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O uso da arma, pelo homem, é tão antigo quanto a sua

origem. No início as armas eram usadas tanto para o ataque


como para a defesa, em relação aos inimigos naturais e
para caça.
A forma e o material utilizado na fabricação das armas
primitivas tiveram uma evolução que acompanhou a
própria evolução da sociedade humana.
Armas impróprias
Objetos não concebidos, nem feitos pelo
homem, visando a aumentar seu potencial de
ataque ou defesa.
Armas próprias - manuais
Funcionam como prolongamento do braço,
sendo usadas no combate corpo a corpo.

Arma branca: a legislação brasileira não


define, com precisão, o que é arma branca.
Entende-se como todo instrumento
constituído de lâmina de qualquer material
cortante ou perfurocortante, tendo dez ou
mais centímetros de comprimento.
Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Dá nova
redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos
Controlados (R-105).

CAPÍTULO II – DEFINIÇÕES

Art. 3º
Inc. XI - arma branca: artefato cortante ou perfurante,
normalmente constituído por peça em lâmina ou oblonga;
Armas próprias – de arremesso, simples
São as que produzem seus efeitos à distância de
quem as utiliza.
Armas próprias – de arremesso, complexas
São as que produzem seus efeitos à distância de
quem as utiliza.

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Arma de arremesso complexo que aproveita, para
expelir seus projetis, a força expansiva dos gases que
resultam da combustão da pólvora.
São partes essenciais de uma arma de fogo o aparelho
arremessador (a arma em si), a carga de projeção
(pólvora) e o projetil, sendo que, em geral, estas duas
últimas partes integram o chamado cartucho.
Arma: artefato que tem por objetivo causar dano,
permanente ou não, a seres vivos e coisas;
Arma de fogo: arma que arremessa projéteis empregando a força
expansiva dos gases gerados pela combustão de um propelente
confinado em uma câmara que, normalmente, está solidária a um cano
que tem a função de propiciar continuidade à combustão do propelente,
além de direção e estabilidade ao projétil.

Inc. IX e XIII, art 3º, Dec. nº 3.665 de 20 de novembro de 2000 - Dá


nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos
Controlados

Estatuto do Desarmamento

Lei 10826 de 22 de dezembro de 2003, regulamentada pelo decreto 5123


de 1o de julho de 2004 e publicada no Diário Oficial da União em 2 de julho de
2004, que "dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de
fogo e munição (...)“
Armas curtas de uso permitido: Ex.: revólver .38 Special e
pistola .380 ACP

.38 Special .38 Special

.380 ACP .380 ACP


Armas curtas de uso restrito: Ex.: revólver .357 Magnum e .40
S&W e pistola 9mm Luger

.357 Magnum .40 S&W

9mm Luger (9 x 19mm) 9mm Luger (9 x 19mm)


É “a parte do conhecimento criminalístico que tem por objeto especial o
estudo das armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos
próprios dos disparos destas armas, no que tiverem de útil ao
esclarecimento e à prova de questões de fato, no interesse da Justiça,
tanto penal como civil” (RABELO, Eraldo. Balística Forense. 3. ed., Porto Alegre:
Sagra D. C. Luzzatto, 1995).

A Balística Forense, portanto, é a ciência que


estuda, em especial, as armas de fogo, suas
peculiaridades, sua munição, os projetis por
elas expelidos, suas particularidades, seus
efeitos e sua trajetória.
Para fins de estudo, podemos dividi-la em três partes:

Balística interna – analisa a arma, seu funcionamento,


seus mecanismos, sua munição e características, e o
evento balístico desde o municiamento da arma até a
saída do projetil da boca do seu cano da mesma;
Balística externa – analisa o movimento do projetil,
desde a saída da boca do cano da arma até o impacto
final do mesmo contra o anteparo ou obstáculo;
Balística dos efeitos – analisa as deformações dos
projetis expelidos pelas armas de fogo, no impacto, e os
efeitos produzidos pelos mesmos no ponto de impacto.
Classificação geral das armas de fogo

