objetiva no intuito de facilitar a
compreensão do leitor. Através dos resultados obtidos nesta pesquisa científica,
verificou-se que a entorse no tornozelo em atletas de futebol é bastante comum,
correspondendo 40% das lesões no tornozelo ocorrem durante a prática de
esportes. O tratamento exato depende da gravidade da condição e dos sintomas, é
importante não estressar o tornozelo. Espera-se que essa pesquisa sirva de grande
importância para a comunidade acadêmica e para futuros estudos direcionados a
esta temática de abordagem de forma a trazer uma ampla discussão para os
especialistas na área.

Palavras-Chave: Atletas; Fisioterapia; Futebol; Tornozelo; Entorse.

ABSTRACT

The recurrence rate of ankle sprains is extremely high, the most common being
lateral ankle sprains, which usually occur when the foot is down and the toes are in,
that is, the action of kicking the ball with the feet. Thus, the objective of this article is
to carry out a bibliographic review regarding the impact of physical therapy
intervention on ankle sprains in soccer players. The methodology used in this study
is an integrative literature review, with objective language in order to facilitate the
reader's understanding. Through the results obtained in this scientific research, it was
verified that the ankle sprain in soccer players is quite common, corresponding to
40% of the ankle injuries that occur during the practice of sports. Exact treatment
depends on the severity of the condition and symptoms, it is important not to stress
the ankle. It is expected that this research will be of great importance for the
academic community and for future studies directed at this thematic approach in
order to bring a broad discussion to specialists in the area.
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Keywords: Athletes; Physiotherapy; Football; Ankle; Sprain.

1 INTRODUÇÃO

A taxa de recorrência das entorses de tornozelo são extremamente elevadas,


sendo as mais comuns as entorses laterais de tornozelo, que geralmente ocorrem
quando o pé está para baixo e os dedos estão para dentro, ou seja, a ação de chutar
a ponta da bola com o pé.
Essas recorrências chegam a 50%, e muitas até se tornam dores crônicas no
tornozelo e artrite degenerativa. Na clínica de reabilitação, diversos pacientes que
gostam de esportes se perguntam quanto tempo precisam descansar sem fazer
exercícios (GOODIER, 2013).
As entorses ligamentares do tornozelo não se curam com “descanso e sem
exercícios”. O tratamento correto na fase aguda (RICE), e reabilitação na fase de
recuperação (como os seguintes três exercícios terapêuticos), pode-se afirmar o fim
das entorses de tornozelo repetidas. Sequelas de entorse de tornozelo e tratamento
de reabilitação.
Uma articulação de tornozelo normal deve ser capaz de virar para cima, para
baixo, inversão (placa para baixo, dedos para dentro) e inversão (placa para cima,
dedos para fora). Neste sentido essa pesquisa justifica-se pela tentativa de criar um
material bibliográfico inovador para a comunidade acadêmica.
Depois que a inflamação aguda e o inchaço melhoraram é importante tentar
trazer o ângulo do tornozelo de volta ao normal. Tentar escrever algarismos arábicos
no ar com os tornozelos e tente alongamentos para lugares apertados. Lunge com
os pés da frente e de trás, com os joelhos retos e os joelhos dobrados, podem se
estender até a parte de trás da panturrilha e o tendão de Aquiles,
respectivamente. Má estabilidade do tornozelo, força muscular insuficiente, ruptura
parcial ou completa dos ligamentos afetarão a estabilidade da articulação do
tornozelo (ALENCAR, 2012).
Dessa forma essa pesquisa possui o seguinte problema: Como compreender
a dinâmica e o funcionamento do impacto da intervenção fisioterapêutica na entorse
do tornozelo em atletas de futebol?
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As entorses repetidas do ligamento lateral do tornozelo são frequentemente


