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SOCORRISTA BRUNO SANTOS

Curso de Formação de Socorristas

Inst. Monteiro
FÍSICA DO TRAUMA
Cinemática & Biomecânica
O que é trauma?

• Lesão que causa alteração estrutural e fisiológica no organismo.


• Principal causa de morte no indivíduo jovem.
• No Brasil está entre as principais causas de morte.
• Distribuição trimodal:
- Mortes Imediatas
- Mortes Precoces
- Mortes Tardias
FÍSICA
DO TRAUMA

É o estudo do agente causador, que utiliza transferência de energia


para o corpo humano, Causando lesão funcional ou orgânica,
temporária ou permanente.

A cinemática permite prever até 90% das lesões.


INTRODUÇÃO

CINEMÁTICA
A Cinemática do Trauma refere-se ao estudo do movimento dos objetos envolvidos em um
acidente ou trauma. Envolve a análise dos eventos que levam a uma lesão, como a velocidade, a
direção e o tipo de impacto.

BIOMECÂNICA

A Biomecânica é o estudo das forças físicas que atuam sobre o corpo humano durante um evento
traumático e como essas forças afetam os tecidos e estruturas corporais. Envolve a aplicação de
princípios da mecânica para entender as lesões resultantes de forças externas.
INTRODUÇÃO

CONCEITOS

1 O atendimento bem sucedido do paciente traumatizado depende da identificação de lesões óbvias,


assim como de lesões ocultas, e isso requer boas habilidades de avaliação.

2 Uma compressão do processo de troca de energia permite aos socorristas predizerem uma alta
porcentagem das potenciais lesões encontradas.

3 Muitas das lesões de um paciente podem ser previstas por uma avaliação adequada e correta do
local, mesmo antes de examinar o paciente.

4 Saber onde procurar e como avaliar as lesões é tão importante quanto saber o que fazer ao
encontra-las.
PRINCÍPIOS GERAIS

Um evento traumático pode ser dividido em três fases:

PRÉ-EVENTO.

EVENTO.

PÓS-EVENTO.
PRÉ-EVENTO

 Inclui todos os eventos que precedem o incidente.

 As condições que estavam presentes antes de sua ocorrência e as que são


importantes no manejo das lesões do paciente são avaliadas como parte
da história pré-evento. Ex: (Condições médicas; medicamentos; ingestão de
substâncias; estado menta).

 Também conhecida como fase de prevenção.


EVENTO

 Começa no momento do impacto entre o corpo ou objeto em movimento e


um segundo objeto.

 A direção em que ocorre a troca de energia, a quantidade de energia


trocada e o efeito que essas forças têm sobre o paciente são
considerações importantes na avaliação.

 Acidentes automobilístico, normalmente apresentam três fases de


impactos na maioria das vezes.
FASES DA COLISÃO
1º FASE

O IMPACTO DOS DOIS OBJETOS.

Ex: O primeiro impacto é do


veiculo colidindo com a árvore.
FASES DA COLISÃO
2º FASE

O IMPACTO DOS OCUPANTES


DENTRO DO VEÍCULO.

Ex: O segundo impacto é o ocupante


dentro do veículo atingindo o
volante, para-brisa ou cinto de
segurança.
FASES DA COLISÃO
3º FASE

O IMPACTO DOS ÓRGÃOS VITAIS


DENTRO DOS OCUPANTES.

Ex: O terceiro impacto é entre os


órgãos internos do ocupante e sua
parede torácica, parede abdominal
ou crânio.
EVENTO

ANÁLISE DA SITUAÇÃO:

O que parece ter acontecido?

Quem atingiu o quê e em qual velocidade?

As vítimas estavam usando dispositivos de proteção?

As crianças estavam contidas apropriadamente?

Se existente, o airbag foi acionado? A resposta a essas e outras


perguntas são fundamentais
Ocupantes foram ejetados para fora do veículo? para a tomada de decisões e
avaliação da vítima.
Eles atingiram algum objeto ao serem ejetados?
PÓS-EVENTO

 Nesta fase, as informações coletadas sobre a colisão ou acidente e a fase


pré-evento são utilizadas para avaliar e atender a vítima.

