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3º Ano, Turma E
Setembro de 2022
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2º Ano, Turma E
Setembro de 2022
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Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1.1.2. Estado................................................................................................................................6
1.1.2.2. Governo..........................................................................................................................6
Conclusão..................................................................................................................................15
Referência Bibliográfica...........................................................................................................16
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Introdução
Observa-se que a palavra ética e a política passaram a fazer parte do vocabulário do homem
comum e está sempre na mídia, demonstrando a vigência de uma preocupação urgente e
universal, embora a ética esteja na mais na que moda que a política, e todo mundo fale dela,
ninguém chega realmente a acreditar que ela seja importante, e mesmo essencial para viver.
Importante salientar que o trabalho tem como tema A relação entre a filosofia e a politica, e
tem como objectivo geral de conhecer o que defere da filosofia da política, e tem como
objectivos específicos de falar da Ética política; da História e objectivos dos direitos
humanos; do Estado dos direitos humanos e suas funções; do Conceito do estado democrático;
da Filosofia política na história.
A filosofia, já que a sua área de investigação não conheces limites, interessa-se também pela
política, a Filosofia Política ocupa se dos problemas relacionados com a origem do Estado, a
sua organização, a sua forma ideal, a sua função e o seu fim especifico, a natureza da acção
politica e as suas relações com a moral, a relação entre o Estado e o individuo, entre o Estado
e a Igreja e entre o Estado e os Partidos Políticos.
A relação entre a filosofia e a politica é total, uma vez que as duas nasceram na mesma época,
e até mesmo por serem contemporâneas diz-se que “a Filosofia é filha da polis”, e há-de
ressaltar que muitos dos primeiros filósofos pré-socráticos foram chefes políticos e legisladores
de suas cidades. Contudo, a filosofia não parou de reflectir acerca do fenómeno político,
elaborando teorias para explicar sua origem, sua finalidade e suas formas.
Através da concepção dos filósofos gregos podemos perceber que eles tratam a política como
um valor e não como um simples fato, considerando a existência política como uma finalidade
superior da vida humana, que entende-se como racional, feliz e justa, própria dos homens livres.
Embora os filósofos considerem a forma mais alta de vida a do sábio contemplativo (filósofo),
eles afirmam que para os não filósofos, a vida superior só existe na cidade justa, e por isso
mesmo, o filósofo deve oferecer os verdadeiros conceitos que auxiliem na criação e
formulação da melhor politica da polis.
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Quanto a ser um assunto tradicional dos filósofos e pensadores, CHAUÍ (1998, p. 25), ele
afirma que a Filosofia existe há vinte e cinco séculos e, neste período, a ética, enquanto um
dos seus principais ramos, esteve sempre presente e continua viva.
A ética, hoje, é compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento
moral e relaciona a moral como uma prática, entendida por CORTELLA (2007, p. 103) como
o “exercício das condutas”. Além disso, é entendida como um tipo ou qualidade de conduta
que é esperada das pessoas como resultado do uso de regras morais no comportamento social.
A Política é uma ciência relacionada com grupos sociais que integram a Pólis, algo que tem a ver com
a organização, direcção e administração de nações ou Estados. A política tem como finalidade a
vida justa e feliz, ou seja, a vida propriamente humana digna de seres livres, que portanto é
inseparável da ética.
Para os gregos, era inconcebível a ética fora da comunidade política, a polis como koinonia
ou comunidade dos iguais, pois nela a natureza ou essência humana encontrava sua
realização mais alta. Quando se fala em ética, Aristóteles distingue entre teoria e prática, e
nesta, entre fabricação e acção, isto é, diferencia entre poiesis de práxis. Ele reserva à práxis
um lugar mais alto do que a fabricação, definindo-a como a acção voluntária de um agente
racional em vista de um fim considerado bom. A práxis por excelência é a política.
1.1.2. Estado
Sahid Maluf, em sua obra teoria geral do Estado, define o termo Estado como sendo uma
organização destinada a manter, pela aplicação do Direito, as condições universais de
ordem social. E o Direito é conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao estado
cumpre assegurar. O direito pode ser natural e positivo. Num modo geral Estado é o modo
como o poder está organizado num território e entre uma população.