combinadas com força insuficiente do músculo valgo do tornozelo. Enquanto houver
uma força de tração do movimento em varo, sendo fácil se lesionar novamente,
piorando a estabilidade da articulação. Portanto, após o estágio agudo, o
fortalecimento a força muscular é muito importante. 
A metodologia utilizada neste estudo trata-se de uma revisão integrativa de
literatura, com uma linguagem objetiva no intuito de facilitar a compreensão do leitor.
A entorse de tornozelo é uma patologia que afeta os ligamentos da
articulação. Esses ligamentos, compostos por vários feixes, atuam como um elo
entre as diferentes partes ósseas, a saber, a tíbia, a fíbula e o astrágalo. É assim
que estabilizam o tornozelo em seus movimentos de baixo para cima, de fora para
dentro ou vice-versa (RODRIGUES, 2009). 
A maioria das entorses ocorre em inversão (o pé “torce” para dentro) e afeta
os ligamentos laterais (externos). Um trauma puxará os ligamentos com grande
força. Embora os ligamentos sejam fortes, a energia do trauma geralmente é forte o
suficiente para danificar os ligamentos (MOREIRA, 2008).
A maioria dos atletas de futebol se lembra do primeiro trauma que causou a
entorse. Os sintomas são inchaço e dor na parte externa do tornozelo. Alguns
atletas não podem mais andar. Às vezes, um som de rachadura pode ser
sentido. Eles terão então apreensão ao caminhar e descreverão um tornozelo
“instável”, como se pudesse “torcer” a qualquer momento. Isso também pode levar a
dor crônica no tornozelo.
Na população geral, a prevalência geral de pacientes com LAS é de 11,88%,
mas apenas cerca de 50% procuram assistência médica. Portanto, os relatos sobre
a incidência e epidemiologia da LAS podem ser inferiores à incidência real
(GOODIER, 2013).
Diferença de idade: crianças (12 anos ou menos) > adolescentes (13-17 anos)
> adultos; Diferenças de gênero: as mulheres têm quase duas vezes mais chances
de serem afetadas do que os homens; Tipo de esportes: Os esportes indoor/de
quadra (como vôlei e basquete) têm maior incidência do que os esportes ao ar livre
(como futebol e rugby, etc.).
Se manuseado incorretamente, o LAS pode se converter em CAI, causando
dor e inchaço persistentes nos pacientes e até entorses recorrentes, afetando a vida
diária e o movimento. Entre os atletas de futebol que desenvolveram LAS pela
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primeira vez e receberam tratamento, a incidência de IAC foi de 40%; (KAMINSKY;


HERTEL, 2013).
Relatos de prevalência de IAC variam de 0,7%-1,1% em adultos jovens, a
20% em atletas jovens, a 23,4% em atletas do ensino médio e universitários, a 29%
em estudantes do ensino médio.
O futebol é um dos esportes com maior incidência de trauma. O grau mais
leve de trauma é a abrasão, e o mais grave pode ter fraturas, luxações e rupturas
viscerais. Portanto, para evitar algumas lesões e doenças desnecessárias,
treinadores, atletas e equipe médica devem ter o cuidado de prevenir e reconhecer e
prestar atenção às lesões esportivas comuns no futebol.
Os esportes de contato estão associados a altas taxas gerais de lesões, tanto
profissionalmente quanto amador. Mudanças de mobilidade, velocidade e
direção são conhecidas por aumentar a probabilidade de lesões, principalmente nos
membros inferiores.
Como sabemos, para o tornozelo, a lesão mais comum é a entorse,
principalmente do compartimento lateral e não do compartimento medial. A
incidência de entorses de tornozelo foi relatada entre 0,324 e 9 por 1000h de
atividade esportiva (ALENCAR, 2012).
Existe uma variabilidade substancial no relato de incidência, que pode estar
relacionada a diferenças na classificação das lesões ou populações em estudo que
não são totalmente homogêneas. 
O interessante é que a entorse de tornozelo tem mais probabilidade de
ocorrer em atletas com mais idade, na perna dominante e, normalmente, nas fases
finais do jogo/treino, onde o atleta apresenta fadiga física e mental significativa.
Segundo WALDEN (2013), cerca de 60% de todas as entorses de
tornozelo que ocorrem em atletas surgem como resultado de trauma indireto, ou
seja, onde o único responsável continua sendo o atleta que realiza um movimento
de inversão do tornozelo. O restante, ou 30% a 40%, são distorções de contato.
No desenvolvimento da pesquisa foi exposto que o atleta ao sofrer uma
entorse no tornozelo, faça o tratamento com o RICE (Repouso, Gelo, Compressão e
elevação), e após tratamento os especialistas sugerem o uso precoce de Rom
(exercícios de amplitude de movimento), ou seja, aqueles realizados por um
fisioterapeuta.
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Assim, o objetivo deste artigo é realizar uma análise integrativa a respeito do


