Você está na página 1de 49

CAMADAS DA PELE

Epiderme É a camada mais externa. É composta de várias camadas de


células e não possui vasos sanguíneos. Sua espessura varia de acordo
com a região do corpo, sendo mais espessa em áreas mais sujeitas à
pressão e ao atrito, como a planta dos pés e a palma das mãos. É
impermeável à água e funciona como uma barreira protetora contra o
meio ambiente. Essa camada é constantemente renovada por meio da
descamação das células mais superficiais e da geração de novas na sua
camada mais profunda.
Derme É a camada mais interna. Contém os vasos
sanguíneos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas,
glândulas sebáceas e terminações nervosas
especializadas.
Tecido subcutâneo Camada situada logo abaixo da
derme. É uma combinação de tecido fibroso, elástico e
gorduroso. Sua espessura varia de região do corpo de
indivíduo para indivíduo.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA PELE
Proteção contra elementos ambientais Funciona como uma
barreira protetora contra agentes físicos (calor, frio, radiações),
químicos (água e várias outras substâncias) e biológicos
(microorganismos).
Regulação da temperatura corporal Realizada por meio da
vasodilatação ou vasoconstrição dos vasos da derme e da sudorese.
Em ambientes frios, os vasos se contraem para diminuir o fluxo
sanguíneo cutâneo e consequentemente a perda de calor, a pele se
torna pálida e fria; em ambientes quentes, os vasos se dilatam para
aumentar o fluxo cutâneo e a perda de calor, a pele se toma
avermelhada (corada) e quente. A sudorese auxilia a dissipação da
temperatura corporal por meio da evaporação.
Função Sensitiva As terminações nervosas especializadas da derme
captam e transmitem ao sistema nervoso central informações
como a temperatura ambiental, as sensações táteis e os estímulos.
DEFINIÇÃO DE QUEIMADURA É uma lesão produzida nos tecidos
de revestimento do organismo, causada geralmente por agentes
térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc. As
queimaduras podem lesar a pele, os músculos, os vasos sanguíneos,
os nervos e os ossos.
PRINCIPAIS CAUSAS
Térmicas: são as causadas pelo calor (fogo, vapores quentes, objetos
quentes) e por frio (objetos congelados, gelo).
Químicas: são causadas por ácidos ou álcalis e podem ser graves;
necessitam de um correto atendimento pré-hospitalar, pois o
manejo inadequado pode agravar as lesões.
Elétricas: são causadas por materiais energizados e descargas
atmosféricas. São muitas vezes queimaduras graves. Geralmente as
lesões internas, no trajeto da corrente elétrica por meio do
organismo, são extensas enquanto as lesões das áreas de entrada e
saída da corrente elétrica na superfície cutânea são pequenas. Esta
particularidade pode levar a erros na avaliação da severidade da
lesão.
Radiação: podem ser causadas pelos raios ultravioletas (UV), pelos
raios X ou por radiações ionizantes. As lesões pelos raios UV são as
bem conhecidas queimaduras solares e geralmente superficiais e
de pouca gravidade. As queimaduras por radiações ionizantes,
como os raio gama, são lesões raras. Neste caso, é importante
saber que a segurança da equipe pode estar em risco se houver
exposição a substâncias radioativas (por exemplo: irídio-192,
cobalto-60, césio-137, promécio-147, criptônio-85, níquel-63,
Amerício231, polônio-210) presentes no ambiente ou mesmo na
vítima. Deve-se atender às ocorrências que envolvam substâncias
radioativas sempre sob orientação adequada e com devida
proteção; não se deve hesitar em pedir informações e apoio à
central nestas situações.
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS
As queimaduras podem ser classificadas de acordo com a sua
profundidade e extensão.
Profundidade As queimaduras, principalmente as térmicas, podem ser
classificadas de acordo com a profundidade da lesão em queimaduras
de primeiro, segundo e terceiro graus. Esta classificação é importante
porque direciona desde o atendimento pré-hospitalar até o
atendimento definitivo no centro de queimados, sendo um
conhecimento importante para a atividade do socorrista. A avaliação da
profundidade da lesão é apenas uma estimativa, muitas vezes a real
profundidade da lesão só será aparente depois de alguns dias.
