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INSTITUTO MÉDIO TÉCNICO DE SAÚDE-MBANZA KONGO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE RADIOLOGIA.

Tema:

DIAGNÓSTICO DAS FRACTURAS E RADIOGRAFIA DOS MEMBROS


SUPERIORES AOS PACIENTES ATENDIDOS NA SECÇÃO DE RADIOLOGIA
DO HPZ NO Iº TRIMESTRE DE 2024.

Grupo Nº:04

Classe:13ª

Autores:
Isabel Diambuta Nunes
Isabel Nzuzi Vanza
Maria Nkuansambu Primeiro
Nsimba António Luzolo Afonso

Docente
Nelo Mpanzu
________________

Mbanza Kongo, 2024


Sumário:
II.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................... 3
2.1 Conceitos e definição dos termos ............................................................................ 3
2.1.1 Fracturas....................................................................................................................... 3
2.3 factores de riscos que podem contribuir nas fracturas de membros
superiors................................................................................................................................. 5
2.4.1 Fracturas do Pulso..................................................................................................... 8
2.4.2 Fracturas da Mão ........................................................................................................ 8
2.4.2 Fractura do braço ................................................................................................. 10
2.5 Quais são os seus sintomas .................................................................................... 13
2.6 As formas de prevenção ............................................................................................ 13
2.7 Complicações das fracturas dos membros superiors ...................................... 13
2.8 Técnicas Radiológicas para o Diagnóstico das fracturas dos Membros
superior ................................................................................................................................. 14
II.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Conceitos e definição dos termos


2.1.1 Fracturas
Fractura é uma lesão traumática, com carga de alta magnitude imposta ao osso
por meio das forças de tensão, cisalhamento, compressão, curvamento e torção,
atuando juntas ou separadas. etiologicamente a fratura apresenta-se de formas
variadas (fechadas ou abertas; com ou sem lesão de partes moles), o segmento
acometido varia de acordo com o tipo de trauma e gravidade da lesão
dependendo da força exercida no momento da lesão (SOUZA, 2019)

Define-se fratura como sendo toda e qualquer interrupção brusca (completa ou


incompleta) da continuidade de um osso ou cartilagem. As fraturas têm como
consequência a alteração das funções puramente mecânicas do osso: perda da
capacidade de suportar carga, de sustentar as partes moles envolventes ou de
transmitir a ação das forças musculares (RUI, 2022).

A maioria das fraturas resulta de traumatismo, ou seja, da aplicação súbita de


força excessiva. O traumatismo diz‑se direto, quando a força é aplicada a nível
do local onde se produz a fratura, e indireto, quando aplicada à distância deste
local. (RUI, 2022)
Algumas fraturas ocorrem na ausência de traumatismo desencadeante ou são
causadas por traumatismo mínimo, em osso previamente alterado (fraturas
patológicas ou, quando a fragilidade óssea é resultante de doença metabólica,
fraturas de insuficiência). As fraturas podem ainda, mas raramente, ocorrer pela
aplicação de sobrecarga de forma repetida ao longo do tempo (fraturas de fadiga
ou de stress).
O termo fractura tem origem na palavra latina “fractura”, que significa quebrar. O
tecido ósseo está exposto a factores capazes de gerar cargas e alterar as suas
características estruturais e biológicas. O estudo da mecânica da falência óssea
ou das fraturas é complexo, mas é importante que seus fundamentos sejam
apresentados para melhor compreensão. Do ponto de vista mecânico, a fratura
é uma perda de solução de continuidade do tecido ósseo normal, resultante de
carga excessiva que ultrapassa a capacidade de resistência do osso (Velloso,
2005).

