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Primeiros Socorros e Atendimento Hospitalar à Vítima de Queimaduras | 1

Sumário
INTRODUÇÃO E REVISÃO SOBRE A PELE HUMANA 5
A Pele
Epiderme
Derme
Hipoderme

QUEIMADURAS 6
Causas comuns

CLASSIFICAÇÕES DE QUEIMADURAS 9
Primeiro grau
Segundo grau
Terceiro grau
Quarto grau

MECANISMOS DE DOR NO PACIENTE VÍTIMA DE QUEIMADURA 13


REGRA DOS NOVE

EXTENSÃO DA QUEIMADURA 14
REGRA DOS NOVE
Peculiaridades da Criança e tabela de Lound & Browder
CLASSIFICAÇÃO DA EXTENSÃO CORPORAL DO QUEIMADO
Pequeno queimado
Médio queimado
Grande queimado
Gravidade das Queimaduras

TRATAMENTO 18
TRATAMENTO POR TIPO DE GRAVIDADE
NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Queimaduras por fogo
Queimaduras elétricas
Queimaduras químicas
TRATAMENTO NA SALA DE EMERGÊNCIA
CRITÉRIOS DE TRANSFERÊNCIA DE PACIENTES PARA UNIDADES DE
TRATAMENTO DE QUEIMADURAS

REFERÊNCIAS

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Introdução
Revisão Sobre
a Pele Humana

começar
INTRODUÇÃO E REVISÃO
SOBRE A PELE HUMANA

Entre os órgãos atingidos pelas tetor. Cada uma com características


queimaduras, a pele é a mais fre- e funções diferentes.
quentemente afetada, por esta ra-
Epiderme
zão e, para facilitar a compreensão
ao sistema de classificação de quei- É a camada mais externa da pele,
maduras faremos uma breve revisão aquela que você pode ver a olho
sobre a pele humana. nu. A principal função da epiderme
é formar uma barreira protetora do
A Pele
corpo, protegendo contra danos ex-
A pele é um órgão vital, o maior do ternos e dificultando a saída de água
corpo humano, e corresponde a 16% (do organismo) e a entrada de subs-
do peso corporal. Sem a pele a sobre- tâncias e de micróbios no organismo.
vivência seria impossível. Ela exerce Na epiderme estão os melanócitos,
diversas funções, como: regulação as células que produzem melanina,
térmica, defesa orgânica, controle o pigmento que dá cor à pele. A epi-
do fluxo sanguíneo, proteção contra derme também origina os anexos da
diversos agentes do meio ambiente pele: unhas, pelos, glândulas sudorí-
e funções sensoriais (calor, frio, pres- paras e glândulas sebáceas.
são, dor e tato).
Derme
Esta barreira de proteção vem das
É a camada intermediária da pele,
células da epiderme e derme, secre-
formada por fibras de colágeno, elas-
ção de sebo e suor, formando uma
tina e gel coloidal, que dão tonicida-
capa especial, como um manto pro-

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de, elasticidade e equilíbrio à pele, forme a constituição física de cada
e por grande quantidade de vasos pessoa. Ela apóia e une a epiderme e
sanguíneos e terminações nervosas. a derme ao resto do seu corpo. Além
Essas terminações nervosas rece- disso, a hipoderme mantém a tem-
bem os estímulos do meio ambiente peratura do seu corpo e acumula
e os transmitem ao cérebro, através energia para o desempenho das fun-
dos nervos. Estes estímulos são tra- ções biológicas.
duzidos em sensações, como dor,
frio, calor, pressão, vibração, cócegas Figura 1 – Esquema representando
e prazer. É na derme que estão loca- as camadas da pele.
lizados os folículos pilosos, os nervos
sensitivos, as glândulas sebáceas,
responsáveis pela produção de sebo,
e as glândulas sudoríparas, respon-
sáveis pelo suor.
Hipoderme
É a terceira e última camada da
pele, formada basicamente por cé-
lulas de gordura. Sendo assim, sua
espessura é bastante variável, con-

