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Livro Eletrônico

Aula 04

Noções de D. Constitucional p/ STJ (Analista e Técnico-Diversos Cargos) Com


videoaulas - Pós Edital

Professores: Nádia Carolina, Ricardo Vale

04419246111 - Camilla Silva


DIREITO CONSTITUCIONAL – STJ
Teoria e Questões
Aula 04 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale

!ULA 04
DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS

Sumário

Direitos Políticos ............................................................................................................................. 2


1‑ Conceitos Iniciais: ................................................................................................................... 2
2‑ Direitos Políticos Positivos: ................................................................................................... 3
3‑ Direitos Políticos Negativos: ............................................................................................... 10
4‑ Princípio da anterioridade eleitoral: .................................................................................. 23

Partidos Políticos ........................................................................................................................... 24

Questões Comentadas .................................................................................................................. 28


1. Direitos Políticos ................................................................................................................ 28
2. Partidos Políticos................................................................................................................ 57

Lista de Questões ........................................................................................................................... 64


1. Direitos Políticos ................................................................................................................ 64
2. Partidos Políticos................................................................................................................ 76

Gabarito ........................................................................................................................................... 79

Ol‡, amigos do EstratŽgia Concursos, tudo bem?

Na aula de hoje, encerraremos o estudo dos direitos fundamentais. Falaremos


sobre os direitos pol’ticos e os direitos relacionados ˆ organiza•‹o e
funcionamento dos partidos pol’ticos.

Um grande abra•o,

N‡dia e Ricardo

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Direitos Pol’ticos
1- Conceitos Iniciais:

Para iniciarmos nosso estudo sobre os direitos pol’ticos, nada melhor que
defini-los, n‹o Ž mesmo?

Os direitos pol’ticos s‹o aqueles que garantem a participa•‹o do povo no


processo de condu•‹o da vida pol’tica nacional. Segundo o Prof.
Alexandre de Moraes, Òs‹o o conjunto de regras que disciplina as formas de
atua•‹o da soberania popularÓ.1 S‹o direitos relacionados ao exerc’cio da
cidadania e, segundo Gilmar Mendes, formam a base do regime
democr‡tico.2

Os direitos pol’ticos s‹o, portanto, instrumentos de exerc’cio da soberania


popular, caracter’stica dos regimes democr‡ticos. Esses regimes podem ser
de tr•s diferentes tipos:

a) Democracia direta: Ž aquela em que o povo exerce o poder


diretamente, sem intermedi‡rios ou representantes;

b) Democracia representativa ou indireta: Ž aquela em que o povo


elege representantes3 que, em seu nome, governam o pa’s;

c) Democracia semidireta ou participativa: Ž aquela em que o povo


tanto exerce o poder diretamente quanto por meio de representantes.
Trata-se de um sistema h’brido, com caracter’sticas tanto da
democracia direta quanto da indireta. ƒ adotada no Brasil, que utiliza
certos institutos t’picos da democracia semidireta, tais como o
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis.

1
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o
Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo, Editora Atlas: 2010, pp. 538.
2
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 10a edi•‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 715.
3
Na representa•‹o, o representante exerce um mandato e n‹o fica vinculado ˆ vontade do
povo (mandato livre), diferentemente do que ocorre no mandato imperativo, em que o
representante se vincula ˆ vontade dos representados, sendo apenas um ve’culo de
transmiss‹o desta. AlŽm disso, ele n‹o representa apenas os seus eleitores, mas toda a
popula•‹o de um territ—rio (mandato geral).

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A doutrina classifica os direitos pol’ticos em duas espŽcies: i) direitos pol’ticos


positivos e; ii) direitos pol’ticos negativos.

Os direitos pol’ticos positivos est‹o relacionados ˆ participa•‹o ativa dos


indiv’duos na vida pol’tica do Estado. S‹o direitos relacionados ao exerc’cio
do sufr‡gio. Por outro lado, direitos pol’ticos negativos s‹o as normas que
limitam o exerc’cio da cidadania, que impedem a participa•‹o dos
indiv’duos na vida pol’tica estatal. S‹o as inelegibilidades e as hip—teses de
perda e suspens‹o dos direitos pol’ticos.

2- Direitos Pol’ticos Positivos:

Os direitos pol’ticos positivos, conforme j‡ afirmamos, est‹o relacionados ˆ


participa•‹o ativa dos indiv’duos na vida pol’tica do Estado. A ess•ncia
desses direitos Ž traduzida pelo art. 14, incisos I a III, CF/88.

Art. 14. A soberania popular ser‡ exercida pelo sufr‡gio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

Os direitos pol’ticos positivos est‹o relacionados ao exerc’cio do sufr‡gio. Ao


contr‡rio do que muitos pensam, sufr‡gio n‹o Ž sin™nimo de voto. O
sufr‡gio Ž um direito pœblico e subjetivo. O voto Ž o instrumento para o
exerc’cio do sufr‡gio.

Direito de sufr‡gio Ž a capacidade de votar e de ser votado; em outras


palavras, o sufr‡gio engloba a capacidade eleitoral ativa e a capacidade
eleitoral passiva. A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-
se como eleitor (alistabilidade) e o direito de votar; por sua vez, a capacidade
eleitoral passiva representa o direito de ser votado e de se eleger para um
cargo pœblico (elegibilidade).

CAPACIDADE CAPACIDADE
ELEITORAL ELEITORAL SUFRÁGIO
ATIVA PASSIVA

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De acordo com a doutrina, o sufr‡gio pode ser de dois tipos:4

a) Universal: quando o direito de votar Ž concedido a todos os


nacionais, independentemente de condi•›es econ™micas, culturais,
sociais ou outras condi•›es especiais. Os critŽrios para se determinar a
capacidade de votar e de ser votado s‹o n‹o-discriminat—rios. A
Constitui•‹o Federal de 1988 consagra o sufr‡gio universal,
assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que
cumpram requisitos de alistabilidade e de elegibilidade.

b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do


preenchimento de algumas condi•›es especiais, sendo atribu’do a
apenas uma parcela dos nacionais. O sufr‡gio restrito pode ser
censit‡rio, quando depender do preenchimento de condi•›es
econ™micas (renda, bens, etc.) ou capacit‡rio, quando exigir que o
indiv’duo apresente alguma caracter’stica especial (ser alfabetizado, por
exemplo).

Voltando ao art. 14, da CF/88, percebe-se que a CF/88 explica que a


soberania popular ser‡ exercida pelo sufr‡gio universal e pelo voto
direto e secreto e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e
iniciativa popular de leis.

O voto, como j‡ se disse, Ž o instrumento para o exerc’cio do sufr‡gio. A CF/88


estabelece que este dever‡ ser direto, secreto, universal, peri—dico (art.
60, ¤ 4¼, CF), obrigat—rio (art. 14, ¤ 1¼, I, CF) e com valor igual para
todos (art. 14, caput). Dentre todas essas caracter’sticas, a œnica que n‹o Ž
cl‡usula pŽtrea Ž a obrigatoriedade de voto, ou seja, Ž a œnica que pode
ser abolida mediante emenda constitucional.

E o que s‹o plebiscito e referendo?

Tanto o plebiscito quanto o referendo s‹o formas de consulta ao povo sobre


matŽria de grande relev‰ncia. A diferen•a entre esses institutos reside no
momento da consulta. No plebiscito, a consulta se d‡ previamente ˆ edi•‹o
do ato legislativo ou administrativo; j‡ no referendo, a consulta popular
ocorre posteriormente ˆ edi•‹o do ato legislativo ou administrativo,
cabendo ao povo ratificar (confirmar) ou rejeitar o ato.5

4
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 10a edi•‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 716.
5
No Brasil, j‡ se utilizou o referendo por ocasi‹o da edi•‹o da Lei n¼ 10.826/2003 (Estatuto
do Desarmamento). Na ocasi‹o, 63,94% dos eleitores foram contra a proibi•‹o da
comercializa•‹o de armas. O plebiscito tambŽm j‡ foi utilizado, no ano de 1993, para definir
a forma de governo (repœblica ou monarquia) e o sistema de governo (parlamentarismo ou
presidencialismo) a vigorar no Brasil.
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Segundo Gilmar Mendes, Òno ordenamento jur’dico brasileiro, o sufr‡gio


abrange o direito de voto, mas vai alŽm dele, ao permitir que os titulares
exer•am o poder por meio de participa•‹o em plebiscitos, referendos e
iniciativas popularesÓ.6

2.1- Capacidade eleitoral ativa:

A capacidade eleitoral ativa Ž a aptid‹o do indiv’duo para exercer o direito


de voto nas elei•›es, plebiscitos e referendos. No Brasil, a capacidade eleitoral
ativa Ž adquirida mediante a inscri•‹o junto ˆ Justi•a Eleitoral; depende,
portanto, do alistamento eleitoral, a pedido do interessado. ƒ com o
alistamento que se adquire, portanto, a capacidade de votar.

AlŽm da capacidade de votar, a qualidade de eleitor d‡ ao nacional a condi•‹o


de cidad‹o, tornando-o apto a exercer v‡rios outros direitos pol’ticos, como
ajuizar a•‹o popular ou participar da iniciativa popular de leis. Destaque-se,
todavia, que o alistamento eleitoral, por si s—, n‹o Ž suficiente para que o
indiv’duo possa exercer todos os direitos pol’ticos. Com o alistamento
eleitoral, o cidad‹o garante seu direito de votar, mas n‹o o de ser votado,
uma vez que o alistamento Ž apenas uma das condi•›es de elegibilidade.
Assim, para usufruir de todos os direitos pol’ticos, Ž necess‡rio o
preenchimento de outras condi•›es, que estudaremos mais ˆ frente.

O alistamento eleitoral est‡ regulado pelo art. 14, CF/88. Nesse dispositivo,
encontramos as situa•›es em que o alistamento eleitoral Ž obrigat—rio,
facultativo ou mesmo proibido. Vejamos:

Art. 14............................................................................................
¤1¼ - O alistamento eleitoral e o voto s‹o:
I - obrigat—rios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
¤ 2¼ - N‹o podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o
per’odo do servi•o militar obrigat—rio, os conscritos.

A Constitui•‹o Federal determina que apenas brasileiros (natos ou


naturalizados) poder‹o se alistar; os estrangeiros s‹o inalist‡veis e,
portanto, n‹o podem votar e ser votados. Em outras palavras, os estrangeiros
n‹o podem ser titulares da capacidade eleitoral ativa, tampouco da capacidade
eleitoral passiva. Destaque-se que os portugueses equiparados, por

6
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 10a edi•‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 715.
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receberem tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado, poder‹o se


alistar como eleitores.