2.2 contextualização histórica das fracturas


O membro superior pode ser dividido em suas articulações principais que
incluem: complexo do ombro, cotovelo, antebraço, punho e mão. Os traumas
ortopédicos se destacam dentre as patologias que acometem esse segmento,
podendo interferir na sua função. Entre as consequências que os traumas podem
causar estão: dor, redução da mobilidade, fraqueza muscular, instabilidades,
além de sequelas permanentes ( BARBOSA, 2013)

Na revisão integrativa realizada, verifica-se que a principal população acometida


por lesões de membros superiores corresponde a de adultos. A principal causa
do trauma em adultos apontada foram os acidentes de trânsito, apresentando a
motocicleta como principal veículo. A maioria dos acidentes ocorreram em vias
públicas. 4 estudos não descreveram o local da fratura ou o tipo de lesão no
membro superior. daqueles que descreveram, um total de 3, citavam como
principais locais a mão, punho e dedos (Smith, 2017)

No mundo, as quedas representam a segunda principal causa de mortes


acidentais ou não intencionais. por ano, cerca de 646.000 mortes são registradas
devido a quedas e desse total, mais de 80% ocorrem em países de baixa e média
renda. os adultos com idade maior que 65 anos sofrem as quedas mais fatais e,
por ano, um total de 37,3 milhões de quedas exigem atenção médica (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2018)

De acordo o instituto de pesquisa econômica e aplicada (ipea) em 2015,


verificou-se aumento de 50,3% nos acidentes de trânsito em rodovias federais,
com adição de cerca de 34,5% nos óbitos e 50% nos feridos. esse aumento é
associado à crescente urbanização, o aumento no número de veículos e a
elevação dos acidentes de trânsito (ipea,2015). muitos estudos relatam que a
população mais vulnerável é composta por jovens na faixa etária produtiva com
alta morbimortalidade e lesões incapacitantes, o que eleva os custos do sus e a
perda de parcela significante da população economicamente ativa
(CORGOZINHO MM, 2019)
Segundo o relatório da situação de segurança do trânsito lançado pela oms em
2018, o número anual de mortes no trânsito chega a 1, 35 milhões. o trauma é a
principal causa de morte na população entre 5 a 29 anos. estima-se que até 2030
um total de 2,4 milhões de pessoas devam perder a vida devido acidentes de
trânsito e um total de 20 a 50 milhões de indivíduos devam sobreviver, porém
com lesões e sequelas de trauma (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2018)

Os acidentes de trânsito representam altos custos para a sociedade.


imprudência no trânsito, desatenção, embriaguez, entre outros fatores, levam ao
aumento das estatísticas de acidentes no brasil e no mundo. a oms reconhece
os acidentes de trânsito como um grave problema de saúde pública, sendo uma
das principais causas de morte e lesões no mundo (OLIVEIRA AMF. ONU, 2011-
2020)

A cada hora, em média, cerca de 20 pessoas entram em um hospital público com


uma lesão grave resultante de um acidente de transporte terrestre. o total de
vítimas graves de trânsito nos últimos dez anos corresponde a 1.636.878
indivíduos. cerca de 60% desses casos envolveram vítimas com idade entre 15
a 39 anos, 8,2% envolviam a faixa etária de zero a 14 anos e 8,4% envolveram
pessoas acima de 60 anos e quase 80% das vítimas eram do sexo masculino (
(MEDICINA, 2019)

2.3 factores de riscos que podem contribuir nas fracturas de membros


superiors

Dentre os idosos que sofreram fraturas, foram avaliadas as características


clínicas e ambientais sendo verificado que: aqueles com esquecimento
frequente, seguidos por portadores de diabetes mellitus, alteração visual e
hipertensão tiveram maior ocorrência de fraturas. Verificou-se, ainda, que
57,14% das fraturas ocorreram nos membros superiores, 28,57% nos membros
inferiores e o restante na pelve ou cabeça (tce). Quando questionados sobre o
ambiente onde sofreram a fratura, o estudo mostrou que 20,00% das fraturas
aconteceram após quedas sofridas dentro de casa, sendo o quarto o cômodo
mais frequente (ALves. R., et al., 2017)
2.4 Tipos de fracturas