Primeiro Grau (Superficiais) São as queimaduras
que atingem apenas a epiderme. A pele fica
avermelhada (eritema) e quente, ocasionalmente há
edema. Causam dor de leve a moderada.
Segundo Grau (Espessura Parcial) São queimaduras
que atingem a epiderme e a derme e produzem dor
severa. A pele se apresenta avermelhada e com bolhas,
as lesões que atingem a derme mais profunda são
úmidas. São as queimaduras que mais se beneficiam de
um curativo efetuado corretamente
Terceiro Grau (Espessura Total) Atingem toda a espessura da
pele e chegam ao tecido subcutâneo. As lesões são secas e com
uma cor esbranquiçada com aspecto de couro ou então pretas
com aspecto carbonizado. Geralmente não são dolorosas por que
as terminações nervosas são destruídas; as áreas nos bordos das
lesões de terceiro grau podem apresentar queimaduras menos
profundas, de segundo grau, e ser, portanto, bastante dolorosas.
EXTENSÁO A extensão da queimadura, ou a porcentagem da área
da superfície corporal total queimada (SCTQ) é um dado
importante para se determinar a gravidade da lesão e o
tratamento a ser instituído, tanto no local do acidente quanto no
hospital. Utiliza-se para este cálculo a "regra dos nove". O resultado
obtido é aproximado, mas é suficiente para uso prático. No adulto
cada membro superior corresponde a 9% da área da superfície
corporal, a parte ventral e dorsal do tronco corresponde a 18%
cada, cada membro inferior 18%, a cabeça 9% e a área genital 1%.
As crianças pequenas, abaixo dos três anos de idade, apresentam,
proporcionalmente, uma cabeça maior do que os adultos, assim, a
cabeça passa a corresponder a 18% da área da superfície corporal
e cada membro inferior 13,5%. Para avaliação da extensão de
queimaduras menores, pode-se utilizar como medida a palma da
mão da vítima que corresponde a aproximadamente 1% da área
da superfície corporal.
ATENDIMENTO AO QUEIMADO O atendimento inicial da
vítima de queimadura segue praticamente a mesma
sequência do atendimento de uma vítima com outras
formas de trauma. Deve-se considerar o grande
queimado como um politraumatizado, inclusive porque
frequentemente há lesões associadas. Existem
particularidades no atendimento que serão abordadas a
seguir. Segurança da Equipe A primeira preocupação da
equipe deve ser com a sua própria segurança, e isto se
aplica a qualquer situação, mas deve ser reforçada ao se
atender vítimas de queimaduras que estejam em
ambientes hostis. Deve-se ter cuidado com chamas, gases
tóxicos e fumaça, risco de explosões e desabamentos.
Interrupção da Queimadura
O segundo passo no atendimento à vítima é a interrupção do
processo de queimadura, feito na seguinte sequência:
Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas.
Remover a vítima do ambiente hostil.
Remover as roupas que não estejam aderidas ao corpo da
vítima.
Promover o resfriamento da lesão e de fragmentos de
roupas ou de substâncias como asfalto que estejam aderidos
ao corpo do queimado.
Avaliação Primária e Secundária
Após se interromper o processo de queimadura, procede-se
ao atendimento primário segundo o X, A, B, C, D e E, e à
avaliação secundária, como em outros tipos de trauma.
ANIMAIS
PEÇONHENTOS
Animais Peçonhentos e Animais Venenosos
Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de
veneno que se comunicam com um aparelho inoculador:
dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno
passa ativamente, como as serpentes, aranhas, escorpiões,
lacraias, abelhas, marimbondos e arraias. Apesar de
“peçonha” significar veneno, animal peçonhento não é o
mesmo que venenoso, sendo este último, o animal que
produz veneno, mas não possui órgão inoculador,
provocando envenenamento passivo por contato, por
compressão ou por ingestão, como por exemplo algumas
espécies de anfíbios.
De modo geral, as peçonhas ofídicas apresentam ação
proteolítica, coagulante, neurotóxica, miotóxica, hemorrágica,
nefrotóxica e hemolítica, entre outras que estão sendo
estudadas pelos especialistas.
TIPOS DE ACIDENTES NA ÁGUA
SÍNDROME DE IMERSÃO - A Hidrocussão ou Síndrome de Imersão
(vulgarmente conhecida como "choque térmico") é um acidente
desencadeado por uma súbita exposição á água fria levando a uma
parada cardiorespiratória (PCR). Parece que esta situação pode ser
evitada se molharmos a face e a nuca antes de mergulhar. Este
fenômeno ainda não é muito compreendido pela medicina.
