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RESUMO PHTLS- Atendimento avançado no trauma

Atendimentos prestados de acordo com a situação:

 Situação 1

Batida de carro

Para-brisas trincados

Dia ensolarado e de calor

Sem trafego na estrada

Manejo:

Doente examinado no carro

Colar cervical aplicado

Doente imobilizado à prancha curta

Transferido para prancha longa

Removido do carro

Colocado na maca de rodinhas

Avaliação física realizada

Doente transportado para o hospital

 Situação 2

Igual a anterior, exceto pelo fato de que está vazando gasolina do tanque.

Preocupação com incêndio

Manejo:

Técnica rápida de remoção utilizada

Doente é afastado a uma distância significativa do veiculo

Avaliação física realizada

Doente transportado para o hospital

 Situação 3

Casa totalmente tomada por chamas

Doente incapaz de se mover

Manejo:

Sem avaliação

Doente resgatado do incêndio

Colocado na prancha de resgate


Levado rapidamente até uma distância segura do incêndio

Avaliação do doente realizada

Doente levado rapidamente para o hospital dependendo da condição do doente

 Situação 4

Situação de confronto com agressores ou inimigos combates nas proximidades atirando de


forma ativa (ação policial ou militar)

Policial (ou soldado) com ferimento por arma de fogo no joelho e sangramento significativo

Manejo:

Avaliação à distância (com binóculos)

Presença de outros ferimentos

Doente ainda capaz de disparar sua arma

Diga ao doente para fazer um torniquete na parte superior da perna

Diga ao doente para engatinhar até um local protegido

Resgate o doente quando as condições permitirem

 CHOQUE

TIPOS DE CHOQUE

Choque hipovolêmico (mais comum em pacientes de traumas)

Choque distributivo

-Choque neurogênico

-Choque psicogênico

-Choque séptico

-Choque anafilático

Choque cardiogênico

 CHOQUE HIPOVOLÊMICO

*A hemorragia da classe I- Perda até 750 ml

-Mínima taquicardia, tem poucos sintomas

*A hemorragia da classe II- Perda de 750ml a 1500 ml

-Sintomas clássicos: aumento da frequência ventilatória, taquicardia e pressão e pulso


diminuída. Os sintomas clínicos taquicardia, taquipnéia e PA sistólica normal é considerado
choque compensado.
*A hemorragia na classe III- Perda de 1.500 a 2.000ml

-Sintomas clássicos de choque: taquicardia acima de 120 bpm, taquipneia (frequência


ventilatória de 30 a 40 ventilações, ansiedade e confusão mental. Produção de urina cai para 5
a 15 ml/hora.

*A hemorragia na classe IV – Perda de mais de 2.000ml no volume do sangue

-Sintomas- Intensa taquicardia (FC acima de 140bpm), taquipneia (mais que 30 ventilações /
minuto), confusão mental ou letargia profunda, e diminuição significativa da pressão arterial
sistólica entre 60 mmHg.

 CHOQUE DISTRIBUTIVO

Ocorre quando o compartimento vascular expande de forma desproporcional ao aumento do


volume de líquidos, causado por trauma medular, simples desmaio, infecções graves ou reações
alérgicas.

TRATAMENTO: Melhorar a oxigenação do sangue e aumentar ou manter o fluxo sanguíneo para


o cérebro e para os órgãos vitais.

 CHOQUE NEUROGÊNICO

De forma mais apropriada, a hipotensão neurogênica ocorre quando uma lesão medular
interrompe a via do sistema nervo simpático.

-Sintomas: Pele fria, úmida, pálida ou cianótica e diminuição do enchimento capilar. Sinais de
hipovolemia com: Taquicardia.

 CHOQUE PSICOGÊNICO (VASOVAGAL)

É normalmente mediado pelo sistema nervoso parassimpático.

 CHOQUE ANAFILATICO

É uma reação alérgica grave, com risco de morte que envolve diversos sistemas orgânicos do
corpo.

TRATAMENTO- envolve a administração de epinefrina, anti-histamínico e esteroides no


hospital.

 CHOQUE SÉPTICO (NUNCA OCORRE POUCOS MINUTOS APÓS O TRAUMA, MAS PODE
SER DURANTE A TRANSFERÊNCIA DE HOSPITAL)

Presente em doentes com infecções potencialmente fatais, é outra condição que apresenta
dilatação vascular. Citocinas são liberadas em resposta às infecções causam danos às paredes
dos vasos sanguíneos dos capilares para o espaço intersticial.

 CHOQUE CARDIOGÊNICO OU FALÊNCIA DA ATIVIDADE DE BOMBEAMENTO DO


CORAÇÃO

Tem causas que podem ser classificadas como intrínsecas (resultantes do dano direto ao próprio
coração) ou extrínsecos (relacionadas a um problema fora do órgão.

- Causas intrínsecas- Danos ao músculo cardíaco, arritmia, ruptura valvular

-Causas extrínseca – Tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo.


COMPLICAÇÕES DO CHOQUE

- Insuficiência renal aguda

-Insuficiência hematológica

- Insuficiência hepática

-Síndrome do desconforto respiratório agudo

-Infecção generalizada

-Falência múltipla dos órgãos

*Tríade letal do trauma: Hipotermia, coagulopatia e acidose.

