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Revisão da Prova

Medicina Legal
Traumatologia Forense – professor Érico
TRAUMATOLOGIA - Estudo sistemático das lesões, produzidas por agentes
externos, de modo a oferecer à justiça subsídios (diagnostico, classificação
jurídica, nexo causal, se é vital ou pós morte, enquadramento legal e gravidade
do dano).
Trauma – energia EXTERNA que cause desvio da normalidade;
Lesão – modificação da normalidade (externa e violenta) causando dando em
decorrência de dolo, culpa, acidente ou auto-LESÃO.
TRAUMATOLOGIA FORENSE – estuda os instrumentos capazes de causar
dano (violência) ao corpo humano, as modalidades das energias causadoras
de dano, implicações jurídicas do traumatismo.
ENERGIAS LESIVAS – biodinâmica/bioquímica/ordem mista.
Ordem mecânica > Agente: instrumento
Origem: ativa/passiva/mista
TIPOS:
SIMPLES
Perfurante (ponta fina tipo agulha prego, estilete) ou Punctoria (arestas
profundas) Pressão
Incisa – pressão e deslizamento (navalha, estilhaços de vidro, linda de cerol)
Contundente (martelo, tonfa, soco inglês) choque, com ou sem deslizamento.
Ativa- instrumento contra a vítima
Passiva – vitima cai ao encontro do objeto
Mista – ambos em movimentação
Devido à elasticidade da pele, ela fica integra e a lesão vai ser num nível
profundo. Exemplos:
Escoriação: atrito do deslizamento na superfície da pele. Arranca a epiderme.
Comum em quedas (joelhos e cotovelos), forma crosta serosa ou hemática.
Rápida recuperação.
Interesse Juridico: Arrastamento, atropelamento, lesão de defesa
(unhadas)

Equimose: Rompimento de vasos e derrame sanguíneo infiltra os tecidos.


Espectro equimotico
Vermelho-violaceo – 2 dias
Azul – 3 dias
Esverdeado – 7 dias
Amarelado – 12 dias
Normal – 20 dias

Bossas e Hematomas: localizados e o derrame sanguíneo não se difunde.


Obs. Bossas sanguíneas ou Linfáticas: É quando existe tecido ósseo abaixo de
musculatura muito tênue. Se romper o vaso, forma-se a bossa sanguínea.
Hematomas: sangramento mais violento que a equimose, pode descolar a pele
e formar bolsa de sangue. Tecido mole, frouxo. Com o tempo, o organismo
absorve o sangue, formando a mesma variação de cores da equimose, com
processo mais demorado.
OBSERVAÇÃO. Lesões contusas: Luxação: afastamento repentino e
duradouro de extremidades; fratura; rompimento de órgãos decorrentes de
fratura.
COMPOSTAS:
Perfuro-cortantes (punhal, espada)
Perfuro contundente (chave de fenda, projetil)
Possui forma variável: cilíndricas ou ogivais. Perfuração e ruptura de tecidos.
Bordas irregulares, profundidade, penetrante e transfixante.

IMPORTANTE
• Projetil
Rompimento da pele, orifício tubular.
Cor escura limpando os resíduos da pólvora (orla de enxugo)
Arrancamento/rompimento da epiderme (orla de contusão)
Ao formar o túnel de entrada:
Rompe pequenos vasos e formam equimoses em torno do ferimento – zona de
hemorragia (orla equimotica)
Zona de tatuagem: impregnação de partículas da pólvora incombusta
Zona de Esfumaçamento : deposito de fuligem de pólvora
Zona de chamuscamento: ação superaquecida dos gases que queimam o alvo
Orificios de entrada podem ser: Circulares/ ovais/tangencial

Tiro encostado
- forma irregular (estrelado) tecidos dilacerados (mina de Hoffmann)
-sem zona de tatuagem ou esfumaçamento
- diâmetro maior q o projetil
-impressão do cano da arma
-quando transfixante: trajeto com entrada e saída