impacto da intervenção fisioterapêutica na entorse de tornozelo de atletas de futebol.

2 METODOLOGIA

Para realizar este estudo, a Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), a


Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a National Library of Medicine and the
National Institutes of Health (PubMed) buscaram artigos publicados entre 2008 e
2015, utilizando as seguintes plataformas: O que a pesquisa atual diz sobre o
assunto.
Como estratégia de pesquisa, utilizaram-se os mesmos descritores em todas
as bases de dados. As condições são as seguintes: Tornozelo; entorse de tornozelo,
amplitude de movimento; Mobilidade articular; dorsal; proprioceptivo; em inglês:
tornozelo; tornozelo torcido; amplitude de movimento; Mobilidade articular; dorsal;
Solubilidade intrínseca em água.
Os artigos relacionados corresponderam aos critérios de inclusão e exclusão
previamente estabelecidos (Tabela 1) de acordo com o objetivo do estudo. Foram
incluídos 29 artigos e excluídos 9 artigos de revisão, relatos de casos, monografias,
artigos e artigos e publicações que relatam a eletroterapia como intervenção.

Tabela 1 - Critérios de inclusão e exclusão aplicados na seleção dos estudos

Critérios de
Inclusão
 Artigos originais de estudo clínico
Delineamento
 Com trauma de tornozelo
Pacientes
 Cinesioterapia, técnicas analgésicas e imobilização
Intervenção
 Língua inglesa e portuguesa
Idioma
Critérios de
Exclusão
 Revisão da literatura
Delineamento  Relato de caso
 Monografias / Dissertações / Teses
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3 RESULTADOS

Ano Autor Título Resultados Metodologia


200 MOREIRA, V. Entorses do Dos 20 participantes, dois Vinte atletas, do sexo
8 tornozelo do abandonaram o masculino, de futebol de
diagnóstico ao tratamento e um foi campo das categorias
tratamento transferido de clube de base de um clube de
perspectiva durante o período. Dos futebol da grande
fisiátrica. participantes que Florianópolis
completaram o participaram do estudo.
estudo e o período de
acompanhamento das
recidivas, um participante
do GI teve recidiva da
entorse de tornozelo.
200 RODRIGUES Entorse de A lesão do ligamento Realizada pesquisa no
9 , F. L. tornozelo. talofibular posterior é MEDLINE, da biblioteca
rara, ocorrendo apenas nacional de medicina
na luxação franca do dos Estados Unidos
tornozelo. (U.S. National Library of
Medicine), através da
base de dados MeSH
(Medical Subject
Heading Terms).
Utilizados os termos:
lateral ligament, ankle.
201 ALENCAR, Abordagem Os músculos isquiotibiais, O presente artigo trata-
2 A.G.M.; et al. fisioterapêutic íleopsoas e abdutores da se de um relato de caso
a em paciente coxo-femoral que se de uma paciente do
pós-fratura de apresentavam sexo feminino, 41 anos,
tornozelo e inicialmente encurtados diarista e que chegou
compressão evoluíram em seu ao setor de Ortopedia e
da coluna alongamento ao final das Traumatologia da
lombar: relato sessões. Clínica Escola de
de caso. Fisioterapia da
Faculdade Ingá -
UNINGÁ com
diagnóstico clínico de
seqüela de fratura em
T8 e T12.
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201 PRADO. P. Instabilidade Não encontramos Foram incluídos neste


