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ALUNA: MANUELA DE MELO PEREIRA SANTOS

10° PERÍODO DIREITO

MEDICINA LEGAL

BALÍSTICA FORENSE

Ciência e arte que estuda integralmente as armas de fogo, o alcance e a direção


dos projetis por ela expelidos, e os efeitos que produzem.
A Balística é divida em:
Balística Interna- É a parte que estuda a estrutura, os mecanismos, o funcionamento das
armas de fogo e a técnica do tiro, os efeitos da detonação da espoleta e deflagração da
pólvora dos cartuchos no seu interior até que o projétil saia do cano da arma.
Balística Externa- Estuda a trajetória do projétil, “desde que abandona a boca do cano
da arma até sua parada final”(alvo). Analisa as condições do movimento, velocidade
inicial do projétil, sua forma, massa, superfície, resistência do ar, ação da gravidade e
seus movimentos intrínsecos.
Balística dos Efeitos- Também chamada Balística Terminal ou Balística do Ferimento,
analisa os efeitos produzidos pelo projétil desde que abandona a arma e atinge o alvo,
incluindo os possíveis ricochetes, impactos, perfurações e lesões internas e externas nos
corpos atingidos.
Armas de Fogo
São engenhos mecânicos destinados a lançar projéteis no espaço, pela ação da força
expansiva dos gases oriundos da combustão da pólvora.
Dividem-se em dois grupos: De alma raiada- utilizam cartuchos de munição com
projéteis unitários, podendo ser curtas como revólveres, garruchas, pistolas etc. De alma
lisa- utilizam cartuchos de munição com projéteis múltiplos, Sendo usadas geralmente
para caça (espingarda) ou tiro esportivo.
Tipos de Munições
Projéteis-Nú, Jaquetados e Semi-jaquetados
As armas quando disparadas deixam resíduos nas mãos que podem ser recolhidos na
perícia. Armas longas como espingardas, carabinas, metralhadoras e outras, além dos
resíduos que deixam nas mãos, geralmente impregnam outras partes do corpo do
atirador e suas roupas também.
O orifício de entrada do projétil ao atingir o corpo são as Orlas.
Temos: ORLA DE ENXUGO que é o rompimento da pele formando um orifício em
forma tubular, no qual se enxuga de seus detritos. ORLA DE CONTUSÃO que ocorre o
arrancamento da epiderme. ORLA EQUIMÓTICA que são pequenos vasos se rompem,
formando equimoses em torno do ferimento.
ZONA DE TATUAGEM: é resultante da impregnação de partículas de pólvora
incombusta que alcançam o corpo. ZONA DE ESFUMAÇAMENTO: é produzida pelo
depósito de fuligem da pólvora ao redor do orifício de entrada. ZONA DE
CHAMUSCAMENTO: tem como responsável, a ação superaquecida dos gases que
atingem e queimam o alvo.
Tiro à longa distância: Geralmente, ferimento de entrada do tiro à longa distância tem
diâmetro menor que o do projétil devido à elasticidade e à retratibilidade dos tecidos
cutâneos, forma arredondada quando o tiro é perpendicular ou elíptica quando a
inclinação do tiro é oblíqua. Presença de orla de escoriação, orla de enxugo, aréola
equimótica e bordas invertidas. Não há os efeitos secundários do tiro.
Tiro à curta distância (à queima-roupa): O tiro à curta distância é aquele em que o
projétil é lançado contra o alvo há uma distância capaz de causar o ferimento de entrada
e os efeitos secundários, os quais são as lesões decorrentes da ação dos resíduos de
combustão e semicombustão da pólvora, e das partículas sólidas do projétil. Não há uma
espaço em centímetros que determine o tiro à curta distância, sendo esse determinado
pela presença dos efeitos secundários. O ferimento desse tipo de tiro pode ter borda
arredondada ou elíptica, orla de escoriação, zona de tatuagem, bordas invertidas, halo de
enxugo, zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de
compressão de gases.
Ferimentos de saída nas lesões por projéteis: As lesões de saída além de forma irregular,
possuem bordas evertidas, halo equimótico e muitas vezes, fragmentos de tecidos.
Ademais, as dimensões são maiores que as de entrada já que, o projétil possui ação mais
contundente do que perfurante devido a algumas alterações ao longo do seu trajeto,
causando deformidades. Por fim, por conta dessas características, tornam-se mais
sangrantes em comparação às lesões de entrada.
Entende-se como trajetória, o percurso do projétil desde sua saída da arma até sua
parada.
Já o trajeto, é o caminho percorrido pelo projétil após penetrar o corpo. Este último,
pode ter traçados em linha reta (ligando o ferimento de entrada e de saída), terminar em
fundo cego ou ainda assumir trajetos diversos decorrentes de embates com algum órgão
móvel, devido a desvios.
Desse modo, é importante para o perito notar as variabilidades/ângulos, superfícies
atingidas, presença de sangue coagulado (sinal de vitalidade), entre outros fatores que
podem ser peças fundamentais para a compreensão da dinâmica do evento.

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