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1.

INTRODUÇÃO

As lesões por pressão (LPP) tem como definição a perda ou rompimento de partes
cutâneas e que normalmente se localizam em regiões de proeminências ósseas
quando há uma pressão em um período prolongado. Se desenvolvem em até 24
horas ou até mesmo cinco dias.
Decorrente de um processo isquêmico resultante de uma lesão de pele que pode ser
classificada em quatro estágios. A equipe de saúde é responsável pela prevenção e
pelo cuidado, com isso devem conhecer os fatores de risco, características da LPP,
fisiologia a cuidados pertinentes.
Conhecendo a grandeza do problema destacam estudos redirecionados para
avaliação dos pacientes com risco de desenvolvimento da lesão, evidencia a
necessidade de treinamentos para a equipe de enfermagem na medida em que
atuem na prevenção do presente agravo a saúde.
A enfermagem desempenha um papel primordial na prevenção das LPPs quando
atua no controle dos fatores de risco. A avaliação do paciente em riscos e a
implementação de intervenções de enfermagem evitam o comprometimento do
estado de saúde e pode promover a qualidade de vida desses indivíduos.
Esse trabalho está caracterizado como uma pesquisa qualitativa e descritiva,
realizada através de buscas em bases de dados eletrônicos, como artigos, sites e
através de trabalhos publicados entre 2005 a 2019, que estarão nas referências
finais as buscas dos artigos deu-se nos meses de junho até outubro de 2021. Serão
utilizadas as palavras chaves, lesão por pressão, prevenção de LPP, tratamento de
LPP, equipe de enfermagem.
2. DESENVOLVIMENTO

A definição de Lesões por pressão (LPP) são áreas de destruição tecidual


produzidas pela compressão da pele contra proeminências ósseas, principalmente
os ossos do sacro, do tocante e do ísquio, por conta que a superfície de contato tem
duração por um período prolongado. Devido a isso prejudica o fornecimento de
sangue ao tecido e de nutrientes levando à insuficiência vascular, abnóxia tecidual e
morte das células (DOMANSKY RC e BORGES EL,2014)
O desenvolvimento dessas lesões é de 24 horas até mesmo cinco dias para
acontecer. E quando a circulação sanguínea suspende a isquemia nas camadas
mais superficiais vem chegando nessas proeminências ósseas e são prejudicados.
E durante horas sem liberação da pressão no local o sofrimento tecidual se instala.
Em seguida, a atividade fibrinolítica diminui, originando o acumulo de fibrina em
meio intravascular, gerando assim a deficiência de perfusão capilar. As camadas
mais suscetíveis são os músculos, depois o tecido subcutâneo e por último a derme.
(DOMANSKY E BORGES, 2014; CALIRI, 2012.COSTA et al, 2005).
Pessoas com baixo índice calórico, restritas ao leito, e idosos com pouca mobilidade
apresentam maior risco para o desenvolvimento de lesão por pressão. Neste
sentido, é necessária a atuação conjunta da equipe multiprofissional, principalmente
entre nutrição e enfermagem, visando minimizar os riscos e melhorar a qualidade
assistencial aos pacientes internados. Além disso, o uso de colchão piramidal ou
pneumático se torna fundamental na prevenção de lesão por pressão, pois seu uso
também alivia os pontos de pressão no corpo, prevenindo o surgimento de novas
lesões ou até mesmo minimiza maiores danos à lesão já existente. (LAMÃO, et al
2016).
Visto o processo fisiopatológico das lesões por pressão, a equipe de enfermagem
que participa na assistência direta dessa perda tecidual, precisa ter o domínio
prático, cientifico e teórico para a prevenção e o tratamento em pacientes
acometidos.
Conhecendo a magnitude do problema para os pacientes, destaca-se a relevância
de estudos direcionados para avaliação dos pacientes com risco de
desenvolvimento da lesão em questão, evidenciando a necessidade do
conhecimento e treinamento da equipe de enfermagem para atuarem na prevenção
do presente agravo a saúde.
As ações educativas devem ocorrer periodicamente e continuamente visando o
desenvolvimento, a implantação e o acompanhamento de programas de educação
permanente para profissionais envolvidos bem como para os pacientes e familiares,
expondo medidas de prevenção, mecanismo de formação de lesões, fatores
predisponentes, tratamento de lesões existentes (Olkoski E, Assis GM, 2016).
A prevenção de lesão por pressão nos pacientes hospitalizados não é tão
complicada, a medida mais simples e comum é a mudança periódica da posição do
paciente. É muito importante que todos os envolvidos no cuidado tenham
conhecimento de como tratar de maneira adequada as lesões por pressão, a fim de
evitá-las (LIMA et al, 2017).
É necessário que o profissional que atue com esses pacientes saiba classificar a
ferida e identificar o estágio de cicatrização, para estimar um tempo para a
recuperação, devendo realizar registros detalhados sobre a coloração do leito da
lesão, localização, etiologia, tamanho, tipo, quantidade, características de exsudato,
odor (FERREIRA et al, 2011).
Como o profissional de enfermagem está diretamente relacionado ao tratamento de
feridas, seja em serviços de atenção primária, secundária ou terciária, é importante
manter a observação contínua com relação aos fatores locais, sistêmicos e externos
que condicionam o surgimento da ferida ou interfiram no processo de cicatrização.
Para tanto, é necessária uma visão clínica que relacione alguns pontos importantes
que influenciam neste processo, como o controle da patologia de base (hipertensão,
diabetes mellitus), aspectos nutricionais, infecciosos, medicamentosos e, sobretudo,
o rigor e a qualidade do cuidado educativo. É importante ressaltar a associação dos
curativos que serão aplicados de acordo com os aspectos e evolução da ferida.
(MORAIS, 2008)
Para que que ressalte todo esse cuidado e assistência, enfermagem precisa avaliar
todo o contexto da fisiopatologia e exercer uma intervenção diagnóstica através do
nosso instrumento, o NANDA.
A NANDA Internacional define risco de lesão por pressão (00249) como um estado
de vulnerabilidade de dano celular na pele e no tecido subjacente, resultante da
compressão dos tecidos moles, geralmente sobre uma proeminência óssea, durante
um período de tempo capaz de ocasionar isquemia local e, consequentemente,
necrose. Apesar de ser um tema amplamente discutido na literatura e na prática
assistencial, ainda observam altos níveis de incidência e prevalência de lesão por
pressão, repercutindo de forma direta na dinâmica assistencial e na qualidade de
vida do paciente com risco ou com lesão instalada. (CAETANO, 2017)

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