 Essa fase começa assim que a energia da colisão é absorvida, ou seja,


após término do acidente.

 O socorrista deverá usar o seu conhecimento em física do trauma no


processo de avaliação da cena para determinar quais foram as forças e os
movimentos envolvidos e quais lesões podem ter resultado dessas forças.
LEIS DE ENERGIA E
MOVIMENTO

Primeira Lei de Newton:


Um corpo em movimento ou
em repouso, permanece
neste estado até uma força
externa atue sobre ele.
INÉRCIA
LEIS DE ENERGIA E
MOVIMENTO
EXEMPLO (1° LEI)

Automóvel – 50 km/h;
Colisão da máquina

Choque contra o poste;

Movimento do veículo cessa;

Colisão do corpo
Corpo do motorista continua a se deslocar a 50 km/h,
até seu tórax e sua cabeça colidirem com o volante;

Órgãos internos da vítima - 50 km/h até colidir com a


parede interna das cavidades.

Colisão dos órgãos


LEIS DE ENERGIA E
MOVIMENTO

Segunda Lei de Newton:


A energia não pode ser criada
ou destruída, mas pode mudar
de forma e ser transferida.

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
+
ENERGIA CINÉTICA
LEIS DE ENERGIA E
MOVIMENTO

Terceira Lei de Newton:


Para toda ação haverá uma
reação igual e em sentido
contrário..

AÇÃO E REAÇÃO
LEIS DE ENERGIA E
MOVIMENTO
EXEMPLO (2° E 3 LEI)

A energia do movimento do veículo é dissipada com


a deformação do chassi ou outras partes do veículo.

A energia do movimento do corpo humano será dissipada


contra o cinto de segurança ou outras partes do veículo
produzindo lesões.

A energia do movimentos dos órgãos internos será dissipada


contra a parede daquelas cavidades com danos as vezes
permanentes nesses órgãos.
TROCA DE ENERGIA ENTRE UM
OBJETO SÓLIDO E O CORPO HUMANO

O número de partículas de tecido de um corpo atingidas por um objeto


sólido determina a quantidade de transferência de energia que ocorre.

Essa transferência de energia produz a quantidade de dano (lesão)


que ocorre na vítima.

O punho absorve mais energia colidindo com uma parede densa de


tijolos do que com o travesseiro de plumas menos denso, o qual
dissipa a força.

PHTLS 10° Ed.


TIPOS DE COLISÃO NOS
ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICO

TIPOS DE COLISÕES:

IMPACTO FRONTAL.

IMPACTO TRASEIRO.

IMPACTO LATERAL.

IMPACTO ROTACIONAL.

CAPOTAGEM.
COLISÃO FRONTAL
ACIDENTES AUTOMOTIVOS
COLISÃO FRONTAL
OCUPANTES SEM CINTO DE SEGURANÇA

1 O corpo pode ser direcionado para cima contra o


volante. A cabeça pode atingir o para-brisa ou teto.

2 O corpo pode ser direcionado para baixo contra


o volante e/ou painel do veículo.
COLISÃO FRONTAL
OCUPANTES SEM CINTO DE SEGURANÇA

1° - PROJEÇÃO PARA CIMA

A projeção do corpo colide o tórax contra o


painel ou volante.

Após o tronco parar seu movimento, a cabeça


continua até se chocar contra o pára-brisa ou
teto.

Os rins, o baço e o fígado estão sujeitos a


lesões por cisalhamento à medida que o
abdome atinge o volante e para de forma
abrupta.
PHTLS 10° Ed.
COLISÃO FRONTAL
OCUPANTES SEM CINTO DE SEGURANÇA

2° - PROJEÇÃO PARA BAIXO

Lesões em joelho, tíbia e/ou fêmur em colisão


com o painel.

Lesões na face em colisão com o volante.

Fratura ou luxação de quadril.

PHTLS 10° Ed.