 TRAUMA FECHADO

Lesões que podem ocorrer em uma colisão com veículos de impacto frontal de trajetória por
cima:

- Lesões torácicas, cardíacas, pulmonares e na aorta. O impacto do abdome na coluna de direção


pode comprimir e esmagar os órgãos parenquimatosos, causar lesões por hiper pressão
(especialmente no diafragma) e ruptura de órgãos ocos. Os rins, baços e fígado também estão
sujeitos a lesão por cisalhamento.

Lesões que podem ocorrer em uma colisão com veículos de impacto frontal de trajetória por
baixo:

- Joelho deslocado, com ruptura de ligamentos, tendões e de outras estruturas de suporte.


Luxação de articulação associado a lesão pela proximidade da artéria poplítea.

*TRATAMENTO PRECOCE DE UMA LESÃO COMO ESSA NA ARTÉRIA POPLÍTEA DIMINUI A


COMPLICAÇÃO DE UMA ISQUEMIA DISTAL, DEVE REESTABELECER A PERFUSÃO DESSE TECIDO
ATÉ CERCA DE 6 HORAS.

Lesões que podem ocorrer em uma colisão com veículos de impacto traseiro:

-Ferimentos na parte anterior do pescoço, se o encosto do pescoço estiver para baixo corre uma
hiperextensão do pescoço.

Lesões que podem ocorrer em uma colisão com veículos de impacto lateral:

-Cinco regiões do corpo podem sofrer traumas:

*Clavícula (fratura),

*Peito (fraturas costelas, ou contusão pulmonar, lesão por compressão dos órgãos
parenquimatosos e trauma de hiper pressão. EXEMPLO PNEUMOTÓRAX, LESÕES DE
CISALHAMENTO DA AORTA.

* Abdome e pelve (fratura a pelve, empurra a cabeça do fêmur através do acetábulo, o


passageiro de lado do motorista vulneráveis a lesões de baço e os que estão do lado do
passageiro lesões no fígado).
*Pescoço (fratura vertebras ou mais, produzir deslocamento de articulações facetarias e
possível luxação, bem como lesão da medula espinhal.

*Cabeça (Impactos com objetos próximos produzem mais lesões que impactos com objetos mais
distantes.

Lesões que podem ocorrer em uma colisão com veículos de impacto angular:

Lesões que são mistos daquelas vistas em impactos frontais e colisões laterais.

Lesões que podem ocorrer em um capotamento:

Com cinto sofre ferimentos com cisalhamento por causa das intensas forças criadas por um
veículo em capotamento.
Sem o cinto são ejetados dos veículos conforme ele capota sendo esmagado pelo veículo
capotando sobre eles, ou sofrendo o impacto contra o solo, ou serem atropelados pelo trafego
da região.

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AVALIAÇÃO DA CENA

 ZONAS DE CONTROLE DA CENA


Zona interna
- Zona quente- é a região imediata que contem ou está adjacente ao incidente com ADM.
(só evacuar as vítimas contaminadas ou feridas sem prestar cuidados).
-Zona morna- é onde ocorre a descontaminação das vítimas, funcionários e equipamentos.
(Cuidado: avaliação primaria e imobilização da coluna vertebral)

Zona mais externa


-Zona fria-é onde o equipamento e a equipe do SEM está aguardando. Os cuidados
definitivos são realizados.

 TRIAGEM START
Este processo de triagem foi projetado para identificar pacientes gravemente feridos com
facilidade e rapidez. Não estabelece diagnóstico médico, mas fornece um processo de
triagem rápido e simples.
O START utiliza 3 avaliações para identificar as vítimas com maior risco de morte
devido suas lesões. O processo leva de 30 a 60 segundos por vítima.
*Ventilação
*Circulação
* Estado mental
CLASSIFICAÇÃO COM ALGORÍTIMO DA TRIAGEM START
 Classificado com leve:
Vítimas com – Respiração abaixo de 30 ventilação / minuto, enchimento capilar
abaixo de 2 segundos, capacidade de seguir comandos verbais e caminhar.
 Classificado como pode aguardar – Respiração abaixo de 30 ventilação/ minuto,
enchimento capilar abaixo de 2 segundos, e não consegue caminhar.
 Categorizado como imediata – vítimas inconscientes ou com respiração acelerada
ou que apresentam refil capilar atrasado ou com ausência de pulso radial.
TRATAMENTO AS VÍTIMAS COM TRAUMA EM COLISÃO
- Controlar hemorragias com pressão direta ou torniquete
- Inspecionar e palpar rapidamente tórax, abdome, espaço retro peritoneal e ossos
longos deixando-os expostos para sinalização de hemorragias internas maciças.
- Ler escala de Glasgow
- Sinais vitais da avaliação do doente traumatizado grave: PA, FC e qualidade do pulso,
frequência ventilatória (incluindo murmúrios veiculares) e cor e temperatura da pele.
Avaliar e registrar a cada 3 a 5 minutos.