HIPOTERMIA - A exposição da vítima à água fria reduz a
temperatura normal do corpo humano, provocando hipotermia que
podem acarretar em perda da consciência com afogamento
secundário ou até uma arritmia cardíaca com parada cardíaca e
consequente morte.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)
Qualquer órgão do encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco cerebral)
pode ser atingido por um acidente vascular e sofrer as
consequências de uma isquemia ou redução do fluxo sanguíneo. O
mais afetado é o cérebro, por isso, ser mais comum a expressão
“acidente vascular cerebral”.
DEFINIÇÃO DE AVC Dano no tecido cerebral produzido por falha na
irrigação sanguínea em razão de obstrução ou rompimento de
artéria cerebral. O efeito compressivo, ou seja, de aumento da
pressão intracraniana também manifestam sinais e sintomas e
podem causar situações de risco de morte.
Os sinais e sintomas dependem da área atingida. Os mais
frequentes são:
Dor de cabeça (cefaléia);
Inconsciência;
Confusão mental;
Parestesia (formigamento), paresia (diminuição da
força muscular), paralisia muscular, usualmente das
extremidades e da face;
Dificuldade para falar (disartria);
Dificuldade respiratória (dispnéia);
Alterações visuais (escotomas, amaurose, diplopia);
Convulsões;
Pupilas desiguais (anisocoria); e
Perda do controle urinário ou intestinal.
DISPNÉIA
É a respiração “difícil”, ou seja, é a dificuldade em
manter a ventilação adequada. Podem ser superficiais
ou profundas, rápidas ou lentas, podem acompanhar o
esforço visível da musculatura intercostal, bem como
batimentos da asa do nariz (crianças). A sensação de
angústia e a falta de ar podem causar cianose
(coloração azulada na pele e mucosas) devido à falta de
oxigenação adequada dos tecidos.
Asma brônquica
Doença caracterizada por aumento da sensibilidade da traquéia e dos
brônquios a diversos estímulos e pela constrição difusa das vias
aéreas, cuja gravidade varia espontaneamente ou sob o efeito do
tratamento; manifesta-se como dispnéia episódica, tosse e espirros,
expiração prolongada e uso de músculos acessórios da respiração. A
asma pode começar em qualquer idade; cerca de metade dos casos
desenvolve-se na infância e outro terço antes dos 40 anos. A crise
asmática raramente é fatal.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) É uma
variedade de problemas pulmonares relacionados a doenças das vias
respiratórias ou da troca de gases. São classificadas como DPOC as
seguintes patologias abaixo:
ENFISEMA PULMONAR Perda da elasticidade dos alvéolos, aumento
da secreção mucosa obstruindo as pequenas passagens de ar,
destruição dos tecidos com perda da capacidade funcional provocada
em geral por tabagismo crônico. BRONQUITE CRÔNICA Infecção dos
brônquios acarretando dificuldade crescente de ventilação pulmonar.
CONVULSÕES Contrações violentas,
incoordenadas e involuntárias de parte ou da
totalidade dos músculos, provocadas por
diversas doenças neurológicas e não
neurológicas. São expressões de doenças
orgânicas e não de doença mental.
Causas de Convulsões:
Febre alta em crianças (convulsões febris);
Traumatismo crânio cefálico;
Doenças infecciosas, inflamatórias ou tumores
cerebrais;
Acidente vascular cerebral;
Intoxicações;
Epilepsia.
SINAIS E SINTOMAS DE UMA CRISE CONVULSIVA
Perda da consciência. A vítima poderá cair e sofrer um trauma;
Rigidez do corpo, especialmente do pescoço e extremidades.
Outras vezes, desenvolvem um quadro de leves tremores ou
sacudidas de diversas amplitudes denominadas convulsões
tônicos-clônicas;
Pode ocorrer cianose ou até parada respiratória. Em algumas
ocasiões, há perda do controle dos esfíncteres urinário e anal;
Depois das convulsões a vítima recupera o seu estado de
consciência lentamente. Pode ficar confuso por um certo
tempo e ter amnésia do episódio.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR Conduta durante a crise
convulsiva Proteger a vítima de qualquer perigo, afastando
objetos ao seu redor; Proteger a cabeça da vítima;
Posicionar imediatamente a vítima em decúbito lateral,
evitando que aspire secreções, permitindo a queda da base da
língua e a liberação das VAS;
Ministrar oxigênio por intermédio de máscara facial;
Afrouxar suas vestes.