Tiro a curta distância


-cone de dispersão do tiro
-forma arredondada
-orla de escoriação
-orla equimotica
-orla de enxugo
-zona de tatuagem
-zona de esfumaçamento
-zona de queimadura (chamuscamento)

Tiro a distância
-forma arredondada
-diametro menor q projetil
-orla de escoriação
-orla equimotica

Orifício de saída
-forma irregular/dilacerado
-maior que o de entrada
-maior sangramento
-ausência de orlas/zonas
-bordas evertidos

TRAJETO caminho percorrido dentro do corpo: transfixante ou não transfixante


TRAJETORIA caminho fora do corpo: simples (projetil único) múltiplo (projeteis
múltiplos)
Corto contundente (machado, enxada, facão, dentes)/
Pressão devido ao seu próprio peso: sua gravidade depende do ângulo de
incidência da superfície atingida. Sempre profundas, com bordas irregulares,
com destruição de tecidos, inclusive fraturas. Ex. guilhotina
Lacero-contundente (acidentes de trem ou automóvel).
NEM SEMPRE A AÇÃO VULNERANTE CORRESPONDE AO
INSTRUMENTO VULNERANTE.
Feridas Punctórias
- Penetram a superfície atuando por pressão, afastando as fibras dos tecidos
atingidos.
1- Orifício de entrada
Diminuto e circular , pouco sangramento, crostícula, pode ocasionar lesões
internas.
Obs. Leis de Filhos e Langer – Seguem a elasticidade e contratilidade da
pele. Linhas de tração da pele. Trajetoria: retilínea, profunda e transfixante.
Agentes cortantes
Características: bordas regulares e nítidas, hemorragia abundante, mais
comprido do que profundo, bordas afastadas (principalmente nas lesões pós
morte)
OBS. FERIDAS ESPECIAIS
Esgorjamento – anterior do pescoço
Degolamento – posterior do pescoço
Decaptação – separação total da cabeça
Evisceração e Lesões de defesa

Fisica > Agente: meio


Calor: contato direto (queimaduras) ou Irradiação solar (insolação, desidratação
e choque)
Queimaduras (gravidade é de acordo com extensão e intensidade)
1º grau: eritema
- epiderme afetada
-vermelho vivo
-pós morte a coagulação fixa o eritema
2º grau:Flictema
-formação de vesículas
-liquido amarelo-claro ou transparente
-no cadáver em seu lugar formam-se placas
3º grau: Escaras
-manchas castanhas, cinza-amarelada, morte da derme
-cicatrizes proeminentes
-no cadáver apergaminham-se
4º grau: Carbonização
-carboniza o plano ósseo
-total ou parcial
-reduz o volume do cadáver.
IRRADIAÇÃO SOLAR – Insolação: Ação da temperatura do Calor ambiental
em locais abertos. Intermação: excesso de calor ambiental, lugares mal
arejados, quase sempre confinados. Fatores contribuintes: alcoolismo, vestes
inadequadas.
FRIO
Contato direto: necroses imediatas ou tardias
PRESSÃO
Baropatias: diminuição de pressão (montanhas e aviadores) Aumento de
pressãp (mergulhadores)
ELETRICIDADE
Natural ou Industrial
Morte por eletricidade: Cardiaca(fibrilação)/pulmonar(tetanização dos
músculos) ou asfixia/cerebral(hemorragia de meninges)
VENENO
-substancia que lesa saúde ou causa morte, mesmo em quantidade pequena.
O conceito de veneno está vinculado a dose
Podem ser:
Medicamentos
Produtos químicos diversos (ex raticidas)
Plantas tóxicas
Animais
CICLO DO VENENO
1º absorção – oral, pele, mucosa
2º distribuição – circula no sangue e passa nos tecidos
3º fixação – fixa no órgão onde vai agir
4º transformação – o organismo transforma os venenos em substâncias menos
tóxicas
5º eliminação – urina, fezes, saliva
Obs. Para que se caracterize uma morte por veneno, deve-se identificar uma
substância tóxica no corpo e a concentração da substância. Exame
necroscópico: coleta de vísceras para exames laboratoriais