ATENDIMENO DEFINITIVO NA CENA


 Para paciente em parada cardíaca- O tratamento definitivo é a desfibrilação, a
RCP é apenas uma forma de manutenção até que a desfibrilação possa ser
realizada.
 Para doente em coma hiperglicêmico diabético- Tratamento definitivo é o uso de
glicose EV. e o retorno para os níveis normais da glicose sanguínea.
 Para doente traumatizado com via aérea obstruída – Atendimento definitivo é a
remoção da obstrução que poderá ser realizada pela tração da mandíbula e
ventilação assistida.
 Para doente com hemorragia grave – Tratamento definitivo é o controle da
hemorragia e a ressuscitação do choque.

TRAUMA DE CABEÇA
Dura mater.- meninge mais externa
Aracnoide – membrana serosa e está em posição mediana.
Pia-máter – membrana vascularizada localizada mais internamente.

TCE se divide em primário e secundário


*Lesão cerebral primária: Trauma direto no cérebro e estruturas vasculares como
contusão, hemorragias, lacerações e outras lesões mecânicas no cérebro.
*Lesão cerebral secundária: Refere-se aos processos de lesões contínuos que são ativados
pela lesão primária.
*Causas intracranianas da lesão cerebral secundária: Efeito em massa e herniação
(aumento da PIC, pupilas anisocorias, queda da FC e aumento da PA)
*Causas extracranianas da lesão cerebral secundária:
- Hipotensão (PAS abaixo de 90mmHg). Tratamento: Reanimação com fluidos, manter
PAS acima de 90mmHg.
-Hipóxia (dano cerebral irreversível após 4 a 6 minutos de anóxia cerebral e spo2 abaixo
de 90%. Tratamento: oferta de oxigênio
-Anemia -Devido à perda de sangue pode ter impacto sobre o resultado do TCE.
-Hipocapnia e hipercapnia- Podem piorar a lesão cerebral
-Hipoglicemia e hiperglicemia.
-Convulsões – Paciente com TCE agudo corre o risco de convulsões por vários motivos
(hipóxia e hipoglicemia).

AVALIAÇÃO COM ESCLA DE GLASGOW


TCE leve – Escore 13-15
TCE moderado- Escore de 9 – 12
TCE grave- Escore de 3- 8
Lesões especificas da cabeça e do pescoço
Quando suspeitar de Fraturas do crânio (fratura do assoalho do crânio)
- LCR estiver drenando das narinas ou dos canais auditivos;
-Equimose periobital (olhos de guaxini)
-Sinal de Batlle (equimose observada sobre a área mastoide atrás das orelhas;
-Se for possível o exame das membranas timpânicas com um otoscópio pode revelar
sangue atrás do tímpano.

Lesões da face
-Trauma no olho e órbita (por agressão)
- Laceração das pálpebras (pode ser considerado de que o próprio globo ocular foi
penetrado)
*Tratamento da laceração das pálpebras: Cobrir o olho imediatamente com escudo
protetor rígido não uma atadura de pressão).

-Abrasão corneana- É a ruptura da cobertura epitelial de proteção da córnea devido


história antecedente de trauma e lente de contato. Sinais e sintomas: dor intensa,
lacrimejamento e fotofobia.
*Tratamento: Cobrir o olho com uma atadura, escudo ou óculos de sol para reduzir o
desconforto causado pela luz.

-Hifema- Sangue na câmara anterior do globo entre a íris e a córnea. Observada em


cenário de trauma agudo de impacto direto no olho.
*Tratamento: Escudo protetor sobre os olhos e serem transportados até o hospital sentado.

- Globo aberto- suspeitar quando: hemorragia subconjuntival importante com equimose,


tecido uveal (a íris colorida) presente ou se projetando através do limbo (junção
córnea/esclera) pupila distorcida (formando lágrima)
*Tratamento: Transporte rápido para o hospital.

-Fraturas nasais – Suspeitar quando: Presença de equimose, deformidade nasal edema e


epistaxe, crepitação óssea na palpação.
Para fratura da placa cribiforme suspeitar de: Rinorreia clara após impacto

-Fraturas mandibulares- Sinais e sintomas: dor, má oclusão dentária.

Lesões da laringe-Motociclista e ciclista


Quando suspeitar: alteração da voz, contusão no pescoço e perda da proeminência da
cartilagem da tireoide (pombo de adão).
Sinais e sintomas: hemoptise ou desenvolvimento de enfisema subcutâneo no pescoço
detectado na palpação.
*Tratamento: Casos vias aéreas comprometidas, uma cricotireotomia pode salvar sua
vida.

Lesões dos vasos cervicais


Pode ocorrer a embolia gasosa se estiver sentado ou cabeça elevada a pressão venosa
pode cair abaixo da pressão atmosférica durante a inspiração.
EXEMPLO: Ocupante contido pelo cinto de segurança, sofre uma colisão, que resulta no
impacto do cinto sobre a região do pescoço.
Lesões do cérebro
Suspeitar quando: Amnesia pós-traumática, olhar vago (expressão facial atordoada),
respostas verbais e motoras demoradas (lentidão para responder perguntas ou seguir
instruções, confusão e incapacidade de concentração, desorientação, fala arrastada ou
incoerente, perda de coordenação, distraído, chora sem razão, déficit de memória,
incapacidade de memorizar e lembrar. Dor de cabeça severa, náuseas e vômito.

Trauma na coluna vertebral


 Exame neurológico para identificar déficits óbvias relacionados à lesão vertebro
medular, pede- se que o: Paciente movimente os braços, mãos e pernas,
 Avaliar a presença ou ausência de sensações, começando nos ombros e descendo
pelo corpo até os pés.