DIABETES MELLITUS
Definição

O diabetes mellitus é uma doença sistêmica causada pelo excesso


de glicose na circulação sanguínea (hiperglicemia). A falta de
tratamento ou o tratamento inadequado pode resultar em
complicações agudas ou crônicas. O tratamento adequado pode
retardar o aparecimento das complicações.
FISIOPATOLOGIA O excesso de glicose na circulação sanguínea
(hiperglicemia) leva ao fenômeno denominado glicosilação. A
glicose circulante em excesso acaba impregnando os tecidos dos
sistemas circulatório, nervoso, entre outros, causando alterações
funcionais em cada sistema. Desta forma, originam-se as
complicações crônicas no paciente diabético:
Sistema circulatório: as lesões vasculares atingem principalmente
os órgãos alvos (coração, rins, olhos) e aumentam as chances de
IAM, insuficiência renal, cegueira, AVE
SINAIS E SINTOMAS DO COMA HIPEROSMOLAR
Hálito cetótico, que pode confundir com o hálito etílico
(cetoacidose diabética);
Dispnéia: respiração rápida (taquicardia), respiração do
tipo “Cheyne Stokes”;
Desidratação;
Alteração do nível de consciência podendo evoluir ao
coma;
Perda urinária considerável (poliúria), sensação de sede e
fome importantes com ingestão desequilibrada de
líquidos (polidipsia) e alimentos (polifagia); e
Coma (estados hiperosmolares severos).
É importante colher informações sobre os antecedentes
do paciente, lembrando de perguntar sobre o diabetes,
além de doenças pregressas, uso de medicamentos e
infecções prévias
HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia é uma condição onde a quantidade
de glicose circulante no sangue encontra-se abaixo
de 40 mg/dl. Nesta condição, o paciente pode
apresentar sinais e sintomas que podem ser
verificados pelo socorrista, que passa a suspeitar de
um provável quadro hipoglicêmico.
SINAIS CLÍNICOS
Irritação, tremor, sudorese, taquicardia, palidez
podem manifestar-se sem hipoglicemia
moderada.
O paciente evolui para um rebaixamento do nível
de consciência e alteração da coordenação. Em
hipoglicemias mais graves, convulsões e coma
podem surgir e ameaçar a vida do paciente.
PARTO DE
EMERGÊNCIA
colo uterino: extremidade inferior do útero que se dilata permitindo que o
feto entre na vagina;
vagina: canal por onde o feto é conduzido para o nascimento;
saco amniótico: estrutura sacular que se forma no interior do útero é
constituído por uma membrana que envolve o feto e o líquido amniótico;
líquido amniótico: líquido presente dentro do saco amniótico; sua função é
manter a temperatura do feto e protegê-lo de impactos. Durante o parto
concorre para formar a bolsa das águas e lubrificar o canal do parto após a
ruptura das membranas. Sua cor normal é clara (branco opalescente);
quando está ocorrendo anóxia e sofrimento fetal, este líquido torna-se
esverdeado (mecônio);
placenta: órgão especial, formado durante a gravidez, constituída por
tecidos materno e fetal, permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e o
feto. Normalmente expelido ao final do trabalho de parto. Tem formato
discoidal ou ovular, com 15 a 20 cm de diâmetro, com aproximadamente 3
cm de espessura e 500 g de peso, na gravidez de termo; e
cordão umbilical: estrutura constituída por vasos sanguíneos (duas artérias
e uma veia) por intermédio da qual o feto se une a placenta, seu
comprimento varia em média 55 cm.
Dilatação completa do colo de
dd
útero
AVALIAÇÃO INICIAL DA GESTANTE A avaliação inicial de uma gestante é idêntica a
todos as vítimas. Avaliados e corrigidos os problemas que ameaçam a vida de
imediato, deverá o socorrista realizar uma entrevista com a parturiente, extraindo o
maior número de dados possíveis, concomitantemente com a verificação dos sinais
vitais.
