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□ Período de tempo disponível antes que o choque,
causado pela lesão, se torne irreversível:
– Um doente com lesão penetrante no coração pode ter apenas alguns
minutos para receber tratamento definitivo;
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GOLDEN HOUR PERÍODO DOURADO
□ “Período de Ouro” representa um intervalo de
tempo no qual o choque é quase sempre
reversível, se o doente tiver o atendimento
adequado.
– Intervenções apropriadas para melhorar a oxigenação e
controlar a hemorragia devem ser iniciadas o mais
precocemente possível.
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Minutos iniciais – mortes inevitáveis
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□ 1º pico - Segundos a minutos após o trauma
– Decorrentes de lesões graves como lacerações de aorta, traumatismo cardíaco e lesões da medula e tronco
cerebral (causas mais comuns)
– 50% dos casos de óbito
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Transferência inter-hospitalares
9
45
40
35 SNC
Hemorragia
30
SNC + Hemorragia
% do total
25
Falência Orgânica
20
Outras
15
10
5
0
causas
10
Hemorragia é a 2ª causa de morte no trauma
(± 40%) - Choque Hipovolémico
Causas
– Hemorragia Grave
– Coagulopatia
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A hemorragia maciça é uma das razões para a alta taxa de
mortalidade no período pós-traumático precoce
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Definição
□ Uma perda de sangue equivalente a 100% da volémia em 24 horas;
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Taxa de mortalidade 45 – 67%
Influenciada por:
– Idade
– Duração e intensidade do choque
– Desenvolvimento de CID
– Quantidade de sangue transfundido
– Problemas médicos pré-existentes
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CDI – Coagulação intra-vascular disseminada
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□ Evitar / tratar eficazmente a hipotermia
□ Corrigir a anemia aguda com sangue total: GV e Plasma
□ Administrar plaquetas
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CINEMÁTICA
(parte da física
que estuda o
movimento)
DO TRAUMA
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MECANISMOS DE LESÃO
Mecanismos pelos quais a
energia é transferida do
ambiente a pessoa
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A energia mecânica atinge o corpo com forças
- ACELERAÇÃO
- DESACELERAÇÃO
- 2 JUNTAS
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• TIPO DE COLISÃO AUTOMOBILÍSTICA
• ALTURA DA QUEDA
F = M x A (acelaração ou
Ecin = M/2xV² desacelaração)
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Energia Cinética
Qual a energia cinética envolvida num embate sabendo que uma pessoa de 85 kg
se desloca a 40 km/h?
KE = 68000 unidades de energia
Se aumentarmos a massa em 10 kg
95 kg/2 x (40 km/h)2 KE = 76000 unidades de energia
+ 10.53 %
Se aumentarmos a velocidade em 20 km/h
85 kg/2 x (60 km/h)2 KE = 153000 unidades de energia
+ 125 %
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Ecin = M/2xV²
Forças de Desaceleração
Força que pára ou diminui a velocidade da vítima em andamento
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A PREVENÇÃO É A MELHOR MEDIDA
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Cavidade ou deformação Permanentes
(Visível após o impacto)
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TIPO DE TRAUMA TIPO DE INCI DENTE MECANISMO DE LESÃO (cinemática)
Impacto lateral
ACIDENTES
COM VEÍCULOS Impacto traseiro
AUTOMÓVEIS
FECHADO/ Impacto rotacional
PENETRANTE
Capotamento
Impacto frontal
ACIDENTES COM Impacto angular
MOTOCICLOS
Ejeção
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TIPO DE TRAUMA TIPO DE INCI DENTE MECANISMO DE LESÃO (cinemática)
Adulto
ATROPELAMENTO
Criança
Queda de pé
EXPLOSÃO
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No trauma fechado existem duas forças envolvidas no
impacto:
• compressão
•e laceração/estiramento.
Ambas podem produzir cavitação (deslocamento violento dos tecidos do
corpo humano para longe do local do impacto, devido à transmissão de
energia). No trauma fechado a cavitação pode ser só temporária, no
penetrante é permanente.
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TRAUMA FECHADO OU
CONTUSO
TIPOS DE TRAUMA
TRAUMA ABERTO
(PENETRANTE)
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TRAUMA FECHADO OU CONTUSO
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□ Dependem da energia transferida no
momento do impacto e do local da lesão.
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A INTER-ACÇÃO ENTRE A VÍTIMA E O VEICULO DEPENDE
DO TIPO DE COLISÃO:
Frontal Lateral
Traseira Angular
Capotamento Ejecção
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34
Capotamento
35
QUEDAS
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37
Primárias – Órgãos com gás –
pneumotorax, perfuração
intestinal
Secundárias – A vítima é
atingida por pedaços de vidro,
ou outros detritos da explosão
que são projectados.
Terciárias – A vítima é
projectada contra um
objecto/solo.
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A abordagem/avaliação da vítima é um processo dinâmico.
□ Algumas ocorrências podem ser confusas e sem pistas objetivas sobre se trata de uma
lesão traumática ou doença súbita.
Exemplo: À chegada ao local a equipa de EPH encontra uma vítima sentada no interior de
um carro à beira da estrada sem qualquer evidência de acidente/impacto (viatura
integra e sem deformações). Pela avaliação do local poderá ser uma vítima de trauma,
no entanto na continuação da abordagem a esta vítima não se encontram quaisquer
sinais de trauma mas sim sinais e sintomas de hipoglicemia (glicemia capilar de 30
mg/dL). Após correção desta situação a vítima recupera consciência e conta a história.