O alistamento eleitoral tambŽm Ž vedado aos conscritos, durante o


servi•o militar obrigat—rio. Para seu melhor entendimento (e memoriza•‹o),
esclare•o que conscrito, em linhas gerais, Ž o brasileiro que comp›e a classe
de nascidos entre 1¼ de janeiro e 31 de dezembro de um mesmo ano,
chamada para a sele•‹o, tendo em vista a presta•‹o do servi•o militar inicial
obrigat—rio. AlŽm disso, o TSE considera conscritos os mŽdicos, dentistas,
farmac•uticos e veterin‡rios que prestam servi•o militar obrigat—rio.7

O alistamento eleitoral Ž obrigat—rio para os maiores de 18 (dezoito) anos.


Por outro lado, ser‡ facultativo para os analfabetos, os maiores de 70
(setenta) anos e os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18
(dezoito) anos. A jurisprud•ncia do TSE considera que ter‹o direito a votar
aqueles que, na data da elei•‹o, tenham completado a idade m’nima de 16
anos.8

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou posi•‹o importante sobre o voto


dos portadores de defici•ncia grave cuja natureza e situa•‹o impossibilite
ou torne extremamente oneroso o exerc’cio de suas obriga•›es eleitorais. Ao
analisar esse caso, o TSE observou que o legislador constituinte, ao
estabelecer como facultativo o voto para os maiores de 70 anos, levou em
considera•‹o as prov‡veis limita•›es f’sicas decorrentes da idade
avan•ada.

Ora, um portador de defici•ncia grave, como os tetraplŽgicos e os deficientes


visuais podem se encontrar em situa•‹o mais dificultosa do que a dos
idosos. Em raz‹o disso, o TSE considerou que havia lacuna no texto
constitucional (e n‹o um sil•ncio eloquente!) e editou a Resolu•‹o TSE n¼
21.920/2004, que disp›e que Òn‹o estar‡ sujeita a san•‹o a pessoa
portadora de defici•ncia que torne imposs’vel ou demasiadamente oneroso o
cumprimento das obriga•›es eleitorais, relativas ao alistamento e ao exerc’cio
do votoÓ. Destaque-se, todavia, que a pr—pria Resolu•‹o TSE n¼ 21.920/2004
fez quest‹o de destacar que o alistamento eleitoral e o voto s‹o obrigat—rios
para todas as pessoas portadores de defici•ncia.

Outra quest‹o relevante analisada pelo TSE, que deu origem ˆ Resolu•‹o no
20.806/2001 diz respeito ˆ exig•ncia de comprova•‹o de quita•‹o do servi•o
militar para fins de alistamento dos ind’genas. Constatando lacuna na
legisla•‹o, o Tribunal considerou que somente os ’ndios integrados

7
Resolu•‹o do TSE no 15.850/89.
8
Resolu•‹o TSE n¼ 14.371.
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(exclu’dos os isolados e os em via de integra•‹o) seriam obrigados ˆ


comprova•‹o de quita•‹o do servi•o militar para poderem se alistar. 9

Esquematizando:

ALISTAMENTO E
VOTO • MAIORES DE 18 ANOS
OBRIGATÓRIOS

• ANALFABETOS;
ALISTAMENTO E
VOTO • MAIORES DE SETENTA ANOS;
FACULTATIVOS • MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES DE DEZOITO
ANOS.

ALISTAMENTO E • ESTRANGEIROS
VOTO • DURANTE O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO,
VEDADOS CONSCRITOS.

(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Maria tenha 18 anos de


idade completos e n‹o saiba escrever o seu pr—prio nome,
sendo considerada como analfabeta. Nesse caso, o
alistamento eleitoral de Maria Ž obrigat—rio.
Coment‡rios:
Para os analfabetos, o alistamento eleitoral Ž facultativo.
Quest‹o errada.
(FUB Ð 2015) Os direitos pol’ticos s‹o titularizados e
livremente exercidos por todos os brasileiros e garantem a
participa•‹o na vida pol’tica e a influ•ncia nas decis›es
pœblicas.
Coment‡rios:
Nem todos os brasileiros s‹o titulares de direitos pol’ticos.
Isso porque nem todos t•m o direito de votar e de ser votado.
Quest‹o errada.

(PC / CE Ð 2015) O alistamento eleitoral e o voto s‹o


obrigat—rios para os maiores de dezoito anos e facultativos
para os analfabetos e os maiores de sessenta anos.

9
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, 10a edi•‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 718.
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Coment‡rios:

O alistamento eleitoral e o voto s‹o facultativos para os


maiores de 70 (setenta) anos. A quest‹o falou em Òmaiores
de sessenta anosÓ e, por isso, ficou errada.

2.2 - Capacidade eleitoral passiva:

A capacidade eleitoral passiva est‡ relacionada ao direito de ser votado, de


ser eleito (elegibilidade). Para que o indiv’duo adquira capacidade eleitoral
passiva, ele deve cumprir os requisitos constitucionais para a
elegibilidade e, alŽm disso, n‹o incorrer em nenhuma das hip—teses de
inelegibilidade, que s‹o impedimentos ˆ capacidade eleitoral passiva.

E quais s‹o as condi•›es (requisitos) de elegibilidade?

A resposta est‡ no art.14, ¤3¼, CF/88:

¤ 3¼ - S‹o condi•›es de elegibilidade, na forma da lei:


I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domic’lio eleitoral na circunscri•‹o;
V - a filia•‹o partid‡ria;
VI - a idade m’nima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repœblica e
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Como se percebe, a elegibilidade somente ser‡ poss’vel pelo cumprimento


cumulativo de todos os requisitos acima relacionados.

O inciso I exige como requisito para a elegibilidade a nacionalidade


brasileira. Assim, os brasileiros natos ou naturalizados poder‹o ser eleitos
a mandatos eletivos; os estrangeiros, por sua vez, n‹o poder‹o ser eleitos,
ressalvados os portugueses equiparados, que recebem tratamento equivalente
ao de brasileiro naturalizado. Cabe destacar, todavia, que h‡ certos cargos
pol’ticos que s‹o privativos de brasileiros natos (art. 12, ¤ 3¼, CF/88).

O inciso II menciona que o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos Ž condi•‹o


de elegibilidade. Os indiv’duos que incorrerem em alguma hip—tese de perda
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ou suspens‹o de direitos pol’ticos n‹o ser‹o eleg’veis. Um exemplo de


suspens‹o de direitos pol’ticos Ž a improbidade administrativa.

O inciso III estabelece que o alistamento eleitoral Ž um requisito de


elegibilidade. Nesse sentido, os inalist‡veis (estrangeiros e os conscritos) n‹o
ser‹o eleg’veis, isto Ž, n‹o podem ser votados. Assim, percebe-se que a
capacidade eleitoral passiva est‡ condicionada ao exerc’cio da capacidade
eleitoral ativa.

O inciso IV determina que o domic’lio eleitoral na circunscri•‹o Ž requisito


de elegibilidade. Assim, aquele que pretenda se candidatar deve ter seu
domic’lio eleitoral no local no qual ir‡ concorrer ˆs elei•›es. Exemplo: Joaquim
pretende concorrer a Governador de Minas Gerais, logo, ele dever‡ ter seu
t’tulo de eleitor naquele Estado. N‹o se pode confundir domic’lio eleitoral
com domic’lio civil: Ž plenamente poss’vel que alguŽm resida em Bras’lia
(domic’lio civil), mas seu t’tulo de eleitor seja de Belo Horizonte (domic’lio
eleitoral).

O inciso V trata da filia•‹o partid‡ria como condi•‹o de elegibilidade. Sobre


esse ponto, vale destacar que, no Brasil, n‹o se admite a candidatura avulsa
(candidatura desvinculada de partido pol’tico).

Considerando-se que a filia•‹o partid‡ria Ž uma condi•‹o de elegibilidade,


cabe-nos questionar o seguinte: haver‡ alguma repercuss‹o da desfilia•‹o
partid‡ria e da infidelidade partid‡ria (mudan•a de partido) sobre o mandato?

Segundo o STF, em rela•‹o aos parlamentares, a desfilia•‹o e a


infidelidade partid‡rias resultar‹o na perda do mandato, salvo justa
causa (por exemplo, desvio de orienta•‹o ideol—gica do partido). Todavia,
segundo a Corte, essa regra n‹o se aplica aos candidatos eleitos pelo
sistema majorit‡rio, sob pena de viola•‹o da soberania popular e das
escolhas feitas pelo eleitor.10

Por œltimo, o inciso VI trata do requisito de idade m’nima, que deve ser
considerada na data da posse. Vale a pena memorizar esse dispositivo, pois Ž
bastante cobrado em prova!

Esquematizando:

10
ADI 5081 / DF, Rel. Min. Lu’s Roberto Barroso. Julg. 27.05.2015.
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NACIONALIDADE BRASILEIRA
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS

ALISTAMENTO ELEITORAL

DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO

FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

IDADE MÍNIMA

(PC / DF Ð 2015) A CF exige, como idade m’nima para


exercer os cargos de senador e de deputado federal, que o
candidato tenha, pelo menos, 21 anos de idade.

Coment‡rios:

A idade m’nima para que se possa exercer o cargo de


Senador Ž de 35 (trinta e cinco) anos. Quest‹o errada.

3- Direitos Pol’ticos Negativos:

Os direitos pol’ticos negativos s‹o normas que limitam o exerc’cio do


sufr‡gio, restringindo a participa•‹o do indiv’duo na vida pol’tica do Estado.
Podemos dividir os direitos pol’ticos negativos em duas espŽcies: i) as
inelegibilidades e; ii) as hip—teses de perda e suspens‹o dos direitos
pol’ticos.

3.1- Inelegibilidades:

A seguir, explicaremos em detalhes a respeito das inelegibilidades. Para cada


regra, apresentaremos um exemplo, que permitir‡ com que voc• entenda o
que pode ser cobrado na prova. Quer um conselho? Foque nos exemplos
apenas para entender as regras! N‹o fique divagando e criando inœmeros
outros exemplos na sua cabe•a. Se voc• o fizer, estar‡ perdendo tempo, pois
as possibilidades de casos concretos tendem ao infinito!  Vamos l‡?

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As inelegibilidades constituem condi•›es que obstam o exerc’cio da


capacidade eleitoral passiva por um indiv’duo. A Constitui•‹o Federal
estabeleceu algumas hip—teses de inelegibilidade (art. 14, ¤¤ 4¼ ao 7¼), mas
elas n‹o s‹o exaustivas. Isso porque a pr—pria Constitui•‹o expressamente
autoriza que lei complementar estabele•a outras hip—teses de
inelegibilidade.

Podemos dividir as inelegibilidades em dois grandes grupos:

a) inelegibilidades absolutas: S‹o regras que impedem a candidatura e,


consequentemente, o exerc’cio de qualquer cargo pol’tico. Est‹o
relacionadas a caracter’sticas pessoais do indiv’duo. As inelegibilidades
absolutas foram taxativamente previstas pela Constitui•‹o Federal, ou seja,
n‹o podem ser criadas novas inelegibilidades absolutas pela legisla•‹o
infraconstitucional.

Segundo o art. 14, ¤4¼, s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os analfabetos.


