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Choques Elétricos

Nos dias atuais, o contato com as máquinas e diversos aparelhos eletrônicos já se


tornou fundamental para as atividades do dia a dia, como trabalho, deveres e lazer.
Porém, muitas vezes esquecemos que essa relação habitual pode trazer riscos, pois
os choques elétricos podem acontecer com frequência. Estes choques podem causar
diversos danos, e quanto maior a sua intensidade da corrente elétrica, maior o
perigo.

Em casos de alta tensão, como em trabalhos com componentes elétricos, os


choques podem ser fortes e causar queimaduras sérias ou até mesmo a morte. Já os
choques em correntes elétricas residenciais, apesar de apresentarem riscos
menores, também merecem atenção e cuidado. Em acidentes envolvendo
eletricidade, o tempo para iniciar os procedimentos de primeiros socorros é crucial.
Qualquer demora na prestação de atendimento pode gerar sérias consequências.
Sintomas:
A vítima de choque elétrico pode apresentar no corpo tanto sinais visíveis de choque
elétrico, como queimaduras, quanto problemas nos órgãos internos, como arritmia.
Entre esses sintomas, temos:

•Queimaduras externas e internas


•Dor muscular
•Contrações musculares involuntárias
•Arritmia cardíaca
•Parada respiratória
•Convulsões
•Lesões nos nervos e cérebro
•Entre outros.

Procedimentos para atender a uma vítima de choque elétrico: 


Vítima em contato com a corrente elétrica:
Em diversos casos, a vítima fica presa à corrente elétrica, podendo ocasionar a
morte. Porém, nestes casos, o atendente de emergência não pode tocá-la, correndo
o risco de ser atingido pela corrente também. Portanto, a primeira medida a ser
tomada é desligar o aparelho, seja tirando o fio da tomada ou desligando a chave
geral.
Enquanto não ocorrer o desligamento, o atendente de emergência deve se manter a
uma distância mínima de quatro metros da vítima e não permitir que outras pessoas
se aproximem. Somente após a corrente elétrica ter sido desligada que as outras
medidas devem ser tomadas.
Se não for possível desligar a corrente, deve-se tentar afastar a vítima da fonte
elétrica com o auxílio de um material não condutor de eletricidade, como madeiras,
borrachas ou panos secos. O atendente precisa tomar todas as precauções
necessárias para não se tornar mais uma vítima, como se certificar de que seus pés
ou o chão em que pisa não estão molhados.

Vítima afastada da corrente elétrica:


Caso a vítima não esteja presa à corrente, ou tenha sido afastada dela, deve-se
verificar o seu estado a partir dos procedimentos gerais de atendimento. É
importante observar o estado da pessoa, tocá-la e fazer perguntas para verificar seus
ferimentos e nível de consciência.
Vítima consciente:
Se a vítima estiver consciente e respondendo aos estímulos, deve-se ligar para o
socorro e acalmar a vítima, de forma a tranquilizá-la sobre o incidente. Em caso de
queda, recomende à pessoa que não se mova, para que, caso tenha ocorrido alguma
fratura, o estado dela não piore.

Vítima inconsciente:
Se a vítima estiver desacordada, realize a viragem em bloco e cheque seus sinais
vitais (pulsação e respiração).
•Caso apresente sinais vitais, ligue para a emergência e acompanhe o estado da vítima, Se
possível coloque-a na Posição Lateral de Segurança (PLS). 
•Se não for possível identificar a pulsação e respiração, ou se houver dúvidas quanto a isso,
chame imediatamente o serviço de emergência e inicie os procedimentos de reanimação
cardiopulmonar (RCP). Realize as compressões até que o socorro chegue, até que a vítima
retorne a apresentar os sinais vitais ou até que ela acorde. 
Prevenção: 
Acidentes elétricos muitas vezes podem ser evitados ao adotar algumas medidas de
segurança, como:
•Ter cuidado ao trabalhar perto de redes ou de chaves elétricas de alta tensão; 
•Não mexer em fios caído no solo e que ainda estejam presos à rede elétrica;
•Manter a instalação e os equipamentos elétricos de sua casa e trabalho em condições
adequadas de funcionamento, usando apenas material recomendado e de boa qualidade;
•Contratar somente profissionais qualificados para fazer as revisões periódicas das
instalações elétricas e para realizar algum reparo necessário;
•Nunca improvisar em eletricidade, mesmo em situações de emergência;
•Ligar sempre o fio-terra em todo e qualquer equipamento elétrico, portátil ou fixo;
•Não tocar em aparelhos elétricos se estiver com a roupa ou o corpo molhados;

•Manter os aparelhos elétricos longe do alcance das crianças;


•Se estiver no escuro e tiver que trocar fusíveis ou desligar a chave geral de eletricidade,
sempre usar uma lanterna ou velas para iluminar;
•Manter os fios elétricos de sua casa e trabalho em ordem, encapados e isolados, de
preferência embutidos. 
•Desligar a chave geral ao fazer qualquer reparo na instalação elétrica. Se tiver dúvidas, o
melhor é chamar um profissional (ou encarregado, se você for um trabalhador);
•Desligar os aparelhos elétricos da tomada antes de limpá-los ou consertá-los;
•Colocar protetores nas tomadas para evitar que as crianças coloquem os dedos ou
introduzam objetos em seu interior. 
•Não sobrecarregar uma mesma tomada com vários aparelhos elétricos empregando
benjamins (“T”s).

