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Os homens são iguais; quanto às faculdades do corpo: força física não define o mais forte.
Faculdades do espírito: os homens são iguais, mas a vaidade os faz achar que são mais sábios.
Igualdade também gera igualdade para conquistar um objetivo, o que torna os homens inimigos
Guerra permanente, de todos contra todos na ausência de poder centralizado. "A guerra não consiste
apenas na batalha, ou no ato de lutar, mas naquele lapso de tento durante o qual a vontade de travar
batalha é suficientemente conhecida".
Os homens não têm prazer na companhia um do outro.
Três causas da discórdia: competição, desconfiança, glória; ataque em busca de lucro, segurança e
reputação.
Não existe injustiça. bem ou mal pois não há poder comum e consequentemente, lei. Só existem em
sociedade, assim como a propriedade privada.
O medo da morte leva à paz.
Estado instituído: concordado e pactuado por uma multidão de homens, uns com os outros, tem o
direito de representar a todos.
Em primeiro lugar, não se pode criar um pacto após um já estabelecido, exemplo: renunciar a
monarquia. “Pois são obrigados, cada homem perante cada homem, a reconhecer e a ser
considerados autores de tudo quanto aquele que já é seu soberano fizer e considerar bom fazer.
Assim, a dissensão de alguém levaria todos os restantes a romper o pacto feito com esse alguém,
o que constitui injustiça. Por outro lado, cada homem conferiu a soberania àquele que é
portador de sua pessoa, portanto se o depuserem estarão tirando-lhe o que é seu, o que também
constitui injustiça.”
Em segundo lugar, não pode haver quebra do pacto pelo soberano e os súditos não podem se
livrar da submissão; o pacto não é feito diretamente com o soberano, mas de cada um com cada
um. “É inútil pretender conferir a soberania através de um pacto anterior.”
Em terceiro lugar, mesmo que uma minoria não concorde com a escolha do soberano, passa a
consentir junto com os restantes; aceitar e reconhecer os atos ou ser destruído.
Em quarto lugar, não se pode reclamar de injustiça para outrem, uma vez que o indivíduo é autor
das ações do soberano.
Em quinto lugar, o soberano não pode ser justamente morto.
Objetivo da instituição Estado é a paz e defesa de todos, portanto p soberano tem direito a fazer o
que considerar necessário para tal.
Em sexto lugar, o soberano é juiz do que é favorável ou contra a paz, evitando a discórdia e
guerra civil.
Em sétimo lugar, o soberano faz as leis e decide sobre propriedades, que juntamente aos
conceitos de bem e mal, legítimo e ilegítimo, constituem as leis civis.
Em oitavo lugar, o soberano tem autoridade judicial, o poder de decidir sobre as controvérsias
com respeito às leis entre os súditos.
Em nono lugar, o soberano detém o direito à guerra e paz com outros Estados; comando da
militia.
Em décimo lugar, os conselheiros são escolhidos pelo soberano, na paz e na guerra.
Em décimo primeiro lugar, o soberano pode recompensar e punir de acordo com a lei
estabelecida ou, em sua ausência, de acordo com o que julgar favorável ao Estado.
Por último, o soberano pode estabelecer leis de honra, que dão valor aos homens.
Essas características mostram onde está o poder soberano. Esse, pode transferir algumas funções,
mas não o controle da milícia, que permite a execução de leis ou o de recolher impostos e
renunciar à regulamentação de doutrinas.
A grande autoridade é indivisível e inseparavelmente atribuída ao soberano; “o poder da
soberania é o mesmo, seja a quem for que pertença”.
O poder e a honra do soberano estão acima de qualquer um dos súditos; a honra está na
soberania.
“Ora, o poder é sempre o mesmo, sob todas as formas, se estas forem suficientemente perfeitas
para proteger os súditos.”
A condição de súdito não é tão ruim em comparação ao estado de guerra civil, sem leis, em
sujeição à violência.
O soberano governante não busca humilhar os súditos ou sua própria glória, mas age por conta da
má vontade dos súditos; que possuem uma lente que amplia suas paixões e impedem que vejam
que perdem para não estar numa situação pior.