Lesões Corporais
-Ofensa à integridade corporal – escoriação, mutilação
-Ofensa à saúde – mortricidade, funções vegetativas, psiquismo
LESÃO LEVE:
Danos superficiais aos tecidos- ferimentos em tecidos moles, fraturas, luxações
-não comprometem as funções de caráter permanente e nem acarretam
recuperação demorada
LESÃO GRAVE
Incapacidade (física ou psíquica) mais de 30 dias – atividade profissional ou
social
- não exige incapacidade absoluta
- APÓS 30 dias revisão
Perigo de vida
*Atestado mediante sintomas como perda de consciência- hemorragias
abundantes – estados de choque- queimaduras- infeccões- fraturas no crânio e
coluna]
Debilidade permanente – definitiva de membro ou função
Membro-sentido(redução da capacidade sensorial)-função(perda de dente,
perda de testículo)
*Aceleração do parto
Trauma de toda ordem – não ocorre a morte do feto
LESÃO GRAVÍSSIMA
Incapacidade permanente para o trabalho dificilmente curada ou reparada
Enfermidade incurável – evolui para morte ou sem possibilidade de cura –
lebra, epilepsia
Perda ou inutilização de membro, sentido ou função – perda de fala, visão,
audição.
Deformidade permanente – dano estético irreversível visível e permanente

ABORTO
Morte fetal ou expulsão e morte consequente como resultado de dano a mãe
Lesão corporal mortal (seguida de morte)
Sem intenção de matar, produz lesão dolosa e determina a morte da vitima
A morte da vitima agrava a pena
Observação – a auto lesão só é crime se ocorrer visando um fim ilegal.

Quesitos para Exame de Corpo de Delito


Lesões Corporais
A) Houve lesão?
B) Qual instrumento ou meio a produziu?
C) Há quanto tempo foi produzida?
D) Resultou debilidade de membro, sentido ou função?
E) Resultou perda ou inutilização de membro, sentido ou
função?
F) Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
tortura ou outro meio insidioso ou cruel?
G) Resultou perigo de vida?
H) Impediu as atividades habituais por mais de trinta dias?
I) Resultou deformidade permanente, enfermidade incurável,
aceleração de parto ou aborto?
LESÕES DE ORDEM FÍSICO QUÍMICA
(ASFIXIOLOGIA)
- Impedem a passagem de ar e alteram a composição bioquímica do sangue.

2 a 3 min 2 A 3 min
1 min
ESGOTAMENTO

Hipercapnia (muito Parada respiratória –


EXPIRATÓRIA

Hipoxemia (pouco
CO2) morte aparente
Oxigenio)
DISPNÉIA

Acidose respiratória Últimos movimentos


Indivíduo consciente
Indivíduo inconsciente respiratórios
faz esforço para
receber oxigênio tem convulsões Parada respiratória
definitiva
1 – MANCHAS DE HIPOSTASE
Asfixia – Mais fortes e precoces. O sangue está repleto de gás carbônico.
Outras Mortes- 1 ou 2 horas após a morte

2 – CIANOSE
Face, lábios, leitos ungueais e parte alta do pescoço.
Alta concentração de carboemoglobina.