Indicação para imobilização da coluna


- Sensibilidade à palpação da coluna vertebral, queixa de dor na coluna, estado mental
alterado, incapacidade de se comunicar efetivamente, Glasgow abaixo de 15, lesão
evidente, paralisia ou outro déficit ou queixa neurológica.

Sinais e sintomas de trauma coluna vertebral


- Dor no pescoço ou nas costas, dor ao movimentar o pescoço e as costas, dor à palpação
da região posterior do pescoço ou da linha média das costas, deformidades da coluna
vertebral, defesa ou contratura da musculatura do pescoço ou das costas, paralisia,
paresia, dormência ou formigamento das pernas ou braços em qualquer momento após o
incidente, sinais e sintomas de choque neurogênico, priapismo.

Quando o alinhamento da cabeça é contraindicado?


Em situações que houver: resistência ao movimento, espasmo muscular do pescoço,
aumento da dor, início ou aumento de um déficit neurológico como dormência,
formigamento, ou perda de capacidade motora, comprometimento de VA ou ventilação.

Como faz para escolher o colar cervical correto?


Medir o pescoço do paciente entre a região inferior da mandíbula e ombro do paciente e
usa essa medida para escolher o colar adequado.

TRAUMA TORÁCICO
* O que avaliar em suspeita de fraturas de arcos costais:
- Queixa de dor torácica com mais frequência ao respira ou se mover e da dificuldade em
respirar. Pode ocorrer esforço ventilatório. Importante avaliar sinais vitais, atenção
especial à frequência e profundidade da respiração, oximetria de pulso e a capnografia se
possível.
* Tratamento de fratura dos arcos costais:
1º Alivio da dor, posicionamento dos braços usando ataduras e faixas, acesso venoso,
incentivar o paciente a respirar profundamente e tossir para evitar o colapso dos alvéolos
(atelectasia) e PNM, O2 se necessário.

TORÁX INSTÁVEL (RETALHO COSTAL MÓVEL) - Ocorre quando dois ou mais


arcos costais adjacentes são fraturados em mais de um lugar ao longo do seu
comprimento.
* O que avaliar em suspeita de tórax instável?
Dor intensa e desconforto, frequência ventilatória elevada, não respira fundo por causa
da dor. Pode haver hipóxia. Os músculos intercostais estarão em espasmos e tendem a
estabilizar o seguimento instável, movimento paradoxal se torna cada vez mais evidente.
*Tratamento tórax instável:
1º Alivio da dor, suporte ventilatório, monitoramento se possível, oxigênio, acesso
venoso.

CONTUSÃO PULMONAR – Quando o tecido pulmonar está dilacerado ou rompido por


mecanismos contundentes ou penetrantes, o sangramento nos espaços aéreos alveolares
resultam em contusão pulmonar.
*O que avaliar em suspeita de contusão pulmonar?
Com a progressão da contusão a frequência ventilatória aumenta podendo ser ouvidos
estertores na ausculta. Primeiro indicio é quase sempre um aumento na frequência
ventilatória.
*Tratamento:
Reavaliação constante da frequência ventilatória, oximetria de pulso e capnografia,
fornecer o2, podendo usar CPAP, fluidos devem ser administrados para manter o pulso e
a pressão arterial normal.

PNEUMOTÓRAX – Os três tipos são: simples, aberto e hipertensivo

PNEUMOTÓRAX SIMPLES- É a presença de ar na pleura


*Avaliação
Achados- dor torácica pleurítica (dor ao respira) e falta de ar que pode variar de leve a
grave.
Achados clássicos- São diminuição do murmúrio vesicular no lado da lesão. Deve-se
presumir que todo doente com desconforto respiratório e diminuição dos sons da
respiração tenha um PNEUMOTÓRAX.
*Tratamento:
O2, acesso venoso e se preparar para tratar o choque, se ocorrer; monitorização de
oximetria de pulso e capnografia, reconhecer que um simples pneumotórax pode evoluir
rapidamente para um pneumotórax hipertensivo.

PNEUMOTÓRAX ABERTO- Envolve a entrada de ar no espaço pleural, levando um


colapso do pulmão.
*Avaliação:
Observado evidente desconforto respiratório, estará ansioso e taquipneico, pulsação
elevada e filiforme, sons perceptíveis de sucção durante a inspiração e borbulhar durante
a expiração.
*Tratamento:
Fechar a área lesionada na parede torácica com curativo oclusivo com plástico filme em
três lados ou gaze impregnada com vaselina (mas pode permitir que desenvolva um
pneumotórax hipertensivo), administrar O2
ATENÇAÕ SE O DOENTE DESENVOLVER TAQUICARDIA, TAQUIPNEIA OU
OUTRAS INDICAÇÕES DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO, RETIRE O
CURATIVO POR ALGUNS SEGUNDOS E AJUDE NA VENTILAÇÃO CASO
NECESSÁRIO. SE A ANGÚSTIA CONTINUAR É APLICADO A TORACOSTOMIA
COM AGULHA DE CALIBRE GROSSO.
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO- É uma emergência de risco à vida.
Conforme o ar continua a entrar no espaço pleural sem nenhum escape e liberação, a
pressão intratorácica aumenta e comprometimento ventilatório aumenta e o retorno
venoso para o coração diminui piorando a troca gasosa.
*Avaliação:
Achados clássicos – desvio da traqueia para longe do lado da lesão (sinal tardio), redução
do murmúrio vesicular no lado da lesão
Achados físicos – distensão da veia jugular, crepitação da parede torácica e cianose,
taquicardia e taquipneia, hipotensão e choque descompensado, enfisema subcutâneo.
*Tratamento:
Prioridade- descomprimir o pneumotórax hipertensivo, remoção de um curativo oclusivo
rapidamente ou abrir. Se a remoção não for eficaz ou se não houver ferimento aberto,
deve ser realizado a toracostomia com agulha.

