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AULA 03
CHOQUE
Choque é definido como fornecimento inadequado de oxigênio e glicose para as células. Se não for tratado, o
choque é fatal. Caso o socorrista não reconheça e trate o choque imediatamente, a vítima pode morrer.
O choque é um processo progressivo que pode ser gradual ou de início repentino; durante seu desenvolvimento,
a condição da vítima muda constantemente.
Basicamente, o choque é o fornecimento inadequado de oxigênio e nutrientes para as células. Isso também é
chamado de perfusão tecidual inadequada. Perfusão se refere a circulação do sangue rico em oxigênio através
dos órgãos e tecidos. As células mais sensíveis à falta de oxigênio são as do coração, do cérebro e dos pulmões.
Causas de choque:
Entre os fatores que contribuem para a severidade do choque encontram-se idade (bebês e idosos têm risco
maior), lesões múltiplas, condições médicas preexistentes, gestação, condição física e quantidade de sangue
perdido. O choque costuma progredir rapidamente em crianças.
Estágios do Choque
Tipos de Choque
Hipovolêmico – perda de sague, geralmente por trauma ou perda de fluidos decorrente de queimaduras,
vômitos, diarreia ou qualquer outra condição na qual fluido é perdido pelo corpo; não existe sangue
suficiente no sistema para fornecer circulação adequada a todas as partes.
Cardiogênico – o músculo cardíaco não bombeia com eficiência suficiente para circular o sangue,
geralmente em decorrência de lesão, ataque cardíaco ou doenças cardíacas.
Distributivo – dilatação vascular sanguínea extrema por perda do controle nervoso associado a lesão da
coluna vertebral ou liberação de agentes químicos no corpo, em alguns casos acompanhada de
extravasamento de fluido de capilares espalhados pelo corpo, como ocorre no choque anafilático e
séptico; ambas as condições resultam da quantidade inadequada de volume sanguíneo para preencher os
vasos.
Obstrutivo – bloqueio do envio de sangue pelas artérias do corpo, em geral associado a um grande
coágulo no vaso pulmonar; o ar aprisionado em um dos lados do tórax pressiona os grandes vasos
torácicos ou cardíacos e comprime o coração.
Controle do Choque
Prevenção do Choque
1. Certifique-se que a vítima está com as vias aéreas desobstruídas e respirando adequadamente; se
necessário, forneça respiração artificial;
2. Controlar o sangramento;
3. Imobilizar fraturas;
4. Tomar medidas para aliviar a dor (fazendo curativos, enfaixando, imobilizando e posicionando a vítima de
forma adequada);
5. Colocando a vítima em decúbito dorsal;
6. Mantendo a vítima aquecida sem superaquecê-la.
Exercícios
Complete:
1. Basicamente, o choque ocorre quando o coração não bombeia um volume adequado de sangue para
fornecer___________________ para as células. (dióxido de carbono adequado / oxigênio adequado).
2. A perda de sangue causa choque ___________________. (hipovolêmico / cardiogênico / distributivo).
3. Uma vítima com vômitos e diarreia persistentes pode desenvolver choque_______________________.
(hipovolêmico / cardiogênico / distributivo).
4. Durante o choque _______________, o corpo tenta usar suas defesas habituais para manter a função
normal. (compensado / progressivo).
5. Você deve manter uma vítima de choque aquecida sem ___________________. (usar fontes de calor
artificial / superaquecê-la / trocá-la de posição).
QUEIMADURAS
São lesões no corpo humano provocadas pela ação, curta ou prolongada de agentes térmicos químicos,
radioativos e de origem animal e vegetal.
A maior parte das queimaduras ocorre nas residências, sendo de pequena gravidade. Somente 3% a 5% dos casos
são graves. As queimaduras têm o potencial de desfigurar, incapacitar temporária ou permanentemente ou
causar a morte da vítima.
Funções da Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano e é barreira contra perda de água e calor, tendo também um papel
importante na proteção contra do corpo contra infecções. Vítimas com queimaduras externas tendem a perder
líquido corporal, temperatura e tornam-se mais propensos a adquirir infecções.
Térmicas
Podem ser causadas pela condução de calor por líquidos, sólidos, gases quentes e do calor de chamas.
Elétricas
Produzidas pelo contato com eletricidade de alta ou baixa voltagem. O dano é ocasionado pela produção de calor
à medida que a corrente elétrica atravessa o corpo. São lesões difíceis de avaliar, e mesmo aquelas que parecem
superficiais podem causar danos profundos a músculos, nervos e vasos. A eletricidade, principalmente a corrente
alternada, também pode causar PCR e lesões do sistema nervoso.
Químicas
Provocadas pelo contato com substâncias corrosivas, líquidas ou sólidas com a pele.
Radiação
Classificação
Quanto à profundidade
Quanto à extensão
cabeça - 9%
tronco frente - 18%
tronco costas - 18%
membros superiores - 9% cada
membros inferiores - 18% cada
genitais - 1%
Primeiros socorros
Em caso de acidente envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado é extinguir a fonte de calor, ou seja, impedir
que permaneça o contato do corpo com o fogo, líquidos e superfícies aquecidas, entre outras causas do acidente.