Geralmente, esses tipos de fratura ocorrem quando se tem um problema de


saúde subjacente, como osteoporose. Uma pessoa também pode obtê-las, se
as células cancerosas se espalharem para os ossos ou quando um paciente tem
uma doença que enfraquece os ossos,
como artrite, osteomielite, osteossarcoma ou distúrbios ósseos metabólicos
(EGOL, 2017)

O Tratamento dependerá da condição subjacente, que causou a fratura. se a


doença não afetar a capacidade de cicatrização do osso, o paciente só precisará
usar um gesso para imobilizar o membro. Se uma doença comprometeu a
capacidade de cura do corpo, uma cirurgia poderá ser necessária (BALECH,
2020)

Simples

também chamadas de fraturas fechadas, elas ocorrem quando o osso sofre


quebra, mas não ocasiona na perfuração da epiderme. Uma fratura óssea é
classificada como simples ou fechada, se o osso quebrado permanecer dentro
do corpo e não for empurrado para dentro ou para fora da pele. Os sintomas
incluem dor intensa, hematomas e inchaço. (WINDSOR, 2019)

É melhor evitar mover ou endireitar o osso quebrado, enquanto espera a ajuda


chegar. Se a pessoa que sofreu o trauma tentar manipulá-lo, poderá piorá-lo e
não conseguirá cicatrizá-lo adequadamente.

Expostas

É o oposto da fratura simples e haverá luxação do osso que perfurará a


epiderme. Portanto, é mais provável desenvolver uma infecção nesse tipo de
fratura.

Ao perfurar totalmente a Pele, pode haver sangramento — e o perigo é que


bactérias e outros contaminantes que contaminem o osso através da ferida
aberta. Logo, existe um alto risco de desenvolver uma infecção grave. A ferida
deve ser limpa por um profissional médico, o osso quebrado requer estabilização
para cicatrização adequada e a ferida aberta deve ser fechada com pontos
(SANTIN, 2020)

Complicadas

este tipo de fratura é considerado muito grave, pois causam graves danos em
estruturas mais delicadas do corpo humano, como vasos sanguíneos, tecidos,
músculos e órgãos —podendo colocar em risco a vida da pessoa que sofreu o
trauma.

Completas

Uma pessoa sofre uma fratura completa, caso o osso afetado tenha sido
completamente fragmentado. nesse tipo de fratura, o osso é completamente
quebrado em duas ou mais partes. Ocorre uma separação completa, que é
classificada de acordo com a posição em que ocorreu a quebra:

Transversal: a fratura é reta por meio do osso de forma perpendicular;

Oblíqua: a fratura atravessa o osso formando um ângulo oblíquo;

Em espiral: o osso traumatizado sofre separação e a fratura acaba formando


espirais, em volta de um eixo longitudinal.

Incompletas

Uma fratura é incompleta quando as duas partes do osso se separam


parcialmente, ou seja, ainda haverá alguma conexão entre os dois. isso significa
que o osso está rachado ou estilhaçado, mas não completamente separado em
duas ou mais partes. essas fraturas são mais comuns em crianças, devido à
fragilidade de seus ossos. eles ficam suscetíveis a dobrarem, podendo ocasionar
essa quebra (MOTTA, 2018)

Fratura por compressão

Quando os ossos são esmagados, ocorre a chamada fratura por compressão. O


osso quebrado será mais largo e achatado na aparência, do que era antes da
lesão. As fraturas por compressão acontecem com mais frequência na coluna
vertebral e podem causar o colapso das vértebras.
Um tipo de perda óssea chamada osteoporose é a causa mais comum de
fraturas por compressão. Além disso, quando uma pessoa cai sentada e causa
um impacto vertical sobre a coluna, fraturas compressivas nas vértebras podem
acontecer (WINDSOR, 2019)