3 M.; et al. mecânica pós diferença significativa estudo 186 pacientes
lesão com relação à evolução portadores de lesão
ligamentar para instabilidade ligamentar aguda grave
aguda do mecânica entre os do tornozelo. A amostra
tornozelo. grupos. foi randomizada em dois
grupos de tratamento.
201 NUNES, G. Imagética Os participantes Participaram 20 jovens
5 S.; motora no passaram por um atletas do sexo
NORONHA, tratamento de processo de reabilitação masculino, que foram
M.; entorse de convencional (crioterapia, divididos de forma
CARVALHO tornozelo em eletroterapia e aleatória em dois
JÚNIOR, V. atletas de cinesioterapia) para grupos: intervenção (GI)
A. futebol de entorse de tornozelo, e controle (GC).
campo: um porém apenas o GI
estudo piloto. realizava exercício de
imagética ao tentar
reconhecer as figuras do
tornozelo-pé, projetados
em um computador, em
várias perspectivas e
ângulos de orientação.
8

Através dos resultados obtidos nesta investigação científica, verificou-se que


a entorsse de tornozelo em atletas de futebol são bastante comuns, correspondendo
40% das lesões no tornozelo ocorrem durante a prática de esportes. Isto implica por
ser uma análise preliminar dos dados obtidos na literatura acadêmica para uma
maior referência de sua prevalência (MOREIRA, 2008).
Dessa forma, a média para recuperação é de 6 a 8 semanas, mesmo para um
atleta profissional. Isto traz toda uma formalização conceitual daquele que se
pretende alcançar para o desenvolvimento de estratégias de tratamento e
Fisioterapia indicada de acordo com a especificidade de cada caso. Isto é
fundamental para trazer uma congruência de informações e dados importantes para
poder analisar os resultados obtidos por esta pesquisa.
Verificou-se a necessidade de um programa de prevenção organizado pelos
clubes de futebol para reduzir a incidência de entorse no tornozelo. Isto é
considerado muito importante para o desenvolvimento de estruturas sólidas de
projetos que sejam eficazes na parte de fisioterapia para compreender o processo
de articulação e movimento do tornozelo dos Atletas durante a prática de esporte
profissional (RODRIGUES, 2009).
É importante salientar, que foram analisados através dos resultados, que
existem 3 graus de lesões no tornozelo, e isto é um processo pelo qual se torna
necessário uma ambivalência de estudos direcionados para esta área de forma mais
detalhada.

a) Grau I, entorse de tornozelo leve;


b) Grau II, entorse moderado - lesões microligamentares;
c) Grau III, entorse grave - lesão ligamentar completa.

A compreensão que você tem através dos resultados obtidos por esta
investigação científica, foi que analisar os artigos utilizados como referência e base
para a composição deste conteúdo foram a partir do período de 2010, diversificando
a base de dados, com temas que aprofundam a discussão proposta por este artigo
científico (PRADO; et al. 2013).
A parte frontal do pé consiste em 5 ossos metatarsais, e nas pontas estão as
falanges (ossos dos dedos). Seu principal papel é fornecer equilíbrio ao corpo ao
caminhar e correr. A articulação do tornozelo é uma articulação de flexão.  É
9

