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PRIMEIROS

SOCORROS

Enfermeiro: Rafael Rodrigues Noleto


PRIMEIROS SOCORROS

São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, com a


finalidade de manter as suas funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, até que receba assistência
médica especializada.

É um conjunto de procedimentos de emergência que deve ser


aplicado a uma pessoa em perigo de vida, para evitar
agravamento de seu estado, até que receba assistência médica
especializada.
FINALIDADES DOS PRIMEIROS SOCORROS


Preservar a vida;


Restringir/ minimizar os efeitos e/ou sequelas;


Reduzir o sofrimento.


Proporcionar transporte adequado, para que a vítima receba o
tratamento definitivo.
OBJETIVO

“NÃO CAUSAR DANOS ADICIONAIS


AO PACIENTE DURANTE O
ATENDIMENTO”
PRIMEIRO MOMENTO
Saber o que aconteceu;
Providenciar socorro médico;
Manter a vítima calma;
Agasalhar, se necessário;
Evitar comentários; e
aglomerações;
Não dar líquidos, alimentos ou
bebida alcoólica para a vítima;
Preparar para transporte.
ACIONAMENTO DE RECURSOS

Os atendimentos de Emergência são serviços


gratuitos, com números de telefone padronizados
em todo o Brasil.

• 190 – Polícia Militar;


• 191 – Polícia Rodoviária Federal ;
• 192 - SAMU;
• 193 - Corpo de Bombeiros;
• 199 – Defesa Civil.
SEGURANÇA DA CENA

O LOCAL DEVE ESTAR


ISOLADO
SUA SEGURANÇA EM 1°
LUGAR!!!
SEGURANÇA
DE
CENA
CHEGADA AO LOCAL E AVALIAÇÃO DA CENA
DE UMA EMERGÊNCIA

Qual é a situação? (estado atual)

Por onde começar? (sobrevida)

O que fazer para controlá-la? (operação e


recursos)
Qual é a situação? (estado atual)
Por onde começar? (sobrevida);
CINEMÁTICA DO TRAUMA
Saber onde procurar e como avaliar,
a fim de encontrar lesões, É TÃO
IMPORTANTE QUANTO saber o que
fazer depois que as lesões foram
encontradas.

“História do Trauma”
CINEMÁTICA DO TRAUMA
É a ciência que estuda a troca de energia entre a
vítima e o agente causador da lesão.
O que fazer para controlá-la?
(operação e recursos)
Colar Cervical

Talas Aramadas
Prancha
EPI
INDIVIDUAL
FASES DA ASSISTÊNCIA / ETAPAS
1 – Avaliação da situação/ocorrência (Dimensionamento e
segurança de cena):
- Aproximação ;
- Verificar riscos: para si, a vítima e terceiros no local;
- Sinalização;
- Dimensionar recursos necessários/ chamada de apoio e
equipes especializadas;

2 - Verificação do estado geral da vítima


- Básico: é ocorrência clínica ou de trauma? vítima consciente ou
não?

3 - Cuidados básicos emergenciais:


(Protocolo “XABCDE” e Protocolos de Suporte Básico de Vida)

4 - Manutenção no local/ Remoção/ Transporte


CINEMÁTICA DO TRAUMA
Quando você analisar o local, procure reconstruir
mentalmente como o acidente ocorreu, as forças envolvidas e
como elas foram aplicadas no corpo da vítima. Pergunte-se e
tente responder, no local do acidente, as seguintes questões:
O que aconteceu?
Que tipo de força (energia) foi aplicada?
Que parte do corpo e em que direção essa força
atuou?
Quanto de força foi envolvida (velocidade, massa,
peso)?
Posição da Vítima?
Distância? (arma de fogo)
MANOBRA DE
HEIMLICH
DESMAIO

•Acontece quando a quantidade de


sangue que alcança o cérebro não é
suficiente.
•Logo depois da queda o fluxo de sangue
para o cérebro é restabelecido e
recupera-se a consciência..
DESMAIO OU SÍNCOPE
• Desmaiar é habitualmente assustador mas quase
nunca é grave.

• Uma em cada 3 pessoas desmaia pelo menos uma


vez na vida, frequentemente antes dos 35 anos ou
depois dos 65 anos.

• 20% dos adultos desmaiam devido a problemas


cardíacos.

