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GrandeAbordagem
Queimado Pré-Hospitalar
Abordagem Hospitalar
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Grande Queimado -
I
Abordagem Pré-Hospitalar
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Introdução
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A fase de reanimação - Primeiras 24-48 horas após a
queimadura, o doente é internado, é avaliado a gravidade
da lesão e é prestado os primeiros cuidados:
Assegurar a passagem de ar (ventilação do paciente);
Apoiar a circulação através da reposição de líquidos;
Manter o paciente confortável com a administração de
analgésicos;
Manter a temperatura corporal;
Proporcionar apoio emocional
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A fase aguda de tratamento começa no final da fase de
reanimação e prolonga-se até todas as lesões de espessura total
terem sido cobertas com excertos ou lesões de espessura parcial
terem cicatrizado.
A fase de reabilitação visa fazer a pessoas retomar um lugar
útil na sociedade. Há duas preocupações nesta fase:
A restauração da função nas zonas articulares que estão
cicatrizadas
Assistência emocional de que o doente e a sua família
necessitam.
A reabilitação do doente começa efectivamente desde o início
do internamento e prossegue durante toda a hospitalização
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Definição de Queimadura
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Estrutura da pele
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Estrutura da pele
Barreirafísica e mecânica;
Termorregulação (controlo da temperatura corporal);
Protecção contra invasão bacteriana;
Secreção;
Excreção;
Sensação;
Receptora dos raios solares para a formação de
vitamina D.
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Estrutura da pele
Dor intensa;
Edema;
Choque hipovolémico;
Choque neurogénico;
Problemas respiratórios;
Destruição dos tecidos.
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Etiologia
Queimaduras Térmicas
Queimaduras Eléctricas
Queimaduras Química
Queimaduras radiação
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Etiologia
Queimaduras Térmicas
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Etiologia
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Queimaduras Eléctricas
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Etiologia
Queimaduras Químicas
Queimaduras Químicas
Aparentemente, a descoloração da
superfície pode ser idêntica até o tecido
começar a soltar-se, dias mais tarde.
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Etiologia
Queimaduras por Frio
Profundidade da queimadura;
Extensão da queimadura;
Idade da vítima;
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Classificação da gravidade das
queimaduras
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Classificação da gravidade das
queimaduras
Grande Queimadura
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Classificação da gravidade das
queimaduras
Queimadura moderada
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Classificação das queimaduras –
profundidade
As queimaduras são classificadas, da seguinte forma:
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Classificação das queimaduras –
profundidade
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Queimadura 1º Grau
Classificação das queimaduras –
profundidade
Segundo Grau ou espessura parcial profunda:
Queimadura 2º Grau
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Classificação das queimaduras –
profundidade
▪ Cicatrização em 10 a 21 dias
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Classificação das queimaduras –
profundidade
Bolhas e exsudação
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Classificação das queimaduras –
profundidade
Terceiro Grau ou espessura completa
Queimadura 3º Grau
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Classificação das queimaduras –
profundidade
Insensível
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Classificação das queimaduras –
profundidade
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Queimadura de
Espessura Parcial
Superficial
Queimadura de
Espessura Parcial
Profunda
Queimadura de
Espessura Total
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Classificação da gravidade das
queimaduras -extensão
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Classificação da gravidade das
queimaduras -extensão
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Queimaduras - Extensão da queimadura
Regra
dos Nove
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Queimaduras - Extensão da queimadura
Regra
14
%% dos Nove
%
e
Fr nte
18%
9%
18% 9%
s
Trá
18%
Frente
9%
18%
9%
Trás 14%
18%
16% 16%
14%
1 Ano
45
5 Anos
Primeiros Cuidados
50
Primeiros Cuidados
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Abordagem Pré-Hospitalar
No caso de fogo
Extinguir as chamas
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Abordagem Pré-Hospitalar
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Abordagem Pré-Hospitalar
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Abordagem Pré-Hospitalar
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Abordagem Pré-Hospitalar
Simultaneamente um profissional obtém um acesso venoso periférico, de preferência utilizando a área não queimada,
para a administração de lactato de Ringer (para corrigir a volémia e as alterações hidroelectrolíticas) com um volume
de cerca de 2000ml e 20ml/kg em crianças.