formado pela tíbia, fíbula e tálus (osso do tornozelo) da parte superior do pé. Esses
ossos são conectados por uma série de ligamentos. O tornozelo permite que o pé
dobre para cima e para baixo e de um lado para o outro.
As lesões da perna ou da articulação talocrural são as mais comuns (depois
do joelho) em atletas. A estrutura complexa e as múltiplas funções da articulação
são fatores agravantes na ocorrência de lesões. A articulação externa do tornozelo
consiste em ligamentos: tibofibular anterior, fibulotaral anterior, fibulocalcanear e
fibulotaral posterior (ALENCAR, et al. 2012).
As lesões ligamentares dependem da ação de forças, pressão, composição
de fibras e torção.com o pé no chão ao caminhar ou correr, girar ou aterrissar, os
ligamentos são tensos e carregados ao máximo, e o menor movimento torto ou
sobrecarga leva à lesão do ligamento. As lesões no tornozelo ocorrem como
resultado da tensão, como resultado da ação mecânica de forças (esfaqueamento
ou rachadura). A tensão ou distensão do ligamento ocorre após o uso excessivo. As
forças não ultrapassam o limite elástico do ligamento. Lesões causam apenas a
ruptura de alguns capilares sanguíneos e fraqueza transitória da função ligamentar
com inervação perturbada. Como consequência, ocorre dor com hiperemia local com
edema e função prejudicada (NUNES; NORONHA; CARVALHO JÚNIOR, 2015). 

4 DISCUSSÃO

O objetivo dessa discussão é tornar público as formas terapêuticas


conduzidas com melhor resultados para o tratamento da entorse no tornozelo.
Busca-se uma melhor análise dos melhores métodos fisioterapêuticos a serem
empregados e obtenção de uma investigação mais específica e detalhada sobre o
tema.
Ao desenvolver as formas de tratamento fisioterápicos da entorse no
tornozelo, verifica-se métodos que são utilizados por investigações realizadas
acerca de seus respectivos efeitos. Em um estudo realizado com 1.250 atletas de
futebol, mostrou que 85% tiveram uma recuperação considerável com exercícios de
instabilidade, que são usados principalmente, aumentando gradativamente com o
aumento do desempenho motor do sujeito com o auxílio de plataformas instáveis,
primeiros colchões bipodálicos e depois monopodálicos (LOPES, 2013); (NUNES;
NORONHA; CARVALHO JÚNIOR, 2015); (KAMINSKY, et al. 2013). Já
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RODRIGUES, (2009); GOODLER, (2013); aplicaram um tratamento já conhecido na


fase pós-aguda em 756 pacientes e obtiveram 96% de recuperação em 100% no
processo de restauração do tornozelo, pois para restaurar a amplitude de
movimento, podem ser realizados movimentos passivos (realizados por um
fisioterapeuta) ou ativos (realizados pelo paciente de forma independente), por
exemplo, pode ser útil realizar movimentos de flexão e extensão do tornozelo sem
qualquer instrumento ou em apoio uma bola, deslizando-a sob o pé. Posteriormente
é possível introduzir movimentos de lateralidade, supinação e pronação
(KOVALESKI, et al. 2014).
Estudos apresentados segundo ZOUITA (2013) sugerem, portanto, que o
manejo de entorses de tornozelo por fisioterapeutas utilizando o dispositivo Myolux e
protocolos associados pode reduzir significativamente a taxa de recorrência em 12 a
15 meses após as dez sessões iniciais. Este sapato biomecânico, portanto, parece
ser uma solução mais eficaz do que as estratégias convencionais de primeiro peso
em relação ao risco de recorrência (AGUIAR; MEJIA, 2012); (ARTIOLI, et al. 2011).
No entanto, PRADO (2013) em seu estudo afirma que a proporção absoluta
de atletas de futebol que alcançaram excelente recuperação em três meses não foi
significativamente diferente entre fisioterapia (98/229, 43%) e cuidados habituais
(79/214, 37%).
É clinicamente evidente que a maioria das entorses tem cura, se a fisioterapia
for empregada como intervenção correcional. Isso denota o valor da fisioterapia
como método de tratamento para entorses e distensões. (BALLAL; PEARCE;
CALDER, 2016); (BARBOSA, et al. 2018); (CARVALHO, 2013 ). Embora esta
seja uma abordagem menos agressiva para fisioterapia e entorses, muitas clínicas
ortopédicas sugerem um diagnóstico crítico da lesão antes que prescrições clínicas
subsequentes sejam fornecidas. (CONTI, 2012).
Segundo Moreira, (2008), a falta de fisioterapia suficiente pode levar à
instabilidade da articulação do tornozelo. Como tal, é muito importante que os
resultados do diagnóstico recomendem a fisioterapia como parte do
tratamento. Como tal, os fisioterapeutas são obrigados a usar um protocolo padrão
para tornar o tratamento e o manejo de uma entorse/distensão eficiente e eficaz, e
especialistas sugerem o uso precoce de RICE (Repouso, Gelo, Compressão e
elevação), Rom (exercícios de amplitude de movimento) (DE OLIVEIRA, et al. 2019);
(DE SOUZA NOLASCO, et al. 2011); (DA SILVA; VANI, 2018).
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As distensões musculares cicatrizam de três a cinco dias e as rupturas de


