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CURSO DE INTRUTOR DE ARMAMENTO E TIRO

DISCIPLINA: BALÍSTICA
BALÍSTICA

INTRODUÇÃO
CONCEITO DE BALÍSTICA
GELATINA BALÍSTICA
CONCEITO DE ARMA
ARMAS PRÓPRIAS X ARMAS IMPRÓPRIAS
CONCEITO DE ARMA DE FOGO
ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UMA ARMA DE FOGO
CONCEITO DE BALÍSTICA FORENSE
CONCEITO DE BALÍSTICA

É a ciência que estuda o movimento dos


projéteis, especialmente das armas de fogo,
seu comportamento no interior destas e
também no seu exterior, como a trajetória,
impacto, marcas, explosão, etc., utilizando-se
de técnicas próprias e conhecimentos de física
e química, além de servir a outras ciências.
GELATINANA BALÍSTICA

A Gelatina balística é tipo de solução gelatinosa que


tem por objetivo simular a densidade e a viscosidade
do tecido muscular humano para analisar o impacto
do projétil sobre ele. Muito usado para perícias, a fim
de recriar as cenas de crimes, analisar os danos
causados por projéteis ou até mesmo golpes sobre o
corpo.
CONCEITO DE ARMA

Arma é todo objeto que pode


aumentar a capacidade de
ataque ou defesa do indivíduo.
ARMAS PRÓPRIAS
X ARMAS IMPRÓPRIAS

Há pessoas que carregam, habitualmente, no interior


de seu veículo, um facão, visando a utilizá-lo para sua
defesa ou ataque. Este instrumento não é fabricado para
este fim específico de aumentar a capacidade de ataque
ou defesa do homem (ARMA IMPRÓPRIA), mas a forma
como é usado por algumas pessoas, pode-se constituir
em ARMA PRÓPRIA. Outros exemplos: tacos de golfe,
martelo, machado de lenhador e foice.

O “xis” da questão será a vontade do agente em


usar uma arma imprópria como uma arma própria.
CONCEITO DE ARMA DE FOGO

São exclusivamente aquelas armas de


arremesso complexas que utilizam, para
expelir seus projetis, a força expansiva dos
gases resultantes da combustão da pólvora.

Seu funcionamento, em principio, não


depende do vigor, da força física do
homem.
CONCEITO DE ARMA DE FOGO

Quando existir somente a arma, sem a


carga de projeção e o projetil, estaremos
diante de um engenho mecânico, de um
objeto, talvez contundente, mas não de uma
arma de fogo, em sentido estrito.

A legislação brasileira considera arma de


fogo a arma propriamente dita.
ELEMENTOS ESSENCIAIS DE UMA ARMA
DE FOGO

APARELHO ARREMESSADOR ou
ARMA PROPRIAMENTE DITA

CARGA DE PROJEÇÃO
(PÓLVORA)

PROJÉTIL
* Na maioria dos casos, carga de projeção e projétil integram o
CARTUCHO.
BALÍSTICA FORENSE

É uma disciplina ,
integrante da Criminalística,
que estuda as armas de
fogo, sua munição e os
efeitos dos tiros por elas
produzidos, sempre que
tiverem uma relação direta
ou indireta com infrações
penais, visando esclarecer
e provar sua ocorrência.
BALÍSTICA

CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO


-  QUANTO À ALMA DO CANO
-  ARMAS MISTAS
-  QUANTO AO SISTEMA DE CARREGAMENTO
-  QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO
-  SISTEMAS DE PERCUSSÃO
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO

1.  QUANTO À ALMA DO CANO

O cano das armas de fogo é confeccionado a partir de um


cilindro de aço, perfurado longitudinalmente, em sua região
mediana, por uma broca. Se permanecer com esta perfuração, a
qual poderá ser calibrada e, posteriormente, sofrer um polimento,
estaremos diante de um cano de ALMA LISA.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO

1.  QUANTO À ALMA DO CANO

Há canos nos quais, em uma etapa posterior, mediante o uso


de uma brocha ou de uma bilha, são produzidos sulco paralelos
helicoidais, que são as RAIAS, sendo denominadas canos de
ALMA RAIADA.
ORIENTAÇÃO DAS RAIAS

A orientação predominante das raias, tanto em armas curtas


como em armas longas é DEXTROGIRA, isto é, no sentido
HORÁRIO.