HEMOTÓRAX- Ocorre quando entra sangue no espaço pleural

*Avaliação: Achados – dor no peito e falta de ar (características importantes).


Sinais de choque: Taquicardia, taquipneia, confusão, palidez e hipotensão, sons de
respiração do lado da lesão estão reduzidos ou ausentes, mas o som de percussão é fraco.

*Tratamento: O2 em alta concentração, monitorar estado hemodinâmico, acesso venoso


e administração de fluidos.

CONTUSÃO CARDÍACA (COMPRESSÃO CARDÍACA)


*Avaliação: Achados físicos preocupantes- As contusões, crepitação e instabilidade do
esterno. Esterno flutuante (esterno instável). Pode ocorrer sinais de insuficiência cardíaca
congestiva como: Hipotensão, distensão venosa jugular e sons de respiração anormal.
*Tratamento: O2 em alta concentração, acesso venoso

TAMPONAMENTO CARDÍACO- Ocorre quando um ferimento no


coração permite que fluidos (em geral sangue) se acumulem exatamente entre o saco
pericárdio e o coração.
*Avaliação: Achados indicativos de tamponamento cardíaco a tríade de BECK que são
sons cardíacos distantes ou abafados, distensão venosa jugular, baixa pressão arterial.
Achado físico: é o pulso paradoxal
*Tratamento: Transporte rápido para tratamento cirúrgico imediato, O2 em alta
concentração, acesso venoso e iniciar terapia com fluidos, pericardiocentese (inserção de
uma agulha no espaço pericárdio)

CONCUSSÃO CARDÍACA- Se refere a situação clínica na qual um


impacto aparentemente inofensivo na parte anterior do tórax resulta em repentina parada
cárdica.

*Avaliação: São encontrados em PCR, pequenas contusões sobre o esterno, fibrilação


ventricular é o ritmo mais comum.
* Tratamento: RCP e desfibrilação imediata, vias aéreas protegidas, acesso venoso.
RUPTURA TRAUMÁTICA DA AORTA – Resulta de um mecanismo de
aceleração/desaceleração de força significativa (ex: colisão impacto frontal)
*Avaliação: Avaliar as condições das vias aéreas e da respiração, realizar ausculta e
palpação, aferir PA.
O diagnóstico definitivo da ruptura da aórtica exige exame radiográfico: RX de tórax,
aortografia, TC de tórax e ecotransesofágico.
*Tratamento: O2 alta concentração, acesso venoso, PA seu controle é imperativo (a amis
alta e no braço direito)

RUPTURA TRAQUEOBRÔNQUICA- Resulta em alto fluxo de ar através


da lesão para o mediastino ou espaço pleural.
*Avaliação: Achados importantes- Distensão da veia jugular, desvio da traqueia pode ser
notado a palpação da traqueia na incisura jugular, aumento da ventilação respiratória,
saturação de O2 pode está reduzida, pode estar hipotenso ou não, pode tossir sangue
(hemoptise).
*Tratamento: Administração de O2, imperativo o monitoramento quanto à sinais de
progressão a um PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO.

ASFIXIA TRAUMÁTICA- Se parecem fisicamente com doentes que


sofrem estrangulamento.
*Avaliação: Edema e distensão de vasos sanguíneos, coloração avermelhada da pele no
rosto e pescoço.
* Tratamento: É de suporte, administrar O2 em alta concentração, acesso venoso.
A coloração vermelho-arroxeada, em geral, desaparece dentro de 1 a 2 semanas nos
sobreviventes.

RUPRTURA DIAFRAGMÁTICA- Pequenas lacerações do diafragma


podem ocorrer em lesões penetrantes a região toraco-abdominal.
*Avaliação: Insuficiência respiratória aguda, ansiosos, taquipneico e pálido. Pode ter
contusões da parede torácica, crepitação óssea ou enfisema subcutâneo. Murmúrio
vesicular no lado afetado pode estar reduzido, ou sons da barriga podem ser auscultados
no tórax, abdome pode ser escavado se bastante do conteúdo abdominal tiver herniado
para o tórax.
* Tratamento: O2 em alta concentração e suporte ventilatório se necessário.

TRAUMA ABDOMINAL- Cavidade peritoneal


*Semiotécnica- Inspeção, ausculta, não se faz percussão para não perder tempo, palpação,
mensuração.
-Cavidade peritoneal/abdominal contém: baço, fígado, vesícula biliar, estomago, partes
do intestino grosso (principalmente colón transverso e sigmoide), maior parte do intestino
delgado (principalmente jejuno e íleo) e órgãos reprodutores femininos (útero e ovários)
- Espaço retro peritoneal: Área na cavidade abdominal localizada atrás do peritônio e
contém: Os rins, ureteres, veia cava inferior, aorta abdominal, pâncreas, uma parte do
duodeno, cólon ascendentes e descendente e o reto. A bexiga e os órgãos produtores
masculinos (pênis, testículos e próstatas) ficam na parte inferior da cavidade peritoneal.