FORMULA DE PARKLAND
50% 1ªs 8H
Enquanto transportamos a vítima para o hospital é realizado um exame secundário a fim de detectar problemas que
não foram detectados no exame primário.
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Abordagem Pré-Hospitalar
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Abordagem Pré-Hospitalar
Medicação - analgesia
MORFINA
KETAMINA
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Abordagem Pré-Hospitalar
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Grande Queimado -
II
Abordagem Hospitalar
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Sumário
Exame primário;
Exame secundário;
Outros cuidados:
Analgesia;
Prevenção de Infecção;
Profilaxia da Ulcera de Curling;
Tratamento da ferida;
- Casos particulares
Critérios de transferência para um centro de
queimados;
Conclusão 65
Exame primário
B – Breathing (ventilação/respiração)
A principal causa de morte num incêndio é a inalação de gases nocivos e não a lesão
térmica em si. Apesar de assegurar a permeabilidade da via aérea, a ventilação pode
não ser eficaz devido à inalação de fumo. O monóxido de carbono (CO) e o cianeto
de hidrogénio, são os principais produtos tóxicos implicados.
A intoxicação por CO, caracteriza-se por pele de coloração entre o rosado e rubro,
dispneia, taquipneia, cefaleias, vertigens e náuseas. Nos casos mais graves pode
surgir isquemia do miocárdio e alterações do SNC, devido à diminuição da Pa O2 no
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sangue.
Exame primário
Assim sendo, a gasimetria arterial deve ser efectuada de uma forma seriada, com
o
intuito de obter o nível de carboxi-hemoglobina (HbCO).
Com níveis até 15% – raramente existem sintomas, e estes valores podem
ser normais no organismo de um fumador;
Os níveis entre 15% e 40% – estão associados a diversas perturbações,
como seja cefaleias, confusão, fadiga, e perturbações visuais.
Os níveis entre 40% e 60% – podem verificar-se alucinações e coma;
Os níveis superiores a 60% – morte.
O2
70
100%
Exame primário
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Exame primário
As queimaduras circulares de
espessura total do pescoço e tórax
(fig.) podem não só impedir a
circulação, como também causar
insuficiência respiratória do tipo
restritivo. Desta forma, deve-se
avaliar frequentemente a frequência
respiratória (12-20 ciclos/m. –
adulto; 20-25 ciclos/m. – criança),
bem como a amplitude torácica. Queimadura circular de espessura total
de pescoço e tórax.
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Exame primário
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Escarotomia Torácica
Exame primário
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Exame primário
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Exame primário
Deve evitar-se:
Os acessos venosos ao nível dos membros inferiores devido ao risco
acrescido de tromboflebite;
Assim, nas primeiras 24h, deve ser administrado 4ml de uma solução de LR
por peso corporal por percentagem de área de superfície corporal queimada.
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Exame primário
Seja qual for a fórmula utilizada para a reposição de líquidos, trata-se apenas de uma orientação. A
quantidade de liquido efectivamente administrada a qualquer utente, deve basear-se na sua resposta
individual. As respostas clínicas desejadas à reposição de líquidos incluem:
Para além da vigilância clínica (FC, TA, Sat. O2, temp., dor) recomenda-se
monitorizar o ECG (fundamentalmente nas vitimas electrocutadas).
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Exame primário
O processo da queimadura eléctrica pode produzir uma
profunda alteração do equilíbrio acído-base e a produção de
mioglobinúria que ameaça seriamente o sistema renal. Devem
fazer-se precocemente análises de urina a fim de determinar o
nível de mioglobina. Se a urina apresentar cor escura, cor de
vinho do porto, tem que se admitir a existência de
mioglobinúria e acidose. O melhor tratamento consiste na
administração rápida de líquidos.
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Exame primário
Não existe uma fórmula de cálculo da reposição hídrica no caso de
lesões elétricas. Faz-se infusão de uma solução de LR, 1 a 2
litros/hora, no adulto médio, até o utente mostrar sinais de reposição
adequada e força-se a diurese com manitol para facilitar a excreção de
mioglobina.