• 47% a causa é desconhecida.


• 7,3% dos casos podem ter como resultado, a morte.
Causas do Desmaio
• Presença de gases (produtos químicos);
• Dor ou medo;
• Falta de alimentação/hipoglicemia;
• Fadiga;
• Cansaço;
• Mudança brusca de posição;
• Fatores emocionais;
• Hipotensão;
• Arritmia cardíaca.
SINAIS E SINTOMAS

• Escurecimento da vista
• Tontura, falta de equilíbrio
• Palidez
• Dificuldade para se manter de pé ou
sentado
• Desconforto epigástrico
• Dificuldade respiratória
• Sudorese fria
• Pulso fraco e lento.
Conduta em um Desmaio
Caso a pessoa esteja sentada, forçar a cabeça
da vítima para baixo, colocando entre as pernas.
Caso o desmaio persista por mais de 2 minutos,
aqueça a vítima e providencie
o serviço médico.
Conduta em um Desmaio

• Proporcionar ambiente arejado, ventilado;


• Não abafar (curiosos);
• Eliminar excesso de roupas, afrouxar as roupas
íntimas (cinto);
• Cuidado para não expor a vítima;
• Verifique se há pulsação.
Convulsões
A crise epilética resulta
de uma atividade
elétrica anormal das
células cerebrais.
Crise convulsiva

• A crise convulsiva é a forma mais frequente de manifestação


epiléptica.

• Epilepsia (palavra grega que significa tomar de surpresa).

• Pode ser definida como um distúrbio cerebral de início e fim


bruscos.
Causas

• Acidente automobilístico;
• Meningite;
• Síndrome de abstinência;
• Intoxicação ou reação medicamentosa;
• Convulsão febril;
• Envenenamento;
• Estresse.
Manifestações clínicas

• Espasmos musculares
• Sialorreia;
intensos;
• Sonolência;
• Grandes contrações;
• Cefaleia;
• Dentes serrados;
• Vômito.
• Micções e defecações
involuntárias;
Como Agir
• Fornecer a privacidade;
• Deitar o paciente no chão;
• Proteger a cabeça com acolchoamento para evitar a
lesão;
• Afrouxar as roupas constritivas;
• Afastar qualquer mobília que possa machucar o
paciente;
• Colocar o paciente em decúbito lateral.
X O que não fazer X
• Não se deve imobilizar os membros;

• Não tentar balançar a pessoa - isso causa falta de ar;

• Não coloque os dedos dentro da boca da pessoa.

Involuntariamente ele pode ferí-lo;


• Não use medicamento oral durante a crise;

• Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire a pessoa


do local. Atenda-a e aguarde a chegada do socorro.
• A energia elétrica, apesar de útil, é muito perigosa e pode
provocar graves acidentes, tais como: queimaduras (até de
terceiro grau), coagulação do sangue, lesão nos nervos,
contração muscular e uma reação nervosa de estremecimento
(a sensação de choque) que pode ser perigosa, se ela
provocar a queda do indivíduo (de uma escada, árvore, muro,
etc.) ou o seu contato com equipamentos perigosos.

• Além da intensidade da corrente elétrica, o


caminho percorrido pela eletricidade ao longo do
corpo (do ponto onde entra até o ponto onde ela
sai) e a duração do choque, são os responsáveis
pela extensão e gravidade das lesões.
CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico pode provocar desde
um leve formigamento, podendo chegar
à fibrilação, PCR, e queimaduras graves.
RISCOS

• Choque elétrico:
• É uma perturbação de natureza e efeitos diversos, que se manifesta
no organismo humano quando percorrido, em certas condições, pela
corrente elétrica.
Choque elétrico é uma descarga de corrente elétrica. Esta passa pelo corpo da
pessoa e as consequências podem ser mais ou menos graves, dependendo da
Intensidade da corrente, resistência, tensão e do trajeto percorrido, no corpo,
pela corrente.

As possíveis conseqüências do choque são:

a) queimaduras locais, de limites bem definidos ou de grande extensão,


geralmente atingindo os tecidos mais profundos; e

b) paralisação da respiração por contrações dos músculos respiratórios.