Veja que os analfabetos, apesar de poderem votar (voto facultativo), n‹o
podem ser votados. E que, entre os inalist‡veis, temos os estrangeiros e os
conscritos, durante o per’odo do servi•o militar obrigat—rio.

b) inelegibilidades relativas: S‹o regras que obstam a candidatura a


certos cargos pol’ticos, em virtude de situa•›es espec’ficas previstas na
Constitui•‹o ou em lei complementar. N‹o est‹o vinculadas ˆ condi•‹o pessoal
do indiv’duo e, por isso, n‹o resultam em impedimento categ—rico ao exerc’cio
de qualquer cargo. Assim, o indiv’duo n‹o poder‡ se candidatar a
determinados cargos, mas poder‡ concorrer a outros.

As inelegibilidades relativas previstas na Constitui•‹o podem ser de diferentes


tipos: i) inelegibilidade relativa por motivos funcionais; ii) inelegibilidade
relativa por motivo de casamento, parentesco ou afinidade (inelegibilidade
reflexa); iii) inelegibilidade relativa ˆ condi•‹o de militar.

A inelegibilidade por motivos funcionais est‡ prevista no art. 14, ¤5¼, que
disp›e que Òo Presidente da Repœblica, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substitu’do no
curso dos mandatos poder‹o ser reeleitos para um œnico per’odo
subsequenteÓ. Com base nessa regra, os Chefes do Poder Executivo
(Presidente, Governador e Prefeito) somente podem cumprir dois mandatos
consecutivos no mesmo cargo.

Destaque-se que Ž plenamente poss’vel que alguŽm cumpra tr•s ou mais


mandatos como Chefe do Poder Executivo, desde que estes n‹o sejam
consecutivos. Assim, se o terceiro mandato vier alternado com o mandato de
outra pessoa, n‹o haver‡ qualquer veda•‹o ˆ elei•‹o. Como exemplo, embora
Lula tenha sido Presidente por dois mandatos consecutivos (2003 Ð 2006 e

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2007-2010), n‹o haveria qualquer empecilho a que ele se candidatasse


novamente a Presidente em 2018.

A veda•‹o ˆ reelei•‹o para mais de um per’odo subsequente Ž regra que se


imp›e somente ˆqueles que cumpram mandatos de Chefe do Poder
Executivo. Os mandatos no Poder Legislativo n‹o seguem essa regra: Ž
plenamente poss’vel que um Deputado ou Senador seja eleito para ilimitados
mandatos sucessivos.

Segundo o STF, o cidad‹o que j‡ exerceu dois mandatos consecutivos de


prefeito, ou seja, foi eleito e reeleito, fica ineleg’vel para um terceiro
mandato, ainda que seja em munic’pio diferente. Veda-se, com isso, a
figura do Òprefeito itineranteÓ, que exerce mais de dois mandatos
consecutivos em munic’pios distintos. De acordo com o Plen‡rio, tendo em
vista a seguran•a jur’dica, esse entendimento deve ser aplicado a partir das
elei•›es de 2012 e, portanto, n‹o pode retroagir para alcan•ar o mandato de
quem foi eleito dessa forma nas elei•›es municipais anteriores11.

H‡, ainda, outros entendimentos importantes sobre a inelegibilidade por


motivos funcionais:

1) O cidad‹o que j‡ foi Chefe do Poder Executivo por dois mandatos


consecutivos n‹o poder‡, na elei•‹o seguinte, se candidatar ao
cargo de Vice. Exemplo: Lula foi Presidente da Repœblica por 2
mandatos consecutivos (2003 Ð 2006 e 2007-2010). Nas elei•›es de
2010, ele n‹o poderia ter se candidatado a Vice de Dilma Rousseff.

2) Os Vices (Vice-Presidente da Repœblica, Vice-Governador e Vice-


Prefeito) tambŽm s— poder‹o se reeleger, para o mesmo cargo,
por um œnico per’odo subsequente. Exemplo: Michel Temer foi Vice-
Presidente no mandato 2011-2014, sendo reeleito para o mandato
seguinte (2015-2018). No entanto, ele n‹o poder‡ se candidatar a um
terceiro mandato consecutivo como Vice-Presidente.

3) Os Vices, reeleitos ou n‹o, poder‹o se candidatar ao cargo do


titular na elei•‹o seguinte, mesmo que o tenham substitu’do no
curso do mandato.

Um caso importante, que inclusive chegou ao STF, foi o que envolveu o


governo do estado de S‹o Paulo. M‡rio Covas foi eleito Governador de
SP em 1994, tendo como Vice-Governador, Geraldo Alckmin. Em 1998,
Covas Ž reeleito Governador e, novamente, Geraldo Alckmin Ž o seu
Vice. AtŽ aqui, nenhum problema! Como j‡ vimos, Ž plenamente

11
RE 637485/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 1¼.8.2012. (RE-637485)

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poss’vel dois mandatos consecutivos no mesmo cargo do Poder


Executivo.

Em 2001, no curso do segundo mandato, Covas veio a falecer,


ocorrendo a vac‰ncia do cargo de Governador. Alckmin assume como
Governador em definitivo e completa o mandato de seu antecessor. Em
2002, Alckmin se candidata a um novo mandato como Governador e Ž
eleito. A pergunta que se faz, ent‹o, Ž a seguinte: estaria Alckmin
cumprindo um terceiro mandato consecutivo?

A pol•mica chegou ao STF, que entendeu que Alckmin poderia, sim,


assumir o mandato de Governador nesse novo mandato. Isso
porque os Vices, reeleitos ou n‹o, poder‹o se candidatar ao cargo do
titular na elei•‹o seguinte, mesmo que o tenham substitu’do no curso
do mandato.

E se o Presidente, Governador ou Prefeito quiser se candidatar a outro cargo,


diferente de Chefe do Poder Executivo? Poder‡ faz•-lo?

Sim, poder‡. No entanto, o art. 14, ¤ 6¼, CF/88 determina que Òpara
concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repœblica, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos
mandatos atŽ seis meses antes do pleito.Ó Essa Ž a famosa
Òdesincompatibiliza•‹oÓ, que busca impedir que o Chefe do Poder Executivo se
utilize da Òm‡quina pœblicaÓ para se eleger a um outro cargo.

Cabe destacar que a desincompatibiliza•‹o n‹o Ž necess‡ria quando o


Chefe do Poder Executivo v‡ concorrer ˆ reelei•‹o. S— cabe falar em
desincompatibiliza•‹o quando o Chefe do Poder Executivo se candidata a um
novo cargo. Seria o caso, por exemplo, em que um Governador deseja se
candidatar a Senador nas pr—ximas elei•›es. Para faz•-lo, ele precisar‡
renunciar ao cargo de Governador 6 meses antes do pleito eleitoral.

E os Vices? Precisam se desincompatibilizar?

O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poder‹o concorrer


normalmente a outros cargos, preservando seus mandatos, desde que
nos seis meses anteriores ao pleito n‹o tenham sucedido ou
substitu’do o titular.

S— para lembrar: a sucess‹o ocorre quando alguŽm (geralmente o Vice do


Chefe do Executivo) ocupa o lugar do Chefe do Executivo atŽ o final de seu
mandato, passando a ocupar o seu cargo. ƒ o que acontece se, por exemplo, o
Presidente da Repœblica renunciar. O Vice-Presidente (em regra) passar‡ a
ocupar o cargo do Chefe do Executivo. J‡ na substitui•‹o, o Vice (ou outra
pessoa) ocupa o cargo do Chefe do Executivo apenas temporariamente. ƒ o

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que acontece quando o Presidente da Repœblica viaja para o exterior, por


exemplo.

O STF admite a candidatura de ex-prefeito de Òmunic’pio m‹eÓ que,


renunciando seis meses antes da elei•‹o, candidata-se a prefeito do
Òmunic’pio-filhoÓ, desmembrado do munic’pio-m‹e. Observe que, nesse
caso, a desincompatibiliza•‹o Ž necess‡ria. Lembre-se apenas de que n‹o ser‡
admitido o exerc’cio de mais de 2 (dois) mandatos em munic’pios distintos ou,
ent‹o, estar’amos diante da figura do Òprefeito-itineranteÓ, n‹o autorizada pelo
STF.

A inelegibilidade reflexa (por motivo de casamento, parentesco ou


afinidade) est‡ prevista no art. 14, ¤ 7¼, CF/88. Leva esse nome porque ela
resulta do fato de que uma pessoa, ao ocupar um cargo de Chefe do Poder
Executivo, afeta a elegibilidade de terceiros (seu c™njuge, parentes e
afins).

Enfatize-se que somente s‹o afetados por essa hip—tese de inelegibilidade o


c™njuge, parentes e afins de titular de cargo de Chefe do Poder Executivo; o
fato de alguŽm ser titular de cargo do Poder Legislativo n‹o traz qualquer
implica•‹o ˆ elegibilidade de terceiros. Assim, se Jo‹ozinho ocupa o cargo de
Senador, seu c™njuge, parentes e afins poder‹o se candidatar normalmente, a
qualquer cargo pol’tico.

Vejamos, agora, o exato conteœdo da inelegibilidade reflexa:

¤ 7¼ - S‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi•‹o do titular, o c™njuge e os


parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou por ado•‹o, do
Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou Territ—rio, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitu’do dentro dos seis meses
anteriores ao pleito, salvo se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ
reelei•‹o.

A inelegibilidade reflexa alcan•a somente o territ—rio de jurisdi•‹o do


titular do cargo do Poder Executivo. Assim, suponha que JosŽ seja Prefeito de
S‹o Jo‹o del-Rei (MG). Seu c™njuge, parentes e afins, atŽ o 2¼ grau, ou por
ado•‹o, n‹o poder‹o se candidatar, nas pr—ximas elei•›es, a qualquer
cargo dentro do territ—rio de S‹o Jo‹o del-Rei (MG). N‹o poder‹o,
portanto, se candidatar a Vereador. Entretanto, o c™njuge, parentes e afins,
atŽ o 2¼ grau, ou por ado•‹o de JosŽ poder‹o se candidatar,
normalmente, a um cargo eletivo que extrapole o territ—rio de S‹o
Jo‹o del-Rei (MG). Poder‹o, por exemplo, se candidatar a Governador de
Minas Gerais, Senador, Deputado Federal.

Assim, temos que:

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a) O c™njuge, parentes e afins, atŽ o segundo grau, ou por ado•‹o de


Prefeito n‹o poder‹o se candidatar a nenhum cargo dentro daquele
Munic’pio (Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito).

b) O c™njuge, parentes e afins, atŽ o segundo grau, ou por ado•‹o de


Governador n‹o poder‹o se candidatar a nenhum cargo dentro daquele
Estado. Isso inclui os cargos de Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito (de
qualquer dos Munic’pios daquele estado), bem como os cargos de
Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador, por aquele estado.

c) O c™njuge, parentes e afins, atŽ o segundo grau, ou por ado•‹o de


Presidente n‹o poder‹o se candidatar a nenhum cargo eletivo no Pa’s.