1.1.2.2. Governo
Para REALLE e ANTISERI. (1990: 234),
Pela sua origem, o Governo pode ser de direito é aquele que foi constituído em
conformidade com a lei fundamental do Estado, sendo, por isso, considerado como
legítimo perante a consciência jurídica da nação;
Ou Governo de facto é aquele implantado ou mantido por via de fraude ou violência.
Pela sua natureza das suas relações com os governados, o Governo pode ser legal é
aquele que, seja qual for sua origem, se desenvolve em restrita conformidade com a s
normas vigentes de direito positivo. Subordina-se aos preceitos jurídicos, como
condição de harmonia e equilíbrio sociais;
Ou Governo despótico é aquele que se conduz pelo arbítrio dos detentores eventuais
do poder, oscilando ao saber dos interesses e caprichos pessoais.
Quanto à extensão de poder, classifica-se como Governo constitucional é aquele
que se forma e se desenvolve sob a égide de uma constituição, instituindo a divisão do
poder em três órgãos distintos e assegurando, a todos os cidadãos a garantia dos
direitos fundamentais, expressamente declarados;
Ou Governo absolutista é o que concentra todos poderes num só órgão. O regime
absolutista tem suas raízes nas monarquias de direitos divinos e se explicam pela
máxima do cesarismo romano que dava a vontade do príncipe como fonte da lei.
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Os Direitos Humanos não são uma invenção. Como direitos pertencentes a qualquer
ser humano, eles existem desde que existe ser humano na face da Terra, o que
aconteceu foi o reconhecimento desses direitos já existentes, por meio de convenções
e documentos oficiais.
Não há uma pessoa, uma instituição ou um órgão que seja os Direitos Humanos.
Existem ONGs, secretarias públicas e pessoas que lutam pela garantia dos Direitos
Humanos em quaisquer situações, portanto, as falas do senso comum que afirmam que
“os Direitos Humanos não vão atrás das vítimas do crime” ou que “os Direitos
Humanos não prestam ajuda à família do policial morto em conflito” são confusões
categoriais. Os Direitos Humanos não podem agir por conta própria, visto que,
enquanto uma ideia, um conceito que não existe fisicamente, podem apenas ser
aplicados em determinadas situações.
Os primeiros indícios de reconhecimento de direitos mais parecidos com os que temos hoje
vêm das revoluções liberais do século XVIII, que, em defesa da igualdade e na luta contra o
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Podemos pegar como exemplos de documentos que atestaram direitos no passado a Bill of Rights, ou
Declaração dos Direitos dos Cidadãos Americanos, e a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento criado
para estabelecer medidas que garantam direitos básicos para uma vida digna, o objectivo da
Declaração é que os direitos humanos sejam assegurados a todos os cidadãos do mundo.
A primeira, aprovada pelo Parlamento estadunidense em 1791, atesta direitos básicos aos
cidadãos dos Estados Unidos, como o direito à vida, à integridade, à propriedade, ao
tratamento igual e à defesa. A segunda, elaborada durante a Revolução Francesa, dotada de
inspiração iluminista e liberal, visa prevenir a volta do antigo regime e acabar com os
privilégios da nobreza, tornando todos os cidadãos franceses iguais em direitos e
oportunidades.
Apesar de grandes avanços no século XVIII, o século XX viveu horrores irreparáveis. São
exemplos desses horrores as consequências diretas das duas grandes guerras como fome,
morte, destruição e crimes de guerra e os genocídios de civis como os bombardeios de
Hiroshima e Nagasaki e o holocausto contra o povo judeu, em que aproximadamente seis
milhões de pessoas foram mortas.
A função de prestação social dos direitos fundamentais tem grande relevância em sociedades,
onde o Estado do bem-estar social tem dificuldades para ser efectivado, essa realidade impõe
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que milhões de pessoas fiquem à margem dos benefícios económicos, sociais e culturais
produzidos pela economia capitalista. E que essa carência não permite a fruição do mínimo
existencial.