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Exame primário
Ausênciade pulso;
Aumento do tempo de preenchimento capilar;
Palidez;
Dor profunda;
Parestesias;
Paralisia. 87
Exame primário
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Exame primário
A avaliação neurológica do utente deve ser feita de uma forma seriada, baseando-se
na escala de coma de Glasgow, tamanho, simetria/assimetria pupilar e reactividade à
luz. As alterações no estado neurológico podem estar relacionadas com traumatismo
craniano que tenha ocorrido em simultâneo com a queimadura, hipoperfusão
relacionada com a hipovolémia, hipoxémia associada à ventilação insuficiente,
envenenamento por CO e/ou desequilíbrio electrolítico.
Devem ser removidas todas as roupas e adornos, afim de avaliar possíveis lesões que
possam ter passado despercebidas. Se a roupa estiver aderente à pele, deve ser recortada
e os fragmentos aderentes embebidos em S.F.
Por tais motivos, deve-se avaliar a temperatura do utente logo que possível,
após a sua chegada e verifica-la no espaço de uma hora (a temperatura central,
deve ser mantida entre 37,5 ºC e 38,5ºC). A perda de calor será minorada se se
mantiver o utente tapado, até ser possível prestar cuidados adequados (as
feridas devem ser mantidas cobertas com um lençol esterilizado e se possível
com uma manta isotérmica – funciona como isolante térmico e/ou protecção
contra contaminação). Deve-se também utilizar fluidos E.V. tépidos e manter
um ambiente aquecido e húmido.
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Exame Secundário
Consiste numa abordagem mais detalhada do utente, tendo em vista identificar em pormenor a existência de
outros problemas para além das queimaduras óbvias. Além do exame objectivo da vítima, é muito importante para
o tratamento saber a história do acidente. Para tal, em paralelo com exame primário deve-se proceder a uma
recolha detalhada de informação sobre:
C – Circunstância do acidente;
A – Alergias;
M – Medicação habitual (questionar também sobre tratamentos já feitos e imunizações anteriores, especialmente
tétano);
U – Ultima refeição (quantidade de alimentos que ingeriu e hora).
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Na avaliação secundária, nunca devemos esquecer de considerar a hipótese de lesão oculta (trauma ou queimadura)
especialmente perante cenário de explosão ou queda.
Outros Cuidados
Analgesia – Controlo da Dor: a administração de morfina por via E.V (em doses pequenas e
frequentes) é talvez a melhor forma para reduzir o desconforto e a ansiedade.
Nos grandes queimados, faz-se a imunização contra tétano, mesmo que a imunização anterior tenha
sido efectuada há menos de 10 anos. Se o utente nunca fez a imunização ou subsistirem duvidas
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quanto a mesma, deve fazer Imunoglobulina humana antitetânica e Imunização contra o tétano.
Outros Cuidados
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Outros Cuidados
O utente pode desenvolver uma úlcera de stress “Curling” – que se não for prevenida ou tratada
atempadamente, evolui para perfuração. Por tal facto, a profilaxia desta úlcera, deve ser iniciada nas
primeiras 24h. Sendo assim, deve-se:
Manter o ácido gástrico com pH acima de 5 (fazer teste tipo combur), pela administração de
antiácidos ou anti-histamínicos H2 – ranitidina E.V. ou cimetidina E.V. de modo a evitar o
aparecimento;
O tratamento da ferida resultante da queimadura, deve ser adiado até que o utente esteja
estabilizado.
Cobrir a área queimada com gase gorda e posteriormente com compressas embebidas;;
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Tratamento da Ferida
Casos Particulares
Na avaliação das queimaduras químicas, para alem do cálculo da extensão da
queimadura é necessário identificar uma eventual lesão inalatória e suspeitar de
toxicidade sistémica. É exemplo disso a queimadura por ácido fluorídrico que apresenta
risco de morte por hipocalcémia e hipomagnesiémia. As manifestações incluem
hipotensão, prolongamento do intervalo QT, arritmias ventriculares e paragem cardíaca.
As queimaduras com acido fluorídrico são sempre profundas e dolorosas e a vítima deve
efectuar tratamento específico local com:
100
Tratamento da Ferida
Casos Particulares
As feridas devem ser tratadas como uma queimadura térmica.
Poderão ser cobertas com pensos, contudo estes não devem
interferir na avaliação do compromisso circulatório e eventual
sindroma do compartimento.
Queimaduras que envolvam a face, mãos, pés, área perineal ou genital ou articulações;
Queimaduras químicas;
Queimaduras eléctricas;