IMPORTANTE
O acidente com eletricidade oferece perigo de vida, também, para o socorrista.
GRAVIDADE DEPENDE

• Percurso da corrente elétrica;


• Intensidade da corrente elétrica;
• Tempo de duração do contato elétrico;
• Espécie da corrente;
• Freqüência;
• Força da corrente elétrica;
• Resistência do corpo humano;
• Área de contato;
• Pressão de contato;
• Umidade;
• Diferença de potencial;
Efeitos do Choque
Elétrico Queimaduras
A corrente elétrica atinge o organismo através do
revestimento cutâneo. Por esse motivo, as vítimas de
acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos
casos, queimaduras.
São geralmente menos dolorosas, pois a passagem da corrente
poderá destruir as terminações nervosas.

Não significa, porém que sejam


menos perigosas, pois elas tendem
a progredir em profundidade,
mesmo depois de desfeito o
contato elétrico ou a descarga.

Uma certa quantidade de energia elétrica é transformada em


calor. Essa energia (Watts) varia de acordo com a resistência que
o corpo oferece à passagem da corrente elétrica, com a
intensidade da corrente elétrica e com o tempo de exposição.
Relação dos Sintomas e Efeitos da Queimadura Devido ao Choque
Elétrico

• O calor liberado aumenta a temperatura da parte atingida do


corpo humano, podendo produzir vários efeitos e sintomas:

queimaduras de 1º, 2º ou 3º graus nos músculos do corpo;


superaquecimento do sangue, com a sua conseqüente dilatação;
aquecimento, podendo provocar o derretimento dos ossos e
cartilagens;
queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;
queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-se
gelatinosas.

• Estas condições citadas não acontecem isoladamente, mas sim


associadas.
Como proceder:

1 - Antes de tocar a vítima, desligar a corrente elétrica na chave geral de força.


Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência
da vítima.

2 - Caso isso não seja possível, separar a vítima do contato (fio elétrico energizado),
utilizando um mau condutor de eletricidade (cabo de enxada, pedaço de tecido forte,
cinto de couro, luvas, etc.).

3 - Se a vítima apresentar uma parada respiratória ou cárdio-respiratória, dar o


atendimento adequado.

4 - Se a vítima estiver com pulso e respiração normais, proceder aos cuidados para
queimaduras e prevenção de choque.
QUEIMADURAS
A maior parte acontece em ambiente doméstico
Prevenção

PRIORIDADE !!!
QUEIMADURAS

1º GRAU/SUPERFICIAL

Lesão epiderme
 Hiperemia
 Ausência flictenas
 Sem repercussão

Hemodinâmica
 Pouca dor
 Restauração (4 – 6 dias)
QUEIMADURAS
2º GRAU SUPERFICIAL

Epiderme e derme atingidas

Presença de flictenas
 Hiperemia, edema
 MUITA DOR

Baixa probabilidade de
sequelas

Regeneração (7 – 21 dias)
QUEIMADURAS
3° GRAU

 Necrose de coagulação
da pele

 Esbranquiçada a
carbonizada

 Indolor, redução da
elasticidade tecidual e
rigidez

 Profundas alterações
locais e sistêmicas
INTERROPER O PROCESSO DA
QUEIMA
 Não permitir que a
vítima corra, pois
podem aumentar as
chamas.
REGRAS GERAIS
 Irrigar com água limpa, na temperatura ambiente, para eliminar
o calor e cessar a queimadura;

 Remover as vestes que estejam queimadas;

 Remover imediatamente adornos (anéis, pulseira, outros) da


área atingida;

 Cobrir o ferimento com compressa de gaze estéril ou plástico


estéril.

 Prevenir a hipotermia nas grandes queimaduras.


O que nunca fazer!
 NÃO furar bolhas;

 NÃO remover vestes aderidas à queimadura;

 NÃO passar sobre a queimadura quaisquer tipos de


substâncias;

 NÃO utilizar gelo sobre a queimadura;

 NÃO ofertar líquidos para a vítima beber.