Raias SINISTROGIRAS são as raias no sentido anti-horário.

ARMAS MISTAS

Existem armas de fogo com cano(s) de alma lisa e cano de


alma raiada. Ex.: Modelo Apache, marca Rossi, com 2 canos
sobrepostos, sendo o superior de calibre .22LR (cano raiado) e o
inferior de calibre 36 GA (alma lisa).
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
2.  QUANTO AO SISTEMA DE CARREGAMENTO

Usa-se o termo carregamento no sentido de PÔR CARGA, isto


é, de colocar a munição ou os cartuchos em posição tal que, com
o ACIONAMENTO DO GATILHO, se consiga produzir DE
IMEDIATO O TIRO. Nesta situação, pode-se afirmar que a arma
está CARREGADA.

Quando for colocada munição NAS CÂMARAS DO TAMBOR


DE UM REVÓLVER OU NO CARREGADOR DE UMA PISTOLA,
diz-se que a arma está MUNICIADA.

Nem sempre uma arma municiada estará, ao mesmo


tempo, carregada.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
2. QUANTO AO SISTEMA DE CARREGAMENTO

ANTECARGA – carregamento feito pela


extremidade anterior do cano (boca do cano).
Exs.: bacamartes, arcabuzes e mosquetes.

RETROCARGA – o cartucho é colocado na


câmara localizada na extremidade posterior do
cano, para as armas longas e pistolas.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO

3.1 POR MECHA – abandonado por não ser prático e, às


vezes, até perigoso para o atirador.
O mais comum, entretanto, possuía um suporte em forma de gancho,
uma peça análoga ao atual “cão” de uma arma, em cuja extremidade fixava-se a
ponta do cordão (pavio) para depois, acendê-lo. Na medida que a mecha ia se
consumido, o atirador fazia o avanço manual do pavio para que sua ponta sempre
ficasse com o mesmo comprimento. No caso do desenho ao lado, vemos que o
suporte da mecha é uma peça de metal que se articula em um eixo. Com o auxílio
de uma mola de aço em forma de V, o cão podia ser mantido fixo tanto na posição
armado como desarmado. A assim chamada caçoleta é uma pequena bandeja
lateral, de cujo interior sai um duto que atravessa a parede do cano e atinge a parte
interna.
Colocava-se pólvora nesta caçoleta, logo após a carga habitual da
arma. Alguns exemplares usavam uma pequena tampa articulada que cobria a
caçoleta, ajudando a manter a pólvora no lugar e protegendo-a, até que fosse aberta
para o disparo. Os últimos exemplares de pistolas de mecha já usavam um gatilho,
nos moldes atuais, que permitiam que o “cão” baixasse sobre a caçoleta, não sendo
mais necessário que se usasse outra mão. Lembramos aqui que esses sistemas
que vamos demonstrar eram utilizados tanto em armas longas, como os
bacamartes, mosquetes e fuzís, como também em armas curtas, como as pistolas,
praticamente com o mesmo tipo de mecanismo. Quase que sem exceção, todos
esses sistemas que obtiveram maior aceitação foram desenvolvidos em países da
Europa Central, principalmente na Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha e
Áustria.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO

3.2 POR ATRITO – Aproveitamento das faíscas resultantes do


atrito de uma ponta de sílex contra uma peça de aço serrilhada,
para inflamar a pólvora através de um pequeno orifício aberto no
cano.
Por volta de 1500, atribui-se ao grande artista e
inventor Leonardo da Vinci os esboços dos primeiros
projetos de uma arma tipo “wheel-lock“, ou seja, o sistema
de rodete. A engenhosidade e praticidade deste
mecanismo é surpreendente. Ao invés de mecha, fixada ao
cão, usava-se um tipo de pedra, a pirita, envolta em um
pedaço de tecido ou couro, para melhor fixação, presa em
uma pinça de duas garras, fixadas através de um parafuso
de aperto.
O sistema de disparo, que já era feito por um
gatilho, baseava-se em uma roda de ferro, serrilhada em
toda a sua borda. O eixo desta roda possuía uma mola de
tensão, espiral ou de lâmina e permitia que a roda girasse.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO

A evolução do sistema de inflamação da carga


acompanhou a evolução da pólvora e o advento do cartucho. A
primeira pólvora conhecida e usada foi a PÓLVORA PRETA, uma
mistura mecânica de salitre, enxofre e carvão.