QUEIMADURAS

As queimaduras são agravos decor- sos com mais de 70 anos. Apesar da


rentes de agentes térmicos, elétricos elevada sobrevivência, a maioria dos
e químicos, para os quais se estima a pacientes enfrenta um longo perío-
ocorrência de 195.000 mortes a cada do de recuperação, além da presen-
ano. As maiores taxas de mortalida- ça de limitações físicas e emocionais.
de por queimaduras correspondem
O conceito de queimadura é amplo,
a crianças menores de 5 anos e ido-
mas basicamente compreende uma

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lesão nos tecidos orgânicos causada lógico da vítima, o que acarreta re-
por algum trauma gerado pela libe- percussões sistêmicas importantes,
ração de calor proveniente de fontes: com consequências sobre o quadro
térmica, elétrica, química e outras. clínico geral do paciente.
Esse trauma pode apresentar-se A maioria das queimaduras ocorre
com lesões simples ou graves; isso em crianças e adolescentes, na cozi-
dependerá de sua profundidade, ex- nha e na presença de um adulto. Em
tensão e localização. Esses fatores muitos casos o tratamento é muito
determinarão as diversas classifica- doloroso, demorado e deixa marcas
ções das queimaduras. Tais agravos para sempre.
podem ser classificados como quei-
As lesões por queimadura não são
maduras de primeiro grau, de se-
isoladas à pele, queimaduras exten-
gundo grau ou de terceiro grau.
sas na maioria das vezes é uma le-
A avaliação da extensão da quei- são multissistêmica. O que causa a
madura, em conjunto com a profun- morte na maioria das vezes não é
didade, a eventual lesão inalatória, relacionada aos ferimentos por quei-
o politrauma e outros fatores deter- madura, mas as complicações rela-
minarão a gravidade do paciente. O cionadas à insuficiência respiratória.
processo de reparação tecidual do
O atendimento ao paciente quei-
queimado dependerá de vários fa-
mado é tarefa delicada e específica.
tores, entre eles a extensão local e a
Exige cuidados emergenciais e tera-
profundidade da lesão. A queimadu-
pêuticos de uma equipe multiprofis-
ra também afeta o sistema imuno-
sional.

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O planejamento do cuidado deve objetivar uma reabilitação completa e
com a menor quantidade de sequelas possíveis. As sequelas deixadas pelas
queimaduras afetam a qualidade de vida dos pacientes, produzindo im-
pactos emocionais e sociais que perduram muito tempo cabendo portanto
avaliação e acompanhamento psicológico.

Causas comuns:
• Escaldadura (queimadura
por líquidos quentes) – é a princi-
pal causa em menores de 5 anos.
• Contato com fogo e ob-
jetos quentes – as queimadu-
ras por chamas são mais graves,
atingem maior extensão e pro-
fundidade da pele. O álcool é um
importante agente causador.
• Queimadura provocada
por substâncias químicas – a in-
gestão de soda cáustica continua
sendo a maior fonte de queima-
duras químicas em crianças. As
pequenas pilhas, as baterias de
relógios e de aparelhos eletrôni-
cos representam perigo por pos-
suir conteúdo corrosivo.
• Queimadura por exposição
à eletricidade – os acidentes por
fios e aparelhos elétricos acome-
tem mais as crianças menores de
5 anos. Também são vítimas os
adolescentes que ao empinar ou
retirar pipas da rede elétrica têm
contato com fios de alta tensão.
• Exposição excessiva ao sol.

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CLASSIFICAÇÕES DE QUEI-
MADURAS

Quanto à profundidade, as queimaduras são classificadas como:

Primeiro grau:

• Possui espessura superficial.


• Queimadura solar é a mais co-
mum.
• Afeta somente epiderme, sem
formar bolhas.
• Provoca vermelhidão, dor, ede-
ma, descamam 4-6 dias.
• Quando grandes áreas são afe-
tadas há risco de desidratação
se não houver devida hidratação
oral, principalmente em crianças
e idosos.

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Segundo grau:
• Espessura parcial: superficial e
profunda.
• Afeta epiderme e derme, com
bolhas ou flictenas.
• Base da bolha rósea, úmida,
dolorosa (superficial).
• Base da bolha branca, seca, in-
dolor (profunda) devido a danos
nos nervos. No entanto, deve ser
considerada dor na região devido Observação: A pele da bolha não é normal e por isso não
serve como barreira protetora, além disso, manter a bolha
a lesões adjacentes. intacta impede a aplicação de antibióticos tópicos dire-
tamente na lesão, por estes motivos é realizado o desbri-
• Restauração das lesões entre 7 damento da região quando o paciente chega ao hospital.
Bolhas que já se romperam devem ser cobertas com cura-
e 21 dias. tivo limpo e seco.