• Alguns dos critérios utilizados para


classificar armas de fogo:

 Quanto à mobilidade e ao uso;


 Quanto ao sistema de inflamação;
 Quanto ao sistema de carregamento;
 Quanto à alma do cano;
 Quanto ao funcionamento;
 Quanto ao mecanismo de disparo;
 Quanto à espécie.
LISA
ex. espingardas
QUANTO À ALMA
N.O DE RAIAS PAR DEXTROGIRAS
DO CANO
ex. pistola Taurus .380 ACP SINISTROGIRAS
RAIADA
DEXTROGIRAS
N.O DE RAIAS ÍMPAR
ex. revólver Smith & Wesson SINISTROGIRAS

As RAIAS e os CHEIOS são


elementos produzidos na superfície
interna do cano da arma. O
raiamento dá orientação ao
projetil através dos movimentos
de rotação (hélice) e translação.
Revólver
Pistola semiautomática
Garrucha
Espingarda
Carabina
Rifle
Fuzil
Mosquetão
Submetralhadora
Artesanais
Simulacro e armas de brinquedo
Arma de fogo de repetição, de porte individual, normalmente
um só cano e com calibres variados.
1835 = Samuel Colt e o revólver (com tambor). "Abraham Lincoln tornou
todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais".
Calço de interposição
(segurança) Percutor Ferrolho

Tambor
Cão
sem
crista

Alavanca
de armar Retém do
tambor

Gatilho

Mola real Impulsor do


tambor
Taurus, Rossi
Característica fundamental: aproveitamento da força
expansiva dos gases oriundos da deflagração da carga de
ejeção para realimentação;
Empunhadura geralmente mais volumosa e formando maior
ângulo com o eixo do cano.
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• A pistola semi-automática: partes essenciais

– Cano;
– Ferrolho;
– Armação;
– Bloco da culatra;
– Mecanismo.
Percutor Bloco da culatra

Cão
Ferrolho

Mola Mola real


recuperadora

Elevador
Ejetor Gatilho
Extrator
1.

2.

3.
Estojo

4. Estojo
Projetil
• Características fundamentais:

– Grande dimensão longitudinal (tipicamente em torno


de 1m);
– Grande massa;
– Mecanismo extensivo;
– Empunhadura (coronha) quase paralela ao cano: o
uso exige emprego do ombro e de ambas as mãos.
• Dificuldades intrínseca das perícias em armas
longas em Balística Forense:

– Armas longas de alma lisa não são passíveis de


confronto balístico;
– Armas longas de alma lisa são particularmente
adaptáveis para carga artesanal;
– Ampla variedade de armas antigas e desgastadas;
– Armas de alta potência.
Espingardas calibre 12 - Cano longo e serrado

Decreto Nº 3.665 - Art. 16. São de uso restrito:


VI - armas de fogo de alma lisa de calibre doze ou maior com comprimento de
cano menor que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez milímetros;
VII - armas de fogo de alma lisa de calibre superior ao doze e suas munições;
As armas de fogo longas classificam-se:

Quanto à alma do cano: as armas longas podem apresentar cano de


alma lisa ou de alma raiada. As armas de fogo dotadas de cano de alma
lisa dividem-se ainda em canos sem estrangulamento (sem choke) e com
estrangulamento (com choke).

Armas com choke (podendo apresentar a gravação full choke no


cano) devem ser testadas pelo Perito Forense da seguinte forma:

* Municiar com cartuchos de munição calibre


próprio para caça, tipo balins e efetuar tiro real.

 NUNCA utilizar balotes em armas com estrangulamento!