2.4.1 Fracturas do Pulso

As fraturas do pulso incluem

Fratura de Colles: o pulso é fraturado quando as pessoas caem sobre uma mão
estendida com o pulso fletido para trás. O osso maior do antebraço (rádio) é
fraturado próximo ao pulso, e a extremidade fraturada do rádio é deslocada para
cima, na direção da parte de trás da mão (Zyman, 2022)

Fratura de Smith: o pulso é fraturado quando as pessoas caem com a mão


fletida para frente. A extremidade fraturada do rádio é deslocada para baixo, em
direção ao lado palmar do pulso.

2.4.2 Fracturas da Mão

Qualquer osso da mão pode ser fraturado. As fraturas da mão incluem

As fraturas comuns dos ossos do carpo incluem as fraturas do escafoide e as


fraturas do hâmulo do hamato (consulte Lesões comuns nas mãos ), que
geralmente são consideradas fraturas do pulso (Pullagura, Gopisetti, Bateman,
& van Kampen, 2011)

Para as mãos funcionarem normalmente, muitos músculos, tendões, ligamentos


e ossos precisam trabalhar em conjunto. Fraturas que parecem de menor
gravidade podem lesionar seriamente os tecidos moles. Se essas lesões não
forem adequadamente tratadas, as articulações podem ficar rígidas, fracas ou
permanentemente disformes, incapacitando consideravelmente as pessoas
(Gabriel, Petit, & Carril, 2001)

Diagnóstico de fraturas da mão

Avaliação médica
Radiografias

Ocasionalmente, tomografia computadorizada ou imagem por ressonância


magnética

Às vezes, os médicos conseguem diagnosticar uma fratura da mão ao examiná-


la. Antes do exame, pode-se injetar um anestésico local na área. Do contrário, o
exame pode ser doloroso demais. Geralmente são necessárias radiografias
(Malheiros, Bárbara, Mafalda, Madureira Junior, & Braga, 2011)

Às vezes, é necessário tomografia computadorizada (TC) ou imagem por


ressonância magnética (RM) para identificar uma fratura.

Tratamento de fraturas da mão

Uma bandagem, tala ou gesso

Às vezes, cirurgia.

Lesões específicas

Fraturas do escafoide são um tipo comum de fratura do pulso. A área na base


do polegar fica sensível e inchada (Albertoni, Faloppa, & Belotti, . 2002)

Fraturas do gancho do hamato podem resultar de bater no solo com um taco ou


arrancar relva com o taco ao jogar golfe. A parte inferior da palma na base do
dedo mínimo fica sensível.

Entorses do polegar (como polegar do guarda-caça, ou polegar de esquiador)


são lacerações dos ligamentos que fixam o polegar à mão, geralmente no lado
palmar do polegar. Se o ligamento sofrer uma entorse grave, as pessoas não
conseguem fazer o movimento de pinçar. É necessário cirurgia ou aplicação de
tala para reparar uma entorse de ligamento. (Zyman, 2022)

A ruptura do ligamento escafolunar, um ligamento no pulso, pode resultar de


queda sobre uma mão estendida. A dor é sentida principalmente no alto do pulso.
O ligamento é geralmente reparado cirurgicamente.
Luxações dos dedos da mão podem ocorrer na base do polegar ou de outros
dedos, na parte mediana das articulações dos dedos (geralmente quando o dedo
é dobrado demasiadamente para trás) ou nas articulações próximas às pontas
dos dedos (Carvalho Junior, Cunha, Ferreira, Morato, & Rocha, 2012)

2.4.2 Fractura do braço


As fracturas do braço ocorrem na extremidade superior do ósseo do braço
(úmero), afectando a articulação do ombro:

 As fraturas do braço geralmente resultam de uma queda com o braço


estendido.

 Geralmente, os pedaços fraturados de osso permanecem no lugar ou


unidos e, assim, tendem a consolidar-se por si só.