Segundo o STF, a inelegibilidade reflexa alcan•a tambŽm aqueles que tenham


constitu’do uni‹o est‡vel com o Chefe do Poder Executivo, inclusive no
caso de uni›es homoafetivas.

A dissolu•‹o do casamento, quando ocorrida durante o mandato, n‹o


afasta a inelegibilidade reflexa. ƒ o que determina o STF na Sœmula
Vinculante n¼ 18:

ÒA dissolu•‹o da sociedade ou do v’nculo conjugal, no curso do


mandato, n‹o afasta a inelegibilidade prevista no ¤ 7¼, do artigo 14 da
Constitui•‹o FederalÓ.

Ainda da jurisprud•ncia do STF, extra’mos que, caso um munic’pio seja


desmembrado, o parente do prefeito do Òmunic’pio-m‹eÓ Ž afetado pela
inelegibilidade reflexa quanto ao Òmunic’pio-filhoÓ, n‹o podendo
candidatar-se ˆ Prefeitura deste, por exemplo.

Ao lermos o art. 14, ¤7¼, percebemos, em sua parte final, que h‡ uma
exce•‹o ˆ regra da inelegibilidade reflexa: Òsalvo se j‡ titular de mandato
eletivo e candidato ˆ reelei•‹oÓ. Mas o que isso significa?

Significa que a inelegibilidade reflexa n‹o se aplica caso o c™njuge,


parente ou afim j‡ possua mandato eletivo; nessa situa•‹o, ser‡ poss’vel
que estes se candidatem ˆ reelei•‹o, mesmo se ocuparem cargos dentro da
circunscri•‹o do Chefe do Executivo.

Imagine, por exemplo, que Jo‹o das Couves seja prefeito do Munic’pio de S‹o
Jo‹o del-Rei (MG). Nas pr—ximas elei•›es, seu irm‹o se elege Governador de
Minas Gerais. Pergunta-se, ent‹o: Jo‹o das Couves poder‡ se candidatar ˆ
reelei•‹o no Munic’pio de S‹o Jo‹o del-Rei?

Sim, poder‡. Jo‹o das Couves n‹o ser‡ afetado pela inelegibilidade reflexa,
uma vez que ele j‡ era titular de mandato eletivo e, agora, Ž candidato ˆ
reelei•‹o.
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Destaca-se, aqui, importante entendimento do Tribunal Superior Eleitoral


(TSE). Entende a Corte que se o Chefe do Executivo renunciar seis meses
antes da elei•‹o, seu c™njuge, parentes ou afins atŽ o segundo grau
poder‹o candidatar-se a todos os cargos eletivos da circunscri•‹o,
desde que ele pr—prio pudesse concorrer ˆ reelei•‹o. Isso Ž v‡lido para o
pr—prio cargo do titular.

Suponha, por exemplo, que Alfredo seja Governador de Minas Gerais,


cumprindo o seu primeiro mandato. Na pr—xima elei•‹o, ele poderia se
reeleger (seria o segundo mandato consecutivo de Governador). Em virtude da
inelegibilidade reflexa, sua esposa, Maria, n‹o poderia se candidatar a nenhum
cargo eletivo em Minas Gerais. Entretanto, caso Alfredo renuncie seis meses
antes da elei•‹o, Maria poder‡ candidatar-se ao cargo de Governadora. Isso
somente ser‡ poss’vel porque Alfredo poderia concorrer ˆ reelei•‹o.

Existe, ainda, a inelegibilidade relativa ˆ condi•‹o de militar, a qual est‡


prevista no art. 14, ¤8¼, CF/88:

¤8¼ - O militar alist‡vel Ž eleg’vel, atendidas as seguintes condi•›es:


I - se contar menos de dez anos de servi•o, dever‡ afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de servi•o ser‡ agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da diploma•‹o, para a
inatividade.

Analisando o dispositivo supracitado, percebe-se que apenas s‹o eleg’veis os


militares que forem alist‡veis; nesse sentido, percebe-se que os conscritos
(aqueles que cumprem o servi•o militar obrigat—rio), por n‹o serem alist‡veis,
n‹o ser‹o eleg’veis.

Entretanto, para que o militar seja eleg’vel, ele deve cumprir certas condi•›es,
que variam segundo o seu tempo de servi•o. Se o militar contar menos de
10 anos de servi•o, ele dever‡ afastar-se da atividade. Por outro lado, caso o
militar contar mais de 10 anos de servi•o, ele ser‡ agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da diploma•‹o para a
inatividade. Perceba que, nesse caso, o militar se conservar‡ ativo atŽ a
diploma•‹o.

Sabe-se que uma das condi•›es de elegibilidade Ž a filia•‹o partid‡ria. ƒ


aqui que surge um problema relacionado ˆ condi•‹o de militar: o art. 143,
¤3¼, V, a Constitui•‹o veda a filia•‹o do militar a partido pol’tico. Em
tese, isso poderia impedir os militares de se candidatarem. PorŽm, o TSE,
diante dessa situa•‹o, determinou que, caso o militar venha a candidatar-se, a
aus•ncia de prŽvia filia•‹o partid‡ria (uma das condi•›es de elegibilidade)
ser‡ suprida pelo registro da candidatura apresentada pelo partido pol’tico
e autorizada pelo candidato.

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Esquematizando:

CASO TENHA MENOS DE 10


ANOS DE SERVIÇO
DEVERÁ AFASTAR‑SE DA
ATIVIDADE.
O MILITAR ALISTÁVEL
É ELEGÍVEL
ATENDIDAS AS
SEGUINTES
CONDIÇÕES... SERÁ AGREGADO PELA
AUTORIDADE SUPERIOR E,
SE ELEITO, PASSARÁ
AUTOMATICAMENTE, NO
CASO TENHA MAIS DE 10 ATO DA DIPLOMAÇÃO,
ANOS DE SERVIÇO PARA A INATIVIDADE.

Como j‡ mencionamos anteriormente, a Constitui•‹o prev• que lei


complementar nacional poder‡ criar outras hip—teses de inelegibilidade
relativa. Veja o que disp›e o ¤9¼ do art. 14 da CF/88:

¤ 9¼ Lei complementar estabelecer‡ outros casos de inelegibilidade e os


prazos de sua cessa•‹o, a fim de proteger a probidade administrativa, a
moralidade para exerc’cio de mandato considerada vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das elei•›es contra a influ•ncia do
poder econ™mico ou o abuso do exerc’cio de fun•‹o, cargo ou emprego na
administra•‹o direta ou indireta.

Note que eu falei em lei complementar (LC) nacional. Qual a diferen•a


entre uma lei nacional e uma lei federal? Guarde isso: a nacional abrange
todos os entes federados (Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios). ƒ o
caso do C—digo Penal, por exemplo. J‡ a federal, abrange somente a Uni‹o.
Exemplo: Lei 8.112/1990, que institui o Regime Jur’dico dos Servidores
Pœblicos Civis da Uni‹o, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das
funda•›es pœblicas federais.

Embora nada tenha sido dito, uma emenda constitucional tambŽm pode
criar novas hip—teses de inelegibilidade relativa. Outros atos normativos,
jamais! Com base no ¤9¼ do art. 14 da Constitui•‹o, foi elaborada a LC no
64/1990, que estabeleceu casos de inelegibilidade e determinou outras
provid•ncias. Essa lei sofreu altera•‹o pela Lei Complementar no 135/2010, a
ÒLei da Ficha LimpaÓ, que previu novas hip—teses de inelegibilidade.

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INALISTÁVEIS

ABSOLUTAS
INELEGIBILIDADES

ANALFABETOS

REELEIÇÃO P/CARGO DO PODER


EXECUTIVO APENAS PARA UM
ÚNICO PERÍODO

INELEGIBILIDADE REFLEXA

RELATIVAS

CONDIÇÃO DE MILITAR

OUTRAS INELEGIBILIDADES
ESTABELECIDAS EM LEI
COMPLEMENTAR (EX: LEI DE FICHA
LIMPA)

Os dispositivos a seguir s‹o cobrados em sua literalidade:

¤10 - O mandato eletivo poder‡ ser impugnado ante a Justi•a Eleitoral no


prazo de quinze dias contados da diploma•‹o, instru’da a a•‹o com provas de
abuso do poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude.
¤ 11 - A a•‹o de impugna•‹o de mandato tramitar‡ em segredo de justi•a,
respondendo o autor, na forma da lei, se temer‡ria ou de manifesta m‡-fŽ.

O ¤10 traz um prazo para a a•‹o de impugna•‹o do mandato eletivo (15


dias ap—s a diploma•‹o) e as causas para a a•‹o (abuso do poder
econ™mico, corrup•‹o ou fraude). O ¤11 determina que a a•‹o tramitar‡ em
segredo de justi•a (exce•‹o ˆ publicidade dos atos processuais) e prev• a
puni•‹o para o autor que agir de m‡-fŽ.

(PC / CE Ð 2015) N‹o podem se alistar como eleitores os


estrangeiros, e s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os analfabetos.

Coment‡rios:

De fato, os estrangeiros n‹o podem se alistar como eleitores.


AlŽm disso, s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os analfabetos.

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Quest‹o correta.

(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Joana, deputada federal,


seja casada com Pedro, atual governador do estado X. Nesse
caso, nas pr—ximas elei•›es, quando Pedro e Joana
concorrerem ˆs respectivas reelei•›es, Joana n‹o ficar‡
ineleg’vel.

Coment‡rios:

Isso mesmo! Joana n‹o ficar‡ ineleg’vel, pois ela j‡ era


candidata a mandato eletivo e candidata ˆ reelei•‹o.
Portanto, ela se enquadra dentro da exce•‹o prevista no art.
14, ¤ 7¼, CF/88, que prev• que Òs‹o ineleg’veis, no territ—rio
de jurisdi•‹o do dtitular, o c™njuge e os parentes
consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou por ado•‹o,
do Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou
Territ—rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substitu’do dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo
se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ
reelei•‹o.Ó Quest‹o correta.

(FUB Ð 2015) Paulo, de trinta e cinco anos de idade, exerce


o segundo mandato consecutivo de prefeito do munic’pio X.
Pretendendo candidatar-se ao cargo de governador do estado
no pleito seguinte, Paulo renunciou ao mandato seis meses
antes das elei•›es, assumindo o cargo o ent‹o vice-prefeito,
Marcos, de trinta e dois anos de idade, marido de Maria, de
vinte anos de idade. Se Paulo n‹o fosse candidato a
governador, ele n‹o poderia, nas elei•›es imediatamente
seguintes ˆ sua renœncia, candidatar-se e ser validamente
eleito para o cargo de vice-prefeito do munic’pio X.

Coment‡rios:

Isso mesmo! O cidad‹o que j‡ foi Chefe do Poder Executivo


por dois mandatos consecutivos n‹o poder‡, na elei•‹o
seguinte, se candidatar ao cargo de Vice. Quest‹o correta.