COLISÃO FRONTAL
OCUPANTES (BANCO DE TRÁS)
SEM CINTO DE SEGURANÇA
COLISÃO FRONTAL
LESÃO POR IMPACTO

LESÃO FACE (CONTRA VOLANTE,


PARA-BRISA OU TETO)

• Fratura do Crânio.
• Penetração de osso e fragmento no cérebro.
• Hemorragia.
• Ruptura de veias devido ao vácuo formado pelo deslocamento
brusco do cérebro.
• Lesão da Coluna Cervical (C1 a C7).

LESÃO TRONCO CONTRA VOLANTE

• Ruptura pulmonar provocada por impacto do tórax no volante.


• Fraturas MÚLTIPLAS de costelas (tórax instável).
• Contusão pulmonar e hematomas torácica.
• Ruptura de aorta por deslocamento súbito das estruturas.
intratorácicas ou por traumatismo direto no tórax.
• Herniação dos intestinos para o tórax devido à ruptura do diafragma.
COLISÃO FRONTAL
LESÃO POR IMPACTO

LESÃO PROVOCADA EM MMII PELO PAINEL

• Fratura de fêmur e/ou luxação posterior de quadril.


• Possibilidade de rompimento da artéria poplítea com
consequente produção de isquemia abaixo do local da lesão.
• O pé, se estiver posicionado no assoalho ou pedal do frio do
veículo com ângulo reto, pode girar e acarretar fratura na
articulação do tornozelo.

LESÃO POR IMPACTO EM AIR BAG

• Pode causar abrasões, contusões ou queimaduras na pele,


especialmente na região do rosto e pescoço, devido ao
impacto direto.
• Lesões no peito, costelas e pescoço.
• Motoristas altos ou de carros baixos podem sofrer lesões nas
pernas, pelve ou no abdome.
COLISÃO FRONTAL
OCUPANTES COM CINTO DE SEGURANÇA

EFEITO CANIVETE

Ocorre em cintos de segurança de “2 pontas”,


comumente encontrados em carros antigos e
ônibus de viagem.

Uma colisão com desaceleração frontal, o


corpo tende a se dobrar como um canivete.

Acarreta em hemorragias internas,


hematomas e até lacerações de órgãos
internos. ITLS 09° Ed.
COLISÃO FRONTAL
OCUPANTES COM CINTO DE SEGURANÇA

USO DO CINTO

O uso INCORRETO pode ocorrer lesões de


órgãos internos devido à movimentação
brusca destes órgãos ou por ação da faixa do
cinto de segurança.

O uso do cinto NÃO evita fraturas ou


luxações no pescoço ou lesões na medula
espinhal.

Fratura de clavícula pode ocorrer onde a faixa


torácica cruza.
COLISÃO LATERAL
ACIDENTES AUTOMOTIVOS
COLISÃO LATERAL
ACIDENTES AUTOMOTIVOS

Acidente típico em locais de cruzamentos ou


em situações de derrapagens.

A lateral do veículo ou a porta atingida é


empurrada contra lado do ocupante.

5 regiões do corpo podem sofrer lesão em um


impacto lateral (clavícula, tórax,
abdome/pelve, pescoço e cabeça).
COLISÃO LATERAL
LESÃO POR IMPACTO

CLAVÍCULA/ÚMERO/OBRO TÓRAX

• A clavícula pode ser comprimida e fraturada se • A compressão da parede torácica para dentro
a força ocorrer contra o ombro. pode resultar em fraturas costais, contusão
• Braço e o ombro tendem a ser atingidos em pulmonar ou lesão compressiva dos órgãos.
primeiro lugar. • Lesão por pressão (pneumotórax).
• Fratura de úmero e ulna. • Lesão em estruturas intratorácicas.
COLISÃO LATERAL
LESÃO POR IMPACTO

ABDOME/PELVE CABEÇA

• Na região do abdome, o baço do motorista • A cabeça pode bater na estrutura da porta e na


(pois está à esquerda) e o fígado do passageiro janela lateral.
podem ser atingidos. • Os impactos no próprio lado produzem mais
• Fraturas de ilíaco. lesões do que no lado oposto.
• Ruptura de bexiga e lesões uretrais. • Possibilidade de ocasionar um TCE.
• Fratura na pelve, empurrando a cabeça do • Hemorragia Interna.
fêmur na direção do acetábulo.
COLISÃO LATERAL
LESÃO POR IMPACTO

PESCOÇO

• ROTAÇÃO das vértebras cervicais.