A descoberta de que certas substâncias, tais como


fulminato de mercúrio, clorato de potássio e estifinato de chumbo
possuem propriedades de se inflamarem instantaneamente, com
explosão, tornou possível sua colocação em cápsulas de
espoletamento. Surgiram então os SISTEMAS DE PERCUSSÃO.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO
3.3 POR PERCUSSÃO

Conforme o tipo de cartucho utilizado, as armas são


classificadas em armas de PERCUSSÃO CENTRAL e de
PERCUSSÃO RADIAL.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO
3.3 POR PERCUSSÃO

SISTEMAS DE PERCUSSÃO:
ARMAS DE PERCUSSÃO CENTRAL –
armas que comportam o uso de cartuchos de
percussão central. Estes possuem espoleta ou
cápsula de espoletamento embutida no centro
de seu culote ou base metálica.

ARMAS DE PERCUSSÃO RADIAL,


ANELAR OU PERIFÉRICA – cartuchos não
possuem espoleta; e mistura iniciadora (carga
de inflamação) está disposta em anel, no
interior da orla oca, saliente, do próprio culote
do estojo.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO
3.3 POR PERCUSSÃO

PERCUSSÃO DIRETA – quando o percutor é o próprio cão


ou está montado neste, podendo ser fixo ou móvel (flutuante).

PERCUSSÃO INDIRETA – quando o percutor é uma peça


inerte, retrátil, a qual é acionada pelo impacto do cão à ocasião do
tiro.

* Nos cartuchos Lefauchex, o


percutor era um pino lateral que
fazia parte do próprio cartucho e
ficava saliente, sendo ativado pelo
cão da arma.
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3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO
3.3 POR PERCUSSÃO
PERCUSSÃO EXTRÍNSECA: quando a cápsula contendo
a carga detonante, também chamada de carga de ignição ou
fulminante é uma peça isolada que se adapta a um pequeno tubo
saliente ligado à câmara de combustão através de um canal
chamado ouvido ou chaminé. A deflagração dá-se no momento
em que o percutor (ou percussor) se choca contra esta cápsula,
detonando-a, forçando os gases incandescentes para a câmara
de combustão. Ex: Alguns tipos de garruchas e espingardas.

PERCUSSÃO INTRÍNSECA: quando a cápsula detonante


ou espoleta é parte integrante do cartucho que contém o
propelente (a pólvora) e o projétil.

Obs.: Armas de percussão extrínseca são, necessariamente, de


percussão direta.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
3. QUANTO AO SISTEMA DE INFLAMAÇÃO

3.4 POR INFLAMAÇÃO ELÉTRICA

Ocorre por contato elétrico e é usado nas bazucas e em


poucas peças de artilharia.
BALÍSTICA

CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO


-  QUANTO AO FUNCIONAMENTO
-  QUANTO AO USO
-  QUANTO À MOBILIDADE
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO

4.  QUANTO AO FUNCIONAMENTO

Com o advento das pólvoras de base química, de


nitrocelulose ou nitrocelulose e nitroglicerina, começou a fabricação
das ARMAS DE REPETIÇÃO (não automáticas, semiautomáticas e
automáticas) eficientes.

As armas de fogo, quanto ao funcionamento, são divididas


em armas de tiro unitário e armas de repetição.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO

4.  QUANTO AO FUNCIONAMENTO

TIRO UNITÁRIO - são subdivididas em armas de tiro


unitário simples e armas de tiro unitário múltiplo.