(CNMP Ð 2015) A inelegibilidade em raz‹o do parentesco,


nos termos da Constitui•‹o Federal e em conformidade com o
entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a matŽria,
n‹o Ž afastada pela dissolu•‹o da sociedade ou do v’nculo
conjugal, no curso do mandato.

Coment‡rios:

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ƒ esse o conteœdo da Sœmula Vinculante n¼ 18, que disp›e o


seguinte:

ÒA dissolu•‹o da sociedade ou do v’nculo conjugal, no curso


do mandato, n‹o afasta a inelegibilidade prevista no ¤ 7¼, do
artigo 14 da Constitui•‹o FederalÓ.

Quest‹o correta.

(TRE / GO Ð 2015) Suponha que JosŽ, casado com Miriam e


prefeito de um munic’pio brasileiro, venha a falecer dois anos
ap—s ter sido eleito. Nessa situa•‹o, Miriam pode se
candidatar e se eleger ao cargo antes ocupado por seu marido
nas elei•›es seguintes ao falecimento.
e
Coment‡rios:

N‹o h‡ qualquer impedimento a que Miriam se candidate ao


cargo de Prefeito. Quest‹o correta.

(DPE / PR Ð 2014) Conforme previs‹o constitucional, um


Governador de um estado da federa•‹o, mesmo no exerc’cio
de segundo mandato no cargo, pode se candidatar a cargo
diverso, devendo, para tanto, renunciar ao respectivo
mandato seis meses antes do pleito.

Coment‡rios:

Segundo o art. 14, ¤ 6¼, CF/88 Òpara concorrerem a outros


cargos, o Presidente da Repœblica, os Governadores de Estado
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
respectivos mandatos atŽ seis meses antes do pleito.Ó
Quest‹o correta.

3.2 Ð Perda e Suspens‹o dos direitos pol’ticos:

No art. 15, a Constitui•‹o traz as hip—teses de priva•‹o dos direitos


pol’ticos. Esta pode dar-se de maneira definitiva (denominando-se perda)
ou tempor‡ria (suspens‹o). Importante ressaltar que a Constitui•‹o, em
resposta ˆ ditadura que a precedeu, n‹o permite, em nenhuma hip—tese, a
cassa•‹o dos direitos pol’ticos. Que tal lermos juntos o art. 15?

Art. 15. ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos, cuja perda ou suspens‹o


s— se dar‡ nos casos de:

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I - cancelamento da naturaliza•‹o por senten•a transitada em julgado;


II - incapacidade civil absoluta;
III - condena•‹o criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
IV - recusa de cumprir obriga•‹o a todos imposta ou presta•‹o alternativa,
nos termos do art. 5¼, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, ¤ 4¼.

A Constitui•‹o n‹o explicita quais s‹o os casos de perda e quais s‹o os


casos de suspens‹o dos direitos pol’ticos. Entretanto, segundo a doutrina,
esses dois institutos apresentam as seguintes diferen•as:

a) A perda se d‡ por prazo indeterminado, enquanto a suspens‹o


pode se dar tanto por prazo determinado quanto por
indeterminado; 3

b) Na perda, a reaquisi•‹o dos direitos pol’ticos n‹o Ž


autom‡tica ap—s a cessa•‹o da causa; na suspens‹o, a reaquisi•‹o
Ž autom‡tica.

Desse modo, para a maior parte dos doutrinadores, tem-se a perda nos incisos
I e IV do art. 15 da CF e suspens‹o nos demais incisos. Vejamos o esquema
abaixo!

CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA


TRANSITADA EM JULGADO
PERDA DOS
DIREITOS
POLÍTICOS RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU
PRESTAÇÃO ALTERNATIVA, NOS TERMOS DO ART. 5º, VIII.

INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA

SUSPENSÃO DOS CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO,


DIREITOS ENQUANTO DURAREM SEUS EFEITOS
POLÍTICOS

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, NOS TERMOS DO ART. 37, §


No caso de condena•‹o criminal transitada em julgado, a suspens‹o dos


direitos pol’ticos Ž imediata, implicando imediata perda do mandato eletivo.

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Trata-se, segundo o STF, de norma autoaplic‡vel, que independe, para sua


imediata incid•ncia, de qualquer ato de intermedia•‹o legislativa.12

A pris‹o de uma pessoa n‹o Ž suficiente para que ocorra a


suspens‹o de direitos pol’ticos, afinal, h‡ v‡rias situa•›es
em que a pris‹o n‹o Ž motivada por uma condena•‹o
criminal transitada em julgado. ƒ o caso, por exemplo, da
pris‹o em flagrante ou da pris‹o tempor‡ria, que n‹o
importar‹o em suspens‹o dos direitos pol’ticos.

ƒ importante ficarmos atentos quanto ˆs consequ•ncias dos atos de


improbidade administrativa. Segundo o art. 37, ¤ 4¼, os atos de improbidade
administrativa resultar‹o na perda do mandato e na suspens‹o dos
direitos pol’ticos. ƒ bastante comum que as bancas examinadoras tentem
e de improbidade administrativa, haver‡
enganar os alunos dizendo que, no caso
perda do mandato e dos direitos pol’ticos. Isso est‡ errado! Nessa situa•‹o,
haver‡ suspens‹o dos direitos pol’ticos.

A perda do mandato, entretanto, n‹o se aplica a membro do Congresso


Nacional. Por determina•‹o do art. 55, ¤ 2¼, da CF/88, a perda do mandato
ser‡ decidida pela Casa a que pertencer o congressista, por maioria absoluta,
mediante provoca•‹o da respectiva Mesa ou de partido pol’tico representado
no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.13

(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Guilherme esteja preso,


aguardando o julgamento de seu recurso de apela•‹o. Nesse
caso, Guilherme n‹o poder‡ votar, por faltar-lhe, por causa
de sua pris‹o cautelar, o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

A condena•‹o criminal transitada em julgado Ž que resulta


na suspens‹o dos direitos pol’ticos. A pris‹o cautelar n‹o tem
esse efeito. Assim, Guilherme poder‡ votar. Quest‹o errada.

(TJ / MG Ð 2015) A pr‡tica de atos de improbidade


administrativa acarreta cassa•‹o de direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

No ordenamento jur’dico brasileiro, Ž vedada a cassa•‹o de

12
STF, RMS 22.470-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 11.06.96, DJ de 27.09.96.
13
Nesse sentido, entende o STF que da Òcondena•‹o criminal transitada em julgado,
ressalvada a hip—tese do art. 55, ¤ 2¼, da Constitui•‹o, resulta por si mesma a perda do
mandato eletivo ou do cargo do agente pol’tico (RE 418.876, Rel. Min. Sepœlveda Pertence, j.
30..03.04, DJ 04.06.04). .
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direitos pol’ticos. Quest‹o errada.

(MPE / RS Ð 2014) A incapacidade civil relativa Ž suficiente


para privar o cidad‹o da frui•‹o dos seus direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

N‹o. A incapacidade civil absoluta Ž que resulta na


suspens‹o dos direitos pol’ticos. Quest‹o errada.

4- Princ’pio da anterioridade eleitoral:

No art. 16, CF/88 a Constitui•‹o traz o


b princ’pio da anterioridade eleitoral:

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrar‡ em vigor na data de
sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o que ocorra atŽ um ano da data de
sua vig•ncia.

O que voc• deve gravar para a prova? A lei eleitoral tem vig•ncia (Òfor•a de
leiÓ) imediatamente, na data de sua publica•‹o. Entretanto, produz efeitos
apenas em momento futuro: n‹o se aplica ˆ elei•‹o que ocorrer atŽ um ano
da data de sua vig•ncia.

Com base nesse dispositivo, o STF14 afastou a aplica•‹o da ÒLei da Ficha LimpaÓ
ˆs elei•›es de 2010. Mesmo essa lei tendo entrado em vigor em 2010, n‹o
p™de ser aplicada ˆs elei•›es realizadas naquele ano. Cabe destacar que o STF
considera que o princ’pio da anterioridade eleitoral Ž cl‡usula pŽtrea do texto
constitucional.

(TRE / GO Ð 2015) Caso seja publicada e passe a viger em


fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral poder‡
ser aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse
mesmo ano.

Coment‡rios:

Segundo o art. 16, Òa lei que alterar o processo eleitoral


entrar‡ em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando
ˆ elei•‹o que ocorra atŽ um ano da data de sua vig•nciaÓ.
Ent‹o, a lei publicada em 2018 n‹o se aplicar‡ ˆ elei•‹o que
ocorra nesse mesmo ano. Quest‹o errada.

(TRE / GO Ð 2015) A norma constitucional que consagra o


14
RE 633703/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 23.03.2011, DJe 18.11.2011.
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princ’pio da anterioridade eleitoral n‹o pode ser abolida por


tratar-se de uma garantia individual fundamental do cidad‹o-
eleitor.

Coment‡rios:

ƒ isso mesmo! O princ’pio da anterioridade eleitoral Ž


considera cl‡usula pŽtrea e, portanto, n‹o pode ser abolida.
Quest‹o correta.

Partidos Pol’ticos

Os partidos pol’ticos, institui•›es essenciais ˆ preserva•‹o do Estado


democr‡tico de direito, s‹o entidades de direito privado que se organizam
em torno de ideias e convic•›es pol’ticas comuns, almejando a conquista e
manuten•‹o do poder por meio das elei•›es.

A Constitui•‹o Federal de 1988 trata dos partidos pol’ticos em seu art. 17.
Vamos ˆ sua an‡lise!

Art. 17. ƒ livre a cria•‹o, fus‹o, incorpora•‹o e extin•‹o de partidos


pol’ticos, resguardados a soberania nacional, o regime democr‡tico, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados
os seguintes preceitos:

Veja que Ž plena a liberdade de cria•‹o dos partidos pol’ticos, desde que
resguardados certos valores: a soberania nacional (n‹o pode haver partido
vinculado a entidade ou governo estrangeiro), o regime democr‡tico, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana (n‹o pode
haver partido nazista ou racista, por exemplo).

A seguir, s‹o listados os preceitos a serem observados pelos partidos pol’ticos:

I - car‡ter nacional;

N‹o pode haver um partido pol’tico envolvendo s— um Estado-membro ou


munic’pio, ou o Distrito Federal. S— poder‡ ser reconhecido como partido
pol’tico aquele que tiver repercuss‹o em todo o pa’s. Isso visa evitar que
interesses de grupos minorit‡rios tenham legitimidade, em detrimento
daqueles que representam toda a sociedade.

II - proibi•‹o de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo


estrangeiros ou de subordina•‹o a estes;

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A soberania nacional Ž um princ’pio que limita o funcionamento dos partidos


pol’ticos; n‹o pode haver, portanto, partido pol’tico que receba recursos
financeiros de entidade ou governo estrangeiro, tampouco que se
subordine a estes. Essa proibi•‹o visa impedir que os interesses da Repœblica
Federativa do Brasil fiquem subordinados ao capital estrangeiro.