Terceiro grau:
• Espessura total.
• Indolor (devido a danos nos
nervos), no entanto deve ser con-
siderada dor devido a lesões ad-
jacentes.
• Placa esbranquiçada ou ene-
grecida.
• Textura coreácea.
• Não reepitelizam, necessitam
de enxertia de pele (também in-
dicado no II Grau profundo)
• Em casos graves a pele terá
aparência chamuscada com visí-
vel trombose/coagulação de va-
sos sanguíneos.

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Figura 2 – Esquema representando a pele com queimadura. Nas queima-
duras de primeiro grau apenas a epiderme é atingida. Nas de segundo grau
há acometimento da epiderme e da derme, enquanto nas de terceiro grau
até mesmo o tecido subcutâneo (adiposo) é atingido.

Quarto grau:
Algumas literaturas mencio-
nam ainda na classificação de
profundidade a queimadura de
quarto grau (Fig.3 e 4). Ela atin-
ge o tecido adiposo subjacente,
músculos, ossos e até órgãos in-
ternos. São, portanto, queimadu-
ras de espessura total e lesão de
tecido profundo. Podem ser ex-
tremamente debilitantes e desfi-
gurantes à pele, tecido e estrutu-
ras subjacentes.

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Figura 3. Esquema demonstrando queimadura de quarto grau.

Vimos portanto que essa classificação de queimaduras é feita tendo-se em


vista a profundidade do local atingido. Que nem sempre será tão simples
de ser definida, é que a queimadura que pode parecer de espessura parcial
(segundo grau) mostrará ser de espessura total em 24 a 48 horas. Isso por-
que depois de realizar o desbridamento no ambiente hospitalar a epiderme
se separa, revelando uma escara branca revelando ser uma queimadura de
terceiro grau por debaixo. Portando, o profissional poderá aguardar até 48
horas, realização de desbridamento para então classificar a profundidade
da lesão.
Atenção!

Segundo o manual de PHTLS, há uma concepção equivocada de que


queimaduras de espessura total são indolores, devido ao fato de que
a lesão destrói as terminações nervosas do tecido queimado. Doentes
com essas queimaduras têm vários graus de dor. Queimaduras de es-
pessura total normalmente são cercadas por queimaduras de espessura
parcial e superficial. Os nervos nessas áreas ficam intactos e continuam
a transmitir sensações de dor dos tecidos lesionados.

Atentar para a temperatura e corrente de ar no ambiente onde o pa-


ciente se encontra

Quando há uma queimadura de espessura parcial milhares de nervos fi-


cam expostos e as correntes de ar no ambiente produzem dor no doente
quando entram em contato com os nervos expostos da ferida. Ao manter as
queimaduras cobertas, o doente sente menos dor.

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MECANISMOS DE DOR
NO PACIENTE VÍTIMA DE
QUEIMADURA

A dor presente logo após a queimadura é devida à estimulação direta e à


lesão de nociceptores presentes na epiderme e na derme. A resposta infla-
matória inicia-se minutos após a lesão e leva à liberação de inúmeros irri-
tantes químicos que sensibilizam e estimulam os nociceptores no local por
vários dias. O local permanece doloroso e sensível a estímulos mecânicos e
térmicos, com hiperalgesia primária.
A alteração de sensibilidade a estímulos mecânicos observada em teci-
dos adjacentes à lesão é denominada de hiperalgesia secundária. À medi-
da que a resposta inflamatória cessa, a qualidade da dor sofre alterações.
A intensidade da dor varia, mas é tipicamente máxima em locais de perda
cutânea, assim como em áreas doadoras de tecido.
Em caso de queimaduras profundas, a destruição inicial das terminações
nervosas leva a uma insensibilidade local. Nessas áreas pode haver uma re-
generação desordenada de tecido nervoso, o que irá predispor ao apareci-
mento de dor neuropática. Estima-se que até 52% dos pacientes vítimas de
queimaduras apresentem cronificação da dor.

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EXTENSÃO DA QUEIMA-
DURA

LEMBRE-SE! A avaliação da extensão da queimadura é necessária para


reposição adequada de fluidos, impedindo as complicações associadas
ao choque hipovolêmico.