Entrevista Identificar-se como socorrista habilitado para prestar o socorro;
Perguntar o nome e a idade da gestante;
1ª fase: inicia com as contrações e termina no momento em que o feto entra no
canal de parto. (dilatação completa do colo do útero);
2ª fase: do momento em que o feto está no canal de parto até o nascimento.
3ª fase: do nascimento até a completa expulsão da placenta, que tem duração de
10 a 30 minutos. sequência do parto (corte lateral) –
Perguntar se é o primeiro filho? Se for primigesto, o trabalho de parto será mais
duradouro. O tempo de trabalho de parto será mais curto a cada parto
subsequente;
Realizou exame pré-natal? Onde?
Quais as observações médicas a respeito?
Há alguma complicação prevista?;
A que horas iniciaram-se as contrações?;
Qual o intervalo entre as contrações? (frequência);
Qual a intensidade das contrações? (tempo de duração);
Houve a ruptura da bolsa amniótica? (perda de líquido);
Aspecto do líquido perdido (coloração, consistência); e
Avaliar a queixa da vítima, se existente, de forte vontade de evacuar, ou de que
sente o bebê saindo pela vagina.
SINAIS DE PARTO IMINENTE
Presença de contrações uterinas de forte intensidade e
frequentes: 5 contrações no intervalo de 10 minutos com duração
acima de 40 minutos cada contração;
Sensação intensa de evacuar; e
Visualização da cabeça do bebê no canal do nascimento
(coroamento). IMPORTANTE
Não permita que a parturiente vá ao sanitário.
Não impeça, retarde ou acelere o processo de nascimento.
O trabalho de parto é um processo lento que pode durar horas,
não se restringindo apenas ao nascimento.
ASSISTÊNCIA AO PARTO
Preparação da Parturiente O socorrista ao avaliar a vítima e constatar a
necessidade de dar assistência ao parto no próprio local deverá adotar as
providências listadas abaixo:
Informe à parturiente ou ao seu responsável que o parto será iminente;
Nos casos em que não houver tempo para transportar ao hospital, obtenha
autorização da parturiente ou de seu responsável para assisti-lo na própria
residência;
Demonstre tranquilidade informando-lhes que a equipe está habilitada a
prestar a assistência ao parto e que dispõem de materiais e equipamentos
adequados para isso;
Assegure a privacidade da parturiente e escolha um local apropriado; 2
Mantenha, sempre que possível, um familiar junto da parturiente durante todo
o atendimento;
Prepare o local onde a parturiente será posicionada. Dê preferência à superfície
plana (cama) e cujo colchão não permita o afundamento do quadril;
Solicite à parturiente que remova as roupas que possam impedir o nascimento,
sem expô-la demasiadamente;
Solicite à parturiente que se deite; mantenha-se em posição ginecológica
(joelhos flexionados e bem separados, e os pés apoiados sobre a superfície que
está deitada); Traga-a para a parte inferior da cama.
Coloque algo (uma almofada ou um cobertor dobrado) debaixo do ombro da
AMPARO E RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO (RN)
Durante a expulsão do RN, apóie sua cabeça, colocando a mão logo
abaixo da mesma com os dedos bem separados. Apenas sustente o
segmento cefálico, ajudando com a outra mão. Não tente puxá-lo; com
os dedos em forma de gancho apóie a nuca e a mandíbula;
Se o parto for expulsivo (a cabeça sai com violência), ampare com
uma das mãos a cabeça do RN, e com os dedos da mão inferior
apóie o períneo para evitar distensão brusca desta região;
Se o cordão umbilical estiver envolvendo o pescoço do RN (circular
de cordão), libere-o com muito cuidado, com um dos dedos, da nuca
em direção à face;
Se a circular de cordão não puder ser liberada, e impedir o
nascimento do bebê, posicione os “clamps” e seccione o cordão
entre eles, com o devido cuidado para não lesar o RN;
Se o bebê nascer envolvido pelo saco amniótico, este pode ser
rompido, fazendo-se uma prega com o dedo indicador e polegar
rasgando-o;
Em geral, a cabeça do RN apresenta-se com a face voltada para
baixo e logo gira para a direita ou à esquerda. Guie cuidadosamente
a cabeça para baixo, sem forçá-la, facilitando assim a liberação do
ombro superior, em seguida guie ligeiramente para cima, facilitando

Você também pode gostar