III - presta•‹o de contas ˆ Justi•a Eleitoral;

A presta•‹o de contas ˆ Justi•a Eleitoral tem como objetivo impedir a


exist•ncia de Òcaixa doisÓ nos pleitos eleitorais. Com isso, as contas dos
partidos seriam todas submetidas ˆ fiscaliza•‹o financeira, em prol da
moralidade pœblica.

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Esse dispositivo Ž uma norma de efic‡cia limitada, tendo sido regulamentado


pela Lei n¼ 9.096/95.

¤ 1¼ ƒ assegurada aos partidos pol’ticos autonomia para definir sua


estrutura interna, organiza•‹o e funcionamento e para adotar os critŽrios de
escolha e o regime de suas coliga•›es eleitorais, sem obrigatoriedade de
vincula•‹o entre as candidaturas em ‰mbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partid‡ria.

A autonomia partid‡ria assegurada no ¤ 1¼ do art. 17 visa impedir


qualquer controle do Estado sobre os partidos pol’ticos, criando uma
Ò‡rea de reserva estatut‡ria absolutamente indevass‡vel pela a•‹o normativa
do Poder Pœblico, vedando, nesse dom’nio jur’dico, qualquer ensaio de
inger•ncia legislativa do Poder EstatalÓ (STF, ADI 1.407-MC, DJ de
17.04.2001).

Nesse sentido, garante-se aos partidos a liberdade para definir sua


estrutura interna, organiza•‹o e funcionamento e para adotar os
critŽrios de escolha e o regime de suas coliga•›es eleitorais. N‹o pode o
legislador ordin‡rio interferir nessa matŽria, que Ž de compet•ncia dos
partidos, observadas as disposi•›es constitucionais.

Destaque-se que, a partir da Emenda Constitucional n¼ 52/2006, passou a n‹o


haver mais, no ordenamento jur’dico nacional, a obrigatoriedade de
simetria das coliga•›es em ‰mbito nacional, estadual e municipal. Em
outras palavras, n‹o h‡ obrigatoriedade de vincula•‹o entre as candidaturas
em ‰mbito nacional, estadual, distrital ou municipal. Assim, uma coliga•‹o
feita para as elei•›es nacionais n‹o precisa ser repetida nas elei•›es estaduais.
N‹o se aplica o princ’pio da verticaliza•‹o na forma•‹o de coliga•›es.

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Com o intuito de favorecer a democracia, foi assegurada autonomia aos


partidos pol’ticos, mas exigiu-se que seus estatutos estabelecessem normas
de disciplina e fidelidade partid‡ria. Com o mesmo objetivo, tambŽm
foram assegurados aos partidos pol’ticos recursos de fundo partid‡rio e acesso
ao r‡dio e ˆ televis‹o (na forma da lei) e foi vedada a utiliza•‹o de organiza•‹o
paramilitar pelos mesmos.

¤ 2¼ - Os partidos pol’ticos, ap—s adquirirem personalidade jur’dica, na forma


da lei civil, registrar‹o seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

A aquisi•‹o de personalidade jur’dica dos partidos pol’ticos dar-se-‡


conforme as normas do C—digo Civil (arts. 45 e 985) e da Lei de Registros
Pœblicos (art. 120). Nesse sentido, a aquisi•‹o da personalidade se d‡, por
serem os partidos pol’ticos pessoas jur’dicas de direito privado, com a
inscri•‹o do ato constitutivo no respectivo registro, averbando-se no
registro todas as altera•›es por que passar o ato constitutivo.

Ap—s o Cart—rio de Registros de T’tulos e Documentos aferir se os requisitos


legais foram respeitados, resta lavrar o registro dos estatutos do partido
pol’tico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).15 Com o registro do estatuto no
TSE, o partido ir‡ adquirir capacidade pol’tica.

¤ 3¼ - Os partidos pol’ticos t•m direito a recursos do fundo partid‡rio e


acesso gratuito ao r‡dio e ˆ televis‹o, na forma da lei.

No que se refere ao fundo partid‡rio, seu objetivo Ž garantir o financiamento


das atividades dos partidos pol’ticos. Os recursos desse fundo s‹o
distribu’dos pelo TSE aos —rg‹os nacionais dos partidos (Lei 9.096/95, art. 41,
II).

J‡ o acesso gratuito ao r‡dio e ˆ TV, conforme se depreende do ¤ 3¼ do art.


17, Ž institu’do pelo legislador ordin‡rio, que estabelece anualmente os
critŽrios de sua utiliza•‹o. Seu objetivo Ž Òigualizar, por mŽtodos ponderados,
as oportunidades dos candidatos de maior ou menor express‹o econ™mica no
momento de expor ao eleitorado suas propostasÓ.16 ƒ o chamado Òdireito de
antenaÓ.

¤ 4¼ - ƒ vedada a utiliza•‹o pelos partidos pol’ticos de organiza•‹o


paramilitar.

Essa proibi•‹o se coaduna com o art. 5¼, XVII, CF/88, que disp›e que ÒŽ plena
a liberdade de associa•‹o para fins l’citos, vedada a de car‡ter paramilitarÓ.

15
STF, RE 164.458-AgRg, DJ de 02.06.1995.
16
STF, ADI 956, DJ de 20.04.2001.

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Resumindo:

NATUREZA JURÍDICA PJ DE DIREITO PRIVADO


PARTIDOS POLÍTICOS

AQUISIÇÃO DA REGISTRO DOS ATOS CONSTITUTIVOS EM


PERSONALIDADE CARTÓRIO

AQUISIÇÃO DA
CAPACIDADE POLÍTICA REGISTRO DO ESTATUTO NO TSE

CARÁTER NACIONAL; PROIBIÇÃO DE RECEBIMENTO


DE RECURSOS DE ENTIDADE OU GOVERNO
PRECEITOS ESTRANGEIROS; PRESTAÇÃO DE CONTAS À JUSTIÇA
ELEITORAL; FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR DE
ACORDO COM A LEI

(PC / DF Ð 2015) ƒ assegurada aos partidos pol’ticos


autonomia para definir a sua estrutura interna, a sua
organiza•‹o e o seu funcionamento, podendo receber
doa•›es de pessoas f’sicas e jur’dicas, nacionais ou
estrangeiras.

Coment‡rios:

O art. 17, II, CF/88 pro’be o recebimento de recursos


financeiros de entidade ou governo estrangeiros. Quest‹o
errada.

(MPE / RS Ð 2014) O princ’pio da liberdade partid‡ria,


consagrado na Constitui•‹o Federal, Ž ilimitado; por
conseguinte, ainda que Žtica ou politicamente censur‡vel, Ž
poss’vel a cria•‹o no pa’s de agremia•›es pol’ticas
destinadas a suprimir o regime democr‡tico, pois n‹o se
pode subtrair previamente, do debate pol’tico, quaisquer
ideias em rela•‹o ˆ estrutura•‹o do Estado.

Coment‡rios:

A liberdade partid‡ria n‹o Ž limitada, uma vez que devem


ser resguardados certos valores: a soberania nacional, o
regime democr‡tico, o pluripartidarismo e os direitos
fundamentais da pessoa humana. Quest‹o errada.

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Quest›es Comentadas
1. Direitos Pol’ticos

1. (CESPE / TRF 1a Regi‹o Ð 2017) C™njuge de governador de


determinado estado ser‡ ineleg’vel nesse mesmo estado, salvo se a
sociedade ou o v’nculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato.

Coment‡rios:

A Sœmula Vinculante n¼ 18 prev• que Òa dissolu•‹o da sociedade ou do v’nculo


conjugal, no curso do mandato, n‹o afasta a inelegibilidade prevista no ¤
7¼, do artigo 14 da Constitui•‹o FederalÓ. Assim, caso ocorra a dissolu•‹o do
v’nculo conjugal no curso do mandato, o c™njuge ser‡ afetado pela
inelegibilidade reflexa. Quest‹o errada.

2. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) A respeito dos direitos e das garantias


fundamentais, julgue os seguintes itens.

I Ð Conforme a Constitui•‹o Federal de 1988, Ž cab’vel o ajuizamento de


mandado de injun•‹o no caso de omiss‹o legislativa inconstitucional que
inviabilize o exerc’cio do direito de sufr‡gio.

II Ð Perder‡ os direitos pol’ticos o cidad‹o que alegar convic•›es pol’ticas para


deixar de prestar o servi•o militar obrigat—rio e que se recusar a cumprir
presta•‹o alternativa fixada em lei.

III Ð ƒ vedada a candidatura ao cargo de governador a cidad‹o naturalizado


brasileiro, por se tratar de cargo privativo de brasileiro nato.

Assinale a op•‹o correta.

a) Apenas o item I est‡ certo.

b) Apenas o item II est‡ certo.

c) Apenas os itens I e III est‹o certos.

d) Apenas os itens II e III est‹o certos.

e) Todos os itens est‹o certos.

Coment‡rios:

A primeira assertiva est‡ correta. O mandado de injun•‹o ser‡ concedido


sempre que a falta de norma regulamentadora torne invi‡vel o exerc’cio dos

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direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes ˆ


nacionalidade, ˆ soberania e ˆ cidadania.

A segunda assertiva est‡ errada. Entretanto, h‡ pol•mica a respeito. A


doutrina constitucionalista (e.g, Alexandre de Moraes) afirma que a Òdupla
recusaÓ implica na perda de direitos pol’ticos. No entanto, em Direito Eleitoral,
Ž comum que a doutrina considere que se trata de hip—tese de suspens‹o de
direitos pol’ticos.

A terceira assertiva est‡ errada. O cargo de Governador n‹o Ž privativo de


brasileiro nato.

O gabarito Ž a letra A.

3. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) O presidente da Repœblica,


fundamentando-se no argumento de que o exerc’cio dos direitos
pol’ticos n‹o deve ser imposto pelo Estado, pretende extinguir o voto
obrigat—rio para os cidad‹os com idade entre dezoito e setenta anos
nas elei•›es de cargos eletivos do Poder Legislativo e do Poder
Executivo e implementar o voto facultativo.

Nesse caso, a implementa•‹o do voto facultativo dever‡ ocorrer por

a) lei complementar.

b) medida provis—ria.

c) lei ordin‡ria.

d) emenda constitucional.

e) decreto legislativo.

Coment‡rios:

A CF/88 estabelece que o voto Ž obrigat—rio para os maiores de 18 anos. Logo,


o estabelecimento de voto facultativo para aqueles entre 18 e 70 anos
dependeria de altera•‹o da CF/88, mediante emenda constitucional. O gabarito
Ž a letra D.

4. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) Acerca das normas constitucionais que


regem os direitos pol’ticos e os partidos pol’ticos, assinale a op•‹o
correta, conforme a Constitui•‹o Federal de 1988 e o entendimento do
Supremo Tribunal Federal.