 Essas fraturas causam dor e inchaço no ombro e no braço, além de


limitarem os movimentos do braço.

 Os médicos diagnosticam fraturas no braço com base nas radiografias


e, às vezes, na tomografia computadorizada.

 Geralmente, apenas uma tipoia ou, às vezes, uma bandagem, é


necessária, mas por vezes é necessário cirurgia para realinhar os ossos
partidos ou recolocar a articulação no lugar.

As fraturas do braço geralmente resultam de uma queda com o braço


estendido. Às vezes, elas resultam de um golpe direto. Geralmente, os pedaços
fraturados de osso não saem do lugar ou saem apenas um pouco do lugar e,
assim, tendem a consolidar-se por si só (MIYAZAKI, 2018).

As fraturas no braço são comuns entre pessoas idosas.

Sintómas de Fracturas do Braço

O ombro e o braço ficam doloridos e inchados. As pessoas não conseguem


erguer o braço com facilidade. Ocasionalmente, ocorre uma lesão a um nervo,
causando dormência no braço.
Diagnóstico de Fracturas do Braço

 Radiografias

 Algumas vezes, tomografia computadorizada

Se as pessoas acharem que podem ter fraturado o braço, elas devem consultar
um médico o quanto antes. Os médicos pedem à pessoa para descrever o que
aconteceu e quais são seus sintomas. Os médicos também examinam o
cotovelo e a clavícula. Os médicos tiram radiografias da articulação do ombro
de diversos ângulos para determinar se ele está fraturado (GIOSTRI, 2011)

Às vezes, se as radiografias não forem conclusivas, faz-se uma tomografia


computadorizada (TC). A TC combina radiografia com tecnologia de
computador para produzir uma imagem tridimensional mais detalhada da área
lesionada.

Tratamento de fractura do braço

 Geralmente, uma tipoia

 Exercícios de amplitude de movimento

 Às vezes, cirurgia para realinhar os ossos fraturados ou para substituir a


articulação

A maioria das fraturas do braço é tratada com uma tipoia, às vezes mantida no
lugar por um pedaço de pano ou tira (EGOL, 2017)

Sintómas de fracturas proximal do antebraço

Mover o cotovelo é doloroso e um lado do cotovelo fica sensível ao ser tocado.

O sangue pode vazar na articulação do cotovelo causando inchaço. Muitas


vezes, as pessoas não conseguem endireitar totalmente seu braço. (MARTINS,
2021)

Diagnóstico de fracturas proximal do antebraço

 Avaliação médica
 Radiografias

Os médicos pedem à pessoa para descrever o que aconteceu e quais são seus
sintomas. Os médicos também examinam o cotovelo.

Para ver se há fraturas da cabeça do rádio, os médicos tiram radiografias de


diversos ângulos. Porém, as fraturas da cabeça do rádio podem ser difíceis de
ver, então o diagnóstico baseia-se principalmente no exame físico. Todavia, as
radiografias geralmente mostram líquido no interior da articulação do cotovelo,
caso haja uma fratura (RUI, 2022)

Os médicos podem inserir uma agulha no espaço ao redor da articulação do


cotovelo e remover líquido (chamado aspiração articular ou artrocentese).
Depois de removido o líquido, às vezes, os médicos conseguem determinar se
o movimento do cotovelo está limitado por causa de uma fratura ou por causa
da dor e dos espasmos musculares (Velloso, 2005)

Os médicos também tentam mover delicadamente o cotovelo para determinar


se os ligamentos foram afetados.

Tratamento de fracturas proximais do antebraço

 Geralmente, uma tipoia

 Exercícios de amplitude de movimento

 Para fraturas graves, cirurgia

A maioria das fraturas da cabeça do rádio pode ser tratada com uma tipoia. Se
a fratura for grave, faz-se a cirurgia.
Os exercícios para movimentar o cotovelo em sua amplitude de movimento
completa são iniciados assim que as pessoas conseguirem tolerá-los (muitas
vezes depois de alguns dias). Esses exercícios podem prevenir rigidez
permanente.