O q ue é uma PCR ?
Parada Cardiorrespiratória
• É a ausência súbita do movimento
respiratório e dos batimentos cardíacos.
Checar RESPONSIVIDADE
Checar RESPIRAÇÃO
CHECAR O PULSO CAROTÍDEO
COMECE AS COMPRESSÕES
PRESSIONE FORTE E RAPIDAMENTE NO CENTRO DO
PEITO NUMA MÉDIA DE 100 COMPRESSÕES (máximo
de 120) POR MINUTO, COM 5/6 CM DE
PROFUNDIDADE.
Inicie RCP
Realize compressões no tórax, no mínimo 100/minuto (máximo 120)
forte e rápido, comprimindo no mínimo 5 cm.
Iniciar as compressões cardíacas ao perceber que a vítima
está em parada cardiorrespratória
 Passo a Passo para o uso do
DEA
 Abrir/Ligar + Colocar ao lado da cabeça da vítima
 Colar as pás no tórax da vítima
 Ouvir!
 Afastar para análise
 Aplicar o choque se necessário (TODOS AFASTADOS!)
 Reiniciar RCP

Abrir/Ligar/Posicionar Pás no Tórax Afastar para Análise Aplicar o Choque (SN) Reiniciar a RCP
Chegada do socorro (SAMU)

.
HEMORRAGIAS

Hemorragia é a perda de sangue para o meio


externo ou interno devido ao rompimento de um vaso
sanguíneo capilar, veia ou artéria, alterando o fluxo
normal da circulação.

A hemorragia abundante e não controlada pode


causar a morte de 3 a 5 minutos.
Hemorragias
• Hemorragia é uma perda aguda de sangue circulante.

• Normalmente o volume de sangue corresponde a 7%


do peso corporal no adulto.

• Na criança o volume é 8 a 9 % do peso corporal.


SINAIS E SINTOMAS

– Tontura e/ou perda de consciência


– inquietação; agitação

– Pele fria, pálida, acinzentada, úmida e viscosa


– Sudorese intensa
– Perfusão capilar lenta ou inexistente, cianose

– pulso rápido (acima de 100 bpm), fraco regular ou não


– sede, sensação de boca seca

– respiração rápida e profunda


– fraqueza
– hipotensão arterial

EVOLUÇÃO PARA BRADICARDIA, PERDA DE CONSCIÊNCIA


E PCR
O QUE FAZER???
Cortar roupa e
identificar o local da
hemorragia

Posicionar a vítima
em decúbito dorsal

Agasalhar a vítima
MECANISMOS CORPORAIS DE
HEMOSTASIA

Vasoconstrição: um mecanismo reflexo que permite a


contração do vaso sanguíneo lesado diminuindo a perda
sangüínea

Coagulação: que consiste em um mecanismo de


aglutinação de plaquetas no local onde ocorreu o
rompimento do vaso sanguíneo, dando início à formação
de um verdadeiro tampão, denominado coágulo, que
obstrui a saída do sangue
TÉCNICAS DE HEMOSTASIA
NOS TRAUMAS DE EXTREMIDADES
E DEMAIS LESÕES TRAUMÁTICAS
Pressão direta
Curativo compressivo

Torniquete
Imobilização

 Elevação do membro
 Pontos de pressão
PRESSÃO DIRETA
Pressão exercida com as mãos utilizando gaze,
compressa, bandagens ou similar sobre o
local.
CURATIVO COMPRESSIVO:

O socorrista deverá colocar mais gaze quando as primeiras


camadas estiverem umedecidas de sangue, utilizando ataduras de
crepe para manter compressão na lesão.
HEMORRAGIA INTERNA
TCE
EQUIMOSE PERORBITAL
Olhos de Guaxinim
Equimose peri-orbitária
PERFUSÃO
CAPILAR
2 SEGUNDOS

1001
1002
PODEMOS DAR
AGUA?
FRATURAS E
IMOBILIZAÇÃO
FRATURA
É qualquer interrupção na
continuidade de um osso.
SINAIS E SINTOMAS DA FRATURA
 Deformidade: aspecto visivelmente diferente do normal;
 Sensibilidade: ao menor toque há queixa de muita dor;
 Crepitação: ao manipular a região é possível ouvir e
sentir o atrito dos fragmentos ósseos;
 Edema e alteração de coloração: a região estará
inchada e ruborizada/avermelhada;
 Impotência funcional: a vítima não poderá executar
movimentos simples;
 Fragmentos expostos: em casos de fraturas abertas,
podem haver fragmentos visíveis, além de sangramento.
FRATURA FECHADA (simples)
A pele não foi perfurada

FRATURA EXPOSTA
A pele foi perfurada
ENTORSE

Ocorre quando uma articulação realiza um movimento


além do seu grau de amplitude normal, lesionando os
ligamentos daquela articulação.