• A movimentação da cabeça em relação ao pescoço
é flexão lateral e rotação, ocasionando em fraturas
de vértebras ou possível deslocamento de facetas.
• Lesão na medula espinal.
COLISÃO TRASEIRA
ACIDENTES AUTOMOTIVOS
COLISÃO TRASEIRA
ACIDENTES AUTOMOTIVOS

Ocorre quando um veículo mais lento ou


parado é atingido por trás por um veículo que
se move a uma velocidade maior.

Durante uma colisão com impacto traseiro, o


veículo-alvo (o que está na frente) é acelerado
para frente. Tudo que estiver fixado ao chassi
se moverá para frente com a mesma
velocidade.

Lesão da Coluna Cervical de forma geral.


COLISÃO TRASEIRA
ACIDENTES AUTOMOTIVOS

EFEITO CHICOTE

Se o encosto da cabeça estiver em posição


imprópria atrás ou abaixo do occipital, a
cabeça fará movimento de Hiperextensão.

A hiperextensão pode ocasionar


cisalhamento e estiramento dos ligamentos,
além de outros danos nas demais estruturas
do pescoço.

PHTLS 10° Ed.


COLISÃO TRASEIRA
EFEITO “CHICOTE”

Hiperflexão

Hiperextensão
COLISÃO ROTACIONAL
ACIDENTES AUTOMOTIVOS

Ocorrem quando um canto de veículo atinge um


objeto imóvel ou o canto de outro veículo.

As colisões com impacto rotacional resultam


em combinações de lesões semelhantes do
impacto frontal e lateral.

O ocupante continua a se mover para frente e


depois é atingido pela lateral do veículo.

No caso de vários ocupantes, a pessoa mais


próxima do ponto de impacto provavelmente
terá as piores lesões.
CAPOTAGEM
ACIDENTES AUTOMOTIVOS
CAPOTAGEM
ACIDENTES AUTOMOTIVOS

Ocorre impacto do corpo em todas as direções


Quando ejetado do carro a vítima tem mais
chocando-se contra o para-brisa, teto, laterais e
probabilidades de óbito.
assoalho do veículo.

Nas capotagens, o ocupante com cinto de Nas capotagens, o ocupante com cinto de
segurança tem risco de cisalhamento devido ás segurança tem risco de cisalhamento devido ás
forças significativas criadas pelo veículo. forças significativas criadas pelo veículo.
CAPOTAGEM
ACIDENTES AUTOMOTIVOS

ASFIXIA POSTURAL

Refere-se à dificuldade de respirar devido à


posição do corpo. Isso pode acontecer
quando a posição do corpo impede o fluxo
normal de ar, levando à falta de oxigênio.

Em situação de capotamento onde o veículo


está de cabeça para baixo, a vítima pode
sofrer de asfixia postural em razão da sua
posição.
COLISÕES DE MOTOCICLETAS

Os acidentes que envolvem motocicletas são


responsáveis por número significativo de
mortes.

Mais da metade das mortes no trânsito no


Brasil são de motociclistas.