fibras não complicadas após doze dias. Normalmente, seis semanas são estimadas
para um atleta (DEBIEUX; WAJNSZTEJN; MANSUR, 2020); (DELAHUNT; REMUS,
2019). Porém, segundo CRISTOFOLI, et al. (2016); Araújo, (2017) a terapia visa
reduzir a tensão e eliminar a disfunção. "Depois de esfriar e detonar o alongamento,
primeiro infiltro mepivacaína a 1% e, em seguida, uma mistura de Traumeel e
Actovegin através de várias agulhas no fio muscular rasgado e encurtado. Isso
bloqueia o ponto de troca muscular." As preparações destinam-se a travar processos
inflamatórios, estimular o metabolismo energético, e a solução fisiológica de
aminoácidos também se destina a aumentar a síntese de fibras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa buscou-se atingir os objetivos, que foi uma abordagem


fisioterapêutica da entorse do tornozelo em atletas de futebol, visando um
detalhamento de seus embasamentos teóricos, aos quais possibilitou o
entendimento que um movimento repentino e violento, acompanhado pela torção de
uma articulação, pode causar danos aos ligamentos que o sustentam. Esta lesão
ligamentar é referida como uma entorse.
A maioria das entorses ocorre em inversão (o pé “torce” para dentro) e afeta
os ligamentos laterais (externos). Um trauma puxará os ligamentos com grande
força. Embora os ligamentos sejam fortes, a energia do trauma geralmente é forte o
suficiente para danificar os ligamentos. O edema que aparece após uma torção é
causado pelo acúmulo de excesso de líquido, que por sua vez o tornozelo fica
edemasiado. Devido o futebol ser uma combinação de corrida, salto, alongamento e
outros comportamentos esportivos, os atletas dessa modalidade esportiva estão
mais propensos a sofrer entorses no tornozelo, ao jogar futebol.
A fisioterapia é essencial para pessoas que sofrem entorses no tornozelo
reduzindo a dor, recuperando força, equilibrando e prevenindo novas lesões. Além
disso, ajuda os atletas de futebol a se recuperar mais rápido do que sem tratamento.
Fisioterapeutas projetam tratamentos para pessoas com base na extensão de sua
lesão e suas necessidades de recuperação. Quanto mais cedo começar a
reabilitação, mais eficácia ao tratamento e recuperação por total.
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O elemento básico do procedimento após uma entorse no tornozelo são


exercícios devidamente selecionados. A dificuldade dos exercícios é selecionada
individualmente e está progredindo gradualmente dependendo do estágio. Realizá-
los pode proteger contra a ocorrência de outra lesão.
Dessa forma, o primeiro, mais doloroso e problemático estágio do tratamento
pode ser acelerado. Espera-se que essa pesquisa seja de grande importância para a
comunidade acadêmica e para futuros estudos direcionados a esta temática de
abordagem de forma a trazer uma ampla discussão para os especialistas na área.

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