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Rifles
O rifle difere da carabina apenas no comprimento do cano. O
comprimento dos canos dos rifles gira em torno de 24 polegadas, ou
seja, aproximadamente 61 centímetros. É, como a carabina, uma arma
de fogo longa, portátil, de repetição, portadora de cano de alma raiada.
Os rifles podem ser de repetição não automática ou semi-automática.
Fuzis
O fuzil é uma arma de fogo longa, portátil, automática,
com cano de alma raiada, normalmente de calibre
potente. No funcionamento automático, a cadência de tiro
dos fuzis gira em torno de 700 ou mais tiros por minuto.

Fuzil FN cal. 7,62x51mm


AK - 47
O fuzil de assalto AK-47 (Avtomat Kalashnikova - 47,
fuzil automático Kalashnikov, modelo de 1947, 7,62mm)
surgiu na União Soviética logo após o fim da Segunda Guerra
Mundial inspirado no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr
44, sendo o fuzil mais fabricado de todos os tempos.

Estima-se que o número de exemplares produzidos


tanto na Rússia como sob licença em países como a
Bulgária, China, Hungria, Índia, Coréia do Norte, Romênia
entre outros, chegue a impressionante cifra de 90 milhões.
FN FAL

O FN FAL (Fuzil Automático Leve, de 1946)


(7,62mm [popularmente conhecido no Brasil como
"sete meia dois"]) é um dos desenhos de fuzil militar
mais famosos e usados no mundo, Desenvolvido pela
empresa belga Fabrique Nationale, é fabricado pelo
menos em 10 países, incluindo o Brasil.
A AR-15 (5,56mm)
é um fuzil desenvolvido
pela Armalite e depois
vendida para a Colt, que
a lançou sob o nome de
fuzil M16, conseguiu sua
adoção pelo exército dos
Estados Unidos, sendo
que foram realizadas
modificações no projeto
original, ampliando sua
precisão e confiabilidade,
até chegar ao atual rifle
de assalto M4A1.
Submetralhadora
Pistola-metralhadora, submetralhadora ou metralhadora de mão, é uma
arma semiautomática ou automática de tamanho reduzido para uso de mão,
sem fixação por tripé, utilizando um calibre usual das pistolas, como o 9
mm e o .40 S&W.
A utilização mais adequada é em tiro instintivo a pequenas distâncias, visto
que sua precisão é prejudicada pela elevada cadência de tiro.
Utilizando a força expansiva dos gases provenientes da
queima do cartucho para o recuo e realimentação da arma

SUBMETRALHADORA - SMT 40 - CALIBRE RESTRITO


Marca: Taurus (30 tiros)
Artesanais
*Utilizando peças de armas de
fogo ou materiais diversos.

*Sistema de percussão;
*Cano;
*Sistema de acionamento;
Lei No. 10.826, de 22 de Dezembro de 2003.
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a
comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e
simulacros de armas de fogo, que com estas se possam
confundir.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e
os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à
coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo
Comando do Exército.
Simulacro com partes de armas
Armas de fogo (com plástico)...

Armas de fogo (de plástico)...

Millennium Taurus

Apenas o percutor de metal;


Calibres variados (inclusive .380 Auto)

AR – five seven
Calibre e raiamento dos canos
Calibre
Medida do diâmetro interno do cano de uma arma,
medido entre os fundos do raiamento;
Medida do diâmetro externo de um projétil sem cinta;
dimensão usada para definir ou caracterizar um tipo de
munição ou de arma.
Calibre nominal (sem "sobrenome")

Sistema Sistema Calibre nominal Calibre real


americano Inglês Convertido em mm Convertido em mm

.22 .220 5,59 mm 5,6 mm


.25 .250 6,35 mm 6,35 mm
.30 .300 7,62 mm 7,62 mm
.32 .320 8,13 mm 7,65 mm
.38 .380 9,65 mm 9,0 mm
.44 .440 11,18 mm 10,8 mm
.45 .450 11,43 mm 11,25 mm
Calibres permitidos e restritos
Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. - Dá nova redação ao
Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105).
• Dois significados distintos (mas relacionados):
– Calibre real: diâmetro interno do cano da arma;
– Calibre nominal: convenção adotada pelo fabricante para
indicar em particular o tipo de cartucho a ser utilizado na
arma.
– O que vai nos dar: “nome” e “sobrenome”
As raias e os cheios podem apresentar-se em números
pares ou ímpares, mas sempre aparecem em
quantidades iguais.

raia
cheio
Podem ter orientação para a esquerda
(sinistrogira) ou para a direita (dextrogira).