O abdome começa na 7ªvertebra torácica ou apêndice xifoide e termina na 4ª vertebra


lombar
*É dividido em:
-POR QUADRANTES (QSE, QSD E QIE, QID)
-NOVE REGIÕES: Cria uma linha imaginária na hemiclavicular D e E, de 3 a4 dedos
acima do umbigo e parte inferior da crista ilíaca - (HIPOCONDRIO D (alça ascendente
– fezes liquida), EPIGASTRICA (alça transversa- fezes semi liquidas), HIPOCONDRIO
E (alça descendentes – fezes sólidas), FLANCO D, MESOGASTRICA, FLANCO E,
FOSSA ILÍACA D, HIPOGÁSTRICA, FOSSA ILÍACA E (sigmoide e reto- fezes
moldadas)
*Ruídos hidroaéreos abaixo de 5- Íleo paralitico

*Sinais sugestivos de traumas abdominais:


- Leve aumento da frequência ventilatória, ansiedade ou agitação- sugestivo de choque
inicial compensado.
- Acentuada taquipneia- sugestivo de choque hemorrágico
- Sons do intestino por cima do tórax no lado afetado ao serem auscultados sons de
respiração- sugestivo de ruptura de diafragma.
- Leve taquicardia à taquicardia grave, acentuada hipotensão, e pele pálida, fria e
pegajosa- sugestivo de hemorragia intra-abdominal, sendo o choque hipovolêmico o
indicador mais confiável.
- Distensão abdominal pode indicar hemorragia interna significativa.

-Achados que embasam um diagnóstico de peritonite: Sensibilidade abdominal


significativa na palpação ou tossir (localizada ou generalizada), defesa involuntária,
sensibilidade na percussão, sons do intestino reduzidos ou ausentes.
Evitar a palpação profunda em abdome lesionado.

- Ausência da peristalse (abdome quieto) - sugestivo de hemorragia e derramamento de


conteúdo intestinal na cavidade peritoneal.

*Tratamento: Controle da hemorragia, O2 para manter saturação em 95%, ventilação


assistida se necessário, pressão direta ou curativos com pressão para controlar hemorragia
externa, se sofreu trauma por contusão pode ter causado lesão na coluna vertebral é
realizada a imobilização da coluna, se for trauma penetrante no torso não precisa
imobilizar a coluna, acesso venoso durante o transporte, manter PA entre 80-90mmHg
(sistólica) e 60-65mmHg (a média), não retirar objetos empalados fora do hospital. Não
recolocar as vísceras na cavidade abdominal, devem ser deixadas na superfície do abdome
ou salientes. Cobrir o conteúdo abdominal eviscerado com curativo umedecido com
solução salina para evitar ressecamento. Apoio psicológico e mantê-los calmo, pois
choro, gritos ou tosse pode forçar os órgãos mais para fora.
TRAUMA MUSCULOESQUELÉTICO

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA SEGUIR AS ETAPAS:

ABERTURA DAS VIAS


A Nível de consciência AÉREAS
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA A,V,D,I • Elevação modificada da
ABERTURA DAS VIAS Imobilização Cervical mandíbula
AÉREAS Dor • Abertura da boca -
Inconsciência dedos cruzados
• Aspiração orotraqueal
• Cânula orofaríngea

TEM RESPIRAÇÃO ? / QUALIDADE ?


Oxigênio Suplementar
B • Máscara de O2, com reservatório
RESPIRAÇÃO
• Oxigênio de 10 a 15 L/min
Ventilação com pressão positiva
• Bolsa válvula máscara- VENTILAÇÃO ARTIFICIAL
• Tubo orotraqueal- INTUBAÇÃO
Avaliação do Tórax
Inspeção/ Palpação e Ausculta* (considerar influência de
barulhos e/ou ruídos do ambiente)

PULSO RADIAL PCR ?– RCP


Pulso
• Presente – rápido/lento
fino/cheio
C • Ausente Sangramento
Perfusão Tecidual Abundante
CIRCULAÇÃO
• cor de pele - Compressão
• enchimento capilar
• temperatura da pele
• pele seca/úmida
Déficit Neurológico
D DÉFICIT
NEUROLÓGICO Escala de Coma de
Glasgow + Avaliação
Pupilar

Exposição da Vítima com


E Cuidados para evitar
EXPOSIÇÃO DA Hipotermia
VÍTIMA

O que procura na avaliação primária?