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a) ƒ ineleg’vel para cargo de vereador ex-c™njuge de governador do estado,


ainda que se trate de reelei•‹o e a dissolu•‹o do v’nculo conjugal tenha
ocorrido antes do in’cio do mandato de governador.

b) N‹o se aplica a regra da perda de mandato por infidelidade partid‡ria a


governador que, depois de eleito pelo sistema majorit‡rio, resolva mudar de
partido pol’tico.

c) A condena•‹o de servidor pœblico federal por ato de improbidade


administrativa n‹o impede sua candidatura ao cargo de deputado federal, uma
vez que tal situa•‹o n‹o se inclui entre as hip—teses de suspens‹o de direitos
pol’ticos.

d) O voto Ž obrigat—rio para o cidad‹o brasileiro naturalizado que seja


analfabeto.

e) A•‹o para impugna•‹o do mandato de prefeito eleito gra•as a esquema de


compra de votos deve ser ajuizada na justi•a federal, dentro do prazo de seis
meses, e instru’da com provas do abuso do poder econ™mico.

Coment‡rios:

Letra A: errada. H‡ dois pontos a serem analisados nessa assertiva:

a) A inelegibilidade reflexa n‹o se aplica caso o indiv’duo j‡ seja titular de


mandato eletivo e candidato ˆ reelei•‹o.

b) A Sœmula Vinculante n¼ 18 prev• que a dissolu•‹o da sociedade, no curso


do mandato, n‹o afasta a inelegibilidade reflexa. Em sentido contr‡rio, caso a
dissolu•‹o da sociedade conjugal seja prŽvia ao mandato, o c™njuge n‹o se
tornar‡ ineleg’vel.

Letra B: correta. A infidelidade partid‡ria resulta na perda do mandato eletivo


para aqueles eleitos pelo sistema proporcional. Segundo o STF, essa regra n‹o
se aplica ˆqueles eleitos pelo sistema majorit‡rio, a fim de n‹o se violar
a soberania popular.

Letra C: errada. A improbidade administrativa resulta na suspens‹o dos


direitos pol’ticos.

Letra D: errada. O voto Ž facultativo para os analfabetos.

Letra E: errada. O mandato eletivo poder‡ ser impugnado ante a Justi•a


Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diploma•‹o (art. 14, ¤ 10,
CF/88).

O gabarito Ž a letra B.
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5. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) Ao ser procurada para responder


pesquisa relativa ˆs elei•›es estaduais, Maria Lœcia, professora
aposentada, ent‹o com sessenta e seis anos de idade, recusou-se a
responder aos questionamentos e alegou que, por ser idosa, n‹o era
mais obrigada a votar. Assim, afirmou que, como tem a inten•‹o de
utilizar essa prerrogativa, sua opini‹o quanto aos candidatos n‹o seria
relevante ˆ pesquisa.

Nessa situa•‹o hipotŽtica, ˆ luz da Constitui•‹o Federal de 1988, o


entendimento de Maria Lœcia est‡:

a) equivocado, porque o voto Ž facultativo apenas para os analfabetos.

b) equivocado, porque, para cidad‹os com a sua idade, o voto Ž obrigat—rio.

c) correto, porque a sua idade faz presumir a incapacidade civil absoluta, o que
acarreta a perda de direitos pol’ticos.

d) correto, tendo em vista que a sua situa•‹o de idosa lhe garante o voto
facultativo.

e) correto, porque a aposentadoria torna seu voto facultativo.

Coment‡rios:

O voto Ž facultativo para: i) os analfabetos; ii) os maiores de 70 (setenta)


anos e; iii) os maiores de 16 (dezesseis) e maiores de 18 (dezoito) anos.

Na situa•‹o apresentada, Maria Lœcia tem 62 (sessenta e dois) anos e,


portanto, o voto Ž obrigat—rio para ela.

O gabarito Ž a letra B.

6. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) Vincent, cidad‹o holand•s naturalizado


brasileiro, conseguiu, por determina•‹o judicial definitiva, o
cancelamento de naturaliza•‹o e, ent‹o, regressou ˆ Holanda. Tempos
depois, j‡ com trinta e dois anos de idade, ele foi convidado por um
partido pol’tico nacional a concorrer ao cargo de deputado estadual de
um estado da Federa•‹o brasileira.

Nessa situa•‹o hipotŽtica, de acordo com os preceitos constitucionais,


Vincent ser‡:

a) eleg’vel, caso se candidate no estado da Federa•‹o no qual residiu atŽ


conseguir seu direito ˆ naturaliza•‹o.

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b) ineleg’vel, porque o cancelamento judicial da naturaliza•‹o afasta-lhe o


pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos.

c) eleg’vel, desde que sua condi•‹o de brasileiro naturalizado tenha sido


superior a cinco anos.

d) eleg’vel, desde que ele comprove seu domic’lio eleitoral em qualquer estado
da Federa•‹o.

e) ineleg’vel, porque ainda n‹o tem a idade m’nima para o exerc’cio do cargo
de deputado estadual no Brasil, que Ž de trinta e cinco anos.

Coment‡rios:

ƒ hip—tese de perda da nacionalidade o cancelamento da naturaliza•‹o, por


decis‹o judicial transitada em julgado.

Ao perder a nacionalidade brasileira, Vincent torna-se estrangeiro e, como tal,


passa a ser ineleg’vel. Nesse sentido, o art. 15, I, CF/88, prev• que o
cancelamento da naturaliza•‹o lhe afasta os direitos pol’ticos.

O gabarito Ž a letra B.

7. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) A Constitui•‹o Federal de 1988


estabelece que Òtodo o poder emana do povoÓ, que pode exerc•-lo
diretamente. Nesse sentido, o instrumento constitucional que
materializa uma consequ•ncia advinda do princ’pio invocado Ž o (a)Ó

a) plebiscito

b) filia•‹o partid‡ria

c) greve

d) alistamento militar.

e) livre express‹o da atividade intelectual.

Coment‡rios:

O regime pol’tico adotado no Brasil Ž a democracia semidireta. O poder


pol’tico Ž exercido de maneira indireta (por meio dos representantes eleitos)
ou diretamente (nos termos definidos pela CF/88.

S‹o instrumentos de exerc’cio do poder pol’tico diretamente pelo povo: o


plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis.

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O gabarito Ž a letra A.

8. (CESPE / TRE-PE - 2017) De acordo com a Constitui•‹o Federal


de 1988 (CF), a perda ou a suspens‹o dos direitos pol’ticos se dar‡
em caso de

a) condena•‹o criminal por decis‹o de tribunal contra a qual caiba recurso.

b) incapacidade civil relativa.

c) condena•‹o em a•‹o de improbidade administrativa, nos termos da lei.

d) cancelamento da naturaliza•‹o por decis‹o judicial de primeira inst‰ncia.

e) condena•‹o criminal por decis‹o judicial de primeira inst‰ncia.

Coment‡rios:

A perda ou suspens‹o dos direitos pol’ticos se dar‡ em caso de:

I - cancelamento da naturaliza•‹o por senten•a transitada em


julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condena•‹o criminal transitada em julgado, enquanto


durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obriga•‹o a todos imposta ou presta•‹o


alternativa, nos termos do art. 5¼, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, ¤ 4¼.

O gabarito Ž a letra C.

9. (CESPE / TRE-PE - 2017) O alistamento eleitoral e o voto s‹o


obrigat—rios para:

a) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.

b) analfabetos.

c) maiores de setenta anos de idade.

d) maiores de setenta e cinco anos de idade.

e) maiores de dezoito anos de idade.


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Coment‡rios:

Reza o art. 14, ¤ 1¼, da Constitui•‹o que o alistamento eleitoral e o voto s‹o:

I - obrigat—rios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

O gabarito Ž a letra E.

10. (CESPE / TCE-PR Ð 2016) Com base na jurisprud•ncia do STF,


assinale a op•‹o correta a respeito dos direitos pol’ticos.

a) O princ’pio da anterioridade da lei eleitoral subordina, inclusive, a incid•ncia


das hip—teses de inelegibilidade introduzidas por normas constitucionais
origin‡rias constantes da Constitui•‹o Federal de 1988.

b) As condi•›es de elegibilidade podem ser estabelecidas por simples lei


ordin‡ria federal, diferentemente das hip—teses de inelegibilidade, que s‹o
reservadas a lei complementar.

c) ƒ constitucional a exig•ncia legal que, independentemente da identifica•‹o


civil, condiciona o voto ˆ apresenta•‹o, pelo eleitor, do t’tulo eleitoral.

d) ƒ dos estados a compet•ncia para legislar sobre condi•›es espec’ficas de


elegibilidade dos ju’zes de paz.

e) A filia•‹o partid‡ria como condi•‹o de elegibilidade n‹o se estende aos


ju’zes de paz.

Coment‡rios:

Letra A: errada. O princ’pio da anterioridade eleitoral est‡ prevista no art.


16, CF/88, segundo o qual Òa lei que alterar o processo eleitoral entrar‡ em
vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o que ocorra atŽ um
ano da data de sua vig•nciaÓ.

Segundo a jurisprud•ncia do STF, o voc‡bulo ÒleiÓ se aplica ˆs leis ordin‡rias,


leis complementares, emendas constitucionais e quaisquer outras espŽcies
normativas de car‡ter aut™nomo, geral e abstrato. N‹o se pode dizer,

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todavia, que o princ’pio da anterioridade eleitoral subordina as normas


constitucionais origin‡rias.

Letra B: correta. AlŽm das hip—teses de inelegibilidade previstas na CF/88,


outras poder‹o ser criadas mediante lei complementar. ƒ o que se pode
extrair do art. 14, ¤ 9¼, CF/88:

Art. 14 (...)

¤ 9¼ Lei complementar estabelecer‡ outros casos de inelegibilidade e os


prazos de sua cessa•‹o, a fim de proteger a probidade administrativa, a
moralidade para exerc’cio de mandato considerada vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das elei•›es contra a
influ•ncia do poder econ™mico ou o abuso do exerc’cio de fun•‹o, cargo
ou emprego na administra•‹o direta ou indireta.

Por outro lado, as condi•›es de elegibilidade podem ser disciplinadas mediante


lei ordin‡ria federal. Isso fica claro porque o art. 14, ¤ 3¼, CF/88, ao
relacionar as condi•›es de elegibilidade, cita a express‹o Òna forma da leiÓ.
Veja:

Art. 14 (...)

¤ 3¼ S‹o condi•›es de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domic’lio eleitoral na circunscri•‹o;

V - a filia•‹o partid‡ria;

VI - a idade m’nima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repœblica e


Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do


Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou


Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.


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Letra C: errada. No julgamento da ADI n¼ 4467, o STF entendeu que, no


momento da vota•‹o, o eleitor somente precisar‡ apresentar um documento
oficial de identidade com foto. N‹o h‡ obrigatoriedade, assim, de que o
eleitor apresente o seu t’tulo eleitoral. ƒ suficiente, para o exerc’cio do direito
de voto, a apresenta•‹o de um documento oficial com foto.