3 – EQUIMOSES DA PELE, MUCOSAS E VISCERAS


Vasos se rompem com o aumento da pressão
4 – COGUMELO DE ESPUMA
Boca e narina
Liquido aspirado + ar dos alvéolos + surfactante (substancia que reveste os
alvéolos)
5 – DENTES E UNHAS ROSEOS
Afogamento e enforcamento
Hemoglobina invade canalículos dentários
Pode ser apenas em algumas unidades
Sufocação
Impedimento da passagem de ar
Pode ser acidental, engasgo, homicida
Lesão em mucosa ou corpo estranho em vias aéreas
Compressão de tórax e abdomem
Desmoronamento ( fratura costal com ou sem ruptura pulmonar)
Afogamento
Penetração de meio liquido ou semi liquido nas vias aéreas
Sinais externos: baixa temperatura da pele, contração dos mamilos, luvas
epidérmicas, dentes róseos e cogumelos de espuma.
Primeiras 24h o corpo afunda, a partir dai ele submerge
Afogado azul (asfixia, entra liquido no pulmão), afogado branco ( inibição
cardíaca ou foi jogado morto na agua)
Soterramento
Acidental, obstrução por terra ou grãos, presença de material nas vias
respiratórias e digestivas, muitos resíduos sólidos no nariz e na boca.
Enforcamento
Constrição do pescoço usando o próprio peso. A constrição pode ser ativa
(estrangulamento) ou passiva.
Laço (instrumento)/nó(forma de amarração)/sulco(marca na pele)
Estrangulamento e Esganadura não possui nó.
TANATOLOGIA
Diagnóstico da realidade da morte é feito pela tanatognose.
Por morte, entende-se, sinteticamente, como a cessão dos fenômenos vitais
pela parada das funções cerebral, respiratória e circulatória

CRONOTANATOGNOSE

Permite a definição da hora aproximada da morte, sua causa jurídica, o nexo


causal com o evento ocorrido e a verificação da comoriência.
PERÍODO DE INCERTEZA DIAGNÓSTICA DE TOURDES: consiste no
interstício de seis horas antes e seis horas depois da morte, em que não se
pode definir se as lesões eventualmente encontradas tiveram causa anterior ou
posterior ao falecimento.

MORTE NATURAL- decorrente de causas patologicas


MORTE SUSPEITA – pessoa aparentemente saudável que inesperadamente
ou sem causa evidente, com ou sem evidencias de violência incute
desconfiança sobre a sua origem.
MORTE AGONICA – lenta, sofrida por longos períodos
MORTE VIOLENTA – ação exógena e lesiva (acidente, suicídio ou crime)

ABIÓTICOS

IMEDIATOS MEDIATOS
(“de incerteza”) (“CONSECUTIVOS”)

perda de consciência desidratação

relaxamento muscular Algor (resfriamento)

face hipocrática rigidez e espasmo

função cerebral,
manchas cutâneas
cardíaca e respiratória
hipostáticas (Livores)
negativa
]]

TRANSFORMATIVOS (“TARDIOS”)

DESTRUTIVOS CONSERVADORES

Autólise Mumificação

Maceração Saponificação
Putrefação
1. Coloração
2. Gasosa Corificação
3. Coliquativa
4. Esqueletização

IMPORTANTE
Sinais tardios ou consecutivos:
a) rigidez cadavérica; b) livores cadavéricos; c) resfriamento cadavérico; d)
evaporação tegumentar ou desidratação dos tecidos.
Fenômenos cadavéricos transformativos: a) destrutivos: autólise, putrefação,
maceração; b) conservadores: mumificação, saponificação, corificação.
Autólise: Ocorre quando as células absorvem suas próprias enzimas,
autodestruindo--se. Esse processo determina a acidez intracelular.
Putrefação: é a decomposição da matéria orgânica pela ação de micro-
organismos presente ou não no corpo humano. Tem quatro fases: coloração,
gasosa, coliquativa e esqueletização.
Maceração: fase em que ocorre a transformação do corpo pela destruição dos
tecidos moles mediante a ação prolongada de líquidos. A epiderme se descola
da derme e a pele tende a ficar esbranquiçada e enrugada.
Mumificação: processo de origem química, artificial (ou provocado, como no
embalsamento), geral ou local (uma só parte do corpo), ou espontâneo
(natural), de maneira superficialou profunda.
Saponificação: adipocera, é marcado por odor de queijo rançoso e adocicado
(Ferreira,2020). Comum de ocorrer em casos de covas múltiplas, cadáveres
etc. Não é processo inicial, ocorrendo por volta de um a três meses após a
morte.
Corificação: processo em que o cadáver ganha aspecto parecido com o coro e
ocorre por causa da desidratação dos tecidos cutâneos.

