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AS LESÕES MAIS COMUNS NO ESPORTE (texto de apoio)

PROFª ESP. BÁRBARA BARBOSA

Seja no treino ou durante a competição, atletas estão sujeitos aos mais


diversos tipos de lesão, em diferentes partes do corpo. Riscos ainda maiores
quando não há o devido acompanhamento por médicos do esporte e outros
profissionais de saúde.

Os motivos para o surgimento de lesões são variados e incluem


fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos, métodos de treinamento
incorretos (incluindo overtraining) e anomalias estruturais que forçam mais
determinadas partes do corpo em detrimento de outras. As consequências vão
desde dor e desconforto até a incapacidade de treinar ou praticar o esporte.
Por isso, é fundamental investir em prevenção.

As 10 lesões mais comuns em praticantes de esportes:

Entorse

Tipo de lesão mais frequente no meio esportivo, é provocada por uma


excessiva distensão dos ligamentos e das demais estruturas que garantem a
estabilidade da articulação. Pode ocorrer devido a movimentos bruscos,
traumatismos, má colocação do pé ou um simples tropeço, de modo que a
articulação seja forçada a realizar um movimento para o qual não está
habilitada. Os órgãos mais afetados são tornozelo (tibiotársica) e joelho,
especialmente em tenistas e jogadores de vôlei e handebol. Já no futebol,
entorse de joelho com ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é a lesão
incapacitante mais comum, ao lado de problemas nos meniscos.

Contusão

Resultado de um forte impacto em qualquer parte do corpo, pode causar lesão


nos tecidos moles da superfície, músculos, tendões ou ligamentos articulares.
Algumas vezes, a lesão é profunda, tornando mais complexo determinar sua
extensão. No entanto, a maioria dos casos não é grave e responde bem a
medidas clínicas: descanso, aplicação de gelo, compressão e elevação da área
lesada. É mais comum em esportes de queda, como futebol e basquete.

Cãibra

Contração muscular involuntária que acontece quando há uma atividade física


intensa. O paciente sente fisgada no músculo e dor na região. Pode ser
provocada, entre outras causas, por acúmulo de ácido lático ou alteração no
metabolismo de elementos como potássio e cálcio. Algumas recomendações
para evitar cãibras musculares são hidratar-se bem e consumir alimentos ricos
em potássio, como banana e batata não descascada.

Luxação
Ocorre quando uma força violenta atua direta ou indiretamente numa
articulação, empurrando o osso para uma posição anormal. Embora, de forma
leiga, possa ser apontado como algo simples, às vezes é mais grave do que
uma fratura. Por esse motivo, requer cuidados médicos urgentes. Além disso, o
paciente precisa de repouso e fisioterapia, para não perder a capacidade de
locomoção.

Fratura por estresse

Lesão decorrente da utilização excessiva do osso, que, não suportando a


pressão, sofre uma fissura. Os ossos das pernas e dos pés são os mais
sujeitos a fraturas por estresse. Na maioria das vezes, a sobrecarga acontece
por causa do aumento da intensidade do treino ou do começo da prática
esportiva sem a devida orientação profissional. Entretanto, o paciente
acometido por essa lesão, provavelmente, já apresentava algum grau de
fraqueza muscular. Outras possíveis causas incluem variáveis genéticas e
alterações hormonais. Além de tudo isso, é importante ficar atento a fatores
como o peso do atleta, o terreno onde desenvolve a atividade e o calçado
utilizado.

Estiramento e distensão muscular

Ambos ocorrem devido ao alongamento excessivo do músculo, mas em locais


diferentes: enquanto o estiramento acomete as fibras musculares, a distensão
pode ser definida como uma lesão na junção músculo-tendínea ou no tendão.
A classificação também é a mesma: pode não haver ruptura do tecido, ruptura
parcial ou completa. Distensões musculares são as lesões mais frequentes em
jogadores de futebol e ginastas. Recomendações iniciais incluem repouso,
gelo, compressão e elevação. Anti-inflamatórios e fisioterapia podem ser
necessários, bem como cirurgia, nos casos mais graves.

Tendinite

Inflamação do tendão, em consequência da repetição excessiva de


movimentos. Muito comum em atletas que estressam demais alguma
articulação, pode ser confundida com bursite. Jogadores de tênis e golfe, assim
como nadadores, estão mais sujeitos a tendinites nos braços e ombros. Por
sua vez, praticantes de basquete, futebol, corrida e ginástica tendem a
apresentar o problema nas pernas e nos pés. Se um atleta continuar forçando
um tendão inflamado e a estrutura se romper, pode ser necessária uma
intervenção cirúrgica.

Bursite

Trata-se da inflamação de uma bolsa sinovial, saco membranoso revestido por


células endoteliais cuja função é evitar o atrito entre duas estruturas – por
exemplo, tendão e osso ou tendão e músculo – ou proteger as proeminências
ósseas. Uma pancada ou a utilização excessiva podem fazer com que a bursa
de ombros, cotovelos, anca, joelhos e tornozelos inche. O problema, que pode
aparecer junto a uma tendinite, normalmente é aliviado com repouso e
compressas frias. Outras eventuais medidas incluem medicamentos anti-
inflamatórios, fisioterapia e, em casos mais graves, aspiração e cirurgia.

Lombalgia

Conjunto de manifestações dolorosas que acometem a região lombar. Bastante


frequentes e normalmente negligenciadas pelos pacientes, as lombalgias
podem ser consideradas uma das campeãs de queixas em consultórios de
médicos do esporte. Existem diferentes tipos, como hérnias de disco e traumas
nos discos vertebrais, que podem surgir em pontos específicos da coluna.
Muitas dessas lesões, que se caracterizam pela intensidade da dor, ocorrem na
musculação, quando o praticante levanta pesos incorretamente. Outra vítima
frequente são os nadadores.

Traumatismo craniano

Lesão no cérebro causada normalmente por uma pancada na cabeça. Causa


desorientação, visão deturpada, dor, tontura, desequilíbrio, náuseas e
dificuldade de concentração. É mais comum em esportes de contato, como
futebol, boxe, hóquei e rúgbi. Ainda que muitas pessoas se recuperem bem ao
fim de algumas semanas, outras podem sofrer danos permanentemente. Após
uma ocorrência, é recomendado descanso total; dependendo da gravidade da
lesão, pode ser necessário o afastamento do esporte por alguns meses.

Referência:
https://hzm.com.br/blog/medicina-do-exercicio-e-do-esporte/as-lesoes-mais-comuns-no-esporte/

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