As Raias do cano imprimem Ressaltos e os Cheios


produzem Cavados nos projetis
RAIAMENTO
• Alma lisa e tipos de alma raiada
• Métodos utilizados para fabricação de canos de alma raiada

As principais indústrias brasileiras de


armas de fogo confeccionam o raiamento
das armas usando sistemas e tecnologias
próprias. São três os sistemas usados na
confecção das raias:

* por usinagem (ou brochamento


por corte);
* por bilha (bilhamento);
* por martelamento (ou forjamento
a frio).
• Medidas quanto ao raiamento de armas de fogo

Entende-se por “passo” a extensão na qual as raias completam um giro de 360º.


Cartucho de Munição
Munição
Cartucho para arma de alma raiada
• Estojo:
– Componente externo, de maior dimensão;
– Constituição: latão, cobre, plástico, alumínio,
papelão, teflon;
– Em geral feitos de latão (70% cobre e 30% zinco);
– Podendo ser niquelados;
• Espoleta:

– Contém a mistura iniciadora (carga de inflamação);


– Tipos:
• Boxer (com bigorna);
• Bateria (com bigorna e “estojo” próprios).
• Berdan (a bigorna faz parte do estojo);
• Pólvora:
– A pólvora foi descoberta na China, durante a
dinastia Han. A descoberta foi feita por acidente
por alquimistas que procuravam pelo elixir da
longa vida, e as primeiras referências à pólvora
aparecem como avisos em textos de alquimia
para não se misturarem certos materiais uns
com os outros.
– Por volta do século X a pólvora começou a ser
usada com propósitos militares na China na
forma de foguetes e bombas explosivas
lançadas de catapultas. A primeira referência a
um canhão surge em 1126 quando foram
utilizados tubos feitos de bambu para se
lançarem mísseis contra o inimigo.
• Projetil:
– Formato e constituição específicos para as
características balísticas desejadas;
– Divisão:
• para armas de alma lisa;
• para armas de alma raiada.
Gold Dot - Speer

Ranger T - Winchester
Golden Saber - Remington
Deformação diferenciada, dependendo do projetil e
carga do cartucho de munição (9mm)
Identificação da munição a partir das características dos componentes
individuais:

Número de série em estojos da


marca CBC
Identificação da munição a partir das características dos componentes individuais:

– Projetil:

• calibre real pelo diâmetro da base ou do corpo cilíndrico;


• calibre nominal (ou similar) pelas características, constituição,
dimensões, massa e calibre real;
• tipo de arma pelas características do raiamento (número e
orientação, dimensões dos ressaltos e cavados).

Intacto
Ressaltos e cavados
Revólver Taurus RT
410 “The Judge“

36 para caça
.45 (.410)
Identificação das armas
de fogo
Marca
País de origem
Calibre
Tambor
Cano
Acabamento
Mecanismos
Alterações
Série / Montagem
• Identidade:
– Conjunto de características únicas da arma.