A criança apresenta algumas peculiaridades que a tornam


mais hidrolábil, favorecendo o aparecimento mais precoce
da desidratação. A primeira é a maior quantidade de água
total do organismo: 80% no recém-nascido, 60% à idade de
um ano e 58% no adulto. Outra característica é o percentual
da distribuição dos líquidos no compartimento extracelular,
logo disponíveis para perdas: 40% no recém-nascido, 25% à
idade de um ano e 18% no adulto.

O cálculo da extensão do agravo é classificado de acordo com a idade.


Nestes casos, normalmente utiliza-se a conhecida regra dos nove, criada
por Wallace e Pulaski, que leva em conta a extensão atingida, a chamada
superfície corporal queimada (SCQ). Para superfícies corporais de pouca
extensão ou que atinjam apenas partes dos segmentos corporais, utiliza-se
para o cálculo da área queimada o tamanho da palma da mão (incluindo os
dedos) do paciente, o que é tido como o equivalente a 1% da SCQ.
Pode-se considerar que a silhueta da mão da própria criança corresponde
a 1% de SCQ e, por exemplo, se a criança queimar uma área do corpo corres-
pondente ao tamanho de duas mãos espalmadas ela queimou 2% de SCQ.
“REGRA DOS NOVE”:
Nesta regra o corpo é dividido em onze áreas, cada uma representando 9%

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do total. Nos adultos, cada membro inferior e o tronco anterior e posterior
correspondem a 18% cada, enquanto cada membro superior e a cabeça va-
lem 9% (Ver figuras a seguir). Este cálculo permite fornecer uma estimativa
rápida da área queimada e só se aplica a queimaduras de segundo e tercei-
ro graus.
Com relação ao percentual na criança, há divergência na literatura com re-
lação a outros valores. Na imagem contida na cartilha do Ministério da Saú-
de a cabeça e pescoço da criança tem 21% e as pernas 12%, porém outras
literaturas trazem a cabeça e pescoço com percentual de 18% e as pernas
com 13,5% (Ver figuras a seguir).
Áreas nobres / queimaduras especiais: Ocular, auricular, face, pescoço, mão,
pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, co-
xo-femural, joelho, tornozelo), genital; assim como queimaduras profundas,
que atingem estrutura profunda como osso, músculo, tendão, nervo e/ou
vaso desvitalizado.

Figuras Demonstrando a Porcentagem da Extensão da Queimadura

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Peculiaridades da Criança:
A criança possui ainda maior su-
perfície corporal em relação ao peso,
sendo essa relação 1,5 vez maior no
recém-nascido do que na criança de
10 anos e três vezes maior se com-
parada com o adulto. Por esta ra-
zão você poderá encontrar também
o cálculo da superfície corporal na
criança variando conforme a faixa
etária, como pode ser visto na tabela
de Lound & Browder.

% DOS SEGMENTOS QUE VARIAM COM A IDADE (ANOS)


Tabela 1 - Cálculo da Superfície Corporal – Lund & Browder modificada. %
dos segmentos que variam com a idade (anos)
Segmento <1 1a4 5a9 10 a 14 15 ≥15
Cabeça 19% 17% 13% 11% 9% 7%
Coxa 5,5% 6,5% 8,0% 8,5% 9% 9,5%
Perna 5% 5% 5,5% 6% 6,5% 7%

% DOS SEGMENTOS QUE NÃO VARIAM COM A IDADE


Tabela 1 - Cálculo da Superfície Corporal – Lund & Browder modificada. %
dos segmentos que não variam com a idade (anos)
SEGMEN- <1 1A4 5A9 10 A 14 15 ≥15
TO
PESCOÇO 2%
TRONCO 26%
BRAÇO 4%
ANTEBRA- 3%
ÇO
MÃO 2,5%
NÁDEGA 2,5%
PÉ 3,5%
GENITAL 1,0%

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CLASSIFICAÇÃO DA EXTENSÃO CORPORAL DO QUEIMADO

Classificação Adultos Crianças


Pequeno queimado Queimaduras de segundo Queimaduras de segundo
grau abaixo de 10% ou ter- grau abaixo de 5%
ceiro grau abaixo de 5%.
Médio queimado Queimaduras de segundo Queimaduras de segundo
grau de 10 a 25% ou terceiro grau entre 5 e 15%
grau em torno de 10%.
Grande queimado Queimaduras de segundo Queimaduras de segundo
grau acima de 25% ou ter- grau acima de 15%.
ceiro grau acima de 10%

Obs.: Queimadura de terceiro grau acima de 3% são relevantes na criança.

GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS

A gravidade de uma queimadura deve sempre considerar os seguintes as-


pectos: 1. Grau da queimadura; 2. Percentagem da superfície corporal quei-
mada - SCTQ; 3. Localização da queimadura; 4. Complicações que a acom-
panham; 5. Idade da vítima; e 6. Enfermidades anteriores da vítima.

Quadro de queimadura leve


A queimadura é considerada leve nas seguintes situações:
Menos de 10% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau.
Menos de 5% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º
grau.
Menos de 2% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.

Quadro de queimadura moderada


A queimadura é considerada moderada nas seguintes situações:
10 a 20% da superfície corporal de um adulto com queimaduras de 2º grau.
5 a 10% da superfície corporal de uma criança ou idoso com queimaduras de 2º grau.
2 a 5% da superfície corporal com queimaduras de 3º grau.
Suspeita de queimaduras do trato respiratório por inalação de ar quente.
Queimaduras leves em pacientes com doenças que predisponham infecções, tais
como imunossupressão, diabetes ou anemia falciforme.
Queimaduras em formato circunferencial, tipo pulseira, colar ou bracelete.

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Quadro de queimadura grave
A queimadura é considerada grave nas seguintes situações:
Extensão >20% em adultos e >10% em crianças;
Idade <3 anos em adultos e > 50 anos;
Lesão inalatória ou tórax;
Politrauma e doenças prévias associadas;
Queimadura química;
Trauma elétrico;
Áreas nobres:
Violência / maus tratos.

TRATAMENTO

Os objetivos do tratamento de queimaduras são promover alívio da dor,


prevenir o ressecamento da área, possibilitar que o ambiente fique apro-
priado para a cura das lesões e minimizar as chances de infecção.
TRATAMENTO POR TIPO DE GRAVIDADE NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPI-
TALAR
O primeiro passo é interromper o progresso da queimadura. Recomenda-
-se remover as fontes de calor imediatamente. Em seguida, realizar avalia-
ção primária e secundária.

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Queimaduras por fogo (em caso de incêndios e chamas)
• A vítima deve deitar no chão e rolar de um lado para o outro para extin-
guir as chamas, ou então, usar um casaco, toalha ou cobertor para abafá-las
(Fig. 5). Durante o incêndio, arrastar-se embaixo da fumaça evita intoxica-
ção. Muitas das mortes são causadas pela inalação da fumaça e de gazes
tóxicos.
• Pacientes vítimas de queimaduras em ambientes fechados (casa, auto-
móvel) têm risco de lesão de vias aéreas e inalação de fumaça. Qualquer
pessoa que apresentar queimaduras na face ou lábios, com edema, rouqui-
dão, tosse irritativa, dificuldade respiratória, deve ter prioridade de atendi-
mento devido ao risco de obstrução respiratória.

Figura 5. Ilustração demonstrando técnicas para extinção de chamas.

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Queimaduras elétricas
• Desligue o interruptor da chave
• Afaste a vítima da corrente elétrica.
• Remova a vítima do condutor com material isolante (cabo de vassou-
ra, tapete de borracha).
• Verifique se a vítima está respirando e com o coração batendo. Se es-
tiver em parada cardiorrespiratória inicie as manobras de ressuscitação en-
quanto aguarda o SAMU -192. VER CURSO DE APH EMERGÊNCIA 1
• Resfrie as lesões com água em temperatura ambiente (PHTLS).

Atenção! O uso de água gelada ou gelo não é recomendado, uma vez


que podem causar vasoconstrição evitando o fluxo sanguíneo neces-
sário para minimizar a lesão resultante. Argumenta-se que a aplicação
destes pode reduzir a dor, no entanto essa analgesia ocasionará destrui-
ção adicional de tecido.