Uso incorreto ou a ausência de EPI


contribuem para aumento de óbitos. Assim
como, dirigir de maneira IRRESPONSÁVEL.
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL

EFEITO DE SUBSTÂNCIAS DIRIGIR COM ALTERAÇÃO


NEUROLOGICA (DOR DE CABEÇA) CALÇADO INADEQUADO
(DROGA, ÁLCOOL, ETC.)
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL
(SOB EFEITO DE SUBSTÂNCIAS)
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL

EXCESSO DE VELOCIDADE
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL

ULTRAPASSAGEM PERIGOSA
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL

PILOTANDO SOBRE A
“MORCEGANDO” OUTRA MOTO EXCESSO DE PASSAGEIRO
CALÇADA
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL

CAPACETE COMO “BONÉ” TRANSPORTE DE CRIANÇA COM TIRANTE ABERTO


COLISÕES DE MOTOCICLETAS
DIRIGIR DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL

SEM PROTETOR DA
COM VISEIRA ABERTA SEM HASTE DA MOTO
DESCARGA
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
IMPACTOS

IMPACTO FRONTAL

Normalmente a motocicleta inclinará para a


frente e o motociclista pode bater no guidão.

Se os pés do motociclista permanecerem nos


apoios da motocicleta e as coxas baterem no
guidão, o movimento para frente poderá ser
absorvido pela diáfise média do fêmur, às
vezes resultando em fraturas femorais
bilaterais.

Possibilidade de múltiplas lesões,


principalmente na cabeça, tórax, abdome e PHTLS 10° Ed.
pelve.
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
IMPACTOS

IMPACTO ANGULAR

Em uma colisão de impacto angular, a


motocicleta atinge um objeto de maneira
angulada. A motocicleta cairá sobre o
condutor ou fará com que ele seja esmagado
entre a motocicleta e o objeto que foi atingido.

Podem ocorrer lesões nas extremidades


superiores ou inferiores, resultando em
fraturas e lesões extensas dos tecidos moles.
PHTLS 10° Ed.
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
IMPACTOS

IMPACTO DE EJEÇÃO

Devido à falta de restrições, o piloto fica


suscetível à ejeção. O piloto continuará em
voo até que a cabeça, os braços, o tórax, o
abdômen ou as pernas atinjam outro objeto,
como um veículo motorizado, um poste ou a
estrada.

Ocorrerão lesões no ponto de impacto e elas


se irradiarão para o restante do corpo à
medida que a energia é absorvida.
COLISÕES DE MOTOCICLETAS
ACIDENTES
ATROPELAMENTO
BIOMECÂNICA

As lesões produzidas em atropelamentos


variam de acordo com a altura do pedestre, a
altura do veículo, a velocidade, etc. Uma
criança e um adulto parados na frente de um
veículo apresentam diferentes pontos
anatômicos de impacto no veículo.

Existem alguns padrões de lesões acerca de


colisão de veículo com pedestre. Envolve três
fases distintas, cada uma com seu próprio
padrão de lesões.
ATROPELAMENTO
MECANISMO DE LESÃO (ESTÁGIOS)

1° FASE DO ATROPELAMENTO
Nos adultos, o impacto inicial é ocasionado
pelo para-choque do veículo na altura do
joelho, que se move na mesma direção do
carro.

O impacto pode ser lateral, anterior ou


posterior.

Fratura em membros inferiores (tíbia e a


fíbula, por exemplo).
ATROPELAMENTO
MECANISMO DE LESÃO (ESTÁGIOS)

Como o pedestre é impactado pela frente


(dependendo da altura do capô), o tronco rola
2° FASE DO ATROPELAMENTO
sobre o capô do veículo. O abdômen e o tórax
são atingidos pela parte superior do capô e
pelo para-brisa.

Este segundo impacto substancial pode


resultar em fraturas da parte superior do
fêmur, pelve, costelas e coluna vertebral,
produzindo esmagamento e cisalhamento
intra-abdominal ou intratorácico.

Se o veículo tiver grande área frontal (como


em caminhões), todo o pedestre é atingido
simultaneamente.
ATROPELAMENTO
MECANISMO DE LESÃO (ESTÁGIOS)

O terceiro impacto ocorre quando a vítima é


arremessada para fora do veículo e atinge o 3° FASE DO ATROPELAMENTO
solo.

A vítima pode receber um golpe significativo


em um lado do corpo, ferindo o quadril, o
ombro e a cabeça. Lesões na cabeça
geralmente ocorrem quando o pedestre bate
no veículo ou na calçada.