São armas de tiro UNITÁRIO SIMPLES aquelas que


comportam carga para um único tiro e que têm seu carregamento
manual. Para a produção de um segundo tiro, a arma deve ser
carregada
após a extração do estojo oriundo do primeiro tiro. Ex.:
Espingardas de um cano.
Armas de TIRO UNITÁRIO MÚLTIPLO são as que
possuem dois ou mais canos, com as respectivas câmaras,
servidas, cada uma, por um mecanismo de disparo independente,
inclusive quando forem do tipo monogatilho. Ex.: Espingardas de
dois canos, paralelos ou sobrepostos e as garruchas.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
4.  QUANTO AO FUNCIONAMENTO

DE REPETIÇÃO – são as que comportam carga para dois ou mais


tiros, cujo carregamento se faz mecanicamente, e podem ter um ou mais
canos. Distinguem-se das de tiro unitário múltiplo porque, mesmo
quando providas de dois ou mais canos, estes são servidos,
sucessivamente, por um só e mesmo mecanismo de disparo. Pode-
se dividir as armas de repetição em não automáticas, semiautomáticas e
automáticas.
As armas de funcionamento por repetição exigem de operador uma ação
manual, por seus próprios meios, para alimentar novamente a câmara, com uma munição
que pode estar disponível em carregadores, tambores ou tubos/receptáculos.
Na prática, o atirador deve alimentar a arma, ejetar o estojo vazio e colocar
uma munição nova na câmara, manualmente, e só então poderá pressionar o gatilho
novamente para disparar.
É o caso das carabinas “Lever Action”, como a Rossi Puma, as Espingardas
Pump Action, os rifles de ação bolt.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
4.  QUANTO AO FUNCIONAMENTO

DE REPETIÇÃO NÃO AUTOMÁTICAS – são aquelas cujos


mecanismos de repetição e de disparo dependem exclusivamente
da força muscular do atirador. Constituem exemplos deste tipo de
armas os revólveres e a maioria das carabinas.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
4.  QUANTO AO FUNCIONAMENTO

DE REPETIÇÃO SEMIAUTOMÁTICAS – quando o esforço


muscular do atirador é necessário apenas para o acionamento do
mecanismo de disparo, aproveitando-se a força de expansão dos
gases oriundos da combustão da pólvora para o acionamento
automático do mecanismo de repetição. Ex.: Maioria das pistolas.

Nessas armas, a alimentação da câmara


é feita utilizando a energia do disparo
anterior e os disparos ocorrem a cada
pressão da tecla do gatilho. O atirador
deve pressionar o gatilho, enquanto o
sistema de funcionamento da arma, por
meios próprios, retira o estojo usado e
reposiciona uma munição nova na
câmara.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
4.  QUANTO AO FUNCIONAMENTO

AUTOMÁTICAS – são assim consideradas todas as armas de


repetição em que tanto o mecanismo de repetição como o de
disparo são acionados pela força expansiva dos gases de
combustão da pólvora. O tiro, nas armas semiautomáticas, é
intermitente, ao passo que, nas armas automáticas, a produção do
tiro, além de intermitente, pode ser contínua, em rajada, como
ocorre com as submetralhadoras e os fuzis.
Esse sistema de funcionamento é injusta e altamente controlado
no Brasil. Tanto a alimentação da câmara quanto os disparos
propriamente ditos são feitos pela própria arma, enquanto o operador
mantiver a tecla do gatilho pressionada.
São armas de funcionamento automático as metralhadoras e alguns
modelos de carabinas e pistolas.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO

Quanto à mobilidade e ao uso, a


evolução das armas de fogo se processou,
também, a partir das coletivas para as
individuais, do canhão para a pistola.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
5.  QUANTO AO USO

COLETIVAS: Quando seu funcionamento regular exigir o


concurso de dois ou mais homens, e ela for usada em benefício
de um grupo.

INDIVIDUAIS: Quando for usada por um só homem, para sua


defesa pessoal.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
6. QUANTO À MOBILIDADE

FIXAS: quando permanece montada num determinado suporte,


tendo apenas possibilidade de deslocamentos nos planos vertical
e horizontal, como ocorre com os canhões e metralhadoras
antiaéreas, nos navios de guerra.