Queimaduras químicas
• O socorrista deve evitar contato com o agente químico.
• Remova as roupas da vítima caso estejam afetadas pelo agente cau-
sador da queimadura, e retire o excesso com uso de água corrente, se quei-
maduras oculares – mantenha irrigação até o ambiente hospitalar.
• Identifique o agente causador: ácido, base ou composto orgânico.
• Avalie: concentração, volume e tempo de contato
• A simples suspeita de ingestão de substância corrosiva (soda cáustica,
amônia, limpa alumínio, limpa forno, baterias e pilhas) deve ser considerada
uma emergência, mesmo que a vítima se apresente sem sintomas. Ocor-
rência comum em crianças.
• A face e a boca devem ser lavadas com água na tentativa de livrar a
criança de qualquer partícula cáustica residual.
• Manter a vítima em jejum (não oferecer nem água) e não induzir vô-
mitos até que seja avaliada por médico do serviço de referência. Pode ser
necessária a realização de endoscopia digestiva.

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TRATAMENTO NA SALA DE EMER- em crianças.
GÊNCIA
7) Hidratação
•1) Vias aéreas (avaliação):
• Acesso Venoso: Obter prefe-
• Avaliar presença de corpos es- rencialmente acesso venoso periféri-
tranhos, verificar e retirar qualquer co e calibroso mesmo em área quei-
tipo de obstrução. mada. Somente na impossibilidade
desta, utilizar acesso venoso central.
• Atentar para edema.
VER CURSO DE INJETÁVEIS EMER-
2) Respiração GÊNCIA 1
• Aspirar vias aéreas superiores,
Obs.: É necessário administra-
se necessário.
ção de grandes quantidades de
• Administração de O2 a 100% fluidos EV ao longo do primeiro
(máscara umidificada) e na suspei- dia pós queimadura para evitar
ta de intoxicação por CO manter por que o doente entre em choque
3h. hipovolêmico. Pois o mesmo per-
de uma quantidade substancial
• Suspeita de lesão inalatória: de fluido intravascular na forma
queimadura em ambiente fechado, de edema de corpo e também
face acometida, rouquidão, estridor, pela evaporação no local da quei-
escarro carbonáceo, dispnéia, quei- madura. No entanto, fluido em
madura nas vibrissas, insuficiência excesso pode dificultar o trata-
respiratória. Cabeceira elevada (30°). mento e piorar as lesões, por isto
• Intubação orotraqueal se: Es- é importante a aplicação do cál-
cala de coma Glasgow<8, PaO2 <60, culo de hidratação.
PaCO2>55 na gasometria, dessatura-
ção<90 na oximetria, edema impor- Cálculo da hidratação:
tante de face e orofaringe.
Fórmula de Parkland = 2 a 4ml x %
3) Avaliar queimaduras circulares SCQ x peso (kg):
– tórax, membros superiores, mem-
bros inferiores, perfusão distal e as- • 2 a 4ml/kg/% SCQ para crianças e
pecto circulatório (oximetria de pul- adultos.
so). •Idosos, portadores de insuficiên-
4) Avaliar traumas associados, do- cia renal e de insuficiência cardía-
enças prévias ou outras incapacida- ca congestiva (ICC) devem ter seu
des. Providências imediatas. tratamento iniciado com 2 a 3ml/
kg/%SCQ e necessitam de observa-
5) Expor área queimada ção mais criteriosa quanto ao resul-
6) Sonda vesical de demora para tado da diurese.
controle de diurese para queimadu- • Use preferencialmente soluções
ras acima de 20% em adultos e 10% cristaloides (ringer com lactato).

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• Faça a infusão de 50% do volume calculado nas primeiras 8 horas e 50%
nas 16 horas seguintes.
• Considere as horas a partir da hora da queimadura.
• Mantenha a diurese entre 0,5 a 1ml/kg/h.
• No trauma elétrico, mantenha a diurese em torno de 1,5ml/kg/hora ou até
o clareamento da urina.
•Observe a glicemia nas crianças, nos diabéticos e sempre que necessário.
•Na fase de hidratação (nas 24h iniciais), evite o uso de coloide, diurético e
drogas vasoativas.