Após a queda, a vítima pode ser atingida por


um segundo veículo que trafega próximo ou
atrás do primeiro.
ATROPELAMENTO
EM CRIANÇAS

As lesões resultantes de colisões entre veículos e pedestres


variam de acordo com a altura do pedestre e a altura do veículo.

Por serem mais baixas, as crianças são inicialmente atingidas


mais alto no corpo do que os adultos.

Devido ao menor tamanho e peso, a criança pode ser arrastada


pelo veículo (para baixo).
QUEDAS

Vítimas de quedas podem sofrer lesões por múltiplos impactos.

Altura estimada da queda, superfície e a parte do corpo atingida


são fatores importantes a serem determinados.

As quedas superiores a 6 metros nos adultos e a 3 metros nas


crianças costumam ser categorizado como graves.

Pode resultar em diversas lesões (fraturas, luxações, entorse,


hematomas, etc.).

Crianças tendem ter lesões na cabeça por não ter mesma


agilidade em relação ao adulto que tende a usar as mãos/braços
e pernas para se defender em quedas.
QUEDAS
PADRÕES DE LESÕES

Fraturas dos pés ou das pernas.

Após os pés aterrissarem e o movimento cessar, as pernas são a


próxima parte do corpo a absorver a energia.

Lesões no joelho, ossos longos, quadril e pelve.

Compressão axial da coluna lombar e cervical.

Se a vítima cair para a frente sobre as mãos estendidas, o


resultado pode ser fraturas de um ou de ambos punhos.
TRAUMA PENETRANTE

Podem ter 2 tipos de classificações acerca da sua energia:


• Baixa Energia (objetos perfurocortantes; ex: faca).
• Média/Alta energia (Armas por exemplo).

A energia cinética de um objeto em movimento se transfere


para o tecido corporal, causando danos.

O conhecimento da capacidade de energia de um objeto


penetrante ajuda a prever o dano causado em uma lesão.
TRAUMA PENETRANTE
FERIMENTO POR ARMA DE FOGO (FAF)

O tamanho da área de superfície frontal de um projétil


(arma) é influenciado por três fatores:
• perfil (tamanho inicial do objeto).
• Rotação/cambaleio.
• Fragmentação (multiplicas partículas ou pedaços).

Após penetrar o corpo a trajetória do projétil pode não ser


mais uma linha reta.

Cavidade temporária produzida pelo míssil afasta os


tecidos na sua passagem. A cavidade é várias vezes maior
que o diâmetro do projétil.
TRAUMA PENETRANTE
FERIMENTO POR ARMA BRANCA (FAB)

A entrada do ferimento pode ser pequena mas os danos


internos podem ser extensos.

O agressor pode esfaquear sua vítima e então mover a faca


dentro do corpo.

Lesões por objetos cortantes na região do tórax pode lesar


estruturas intra-abdominais ou intratorácicas.

Trauma penetrante pode ser resultado de objetos


empalados (tens que perfuraram os tecidos moles do
corpo e ainda estão embutidos).
EXPLOSÕES

A energia contida no explosivo é convertida em luz, calor e


pressão.

A gravidade das lesões depende da força da explosão e da


distância (Onda de choque).
EXPLOSÕES
FASES (CONTUSÕES)

1. Luz e Calor: lesões oculares, queimaduras térmicas.

2. Arremessar objetos que podem causar traumatismos


fechados ou abertos.
3. Deslocamento da própria vítima, que se transforma em
um míssil.
EXEMPLOS DE GRAVIDADE
DA CENA
MECANISMO DE LESÃO

Morte de um dos ocupantes do veículo.

Ejeção de um dos ocupantes.

Queda maior que 2x a altura da vítima.

Danos severos ao veículo.

Alteração do nível de consciência.

Dificuldade para falar e respirar.

Sinais de Choque.
FIM DA AULA
CONTATOS

Projeto Social Socorrista Bruno Santos


Instrutora Hitanny Monteiro

PHONE
(91) 983430057

E-MAIL
monteirohitanny@gmail.com

WEBSITE
www.institutobrunosantos.com.br

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