Os locais mais comuns de entorses são as articulações do joelho e tornozelo


LUXAÇÃO
É o desencaixe de uma articulação, podendo
causar ruptura de ligamentos e da cápsula articular

As articulações geralmente lesadas são o


ombro, cotovelo, dedo, quadril e tornozelo.
SINAIS E SINTOMAS DE LUXAÇÃO

 Alteração anatômica da articulação;


 Dor local;
 Impotência funcional da articulação e dor, na tentativa de
movimentá-la;
 Equimose;
 Edema.

EQUIMOSE - Infiltração do sangue extravasado no tecido Subcutâneo.


EDEMA – Acúmulo patológico de líquido = inchado.
PRIMEIROS SOCORROS
(Luxação e entorse)

COMO PROCEDER
• Mantenha a vítima em repouso e evite movimentar a região
lesada.
• Realizar crioterapia, (gelo local);
• Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com
firmeza, SEM APERTAR:
• ACIMA e ABAIXO DO LOCAL DA REGIÃO LESADA.
• ACIMA e ABAIXO das articulações próximas à região
lesada.

• Importante:
• Jamais tentar mobilizar a articulação ou tentar colocar na
posição anatômica;
• Não use compressas quentes nas primeiras 24 horas.
Não faça fricção nem procure "esticar" a região lesada.
Conceitualmente, para imobilizar uma fratura basta
imobilizar o local fraturado juntamente com as
articulações proximais e distais ao trauma.

Existem diferentes técnicas de imobilização

Com relação a escolha da técnica adequada, existem


diversas formas de se manter uma fratura estável,
entretanto respeitando-se as “prioridades” de
atendimento e os “princípios” da imobilização
segmentar, o socorrista pode optar pela técnica de sua
“preferência”.
RAZÕES PARA IMOBILIZAÇÃO

Minimizar a dor;

Prevenir ou minimizar novas lesões de músculos,


nervos e vasos sangüíneos, causadas por fragmentos
ósseos ou movimentação excessiva;

Manter a perfusão (irrigação sanguínea) no membro;

Auxiliar a hemostasia (contenção do sangramento).


IMOBILIZAÇÃO

Realinhamento da extremidade lesionada em uma posição o


mais próximo possível da anatomia.

Fraturas desalinhadas:
Pulso distal presente - imobilizar na posição encontrada.

Pulso distal ausente - tentar alinhar o membro, com leve


tração controlando o pulso. Assim que sentir o retorno do
pulso imobilizar na posição.
FRATURA FECHADA
Mantenha a vítima em repouso, evite movimentar a região
atingida.

Aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesionado,


até posterior orientação médica.

Imobilize o local usando tábua, papelão, jornal ou revistas


dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano.

• Proteja a região lesionada usando algodão ou pano, faça a


imobilização de modo que o aparelho atinja as duas
articulações próximas à fratura.

• Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza,


SEM APERTAR, em 4 pontos:
• ACIMA e ABAIXO DO LOCAL DA LESÃO.
• ACIMA e ABAIXO das articulações próximas à região lesão.
PRIMEIROS SOCORROS
 Mobilizar o membro levantando-o pelas articulações, exercendo
tracionamento;

Jamais tentar colocar o osso no


lugar;
 Checar o pulso distal da fratura;

 Nas fraturas abertas, proteger a lesão com um curativo simples,


sem comprimir o local.
FRATURA DE CLAVÍCULA

COMO PROCEDER
• Coloque um chumaço de algodão ou pano dobrado entre o braço
lesado e o tórax (região axilar).

• Ampare o antebraço com uma tipóia (lenço triangular ou tira).

• Fixe o braço de encontro ao tórax, usando duas faixas de pano.