• Identificação:
– Verificação das características próprias da arma
que permitam estabelecer sua identidade.
– Tipos de identificação:
• Direta (imediata): identidade civil e física;
• Indireta (mediata): mediante o estudo comparativo
das características gerais e particulares;
• Podem ser de ordem genérica, específica ou
individual.
• Número de série

– Sinal de identificação individual impressa pelo fabricante;


– Numérico ou alfanumérico;
– Frequentemente codifica informação técnica sobre a arma.
– A arma pode ter inserido logotipo de instituição e número de
patrimônio (matrícula, carga).
• Localização típica das gravações:

– Logotipo: nas laterais do monobloco, no cano;


– Número de série: empunhadura, laterais do monobloco, cano;
– Número de montagem: armação, cano, suporte do tambor,
tambor, extrator.
Armas com identificação removida
Agentes mais comuns de remoção e mascaramento
das gravações:

– Agentes mecânicos:
• abrasão mecânica;
• broqueamento;
• puncionamento.
– Agentes químicos;
– Ferrugem;
– Ação do tempo.
Revelação de números de série
Métodos utilizados para alterar e remover
números de série:
-Limagem
-Puncionamento
-Regravação
-Brocagem
-Soldagem
Durante o processo de gravação ocorre a compressão (alteração)
da estrutura interna do metal, e não só a parte externa (visual).

Assim, mesmo sofrendo alteração


(ou remoção), é possível revelar a gravação original.
Efeitos do tiro
Efeitos do tiro em tecidos do corpo humano,
com a utilização de gelatina balística
Devastadora força de um tiro de arma de
fogo de alto calibre
Enxugo Contusão Enxugo e
contusão
Efeitos do tiro
Orifício de saída
Tiros com espingarda de calibre 12 e
revólver .38 SPL
Efeitos do tiro

Buraco de mina
• Zona de tatuagem:

–Grãos de pólvora parcialmente


combustos, de alta velocidade, com
penetração no alvo.
Efeitos do tiro
Orifício de entrada, tiro a
curta distância, com zona
de tatuagem
Dois tiros média distância
Revólver .38 Special
Pistola 9mm Tiro encostado Marca característica

Entrada
.38 Special

Encostado
Revólver .38 Special
Fratura radial
Fratura
concêntrica

Crateras em vidro
automotivo
• Efeito do tiro no atirador:
– Deposição de resíduos da queima da pólvora, da
mistura iniciadora e microfragmentos do projetil;
– Volume e localização dos resíduos varia de acordo
com o tipo de munição e a arma utilizada.
Resíduos de tiro
O tiro provoca diversos
efeitos no próprio
atirador.
Os gases provenientes do
tiro possuem Pb e outros
metais tóxicos.

O exame residuográfico é
uma das técnicas que
auxilia a Pericia Criminal.
Incidente de tiro, acidente de tiro e
tiro acidental
Acidentes
https://www.youtube.com/watch?v=HspuZj8msxM
http://www.youtube.com/watch?v=ZVCbe-m842Y
http://www.youtube.com/watch?v=wSetvh8F4bQ

Tiro acidental (falha de mecanismo)


https://www.youtube.com/watch?v=QiK270OXVJU
Tiro acidental X Tiro involuntário
*TIRO ACIDENTAL - é todo o tiro decorrente de disparo
produzido, sem o normal acionamento do gatilho, com
ou sem danos materiais e/ou pessoais.

*TIRO INVOLUNTÁRIO- ocorre independentemente da


vontade do atirador, mas com o acionamento normal do
gatilho. Não é de ordem técnica, mas jurídica.
Normas de Segurança
• Ao receber ou entregar uma arma de
fogo SEMPRE verificar se a mesma
não está carregada, entregá-la
apontando o cano para uma direção
segura e preferencialmente aberta.
Normas de Segurança
• NUNCA engatilhe a arma se não for atirar!
• Travas são dispositivos mecânicos e não
substitutos do bom senso, portanto NUNCA
teste as travas acionando o gatilho.
• NUNCA deixa a arma de forma descuidada ou
ao alcance de outras pessoas.
Confronto balístico
• Importância do exame de microcomparação
balística (ou confronto balístico):