MÓVEIS: quando a arma pode ser deslocada de sua posição para


outra, mediante tração animal, motora ou automotriz.

SEMIPORTÁTEIS: quando dividida em arma e suporte (morteiro


de infantaria e metralhadora pesada, por exemplo) possa ser
facilmente deslocada por dois homens.

PORTÁTEIS: a arma que possa ser facilmente conduzida por um


homem. Dividem-se em longas e curtas.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS ARMAS DE FOGO
6. QUANTO À MOBILIDADE

ARMAS LONGAS: as construídas para serem operadas com


ambas as mãos do atirador e exigem um apoio no ombro para a
coronha.

ARMAS CURTAS: são destinadas para operar com uma ou com


as duas mãos, não necessitando do apoio no ombro.
ARMA DE FOGO QUE NÃO É CONSIDERADA ARMA DE FOGO

Empregada mais de uma vez para perpetrar crimes,


trata-se da ferramenta de fixação à Pólvora, usada na construção
civil e fabricada nos calibres .22 e .38.

Em vez de projetis, expele pinos de aço capazes de


penetrar em chapas de aço ou concreto e de transfixar o corpo
humano.

Não há controle nem restrição quanto ao uso e


comercialização dos cartuchos e desta ferramenta.
BALÍSTICA

CALIBRE E CHOQUE DAS ARMAS DE FOGO


CALIBRE DAS ARMAS RAIDADAS
CALIBRE DAS ARMAS DE ALMA LISA
CHOQUE
CALIBRE E CHOQUE DAS ARMAS DE FOGO

A legislação brasileira relativa às normas de fogo de uso


permitido para civis, e as armas de fogo de uso restrito, cita alguns
calibres, tanto de armas raiadas como de armas de alma lisa,
motivo pelo qual o usuário de arma de fogo necessita saber o que é
o CALIBRE de uma arma.
CALIBRE E CHOQUE DAS ARMAS DE FOGO

CALIBRE DAS ARMAS RAIADAS

Nas armas dotadas de cano(s) com alma raiada, deve ser


feita a conceituação, caracterização e distinção entre CALIBRE
REAL e CALIBRE NOMINAL.
CALIBRE REAL

O calibre real, medido na boca do cano, corresponde ao


diâmetro interno da alma do cano, sendo portanto, uma grandeza
concreta. É sempre uma medida exata, expressa e aferível com
precisão, dentro de escassos limites de tolerância.

Nas armas raiadas, o calibre real corresponde à parte não


raiada da alma do cano e deve ser medida entre dois cheios
diametralmente opostos.

Nos casos em que o número de raias for par, haverá


sempre um cheio em oposição a outro, e o calibre real será a
medida entre eles. Entretanto, quando o número de raias for ímpar,
cada cheio fica em oposição uma raia, o que torna a operação mais
delicada. Neste último caso, a medida deve ser tomada entre a
superfície de um cheio e a delimitação entre o cheio e a raia, em
posição oposta.
CALIBRE REAL

O calibre real é expresso em milímetros ou fração de


milímetros nos países que adotam o sistema métrico, e em fração
de polegadas nos que ainda usam o sistema inglês de pesos e
medidas.
CALIBRE NOMINAL

O calibre nominal é sempre designativo de um tipo particular


de munição e também da arma na qual este tipo de munição deve
ser usada corretamente.
Normalmente o calibre da arma é designado pelo calibre
nominal da munição a ela correspondente, e esse calibre é gravado
no cano dos revólveres, e, nas pistolas, em uma das faces laterais
do ferrolho. Na prática, o que determina o calibre nominal de uma
arma é a configuração interna da câmara na qual vai ser alojado o
cartucho.

O calibre nominal, conforme o sistema de medidas usado, é


expresso em milímetros ou em frações (centésimo ou milésimos)
de polegada, seguido de uma referência indicativa da arma para a
qual o cartucho foi, originalmente, produzido.