Em seguida, procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, de preferência por
tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada. Também é importante buscar o auxílio de um
profissional de saúde no posto de atendimento mais próximo do local do acidente, para que sejam tomadas as
providências necessárias para o sucesso da recuperação e também para evitar o agravamento da lesão.
Se não houver Posto de Saúde nas proximidades, deve-se acionar os serviços de socorro do SAMU e do Corpo de
Bombeiros ou procurar uma Emergência hospitalar.
Os contatos pra ligação gratuita são: Samu 192 e Bombeiros 193.
Cuidados
Não passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer substância que seja
passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto risco de infecção por bactérias, fungos
e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do organismo – a pele – está danificada.
Não passe nenhuma pomada no local atingido. A pele fica extremamente sensível após uma
queimadura e as pomadas, ainda que adquiridas em farmácias, machucam ainda mais as células
cutâneas e podem irritar a pele e gerar infecções.
Não tente estourar as bolhas provocadas pela queimadura. Elas se manifestam nas queimaduras de
segundo grau e devem ser manuseadas apenas por um profissional especializado. Ou seja, não
devem ser rompidas, estouradas ou mesmo esvaziadas com uma agulha.
Ao retirar esse curativo natural em casa, o ferimento estará exposto a instrumentos possivelmente
contaminados e pode infeccionar. Se houver necessidade de cobrir o ferimento a caminho do serviço
de Saúde, o indicado é envolvê-lo num pedaço de pano limpo.
Tecidos ou materiais que grudam no ferimento, como o algodão, devem ser evitados. O paciente
queimado não deve retirar a roupa que estiver usando, ainda que houver sido atingida pelo fogo. O
ideal é molhar a vestimenta e permanecer assim até a chegada ao pronto-socorro, para evitar que as
bolhas estourem e que a pele seja arrancada.
Outro cuidado é retirar acessórios, como pulseiras e anéis, pois o corpo incha naturalmente após
uma queimadura e esses objetos podem ficar presos.
ENTORSES
É uma torcedura violenta dos ligamentos, em nível da articulação. É uma lesão articular que ocorre quando os
ligamentos são estirados e sofrem ruptura total ou parcial, em geral quando a articulação é subitamente torcida
além de sua amplitude normal de movimento.
Sinais e Sintomas
Dor, inchaço, deformidade, descoloração da pele, incapacidade de usar a parte afetada normalmente.
As articulações que sofrem entorses com mais frequência são o polegar e os dedos, o joelho e o tornozelo.
Entorses graves podem romper ligamentos ou deslocar ou fraturar os ossos que formam a articulação.
Classificação
1º GRAU: Pouco distendido, com possível ruptura de algumas fibras.
2º GRAU: Há roturas de algumas fibras.
3º GRAU: São totalmente rompidos os ligamentos.
LUXAÇÃO
É uma desarticulação permanente dos ossos em nível de uma articulação. Também ocorrem lesões nos tecidos
moles. Ex: Ocorre rupturas parciais ou totais dos ligamentos, tendões, músculos e cápsula articular.
Os sinais e sintomas de luxação são semelhantes aos de uma fratura. Os principais sintomas são dor ou sensação
de pressão na articulação. O principal sinal é a deformidade. Se a extremidade óssea luxada estiver pressionando
um nervo, pode ocorrer paralisia ou entorpecimento abaixo da luxação; se pressionar um vaso sanguíneo, poderá
ocorrer perda de pulso abaixo da lesão.
O tratamento inicial e provisório é imobilizar, fazer aplicação de compressas frias, não tentar reduzir a luxação e
encaminhar a unidade hospitalar mais próxima.
É uma tensão excessiva e/ou violenta dos tecidos moles que causa rupturas.
Sinais e Sintomas
Dor extrema
Sensibilidade severa
Dor ou rigidez se o músculo for movimentado
Uma protuberância ou depressão que pode ser vista ou sentida
Perda da função do músculo lesionado
Classificação:
1º GRAU: Os tecidos se distende, mas não há ruptura.
2º GRAU: Os tecidos são distendidos e ocorre rupturas parcial.
3º GRAU: Os tecidos moles são lesionados totalmente.
O tratamento inicial e provisório é a aplicação de compressas frias, imobilização e transportar a vítima
sempre ao hospital.
FRATURA
É a quebra de um osso, e pode ser total ou parcial. Ocorre de forma: traumática (acidentes) e patológica
(doenças).
Como se apresenta: Simples (fechada); Exposta (abertas)
Tipos de Fraturas: Transversa, oblíqua, cominutiva, galho verde, impactada e espiral.
Cuidados: Imobilização, compressas frias, elevação, repouso e transporte para o hospital.
IMOBILIZAÇÃO
É o ato de tornar uma parte do corpo quando lesionada imóvel e protegida para evitar o agravamento na lesão.
Os materiais usados para imobilização são: Ataduras, talas (podem ser infláveis e rígidas), colete, colar cervical,
macas e outros.
Princípios de imobilização: Cortar a roupa no sentido da costura. Expor a lesão. Remover anéis, relógio, pulseiras
e braceletes que podem comprometer a circulação. Cobrir lesões abertas com bandagens estéreis. Acolchoar
imobilizadores rígidos para evitar uma má circulação. Não reduzir fraturas e luxação. Verificar circulação distais,
sensibilidades. Imobilizar a articulação distal e proximal à lesão. Elevar a extremidade, se possível, após o
procedimento.