– Este exame se caracteriza, com freqüência, como


prova técnica de valor absoluto e suficiente na
determinação da culpa do indiciado por parte da
autoridade judiciária.
Características marcantes em projetis
Características marcantes em projetis
Características tênues em projetis
Microcomparador balístico da marca Leitz
Marca Leica, modelo DMC, com monitor de visualização
e vídeo printer acoplados
Marca Leica, modelo FSC, integrado com microcomputador
e software de captura de imagens.
Questionado Padrão

Mesmo projetil questionado, campo com convergência de microelementos tênues:


cavado intercalado
Questionado Padrão

Campos ricos em convergência de microelementos (marcantes e tênues)


no mesmo projetil
Questionado Padrão

Campos com convergência de microelementos em estojos


Questionado
Questionado
Questionado Padrão

Padrão
Convergência de microelementos
Padrão
na marca de percussão em estojos
• Novas técnicas de comparação:

– Sistemas envolvendo informatização e


criação de banco de dados;
– Adição de padrões em banco de dados e
busca automática de possíveis
ocorrências dentro do banco de dados
prévio;
– Confirmação por parte do perito,
mediante exame microcomparativo.
Sistema IBIS (Canadá)
Sistema EVOFINDER / CONDOR (Rússia)
Referências bibliográficas

• Balística Forense, Aspectos Técnicos e Jurídicos. 6ª Ed. Domingos Tocchetto. Millennium Editora,
Campinas/SP. 2011
• Estudos de Casos em Balística. 1a Ed. Domingos Tocchetto. Millennium Editora, Campinas/SP.
2011.
• Identificação de Munições. Vol. 1. Creso M. Zanotta. Editora Magnum, São Paulo/SP. 1992
• Estatuto do Desarmamento, Fronteiras entre racionalidade e razoabilidade. Gilberto Thums. Editora
Lumen Juris, Rio de Janeiro/RJ. 2005
• Criminalística. 5ª Ed. Luiz Eduardo Carvalho Dorea. Millennium Editora, Campinas/SP. 2012
• Modern Firearms & Ammunition Encyclopedia of firearms and ammunition of the XX and XXI
centuries - http://world.guns.ru/index-e.html - Acesso em 31/05/2013
• Porte de Arma de Fogo - Polícia Federal do Brasil - http://www.dpf.gov.br/servicos/armas/porte-de-
arma-de-fogo/porte-de-arma-de-fogo - Acesso em 31/05/2013
• Gunshot Wounds - Practical Aspects of Firearms, Ballistics, and Forensic Techniques - 2nd Ed. -
Vincent J. M. Di Maio - New York 1999
• Terminal Ballistics - A text and Atlas of Gunshot Wounds - Malcom J. Dodd - Boca Raton, FL – 2006
• Estatuto do Desarmamento - Lei Federal No 10.826, de 22 de dezembro de 2003 -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm
• Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Dá nova redação ao Regulamento para a
Fiscalização de Produtos Controlados (R-105). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm

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PERCUTOR FIXO
DIRETA
QUANTO À PERCUTOR
PERCUSSÃO OSCILANTE
INDIRETA

Direta, percutor fixo Direta, percutor oscilante Indireta


Exemplo: dois cartuchos questionados de calibre nominal .38 SPL,
marca aparente CBC

Observa-se
diferença no
formato do Observa-se linha de
projetil de um solda no projetil.
dos cartuchos
com o padrão
de fábrica.

Observa-se marcas de
espoletador no mesmo cartucho.

Conclusão: recarga.
rossi_38_mod094_lat_dir
bersa_380acp_mod85_lat_esq
glock_380_mod25_lat_esq
hk_45_lat_esq
Marca / Calibre

Sinete
Marca / Mod. / Calibre

Sinete
Espingardas calibre 12 - Cano longo e serrado

Decreto Nº 3.665 - Art. 16. São de uso restrito:


VI - armas de fogo de alma lisa de calibre doze ou maior com comprimento de cano menor
que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez milímetros;
VII - armas de fogo de alma lisa de calibre superior ao doze e suas munições;

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