-Hemorragia externa e precisa ser controlada quando considerada fatal
-Lesões que oferecem risco à vida têm que ser priorizada
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA SEGUIR AS SEGUINTES ETAPAS:
-Avaliação das extremidades, dor nas extremidades, fraqueza ou sensibilidade anormal
nas extremidades, procurar por edema, lacerações, abrasões, hematomas nos tecidos
moles.
- Presença de crepitação, palpar pulsos radiais e ulnar, a ausência de pulsos distais de
extremidades é sugestivos de ruptura de artéria, compressão de um vaso.
- Hematomas grandes podem indicar a presença de lesão em vaso calibroso.
-Avaliar as funções motoras e sensitivas nas extremidades. (Caso tenha suspeita de
fratura de ossos longo não pedir para movimentar pois o movimento gera dor e pode
transformar uma fratura fechada em aberta.
-Avaliar a função motora, perguntando ao doente se observa alguma fraqueza, pedir
para abrir e fechar as mãos, verificar força (apertar a mão do socorrista) pedir para
empurrar e estender os pés.
-Função sensitiva é avaliada ao se perguntar sobre a presença de sensações anormais
ou dormências.
LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS ESPECIFÍCAS: HEMORRAGIAS E INSTABILIDADE
DEVIDO A FRATURA E LUXAÇÃO
*Hemorragia interna- Observar edema progressista de uma extremidade ou frieza,
palidez e ausência de pulso, tem grande potencial para choque.
*Tratamento de Hemorragia externa
- Aplicação de compressão direta sobre o ferimento,
-Não elevar o membro pois pode agravar a lesão já existente.
-Curativo compressivo
-Torniquete já foi tabu, agora é padrão.
-Aplicação de agente hemostáticos tópicos para contenção de hemorragias em locais
que não permitem torniquete (virilha e axila).

SINAIS DE FRATURAS FECHADAS


-Dor, sensibilidade (Podem ser os únicos achados), deformidade, hematoma, edema e
crepitação.
-Pulsos, cor da pele e função motora e sensorial devem ser avaliados distalmente ao
local da suspeita de fratura.
TRATAMENTO FRATURA EXPOSTA E FECHADA
-Controle da hemorragia e o tratamento do choque
-Pressão direta e curativo compressivos
-Cobrir com curativo estéril umedecido com solução salina estéril ou agua os ferimentos
abertos ou extremidades ósseas expostas.
-Acesso venoso
-Antes da aplicação da tela a extremidade lesionada deve ser recolocada em posição
anatômica normal (contraindicado se houver dor significativa e resistência ao
movimento).
* Tipos de tala: Rígidas, moldáveis, de tração e a vácuo

TRATAMENTO DE PARTES AMPUTADAS


-Limpar com SRL
-Envolve-la em gaze esterilizada umedecida com SRL e coloca-la em um saco ou
recipiente plástico
-Rotular o saco e colocá-lo dentro de outro recipiente com gelo triturado
-Não congelar a parte amputada colocando diretamente no gelo ou adicionado outro
meio de resfriamento com gelo seco
-Transportar a parte amputada junto como o paciente até o hospital adequada mais
próximo.

LESÕES POR QUEIMADURAS


- Queimadura superficiais- Conhecida de 1º grau, envolve somente a epiderme e se
caracteriza por ser vermelha e dolorida.
EX: Queimadura de sol (vermelho, quente e dolorido)

- Queimadura de espessura parcial- Conhecida de 2º grau, envolvem a epiderme e várias


partes da derme subjacente (apresentam bolhas). Formação de bolhas, doloroso e leito
da ferida brilhante.
OBS: No pré-hospitalar as bolhas são deixadas de lado durante o transporte, se caso
houver bolhas que já romperam devem ser cobertas com curativo limpo e seco.

-Queimadura de espessura total – Conhecida como de 3º grau, surge como lesões de


queimaduras espessas, secas, brancas e rígidas, independentes de raça ou cor da pele.
Essa pele espessa e rígida como couro é reconhecida como escara. Possui vários graus
de dor, podem ser incapacitantes e de risco à vida. Espessura total (3º grau) aparência
de couro, coloração branca a chamuscada, tecido morto.

-Queimadura de 4º grau- São aquelas que não somente queimam todas as camadas da
pele, como também os tecidos adiposos adjacentes, os músculos, os ossos ou os órgãos
internos. Quarto grau (espessura total com dano tecidual profundo).
PERCENTUAIS RELATIVOS DA AREA DA SUPERFICIE CORPORAL AFETADA PELO
CRESCIMENTO

TRATAMENTO DE QUEIMADURA
-Primeiro é interromper o processo da mesma
- Fazer irrigação com abundantes volumes de agua em temperatura ambiente.
Contraindicado agua fria ou gelo por aumenta a extensão do dano ao tecido na zona de
estase.
-Retire roupas e joias
-Aplique curativo estéril e não aderente
-Cobrir a área com pano limpo e seco
-Evitar correntes de ar, pois a dor é intensificada quando os nervos ficam expostos as
correntes de ar.
-Aplicação do curativo Acticoat (curativo revestido com antimicrobianos de alta
concentração)
-Reanimação volêmica (principalmente SRL)
-Acesso venoso
-Alivio da dor (fentanil/morfina)
LESÕES POR INALAÇAÕ DE FUMAÇA
-Condições que sugerem inalação de fumaça: Incêndio em espaço confinado. Confusão
ou agitação. Queimaduras no rosto ou tórax. Sobrancelhas e pelos nasais chamuscados.
Fuligem no escarro. Rouquidão, perda de voz ou estridor.
TRATAMENTO DE INTOXICAÇÃO POR MONOXIDO DE CARBONO
- Remoção do doente da origem. Administração de O2 (100%)

SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO POR CIANETO


-Nível de consciência alterado. Tonteira, dor de cabeça e taquicardia ou taquipneia.
TRATAMENTO DE INTOXICAÇÃO POR CIANETO
- Rápida administração do antídoto.