Assim que possível, são iniciados exercícios para mover a articulação do ombro
em sua amplitude de movimento total, como exercícios de Codman, pois esta
articulação está propensa a ficar permanentemente rígida, sobretudo em
pessoas idosas.
2.5 Quais são os seus sintomas
Quando uma fratura ocorre é muito comum ouvir um barulho de osso sendo
quebrado. Os sintomas mais comuns de fraturas são dor intensa (aumenta de
acordo com os movimentos feitos), luxação, deformidade, deformidade,
hematomas, ferimentos na região da ferida e muita dificuldade para movimentar
a região lesionada. Outros sintomas podem ocorrer de acordo com a localização
dos ossos que foram lesionados. (MIYAZAKI, 2018)

Um exemplo são as fraturas vertebrais ou craniofaciais, que podem causar


formigamento nos membros afetados e afetar a consciência do indivíduo. Já,
fraturas que acontecem na região peitoral podem fazer com que seja eliminado
sangue pela boca e consequentemente haverá dificuldade para respirar
(MATTHEW, 2012)

2.6 As formas de prevenção


Em muitos dos casos, uma fratura é desencadeada, por causa de uma queda,
especialmente em idosos. (ELIAS, 1996)

É extremamente importante tomar determinadas medidas, a fim de minimizar o


risco de queda. mantenha seus quartos limpos, elimine fios, use sapatos em
casa e compre tapetes antiderrapantes.

Use uma boa iluminação nos locais por onde precisa transitar para evitar
quedas.

Usar sapatos com sola de borracha também ajudará quando estiver ao ar livre.
porém, às vezes, a fratura é resultado de alguma doença já existente, como a
osteoporose (como vimos anteriormente). (CORGOZINHO MM, 2019)

É recomendado ingerir cálcio e vitamina D de alimentos ou suplementos, pois


ajudará a manter os ossos fortes e prevenirá qualquer tipo de fratura, resultando
de causas relacionadas ao enfraquecimento dos ossos.

Além disso, inclua mais grãos integrais, amêndoas e feijão em sua alimentação,
a fim de se manter saudável e ter ossos mais fortes e saudáveis.

2.7 Complicações das fracturas dos membros superiors


Dentro das complicações do tratamento conservador das fraturas dos Membros
superiores, destacamos um caso clínico de consolidação viciosa, não
encontrado na literatura. As complicações mais frequentes do tratamento
conservador das fraturas dos Membros superiores são a necrose avascular da
cabeça do úmero e a consolidação viciosa. (WEGMANN, 2012)

O tratamento cirúrgico da necrose avascular não diminui a incidência de necrose.


O aparecimento da consolidação viciosa depende do tipo de fratura, sua redução
inicial e evolução. As sequelas possíveis incluem dor residual, rigidez e perda de
força, dependendo do desvio e da idade (MARTINS, 2021)

Apresentamos um caso clínico de uma consolidação viciosa como uma


complicação do tratamento conservador das fraturas dos Membros superiors .
Apesar do desvio marcado, com a articulação invertida, tem um resultado
funcional aceitável a longo prazo. Este resultado baseia-se na deslocação medial
do centro de rotação e reconfiguração do músculo deltóide, princípios também
presentes na artroplastia invertida do ombro. (OLIVEIRA AMF. ONU, 2011-2020)

2.8 Técnicas Radiológicas para o Diagnóstico das fracturas dos Membros


superior
A história e o mecanismo de lesão guiam o exame físico dos pacientes com
possível fratura. Uma avaliação geral da região envolvida deve sempre ser
realizada. Dessa forma, é necessário incluir a avaliação da função
neurovascular e investigação de sinais de lesão de tecidos moles. Além
disso, observa-se rupturas na pele da área da lesão, o que sugere a presença
de fratura exposta.