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A avaliação da vítima divide-se em duas partes:
1. Avaliação primária.
2. Avaliação secundária.
c) Não deverá avançar para o passo seguinte da avaliação sem antes resolver a
condição que põe em risco a vida (ex. não é útil avaliar o B se não for resolvida
uma condição de OVA superior no A). 40
– Monitorização não-invasiva
• ECG
• Oxímetro de pulso
• Pressão Arterial
• Gasometria arterial
– Cateterização Vesical
• Importante para avaliação da reposição volémica
• Contra-indicado se suspeita de lesão uretral (sangue no meato peniano, equimose
perineal, sangue no escroto, deslocamento da próstata ou fratura pélvica)
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– Sonda gástrica
• Evitar risco de aspiração
• Indicada a doentes em Ventilação Mecânica ou com trauma abdominal
• Na suspeita de fratura de base do crânio e da lâmina crivosa será sempre
orogástrica
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□ Medidas auxiliares à Avaliação Secundária:
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□ Medidas de conforto e controlo da dor
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TCE
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□ TIPOS DE TRAUMATISMO CRANIANO
– Lesões de couro cabeludo
– Fracturas de crânio
– Lesão cerebral difusa
– Lesão focal
– Lesão penetrante
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Fractura linear sem
afundamento
Afundamento
craniano
Fractura de crânio
aberta
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– Afundamento
craniano
– Fractura de
crânio aberta
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□Fracturas da base do crânio
□ Otorraquis, rinorraquis
□ Equimose na região da mastoide (sinal de Battle)
□ Sangue na membrana timpânica (hemotimpano)
□ Equimose periorbitária (Raccoon eyes)
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Fractura da base do crânio
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Equimose peri-orbitária
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-Associado a fracturas cranianas – Laceração da Dura
Mater
- Perdas pelo nariz e / ou pelos ouvidos
- Porta de entrada para bactérias
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TCE
□ TIPOS DE LESÃO INTRACRANIANA
– DIFUSA –
» CONCUSSÃO
» LESAO AXONAL DIFUSA
– FOCAL
» CONTUSÃO
» HEMORRAGIAS E HEMATOMAS
– LESÕES PENETRANTES
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CONCUSSÃO
Breve perda de consciência, com exame e
TAC CE normal
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LESÃO AXONAL DIFUSA
□ Lesões de alta velocidade com estiramento do
tecido cerebral
□ Mini hemorragias na substância branca
□ Coma profundo imediato
□ Edema cerebral e aumento da PIC
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Lesão focal
□ TIPOS DE TRAUMA INTRACRANIANO
• Contusões,
• Hemorragias e Hematomas
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CONTUSÕES
□ Provocadas por forças de
inércia e torção muito mais
fortes que as que provocam
hematoma subdural
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CONTUSÃO
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HEMORRAGIAS
□ Hemorragia Meningea
• Hematoma Epidural (ou Extradural)
• Hematoma subdural
• Hemorragia aracnóideia
□ Hemorragias Cerebrais
• Hematomas Intra-cerebrais
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Hematomas: Subdural Epidural Intra-cerebral
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- Acumulação de sangue entre o crânio e a Dura Mater
- Associado a fracturas temporais ou parietais
- Laceração da artéria meníngea média
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Hematoma Epidural
□ Sinais e sintomas:
– Perda de consciência seguida de um período de lucidez
– Perda progressiva da consciência
– Hemiparésia e Anisocória
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Hematoma Epidural
□ Bom prognóstico se a intervenção for imediata ( a drenagem cirúrgica
nas primeiras 4 horas melhora significativamente o prognóstico)
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- Lesão cerebral focal por baixo da Dura Mater
- Geralmente de origem venosa
SUBAGUDOS (1 a 7 dias)
CRÓNICOS (após 7 dias)
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□ Mais comum
□ Rotura de veias entre o córtex e dura mater
□ A fractura de crânio pode ou não estar presente
□ Prognóstico melhora quanto mais precoce for a intervenção
cirúrgica
□ Sintomas em horas ou dias
– cefaléia, irritabilidade, vómitos, alteração do estado de
consciência, assimetria de pupilas e alterações sensitivas e
motoras
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□ Doentes idosos com atrofia
cerebral
□ Pode ocorrer em pequenos
traumatismos
□ Pode piorar 2 a 4 semanas
depois do traumatismo devido
à expansão do hematoma
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Hemorragias Intracerebrais
□ Hemorragias intraparenquimatosas
□ Qualquer localização
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Ferimentos Penetrantes
□ Penetração de corpo estranho intracraniano
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Avaliação do TCE
Sinais de gravidade
□ Assimetria de pupilas
□ Assimetria motora
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TCE - AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
• ABC - VIAS AÉREAS, RESPIRAÇÃO E CIRCULAÇÃO
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TCE - AVALIAÇÃO SECUNDARIA
INSPEÇÃO
• LACERAÇÕES
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TCE - AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
PALPAÇÃO
□ FRACTURAS
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TCE - AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
□ RESPOSTA OCULAR
□ RESPOSTA VERBAL
□ RESPOSTA MOTORA
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Escala de Coma de Glasgow
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Escala de Coma de Glasgow
81
Escala de Coma
de Glasgow
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Procedimentos
No TCE é essencial Prevenir ou minimizar o risco de lesão
cerebral secundária.
• Colar cervical
• Estabilização Respiratória (assegurar SPO2 >95%)
• Estabilização Circulatória (2 acessos venosos G14 ou
16)
• Cabeceira a 30º (se possível)
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TCE – Sonda Gástrica
Orogástrica
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