Exs.: .22 Long Rifle (.22LR) e .32 Smith & Wesson Long (.32S&WL).
CALIBRE DAS ARMAS RAIADAS

Para um mesmo calibre real podem existir vários calibres


nominais, como ocorre com armas de CALIBRE REAL 8,9 mm,
que possuem, entre outros, os seguintes calibres nominais:

.38 Short Center Fire


.38 Smith & Wesson (.38 S&W)
.38 Smith & Wesson Long (.38 S&WL)
.38 Special
.38 Special Smith & Wesson
CALIBRE DAS ARMAS RAIADAS

Para representar o calibre nominal, expresso em frações de


polegada, convencionou-se colocar um ponto na frente do número
que representa a fração de polegada, com a supressão da
representação gráfica de polegada.

Exemplo:
Ao invés de escrever 0,38” (trinta e oito centésimos de
polegada), escreve-se .38, seguido do tipo de arma para o qual se
destina o cartucho, tais como: .38 Special.
CALIBRE DAS ARMAS RAIADAS

INFORMAÇÕES SOBRE ALGUNS CALIBRES:


CALIBRE DAS ARMAS DE ALMA LISA

Nas armas possuidoras de canos de alma lisa, também se


pode distinguir o calibre real e o calibre nominal.

Calibre Real – é a medida que corresponde ao diâmetro


interno do cano, tomada em sua região mediana. Não deve ser
tomada esta medida na boca do cano, pois, dependendo do tipo de
choque, pode-se obter medidas diferentes para um mesmo calibre
real.
CALIBRE DAS ARMAS DE ALMA LISA

Calibre Nominal – é um número que indica a quantidade


de esferas de chumbo, com diâmetro igual ao da alma do cano
(calibre real) da arma considerada, necessárias para formar o peso
(massa) de uma libra (453,6g).

São expressos por números inteiros, cujos valores variam na razão


inversa dos calibres reais respectivos. Pode-se estabelecer a seguinte
relação entre os calibres reais e os respectivos calibres nominais:
CALIBRE NOMINAL CALIBRE REAL
40 (9,1mm) 9,1mm
36 (.410) 10,2mm
32 12,2mm
28 13,0mm
24 14,3mm
20 15,9mm
16 16,2mm
12 18,5mm
CALIBRE DAS ARMAS DE ALMA LISA

As diversas indústrias nacionais não possuem uma


uniformidade quanto aos valores dos calibres reais.

Por exemplo, uma espingarda marca Rossi, calibre 16,


possui um calibre real de 16,81mm, enquanto que uma espingarda
marca Boito, para o mesmo calibre nominal, apresenta um calibre
real de 16,90mm.

Isso ocorre porque as tolerâncias para a alma do cano de


espingardas, tanto na norma SAAMI como na norma CIP (Europa),
são bastante grandes. No calibre 12, por exemplo, essa variação
pode ir de 18,40mm à 18,90mm.

O calibre nominal 36, cujo calibre real é de 0,410 polegadas,


é designado como .410, especialmente fora do Brasil. O calibre
nominal 40 é também designado como calibre 9,1mm, que é seu
calibre real.
O Instituto dos Fabricantes de Munições (SAAMI) é uma
associação dos principais fabricantes de armas de fogo, munições e
componentes dos E.U.A. A SAAMI foi fundada em 1926 a pedido do
governo federal dos Estados Unidos com a tarefa de:

Criação e publicação de padrões da indústria para a


segurança, permutabilidade, confiabilidade e qualidade; Coordenar
os dados técnicos; e Promoção de armas de fogo Uso Seguro e
Responsável.
CHOQUE

As espingardas são armas de fogo dotadas de


cano com alma lisa, podendo apresentar ou não
um estrangulamento próximo à boca do cano
denominado CHOQUE.
USO DOS CHOQUES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WIKIPEDIA (http://pt.wikipedia.org)
BALÍSTICA FORENSE, Aldo Rabello
BALÍSTICA FORENSE, Domingos Tochetto
Cartilha de Armamento e Tiro da Polícia Federal
DEFESA ORG (http://www.defesa.org)
ARMAS ONLINE (http://armasonline.org)
ARMAS BRASIL (http://www.armasbrasil.com)
CBC (http://www.cbc.com.br/)
SAAMI http://www.saami.org/

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