PRINCIPIO DE OURO NO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR NO TRAUMA


-Garantir a segurança dos socorristas e do doente
-Avaliar a situação para determinar a necessidade de recursos adicionais
-Reconhecer a cinemática que produziu as lesões
-Cuidar adequadamente da via aérea quando a coluna vertebral permanecer
estabilizada conforme indicado
-Providenciar ventilação e oferecer O2 para manter o nível de SPO2 superior a 95%
-Controlar toda hemorragia externa significativa
-Realizar terapia básica de choque incluindo imobilização adequada das lesões
muscoesqueléticos e o restabelecimento e manutenção da temperatura corpórea
normal
-Manter a estabilização manual da coluna até que o doente esteja imobilizado
-Quando se trata de doentes traumatizados graves, iniciar transporte à unidade
adequada quanto antes, após a chegada do AME no local (10minuto)
-Iniciar a reposição com RL de volume com fluidos venoso aquecido (39º) a caminho do
local de atendimento, preferência 2 acessos calibrosos
-Obter histórico clinico e realizar avaliação secundaria.
-Proporcionar alivio da dor
-Comunicar de forma minuciosa e precisa as informações do doente e as circunstancias
do trauma ao serviço médico de destino
-Acima de tudo não causar mais danos.

TRAUMA AMBIENTAL: CALOR E FRIO


*Métodos de transferência de calor e frio
Radiação- É a perda ou ganho de calor na forma de energia, fontes de calor vão
aumentando a temperatura.
Condução- É a transferência de calor entre dois objetos de contato direto um com o
outro. Exemplo: doente deitado num gramado congelado depois de uma queda.
Convecção – É a transferência de calor de um objeto solido para um meio que move por
esse objeto solido, tal como o ar ou a agua sobre o corpo.
Evaporação – Do suor no estado liquido para vapor é um método extremamente
eficiente de perda de calor do corpo.

Sinais e sintomas de desidratação


Diurese menos frequente e urina de cor escura
Sede, pele seca, fadiga, vertigens, dor de cabeça, tontura, confusão mental, boca e
mucosas secas, aumento da FR e FR. *Em bebes e crianças, ainda podem ocorres: boca
e língua secas, choro sem lagrimas, fraldas secas por mais de 3 horas, abdome, olhos e
bochechas encovadas, febre alta, falta de atenção, irritabilidade, pele que não volta ao
normal depois de pinçada e liberada (pinçamento da pele).

DISTÚRBIOS LEVES RELACIONADOS COM O CALOR


*Rush cutâneo pelo calor (brotoeja) – causada pela inflamação das glândulas
sudoríparas que bloqueiam os ductos sudoríparos
*Tratamento: Resfriando e secando áreas afetadas, colocar em ambiente fresco e seco

*Edema causado pelo calor - Leve nas mãos, pés e tornozelos


*Tratamento: Afrouxar as roupas apertadas, remover joias apertadas ou restritivas e
elevador o membro

*Câimbras musculares
*Tratamento: Descanso em ambiente fresco, alongamento prolongado do musculo
afetado e o consumo via oral de fluidos e alimento contendo cloreto de sódio.

HIPOTERMIA TERAPÊUTICA – Resfriamento intencional do doente até 32º a 34º por 12


a 24horas em adultos inconscientes com circulação espontânea depois de uma parada
cardíaca não traumática fora do hospital. Também é benefício em choque, nos
transplantes de órgãos e no controle da pressão intracraniana na lesão cerebral
traumática.

AFOGAMENTO
*Avaliação
-Prevenir lesões ao paciente e aos socorristas de emergência
-Iniciar imediatamente os planos de extração da agua
-Conduzir um resgate seguro na agua
-Devido a hipóxia, avalie ABC (via aérea, respiração e circulação) usando abordagem
tradicional
-Reverter a hipóxia e a acidose com 5 ventilações de resgate, seguido de 30 compressões
torácicas e continue com 2 ventilações depois disso. Fique atento para regurgitação, que
é a complicação mais comum durante a ventilação e RCP
-A RCP somente com compressão torácica não é aconselhada em afogamento
-Restaure ou mantenha a estabilidade cardiovascular
-Previna maior perda de calor e inicie os esforços de reaquecimento de pacientes
hipotérmicos
-Avalie a saturação
-Faça o hgt pois pode ser a causa da submissão
-Escore da escala de Glasgow
-Remova a roupa molhada e aferir temperatura retal.

TRATAMENTO DO AFOGAMENTO
Oferecer oxigênio (15l/minuto)
Manter saturação acima de 90%
Monitorização e ECG
Acesso periférico calibroso, manter soro ringer lactato em kvo se não for hipertenso,
sendo hipertenso administre bollus de 500ml e reavalie os sinais vitais.
OBS: Pacientes com sinais de desconforto (exemplo- ansiedade, respiração rápida,
dificuldade de respirar e tosse é considerado como tendo lesão pulmonar até que a
avaliação do hospital prove o contrário.

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE AFOGAMENTO

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