BALÍSTICA 1. CONCEITO 2. BALÍSTICA INTERNA 3. BALISTICA DE TRANSIÇÃO 4. BALÍSTICA EXTERNA 5. BALÍSTICA TERMINAL CONCEITO A balística é uma ciência que faz parte da Física Aplicada e que estuda, de maneira integral, as armas de fogo e seus diversos tipos de munições e comportamentos. • Balística Interna (a arma, os seus mecanismos e seus funcionamentos); • Balística de transição ( quando o projétil deixa de ser movimentado pela ação de queima dos gases);momento em que sai do cano. • Balística Externa (a trajetória do projétil ao ser expelido); • Balística de Efeitos – Terminal (os efeitos que são causados no alvo, perfurações, lesões externas e internas, etc). BALÍSTICA INTERNA • Entende-se por Balística Interna a secção da balística que estuda os fenómenos que ocorrem dentro do cano de uma arma de fogo durante o seu disparo. • Mais especificamente estuda as variações de pressão dentro do cano, as acelerações sofridas pelos projécteis. • ESPOLETA: é basicamente uma pequena cápsula metálica, contendo um composto químico detonante.(NITROCELULOSE) ESPOLETA
• ESPOLETA: é basicamente uma pequena cápsula metálica, contendo
um composto químico detonante.(NITROCELULOSE) • É A UNIÃO ENTRE 3 PARTES • COPO DA ESPOLETA • COMPOSTO QUÍMICO • BIGORNA ou FLECHA BERDAN (a esquerda) BOXER (a direita) PROPELENTE OU PÓLVORA • Em balística, um propelente é um material que queima muito rapidamente porém controlável, para produzir uma força por meio de um gás pressurizado, acelerando um projétil. • O propelente é constituído de 2 ou mais componentes: • A base do propelente atual é a Nitrocelulose. • Diversidade em Tamanhos e formas dos grão de pólvora • A primeira referência sobre a pólvora surgiu na CHINA em meados do século IX. PROJÉTIL • Projétil (do francês projectile) ou projétil balístico é qualquer sólido que se move no espaço. • Partes de um projétil: • BASE • CORPO • PONTA FORMATOS DE UM PROJÉTIL • Ogival: uso geral, muito comum; • Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais nítida; • Semi canto-vivo: uso geral; • Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prático (IPSC) por provocar menor número de "engasgos" com a pistola; • Cone truncado: mesmo uso acima. • Semi-ogival: também muito usado em tiro prático; • Ponta oca: capaz de aumentar de diâmetro ao atingir um alvo humano (expansivo), produzindo assim maior destruição de tecidos. ESTOJO ou CÁPSULA • O Estojo possibilita que todos os componentes necessários ao disparo fiquem unidos em uma peça, facilitando o manejo da arma e diminui o tempo de intervalo em cada disparo. • Quanto à forma do corpo: • Cilíndrico: o estojo mantém seu diâmetro por toda sua extensão; • Cônico: o estojo tem diâmetro menor na boca, é pouco comum; • Garrafa: o estojo tem um estrangulamento (gargalo). CANO E RAIAMENTO • Estriações (alma) do cano: as almas são a parte interna do cano e podem ser lisas ou estriadas (raiadas). Os raiamentos permitem que o projétil se movimente rotacionalmente no sentido dextrogiro (direita) ou no sentido sinistrogiro (esquerda). CANO E RAIAMENTO • O cano da arma raiado dispara o projétil em espiral e assim o mesmo raspa as paredes do cano e sofre ressaltos com movimento rotatório (seja ele dextrogiro ou sinistrogiro). • E assim o projétil segue em movimento rotacional em seu próprio eixo até a saída completa do cano, passando a não sofrer mais influência dos gases resultantes da queima do propelente. BALÍSTICA DE TRANSIÇÃO • Balística de Transição é o estudo dos fenómenos sobre os projéteis desde o momento em que saem do cano da arma até o momento em que deixam de estar influenciados pelos gases remanescentes à boca da arma. • Na balística de Transição outro fator de estudo e aplicação são os aparelhos que atuam na boca do cano, tais como Quebra-chamas, Silenciadores e Compensadores de recúo. BALÍSTICA EXTERNA • A balística externa é o estudo das forças que atuam nos projéteis e correspondentes movimentos destes durante a sua travessia da atmosfera, desde que ficaram livres das influências dos gases do propelente, até aos presumíveis choques com os seus alvos. • As principais forças que atuam sobre os projéteis são:
• 1- Força da gravidade e atração da terra
• 2- Resistência do ar • 3- Massa do projétil BALÍSTICA EXTERNA • MOVIMENTOS DO PROJÉTIL • 1- ROTAÇÃO • 2- PRECESSÃO • 3- NUTAÇÃO BALÍSTICA EXTERNA • TRAJETÓRIA DO PROJÉTIL BALÍSTICA TERMINAL • A Balística Terminal é o estudo da interação entre os vários géneros de projéteis e os seus alvos. • Resumindo: Balística Terminal, estuda o comportamento do projétil quando ele atinge e penetra o alvo. • Os fatores que influênciam em nossa Balística Terminal são todos os fatores que vimos anteriormente como: • Tipo de projétil,peso,vento,distancia do alvo,energia do calibre e os tipos de alvos são fundamentais para prever o comportamento de um projétil. BALÍSTICA TERMINAL • CLASSIFICAÇÃO DOS ALVOS • 1- DUROS OU MOLES • DUROS: Podem-se considerar como alvos duros desde armaduras de tanques até coletes à prova de bala. • MOLES: Consideram-se como alvos moles animais assim como seres humanos. BALÍSTICA TERMINAL • ALVOS MOLES: • A Energia de Impacto como sendo a energia restante do projétil no instante em que entra em contacto com o alvo • A Energia Emergente como sendo, no caso de o projétil atravessar completamente o alvo, a energia cinética com que o projétil emerge do alvo • A Energia Transferida como sendo no caso anterior a diferença entre a energia de impacto e a energia emergente e no caso em que o projétil fica dentro do alvo é igual à energia de impacto. • Pretende-se sempre que a energia transferida seja a maior possível pelo que se pretende. BALÍSTICA TERMINAL • POTÊNCIA DE IMPACTO • Refere-se o espaço / profundidade da ferida produzida após um dado impacto. • Variáveis: Peso do projétil x Tipo de projétil ou calibre. BALÍSTICA TERMINAL • Para a incapacitação de um alvo os fatores determinantes são: • a localização e direção do ferimento; • a velocidade de impacto; • a energia de impacto; • o desenho da ponta; • a estabilidade do projétil após o impacto; • a estabilidade da forma do projétil ao longo da perfuração. • Ainda sobre este tema há que referir as cavidades temporárias que são uma espécie de espaço vazio que se forma à volta da passagem (cavidade permanente) por onde passa uma bala a alta velocidade, que entretanto desaparece. Ou seja, pode haver lesões em órgãos não perfurados pela bala, mas que tenham sido comprimidos por uma cavidade temporária. O tamanho da cavidade é proporcional à velocidade da bala. FIM INSTRUTOR DEIWINSON MORAIS