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Fórum 2

Síntese

Sistema músculo-esquelético: "Lesões desportivas comuns e prevenção em atletas de


basquetebol".

Apresente:

 Lesões musculoesqueléticas mais comuns em atletas da modalidade escolhida.


 As causas dessas lesões e as medidas de prevenção recomendadas.
 Exemplos de programas de prevenção bem-sucedidos.
 Recomendações práticas para atletas, treinadores e profissionais de saúde.

Respostas:

1. Basquetebol

O basquetebol é um desporto que exige contacto entre os jogadores tanto na defesa quanto
no ataque. Além disso, o basquetebol baseia-se principalmente em três capacidades físicas
condicionantes: força, resistência e velocidade. Segundo (Cohen & Abdalla, 2003), os
movimentos básicos do basquete são: o arremesso, o drible, o passe, a bandeja, o rebote e a
posição de defesa.

Esses movimentos estão associados a princípios físicos, como força de reacção do solo,
força da gravidade, aceleração, momento, força de parada, deslocamento do centro de massa,
atrito e princípios de alavanca. É um jogo com constantes mudanças de direcção e contacto físico,
e permite entender o aparecimento de determinadas patologias. O atleta fica exposto às lesões
traumáticas e por sobrecarga (Cohen; Abdalla, 2003).

1.1. Lesões musculoesqueléticas em atletas de basquetebol

Damore e col (2003) referem, que as lesões músculo-esqueléticas mais frequentes em


basquetebolistas são as que afectam as extremidades dos membros inferiores e incluem
contusões, roturas ligamentares e musculares, inflamações músculo-tendinosas, fracturas e
luxações.
As lesões desportivas no basquetebol podem ser categorizadas por causa, localização
anatômica ou tipo da lesão, como as quedas que podem causar:

 Esfolamentos, fraturas e traumas;


 As entorses interfalângicos e metacarpofalângicos;
 As entorses e as tendinites do joelho e do tornozelo;
 As contusões musculares e os ferimentos na face provocados pelo cotovelo.

Já (Gantus & Assumpção, 2002) tiveram as suas conclusões com lesões em diversos
segmentos dos jogadores, mas as lesões ligamentares foram as principais em seus achados
principalmente no tornozelo. E a maioria de suas lesões foram encontradas durante jogos.

Dentre as lesões nos membros superiores no basquetebol, as lesões articulares nas mãos e
dedos (por ocasião de traumas diretos com a bola) são as mais frequentes, sendo cerca de 75%
dos casos de luxação e de 96% dos casos de fraturas em diversos estudos (Andreoli, Wajchenberg
& Perroni, 2003).

1.2. Causas Lesões musculoesqueléticas em atletas de basquetebol

A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma


articulação. A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente
encontradas na população activa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais.

As principais causas de uma entorse do tornozelo em jogadores de basquetebol são: pisar em


falso, errar a aterrissagem após um salto. Outro grande causador o entorse é a uma má queda no
solo ou ao pisar no pé de outro jogador.

As lesões nos membros inferiores são provocadas principalmente pela quantidade de


saltos durante o jogo, pela perda da estabilidade durante o apoio quando o jogador aterrissa no
solo, ou quando realiza uma parada brusca, muitas vezes com mudança de direcção, onde esses
impactos directos com o solo aumentam consideravelmente as chances de uma lesão (Mello &
Parada, 2006).
1.3. Medidas de prevenção

O objectivo do tratamento da lesão ligamentar do tornozelo é o retorno às actividades


diárias (desporto/trabalho), com remissão da dor, inchaço e inexistência de instabilidade articular.

Segundo (Mello & Parada, 2006) o tratamento inicial para todas as lesões consiste em
repouso por três dias, aplicação local de gelo, elevação do membro afectado e protecção articular
com imobilizador ou tala gessada. O uso de anti-inflamatórios não-hormonais mostrou
diminuição da dor e edema, com melhora precoce da função articular.

Nas lesões leves, o tratamento é sintomático, com manutenção da imobilização até a


melhora dos sintomas, que dura entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas, a protecção
articular com imobilizadores semirrígidos possibilitou retorno mais rápido às actividades físicas e
elaborativas quando comparada à imobilização gessada, porém a ocorrência de edema, dor e
instabilidade em longo prazo foi semelhante nos dois grupos (Perrin, 2015).

A fisioterapia desportiva pode ser encontrada na prevenção e reabilitação de atletas em


todos os tipos de desportos, incluindo o basquetebol (Queiroz; Santos, 2013).

Para Perrin (2015), o fisioterapeuta acompanha e auxilia o atleta a obter excelentes


resultados com o menor índice possível de lesão em um menor tempo possível. Dessa forma, a
fisioterapia desportiva tem conseguido ganhar mais espaço na área da saúde, devido ao grande
número de atletas na atualidade.

O papel da fisioterapia, nesse caso, é promover condutas na tentativa de prevenir lesões


esportivas e melhorar o desempenho do praticante. Ela também auxilia na recuperação da lesão,
permitindo retorno precoce às actividades

1.4. Recomendações práticas para atletas, treinadores e profissionais de saúde

Recomenda-se:

Alimentação adequada - a alimentação adequada é fator fundamental quando se pensa


em êxito esportivo de alto rendimento; e o cuidado com a saúde dos praticantes é essencial nesse
processo. O consumo adequado de alimentos e bebidas deve nortear os princípios de um plano
alimentar saudável, cuja escolha de alimentos deve suprir as necessidades energéticas e de
nutrientes de cada atleta.

A prática de exercícios físicos exige um foco diferenciado no acompanhamento


nutricional por conta da intensidade e duração de cada exercício, bem como o nível de
condicionamento do atleta (Nicastro, 2008; Pessi, 2011).

Cuidados no local de treinamento - O local de treinamento deve reunir boas condições


que favorecem a prática da modalidade.

Em caso de dúvidas ou qualquer mudança observada sempre contacte o seu treinador ou


responsável pelo local de treinamento.

2. Referências bibliográficas

Andreoli, C.V.; Wajchenberg, M. & Perroni, M.G. (2003). Basquete. In, Cohen, M. &
Abdalla, R.J., Lesões nos desportos - diagnóstico, prevenção e tratamento. São Paulo: Revinter.

Gantus, M.C. & Assumpção, J. D. A. (2002). Epidemiologia das lesões do sistema


locomotor em atletas de basquetebol. Acta Fisiátrica, v.9, n.2, p. 77-84.

Mello, R. A & Parada, K. (2006). Perfil de lesões dos membros inferiores em atletas de
basquete profissional do sexo masculino. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital.
Buenos Aires, ano 11, nº 100.

Perrin, D. H. (2015). Bandagens funcionais e bandagens e órteses Esportivas. 3 ed. Porto


Alegre: Artmed.

Queiroz, P. S.; Santos, M. J. (2013). Facilidades e habilidades do fisioterapeuta na


procura, interpretação e aplicação do conhecimento científico na prática clínica: um estudo
piloto. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 26, n. 1, p. 13-23.

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