Exemplo de cálculo da hidratação:


Homem 100 Kg
Vítima de queimadura após explosão
Hora do trauma: 8h
Hora de chegada no hospital: 10h
Intervenções no pré-hosp: 2 acessos venosos periféricos e infusão de
200 mL de RL
Lesões: queimaduras de 2º e 3º graus em tórax anterior e MMII (face
anterior)
Calcule o volume a ser infundido e a velocidade de infusão
Fórmula de Parkland: 4mL x Kg x %SCQ
Peso: 100 Kg
SCQ: 36%
Volume total: 14.400 mL, sendo:
7.000 mL (10h às 16h) – 200mL já foi administrado pela equipe do pré-
-hospitalar
7.200 mL (16h às 8h).

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8) Tratamento da dor: - Aplicar sulfadiazina de prata nas
primeiras 48-72 horas, objetivando
Instale acesso intravenoso e admi-
evitar infecção;
nistre:
- Aplicar tópico desbridante quími-
• Para adultos:
cos até remover o tecido necrosado;
Dipirona = de 500mg a 1 grama
- Aplicar tópico que estimule a epi-
em injeção endovenosa (EV); ou
telização. Embora já existam tópicos
Morfina = 1ml (ou 10mg) diluído contendo fatores do crescimento
em 9ml de solução fisiológica (SF) a que vão reduzir metade do tempo
0,9%, considerando-se que cada 1ml para ocorrer a epitelização (Regra-
é igual a 1mg. Administre de 0,5 a nex, epifast, invitrix), ainda não são
1mg para cada 10kg de peso. amplamente difundidos no merca-
do pelo seu elevado custo5.
• Para crianças: Dipirona = de 15 a
25mg/kg em EV; ou Curativo exposto na face, períneo; e
oclusivo em quatro camadas (antibi-
Morfina = 10mg diluída em 9ml ótico tópico no raion ou morin, gaze
de SF a 0,9%, considerando-se que absorvente, algodão e atadura de
cada 1ml é igual a 1mg. Administre crepe) nas demais partes do corpo.
de 0,5 a 1mg para cada 10kg de peso.
Observações:
9) Medidas Gerais e Tratamento da
Ferida: Curativo oclusivo: Deve ser sufi-
cientemente grosso para não passar
O objetivo é controlar o crescimen- as secreções da ferida, manter o pa-
to bacteriano, remover o tecido des- ciente aquecido e permitir um mi-
vitalizado e estimular a epitelização, croclima de umidade que favoreça
ou preparar o leito receptor para rea- o crescimento das células epiteliais,
lizar a autoenxertia com sucesso. evitando a penetração de germes e
Posicionamento: cabeceira ele- dos raios ultravioletas. Está indicado
vada; pescoço em hiperextensão; em todas as áreas do corpo, exceto o
membros superiores elevados e ab- rosto e genitais porque as secreções
duzidos, se lesão em pilares axilares. normais destas regiões vão exigir
trocas frequentes, sendo mais eficaz
Administração da profilaxia do Té- para estas áreas o curativo úmido. A
tano (Toxóide tetânico), da úlcera do frequência das trocas ditará o tem-
stress (bloqueador receptor H2) e do po de eficácia do tópico local.
tromboembolismo (heparina SC).
Curativos úmidos: São realizados
Limpeza da ferida com água e clo- com solução fisiológica embebida
rexidine 2%. Na falta deste, água e em gazes trocadas a cada duas ho-
sabão neutro. ras por enfermagem treinada. Existe
Usar antimicrobiano tópico (Sulfa- certo desconforto para o paciente,
diazina de Prata 1%) que deve estar internado. Atualmen-

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te se aplicam na região facial e genital, mantendo analgesia efetiva. Duran-
te as horas de sono, ao invés das trocas, aplicamos uma infusão contínua
com bomba infusora para manter úmida a máscara, que é confeccionada
com 9 camadas de gase. EM BREVE CURSO DE FERIDAS E COBERTURAS/
CURATIVOS EMERGÊNCIA 1
Não usar antibiótico sistêmico profilático em queimaduras. Não usar cor-
ticosteróides.
Queimaduras circunferenciais em tórax podem necessitar escarotomia
para melhorar expansão.
Realizar Incisão em linha axilar anterior unida à linha abaixo dos últimos
arcos costais. Incisão medial e lateral em membros sup. e inf. Não necessi-
tam habitualmente de anestesia para tal.
EM CASO DE TRAUMA ELÉTRICO:
• Definir se foi alta tensão, corrente alternada ou contínua, se houve pas-
sagem de corrente com ponto de entrada e saída.
• Avaliar traumas associados (queda de altura e outros).
• Avaliar se ocorreu perda de consciência ou PCR no momento do aci-
dente.
• Avaliar extensão da lesão e passagem da corrente.