FRATURA DE BRAÇO (úmero)
COMO PROCEDER
•Coloque um chumaço de algodão ou pano dobrado entre
o braço lesado e o tórax (região axilar)
•Proteja a face externa do braço com uma tala, do ombro
ao cotovelo
•Fixe o braço assim protegido de encontro ao tórax.
•Ampare o antebraço com uma tipóia
FRATURA DE ANTEBRAÇO (rádio e ou ulna) e PUNHO

COMO PROCEDER
• Coloque duas talas nas faces interna e externa do
antebraço, ULTRAPASSANDO o cotovelo e os dedos.
• Ampare o antebraço com uma tipóia (lenço triangular ou
tira).
FRATURA DE COXA (fêmur)
COMO PROCEDER
• Mantenha a vítima em repouso e deitada de costas.
• Proteja todo o membro com um pano ou algodão.
• Imobilize o membro fraturado na posição ENCONTRADA.
• Coloque duas talas, uma ao longo de toda a face externa, do
tornozelo até a axila e a outra na face interna, do tornozelo a virilha.
FRATURA DE PERNA (tíbia e fíbula)

COMO PROCEDER
• Mantenha a vítima em repouso e deitada de costas.
• Proteja toda a perna com um pano ou algodão.
• Imobilize a região fraturada na posição ENCONTRADA.
• Coloque duas talas nas faces internas e externas da
perna, ULTRAPASSANDO o joelho e o pé.
FRATURA DE PELVE (BACIA)
COMO PROCEDER

• Mantenha a vítima em REPOUSO ABSOLUTO e em


decúbito dorsal.

• Utilize uma SUPERFÍCIE DURA, maca, tábua, porta etc.

• Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é,


desloque todo o corpo ao mesmo tempo, evitando
mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os
braços e as pernas.
FRATURA DE PELVE (BACIA)
COMO PROCEDER

• Mantenha a vítima em
• REPOUSO ABSOLUTO e
• em decúbito dorsal.

• Utilize uma SUPERFÍCIE DURA,


• maca, tábua, porta, outros.

• Movimente o acidentado
• COMO UM BLOCO, isto é,
• desloque todo o corpo ao mesmo tempo, evitando
mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os
braços e as pernas.
FRATURA DE COSTELA

COMO SE MANIFESTA
• Dor local agravado com os movimentos respiratórios.

COMO PROCEDER
• Mantenha a vítima em repouso em posição confortável.
• Transporte o paciente em prancha rigida;
• Não aperte a região do torax.
FRATURA DE PATELA

COMO PROCEDER
• Proteja todo o membro com um pano ou algodão,
preenchendo o vão do joelho para firmar a articulação.
• Coloque uma tala na face posterior (atrás) da perna, do
calcanhar até à parte superior da coxa (na falta da tala
use ripa ou tábua).
TRM - TRAUMA RAQUIMEDULAR
O trauma raquimedular é uma agressão à medula
espinhal que pode ocasionar danos neurológicos,
tais como alteração das funções motora,
sensitiva e autônoma.
Na medula espinhal
lesionada, sua função pode
ser total ou parcialmente
destruída abaixo do nível da
lesão.
Os danos à medula espinhal
variam de uma concussão
transitória até uma transecção
completa da mesma, tornando
a vítima paralisada abaixo do
nível da lesão traumática.
SINAIS E SINTOMAS
• Dor regional (pescoço, dorso, região lombar);
Perda da sensibilidade nos membros superiores e inferiores;
Perda da capacidade de movimentação dos membros (paralisia);
• Sensação de formigamento nas extremidades (parestesia);
• Perda do controle urinário ou fecal;
• Dificuldade respiratória com pouco ou nenhum movimento;
• Priapismo (ereção peniana contínua)

FICAR ATENTO:
Lesões na cabeça, hematomas nos ombros, escápula ou região
dorsal
A coluna vertebral é composta por 33 vértebras
MANIPULAÇÕES ERRADAS NA COLUNA SÃO RESPONSÁVEIS POR INÚMERAS
LESÕES DEFINITIVAS OU AGRAVAMENTO DAS CONDIÇÕES DA MEDULA,
DEIXANDO A VÍTIMA SEM MOVIMENTOS.
“O destino de um acidentado está nas
mãos de quem faz o seu primeiro
curativo.”

Nicolas Senn
Referências bibliográficas
American Heart Association, Guidelines 2015 for Cardiopulmonary
Ressuscitation and Emergency Cardiovascular;

Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de Intervenção para o


SAMU 192. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Brasil. Portaria Nº 2.048/GM/MS, Regulamento Técnico dos Sistemas


Estaduais de Urgência e Emergência. Brasília: Ministério da Saúde,
2002;

NAEMT. National Association of Emergency Medical Technicians. Manual


PHTLS. Atendimento Pré-hospitalar no Trauma. 8º Edição, 2017.

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