CRIMINALISTICA
CRIMINALISTICA ESTUDA OS VESTÍGIOS X CRIMINOLOGIA ESTUDA O
CRIME, O CRIMINOSO, A VITIMA...
Vestígios: qualquer marca, fato, sinal deixado no local do crime. Exemplo:
Digitais, Pegadas, entre outras
Indícios: circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.
Evidencias: vestígio que após analisado pelos peritos, se mostram
diretamente relacionado ao caso.
Provas: meio utilizado pelas partes, na qual pode juntar ao processo.
CLASSIFICAÇÃO DOS VESTÍGIOS QUANTO A SUA RELAÇÃO COM O
FATO
VERDADEIROS - todos os vestígios encontrados em uma cena de crime, até
que se prove o contrário. Em outras palavras são os vestígios produzidos
diretamente pelas ações dos atores relacionados com o crime. (Durante o
crime)
ILUSORIOS - observados no local do crime os quais não são relacionados às
ações dos atores envolvidos no fato delituoso. (antes do crime)
FORJADOS - Trata-se de vestígios produzidos com interesse em alterar a
configuração original dos vestígios do local de crime (depois do crime)
Vestígios biológicos – sangue, esperma, saliva, pelos (deve-se realizar
reações bioquímicas para identificar com certeza)
CORPO DE DELITO: Materialidade da ação incluindo os vestígios deixados na
cena do crime: prova de que o crime existiu. Ex: Cadaver e uma arma. O
exame é a perícia realizada nesses vestígios.
Toda evidência é um indício, mas nem todo indício será uma evidência
cadeia de custódia: pode ser definida como o conjunto de procedimentos
documentados que registram a origem, identificação, coleta, custódia,
controle, transferência, análise e eventual descarte de evidências. Ela é
utilizada para manter e documentar a história cronológica do vestígio,
permitindo sua rastreabilidade.

ETAPAS DA CADEIA DE CUSTÓDIA:


− reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse
para a produção da prova pericial;
− isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de
crime;
− fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de
crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser
ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua
descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;
− coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,
respeitando suas características e natureza;
− acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas,
químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e
nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento;
− transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de
modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o
controle de sua posse;
− recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de
procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome
de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame,
tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;
− processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo
com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e
químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado
em laudo produzido por perito;
− armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições
adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente;
− descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a
legislação igente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
• Em relação aos documentos criminalísticos temos que:
− Laudo pericial é o documento técnico mais completo, contendo o resultado
da constatação, registro, análise, interpretação, conclusão e opinião sobre um
objeto periciado, onde a Justiça é a destinatária final desse documento.
− O parecer técnico é o documento que exprime o resultado de um trabalho
de análise, seguida de uma opinião sobre um evento específico que esteja
sendo examinado. Os destinatários desse documento (de acordo com o
requisitante inicial) poderão ser a Justiça, outros órgãos públicos, entidades ou
empresas privadas e pessoas em geral. É, portanto, uma produção técnica
intelectual independente, destinada a opinar sobre determinado fato ou
assunto.
− Relatório técnico é um documento que apresenta o resultado de um exame
de uma particularidade, que servirá para integrar o conjunto de um exame
maior e para auxiliar na interpretação de outros fatos. É um relato da ação
técnica, específica, desenvolvida.
Conceitos importantes (atores do local do crime)
Autoridade Policial – primeiro a chegar (isola e protege)
Perito – até do crime. Pequisa e coleta vestígios
Medico Legista – examina e avalia cadáver
Observação
MORDIDAS
Lesão semi circular , dois arcos separados, área central sem lesões e com
contusões causadas por pressão dos lábios e língua.
IMPRESSÃO – marca
SUPORTE – local ( atenção para alimentos no local)
Mordidas de animais nunca tem vestígios de sucção. Mais profundas e maior
laceração.
Caracteristicas individualizadoras: largura do eixo, dentes ausentes, forma da
arcada.
Pos morte
Necrofilia; ausencia de hemorragia e retração dos tecidos
CONTEXTO SEXUAL: equimose central (mamilos , genitália, )
VIOLENCIA E DEFESA: pressão intensa e marcas profundas (mãos,
antebraços, nariz, lábios)
Antropologia
- identificação policial, medico-legal, subsidia o laudo pericial, identificação de
cadáveres
- determina: sexo e espécie
-estimativa- cor, idade, estatura
IDENTIDADE – conjunto de elementos que caracterizam uma pessoa
tornando-a única. Perito . DNA. Exame de arcada, papiloscopia
RECONHECIMENTO – previsto no CPP, leigo, investigativo, subjetivo e falho
Liberação de corpo no IML comente com identificação
PAPILOSCOPIA (estudo dos padrões formados pelas papilas dérmicas)
Papilas dérmicas: ondulações originadas do encontro da derme com a
epiderme.
Papiloscopia como ferramenta de identificação
Perenidade: 6o mês de vida fetal e só desaparecem com a putrefação
Unicidade: todos os indivíduos possuem impressões papilares;
Praticabilidade: obtenção de ID é simples, rápida e barata
Imutabilidade: o desenho não se altera durante a existência do indivíduo;
Classificabilidade: Arquivamento através de fichas datiloscópicas
DATILOSCOPIA – IMPRESSÕES DIGITAIS
A impressão digital se forma a partir do 6º mês de vida intrauterina e
permanece inalterado durante toda a sua vida, perdurando até após a morte,
somente desaparecendo quando da putrefação. Caso destruídas, as papilas
podem ser regenerar e o desenho se refaz.
DELTA:
Figura em forma de triângulo formada no encontro das três regiões: marginal,
nuclear e basal.
LOCALIZAÇÃO:
Quadrante inferior da impressão digital
FORMATOS:
A depender de onde esteja o delta teremos um dos 4 tipos tipos fundamentais
da impressão
anomalias,
a) Ausência de dedo: representa-se pelo número 0.
b) Cicatriz que altera a impressãoo digital: representa-se pela letra X.
c) Dedos supranumericos: representa-se por letra min˙scula apÛs o polegar.

Observação: a identificação genética demanda muito tempo e custo alto,


confronto genético,dificuldade da viabilidade de amostras
MATERIAIS BIOLÓGICOS QUE PODEM CONTER DNA:
● Fluidos corporais: suor, sangue, saliva, urina, secreções sexuais
● Restos mortais: dentes e ossos
● Pelos, fios de cabelo, unhas
VESTÍGIOS POTENCIAIS
● Objetos ´pessoais: óculos, escova de dentes, roupas
● Objetos descartados: chiclete mastigado, copo, palitos
● Armas manuseadas: faca, pistola, barra de ferro...
ANTROPOMETRIA OSSEA
ANCESTRALIDADE, IDADE, ALTURA, GENERO, ESPECIE
CRANIO- elemento mais utilizado. Pode ser tórax e pelve tb
Feminino : mais leve, mandíbula menos robusta, fronte vertical, condilos
occipitais curto e largo, pelve (bacia) principal osso para diferenciar sexo.mais
delgada na mulher, arcada pubiana mais aberta, aberturas e cavidades mais
salientes.
IDADE
calcificação dos ossos se encerra aos 21 anos
bebes, crianças e adolescentes possuem peculiaridades de cartilagens
nos dentes, as crianças possuem os dentes permanentes ainda sem erupção
FETO. MINERALIZAÇÃO DAS PONTAS DA CUSPIDE
Vantagens do uso do elemento dentário
- Menor custo e maior rapidez
- Informações individualizadas
Observação1 : as diferenças são mais importantes que as semelhanças
Anomalias dentarias(volume, forma), posição e erupções
Observação2: Rugoscopia: analise das cristas fibrosas que partem da rafe
palatina. Diferentes entre gêmeos. Indicada quando a pessoa não possui
dentes

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