O médico deverá palpar toda a área ao redor do local da fratura, incluindo todo
o osso em questão, ossos adjacentes e pelo menos uma articulação acima e
abaixo do local da lesão. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2018)

Alguns princípios básicos são úteis na obtenção de radiografias de uma fratura


potencial como visualizações múltiplas e ortogonais. Além disso, é necessário
uma boa qualidade de imagem em relação a ângulo, técnica e exposição,
englobando todo o osso ou articulação em questão. Duas vistas ortogonais são
o mínimo absoluto necessário para uma avaliação adequada. Geralmente,
realiza-se as incidências AP (Anteroposterior) e em perfil nas lesões ortopédicas
em geral (Sanar, 2023).

2.9 Diagnóstico das fracturas dos membros superiors

2.10.1 Radiografias convencionais


O estudo imagiológico, em caso de suspeita de fratura, inicia‑se com a realização
de radiografias convencionais (radiografias simples ou raios X). Estas
efetuam‑se em, pelo menos, duas incidências, que são habitualmente a
ântero‑posterior e a de perfil (dois planos perpendiculares). As articulações
adjacentes ao osso fraturado devem ser avaliadas radiograficamente, com o
objetivo de diagnosticar uma fratura ou uma luxação que se possam encontrar
associadas à lesão primária. ( BARBOSA, 2013)

As fraturas manifestam‑se geralmente nos exames radiográficos como uma linha


de radiolucência, de maior ou menor largura consoante o afastamento entre os
topos ósseos. Outros sinais radiográficos a pesquisar são os seguintes:
irregularidade do contorno da cortical; alterações do trabeculado do osso
esponjoso (interrupção das trabéculas ou aumento da densidade do osso
esponjoso devido a compressão das trabéculas); e alterações a nível das partes
moles (por exemplo, edema dos tecidos moles ou derrame articular). (MARTINS,
2021)

Embora, na maioria dos casos, o diagnóstico radiográfico das fraturas não


coloque dificuldades, em algumas situações, a fratura pode não ser facilmente
aparente ouser visível apenas numa das incidências ou com ampliação da
imagem. Como regra geral, é necessário proceder sempre à avaliação
cuidadosa das radiografias.
A aparente normalidade das radiografias convencionais não exclui, em absoluto,
a presença de fratura, pelo que se pode justificar prosseguir a investigação
diagnóstica com recurso a outros exames de imagem. (EGOL, 2017)

As radiografias devem permitir caracterizar a fratura no que se refere a:

 Localização – por exemplo, fratura da diáfise, da metáfise, intra‑articular;


 Direção do traço de fratura – traço transversal, oblíquo, helicoidal ou
longitudinal;
 Tipo de fratura – por exemplo, completa ou incompleta, simples ou
cominutiva (isto é, com mais de dois fragmentos), segmentar (ou seja, com
divisão da diáfise em vários fragmentos por presença de múltiplos traços
transversais de fratura), impactada, com depressão da superfície articular, por
compressão e por avulsão;
 Alinhamento dos topos ósseos – por exemplo, fratura alinhada, com
desvio no plano frontal, com desvio no plano sagital, com angulação, com desvio
rotacional, com encurtamento, com diástase.

Na avaliação de algumas lesões (e como será descrito nos respetivos capítulos


deste manual), é necessário recorrer a radiografias adicionais às realizadas nas
duas incidências mencionadas, como sejam:
 Incidências especiais – por exemplo, oblíquas, axilar do ombro;
 Radiografias realizadas sob stress ou em carga – destinadas a avaliar
a estabilidade das articulações e a integridade ligamentar;
A realização de radiografia sob stress (efetuada com tração sobre o membro
superior) não é recomendada. (SIZÍNIO, 2017)
Bibliografia
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