Escarotomia: Indicada nas queimaduras de 3º ou 2º grau profundo em


áreas circulares dos membros superiores ou inferiores ou torácica por-
que produzem compressão com diminuição do fluxo sanguíneo e retor-
no venoso. São incisões de descompressão para liberar artérias e veias
da pressão causada pela constrição e edema. Deve ser realizada o mais
precoce possível, em um ambiente adequado (sala cirúrgica).

• Monitorização contínua e enzimas (CPK e CKMB) por 24 e 48h


• Internar sempre.
• Avaliar eventual mioglobinúria e estimular o aumento da diurese com
maior infusão de líquidos.
• Se houve passagem de corrente pela região do punho - avaliar neces-
sidade de fasciotomia e abertura do túnel do carpo.
EM CASO DE QUEIMADURA QUÍMICA:
• A equipe que atende deve utilizar proteção universal para não ter con-
tato com o agente químico.

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• Identificação do agente (ácido, •Vasculite no interior da lesão (pon-
base, composto orgânico). tos avermelhados).
• Avaliar concentração, volume e • Aumento ou modificação da quei-
duração de contato. xa dolorosa.
• A lesão é progressiva. CRITÉRIOS DE TRANSFERÊNCIA
DE PACIENTES PARA UNIDADES
• Remover roupas, retirar exces-
DE TRATAMENTO DE QUEIMADU-
so.
RAS:
• Substância em pó, remover
• Queimaduras de 2° grau em áre-
previamente excesso com escova ou
as maiores do que 20% da SCQ em
panos.
adultos.
• DILUIÇÃO da substância pela
• Queimaduras de 2° grau maiores
água corrente por no mínimo de 30
do que 10% da SCQ em crianças ou
minutos. Irrigar exaustivamente os
maiores de 50 anos.
olhos.
• Queimaduras de 3° grau em qual-
• Em caso de queimadura por
quer extensão.
Ácido Fluorídrico deve-se repor cál-
cio sistêmico. • Lesões na face, nos olhos, no pe-
ríneo, nas mãos, nos pés e em gran-
• Internar, e na dúvida entre em
des articulações.
contato com Centro Toxicológico
mais próximo. • Queimadura elétrica.
ATENTAR PARA INFECÇÃO DA • Queimadura química.
ÁREA QUEIMADA
• Lesão inalatória ou lesão circunfe-
São considerados sinais e sintomas rencial de tórax ou de membros.
de infecção em queimadura:
• Doenças associadas, tentativa de
• Mudança da coloração da lesão. autoextermínio (suicídio), politrau-
ma, maus-tratos ou situações sociais
• Edema de bordas das feridas ou
adversas.
do segmento corpóreo afetado.
• A transferência do paciente deve
• Aprofundamento das lesões.
ser solicitada à unidade de trata-
• Mudança do odor (cheiro fétido). mento de queimaduras (UTQ) de re-
ferência, após a estabilização hemo-
• Descolamento precoce da esca- dinâmica e as medidas iniciais, com
ra seca e transformação em escara leito de UTI reservado para queima-
úmida. dos.
• Coloração hemorrágica sob a es- •Pacientes graves somente deve-
cara. rão ser transferidos acompanhados
• Celulite ao redor da lesão. de médico em ambulância com UTI

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móvel e com a possibilidade de assistência ventilatória.
• O transporte aéreo para pacientes com trauma, pneumotórax ou altera-
ções pulmonares deve ser realizado com extremo cuidado, pelo risco de ex-
pansão de gases e piora clínica. VER CURSO AEROMÉDICO EMERGÊNCIA 1
•As UTQs de referência sempre têm profissionais habilitados para dar orien-
tações sobre o tratamento completo das vítimas de queimaduras.
• A transferência do paciente deve ser solicitada à UTQ de referência após
a estabilização hemodinâmica e as medidas iniciais.
•Envie sempre relatório com todas as informações colhidas, as anotações
de condutas e os exames realizados.

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REFERÊNCIAS

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