Cuidado com pipas/pandorgas/papagaios!


•Não as empine junto a fios de eletricidade;
•Oriente as crianças a brincar apenas em locais abertos, como parques, praias e campos,
longe de fios e postes. Se possível, acompanhe-as nas brincadeiras; 

•Nunca tente ou permita que eles tentem recuperar pipas ou outros objetos presos nos fios
elétricos; 
•Não permita que as crianças façam pipas de material metalizado ou usem linha com cerol.
É perigoso para eles e para os outros.

As correntes de alta tensão podem ser encontradas em locais como nos cabos
elétricos vistos nas ruas, onde costumam apresentar um aviso indicando seu perigo.
Quando esses fios provocam algum choque ou acidente, só a central elétrica poderá
desligá-los. Em casos como estes, é necessário procurar o telefone correspondente e
ligar para a central, bombeiros ou polícia e identificar o local do incidente. Essa
atitude poderá evitar novos acidentes e poupar vidas.
Com isso, é possível concluir que os choques elétricos apresentam riscos graves para
o organismo, podendo causar sérias lesões e até mesmo a morte. Por isso, é
necessário conhecer os meio de prevenção de acidentes e os procedimentos de
primeiros socorros adequados para proporcionar uma maior chance de recuperação
e sobrevivência da vítima.

Estado de Choque
O estado de choque ocorre quando o sistema circulatório não consegue fornecer
oxigênio suficiente para os tecidos do corpo. Dessa forma, os órgãos deixam de
funcionar corretamente e causam riscos à vítima. É preciso chamar o atendimento
médico para tratar casos como estes, pois o choque é um evento pré-terminal em
muitas doenças.
 

Causas do estado de choque:


•Hemorragias e/ou fraturas graves;
•Dor intensa;
•Queimaduras graves;
•Esmagamentos ou amputações; 
•Exposições prolongadas ao frio ou calor extremos;
•Ferimentos extensos ou graves;
•Infecções graves;
•Infarto;

•Taquicardia;
•Batimento cardíaco lento (bradicardias);
•Processos inflamatórios do coração;
•Traumatismos do crânio e traumatismos graves de tórax e abdômen;
•Envenenamentos;
•Afogamento;
•Choque elétrico;
•Picadas de animais peçonhentos.

Sinais e sintomas:
•Pulso fraco e rápido;
•Respirações curtas, rápidas e irregulares;
•Pele pálida, úmida, pegajosa e fria;
•Suor na testa e na palma das mãos; 
•Frio, chegando às vezes a ter tremores; 
•Náusea e vômito;
•Fraqueza;
•Visão nublada;

•Tontura;
•Sede;
•Extremidades frias e arroxeadas;
•Queda da pressão arterial;
•Olhar indiferente e profundo com pupilas dilatadas, 
•Agitação;
•Medo (ansiedade);
•Respostas insatisfatórias a estímulos externos;
•Perda total ou parcial de consciência;
•Taquicardia.

Ao notar que uma pessoa está em estado de choque, é preciso chamar


imediatamente o serviço de emergência e iniciar os procedimentos de primeiros
socorros.
 

Procedimentos:
•Deitar a vítima de costas;
•Afrouxar suas roupas no pescoço, peito e cintura para facilitar a respiração e circulação;
•Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimentos na boca da vítima e os
retirar;
•Verificar a respiração da vítima, e se a resposta for negativa, é possível realizar a
respiração boca a boca se o atendente de emergência se sentir seguro, lembrando que esse
procedimento não é obrigatório;
•No caso da vítima apresentar vômitos ou sangramentos pela boca ou nariz, é preciso
colocar sua cabeça para o lado para evitar asfixia;

•Elevar os membros inferiores da vítima em relação ao corpo a, no máximo, 30 cm do solo,


de modo a melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro.
•Porém, em caso de fraturas nos membros inferiores ou na coluna cervical, não se deve
realizar a elevação nem a movimentação da cabeça. Nessas situações, se deve mover a
vítima só em último caso, realizando a viragem em bloco para evitar complicações.
•Enquanto as providências já indicadas são executadas, deve-se observar o pulso da vítima.
Durante o estado de choque o pulso apresenta-se rápido e fraco. 
•É necessário observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for preciso, a
vítima deve ser agasalhada com um cobertor, casacos ou semelhantes. 
•Com a vítima consciente, é necessário tranquilizá-la, mantendo-a calma. Permanecer junto
a ela para lhe dar segurança e para monitorar alterações em seu estado.
 

O estado de choque pode ocorrer em diversos casos e, dependendo da


circunstância, deve ser acompanhado pelas medidas necessárias. Por exemplo, se a
vítima em estado de choque entra em parada cardiorrespiratória, a pessoa que lhe
presta socorro deve iniciar a RCP, ou se possuir hemorragias, estas devem ser
tratadas de acordo com os procedimentos adequados.
Concluindo, é possível perceber que o estado de choque é um fenômeno que pode
ocorrer em diversas situações, e em todas elas a vítima deve ser atendida de
maneira apropriada e receber auxílio da equipe de emergência.

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