Os direitos fundamentais das pessoas precisam ser protegidos contra toda sorte de agressões,
na conflituosidade da vida quotidiana, tais direitos podem ser violados a qualquer instante. É
o que ocorre, por exemplo, com os direitos fundamentais à vida, à privacidade, à liberdade de
locomoção e à propriedade intelectual.
Nessa perspectiva, afirma Almedina, (2002, p. 409) que: “Muitos direitos impõem um dever
ao Estado (poderes públicos) no sentido de este proteger perante terceiros os titulares de
direitos fundamentais”. Trata-se, portanto, como o próprio autor constata, de um vínculo que
se estabelece entre indivíduos, em virtude do qual estes se relacionam uns com os outros,
verifica-se, então, a eficácia horizontal dos direitos fundamentais.
A função de não discriminação diz respeito a todos os direitos fundamentais, refere-se, por
exemplo, aos direitos civis e políticos e aos direitos económicos, sociais e culturais. Nenhuma
pessoa poderá ser privada de um direito fundamental em razão de discriminação, isto é, está-
se portanto, diante do princípio da igualdade. É o que expressa a dificuldades para ser
efectivado.
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Essa realidade impõe que milhões de pessoas fiquem à margem dos benefícios económicos,
sociais e culturais produzidos pela economia capitalista, essa carência não permite a fruição
do mínimo existencial.
Os direitos fundamentais das pessoas precisam ser protegidos contra toda sorte de agressões,
na conflituosidade da vida quotidiana, tais direitos podem ser violados a qualquer instante, é o
que ocorre, por exemplo, com os direitos fundamentais à vida, à privacidade, à liberdade de
locomoção e à propriedade intelectual.
O Estado Democrático de Direito caracteriza-se pela soberania popular, por uma Constituição
elaborada em conformidade com a vontade popular, por eleições livres e periódicas, por um
sistema de garantias dos direitos humanos, e pela divisão de poderes independentes,
harmónicos entre si e fiscalizados mutuamente, a saber: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Na filosofia política, a teorização do Estado tem como pilares os contratualistas Hobbes,
Locke e Rousseau, que, por diferentes linhas de pensamento, apontavam que o Estado é
necessário para manter a ordem social e mediar os conflitos entre indivíduos.
Todavia, à época, o direito ao voto era restrito, nem todos os grupos sociais puderam ser
representados entre os parlamentares, portanto, as leis criadas não representavam
necessariamente a vontade popular, mas a vontade dos grupos de pessoas que dispunham do
direito ao voto, em geral, homens, escolarizados e donos de propriedades. O Estado de Direito
liberal preconiza os direitos e liberdades fundamentais do indivíduo, sua característica básica
consiste em que o exercício do poder pelo Estado seja limitado por um ordenamento jurídico.
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Com a filosofia política não é diferente, pois os filósofos desse campo do pensamento sempre
buscaram estabelecer críticas e fomentar novas ideias que dessem movimento ao campo
intelectual que se atreve a pensar e questionar o campo da organização política.
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A filosofia política, ao diferenciar-se da ciência política por não haver uma pretensão
metódica e científica, permitiu aos vários pensadores elaborar diferentes teorias sobre a
organização política, mas sempre questionando e dialogando com o conhecimento anterior e
estabelecendo novos conceitos acerca dos problemas políticos.
Conclusão
Chegado neste ponto concluímos que a Filosofia política é uma vertente da filosofia cujo
objectivo é estudar as questões a respeito da convivência entre o ser humano e as relações de
poder. Também analisa temas a respeito da natureza do Estado, do governo, da justiça, da
liberdade e do pluralismo. No entanto, o saber deve conduzir o poder, sem o saber como
alicerce, qualquer governo tende a degeneração e corrupção.
Portanto o estado tem como a finalidade de produzir homens com finalidade aristocrática e
com amor aos estudos e às artes, de qualquer modo, a sociedade e o estado existem para
garantir a felicidade e a virtude dos cidadãos. Todo ser humano tem direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou
crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto
em público ou em particular.
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Referência Bibliográfica
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1998.
REALLE, Giovanni & ANTISERI, Dário. História da Filosofia, Antiguidade e Idade Media.
Vol.1, 3ª Edição, Paulus, 1990.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aconcscienciamoral