Letra D: errada. A Uni‹o possui compet•ncia privativa para legislar sobre


direito eleitoral (art. 22, I, CF/88). Portanto, n‹o podem os estados legislar
sobre condi•›es espec’ficas de elegibilidade dos ju’zes de paz. Na ADI n¼ 2938,
decidiu o STF que Òa fixa•‹o por lei estadual de condi•›es de elegibilidade em
rela•‹o a candidatos a juiz de paz, alŽm das constitucionalmente previstas no
art. 14, ¤ 3¼, invade a compet•ncia da Uni‹o para legislar sobre direito
eleitoralÓ.

Letra E: errada. Na ADI n¼ 2938, o STF considerou que Òa obrigatoriedade de


filia•‹o partid‡ria para os candidatos a juiz de paz decorre do sistema eleitoral
constitucionalmente definidoÓ. Em outras palavras, a exig•ncia de filia•‹o
partid‡ria tambŽm se estende aos ju’zes de paz.

O gabarito Ž a letra B.

11. (CESPE/ TJDFT Ð 2016) Considerando as interpreta•›es


doutrin‡rias e jurisprudenciais conferidas ˆs normas constitucionais
referentes aos direitos pol’ticos, assinale a op•‹o correta.

a) Os direitos pol’ticos insculpidos na Constitui•‹o possuem efic‡cia


limitada, ante a necessidade da edi•‹o de legisla•‹o infraconstitucional para
concretiz‡-los.

b) A dissolu•‹o da sociedade conjugal no curso do mandato eletivo de


governador de Estado implica a inelegibilidade de sua ex-c™njuge para o
cargo de deputado estadual na mesma unidade da Federa•‹o para o pleito
subsequente.

c) O governador do Distrito Federal que pretende se candidatar ao cargo de


deputado federal no pleito subsequente n‹o precisa se desincompatibilizar
do cargo que atualmente ocupa, uma vez que tal exig•ncia constitucional
aplica-se apenas quando o novo cargo almejado Ž disputado mediante
elei•‹o majorit‡ria.

d) O cidad‹o naturalizado brasileiro poder‡ ocupar os cargos eletivos de


deputado federal e de governador do Distrito Federal, mas n‹o poder‡ ser
eleito senador ou vice-presidente, diante de veda•‹o constitucional.

e) A capacidade eleitoral passiva limita-se ˆs restri•›es que est‹o


expressamente veiculadas na CF e a nenhum outro dispositivo legal.

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Coment‡rios:

Letra A: errada. Os direitos pol’ticos (direito de votar e de ser votado) n‹o


t•m efic‡cia limitada. Ao contr‡rio, pode-se considerar que eles t•m
efic‡cia plena.

Letra B: correta. A Sœmula Vinculante n¼ 18 estabelece que Òa dissolu•‹o


da sociedade ou do v’nculo conjugal, no curso do mandato, n‹o afasta a
inelegibilidade prevista no ¤ 7¼ do art. 14 da CFÓ. Em outras palavras, a
inelegibilidade reflexa ser‡ aplic‡vel quando houver a dissolu•‹o da
sociedade ou do v’nculo conjugal no curso do mandato. Desse modo, a ex-
c™njuge do Governador n‹o poder‡ se candidatar ao cargo de Deputado
Estadual, a n‹o ser que ela estivesse se candidatando ˆ reelei•‹o.

Letra C: errada. Para se candidatar a outro cargo, o Governador precisar‡


se desincompatibilizar atŽ 6 meses antes do pleito.

Letra D: errada. O brasileiro naturalizado poder‡ ocupar os cargos de


Deputado Federal, Governador e Senador. Dentre os cargos mencionados
na assertiva, o œnico que Ž privativo de brasileiro nato Ž o de Vice-
Presidente.

Letra E: errada. Capacidade eleitoral passiva Ž o direito de ser votado. S‹o


limita•›es ˆ capacidade eleitoral passiva as hip—teses de inelegibilidade,
que n‹o est‹o apenas no texto constitucional. ƒ poss’vel que lei
complementar crie outras hip—teses de inelegibilidade.

O gabarito Ž a letra B.

12. (CESPE / TCE-PA Ð 2016) A alistabilidade, que se refere ˆ


capacidade do indiv’duo de ser eleitor, com direito de participar da
escolha dos mandat‡rios, Ž vedada aos estrangeiros e, durante o
per’odo do servi•o militar obrigat—rio, aos conscritos.

Coment‡rios:

S‹o inalist‡veis os estrangeiros e, durante o servi•o militar obrigat—rio, os


conscritos. Quest‹o correta.

13. (CESPE / TCE-PA Ð 2016) Ser‹o cassados os direitos pol’ticos


do indiv’duo condenado criminalmente em senten•a transitada em
julgado.

Coment‡rios:

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A Carta Magna veda, em seu art. 15, a cassa•‹o dos direitos pol’ticos. Em
caso de condena•‹o criminal em senten•a judicial transitada em julgado,
ter-se-‡ a suspens‹o dos direitos pol’ticos do apenado. Quest‹o errada.

14. (CESPE / Delegado PC-PE Ð 2016) Embora a CF vede a cassa•‹o


de direitos pol’ticos, ela prev• casos em que estes poder‹o ser
suspensos ou atŽ mesmo perdidos.

Coment‡rios:

A CF/88 pro’be a cassa•‹o de direitos pol’ticos. No entanto, admite a perda


e a suspens‹o dos direitos pol’ticos, nas hip—teses do art. 15, CF/88.
Quest‹o correta.

15. (CESPE / TRT 8a Regi‹o Ð 2016) Devem ser cassados, na forma


prevista em lei, os direitos pol’ticos de governador condenado em
senten•a transitada em julgado por ato de improbidade
administrativa.

Coment‡rios:

No Brasil, Ž vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos. A improbidade


administrativa resulta na suspens‹o dos direitos pol’ticos. Quest‹o errada.

16. (CESPE/ TRE-PI Ð 2016) Em rela•‹o aos direitos pol’ticos, o


mandado de seguran•a coletivo e o habeas corpus s‹o formas de
exerc’cio direto da soberania popular, como previsto na CF.

Coment‡rios:

O mandado de seguran•a coletivo e o habeas corpus s‹o remŽdios


constitucionais. A Constitui•‹o prev•, como formas de exerc’cio direto da
soberania popular, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. Quest‹o
errada.

17. (CESPE/ TRE-PI Ð 2016) Estrangeiro de qualquer nacionalidade


pode se candidatar a cargos eletivos, com exce•‹o dos cargos para os
quais se exige a condi•‹o de brasileiro nato.

Coment‡rios:

A nacionalidade brasileira Ž condi•‹o de elegibilidade (art. 14, ¤ 3o, I,


CF). Quest‹o errada.

18. (CESPE/ DPU Ð 2016) Admite-se, excepcionalmente, a cassa•‹o


de direitos pol’ticos na hip—tese de condena•‹o pela pr‡tica de
improbidade administrativa.
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Coment‡rios:

A cassa•‹o de direitos pol’ticos Ž vedada pela Constitui•‹o (art. 15, CF).


Quest‹o errada.

19. (CESPE/ TRE-MT Ð 2015) Com base no que disp›e a CF acerca


dos direitos pol’ticos, assinale a op•‹o correta.

a) A capacidade eleitoral ativa consiste na possibilidade de se tornar candidato


a cargo eletivo, e se traduz no direito de ser votado.

b) De acordo com a CF, os cargos de senador da Repœblica e de deputado


federal s‹o privativos de brasileiros natos.

c) O analfabeto, embora possua o direito facultativo ao voto, n‹o poder‡ ser


eleito para o exerc’cio de nenhum mandato eletivo previsto na CF.

d) AlŽm de se manifestar no direito ao sufr‡gio universal e ao voto direto e


secreto, a soberania popular pode ser exercida por instrumentos como o
habeas corpus e o mandado de seguran•a.

e) A condena•‹o por improbidade administrativa transitada em julgado resulta


na cassa•‹o dos direitos pol’ticos, enquanto durarem seus efeitos.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Esse Ž o conceito de capacidade eleitoral passiva. A


capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se como eleitor
(alistabilidade) e o direito de votar.

Letra B: errada. De acordo com o art. 12, ¤ 3¼, da Constitui•‹o, s‹o privativos
de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;

II - de Presidente da C‰mara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplom‡tica;

VI - de oficial das For•as Armadas;

VII - de Ministro de Estado da Defesa.

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Somente os cargos de Presidente da C‰mara e do Senado s‹o privativos de


brasileiro nato. Essa exig•ncia n‹o se aplica aos demais cargos de senador da
Repœblica e de deputado federal.

Letra C: correta. Segundo o art. 14, ¤4¼, s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os


analfabetos. Os analfabetos, apesar de poderem votar (voto facultativo), n‹o
podem ser votados.

Letra D: errada. Segundo o art. 14 da Constitui•‹o, a soberania popular ser‡


exercida pelo sufr‡gio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual
para todos, e, nos termos da lei, mediante: i) plebiscito; ii) referendo e iii)
iniciativa popular. O habeas corpus e o mandado de seguran•a s‹o remŽdios
constitucionais, n‹o instrumentos de soberania popular.

Letra E: errada. A Constitui•‹o veda a cassa•‹o de direitos pol’ticos. A


condena•‹o por improbidade administrativa transitada em julgado resulta na
suspens‹o dos direitos pol’ticos (art. 15, CF).

O gabarito Ž a letra C.

20. (CESPE/ TRE-MT Ð 2015) Acerca dos princ’pios fundamentais e


dos direitos e garantias fundamentais, assinale a op•‹o correta.

a) Lei que altere o processo eleitoral poder‡ ser aplicada a pleito eletivo
realizado no ano de sua edi•‹o, desde que editada no prazo de cento e oitenta
dias anteriores ˆ elei•‹o.

b) A hip—tese de inelegibilidade em raz‹o de parentesco prevista na CF para os


cargos de prefeito e governador engloba a candidatura de c™njuges ou
parentes atŽ segundo grau em todo o territ—rio nacional, enquanto durar o
mandato.

c) Dado o princ’pio da dignidade da pessoa humana, tratado sobre direitos


humanos ratificado pelo Brasil Ž automaticamente internalizado na legisla•‹o
p‡tria como emenda constitucional.

d) Nos termos da CF, o exerc’cio da soberania popular poder‡ ser exercido


diretamente pelo povo, por meio de instrumentos como o referendo e o
plebiscito.

e) Em decorr•ncia de aus•ncia de previs‹o constitucional, estrangeiro


residente no pa’s preso pela pol’cia por se envolver em uma briga ap—s assistir
a jogo de futebol em est‡dio n‹o poder‡ impetrar o remŽdio do habeas corpus.

Coment‡rios:

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Letra A: errada. O art. 16 da Constitui•‹o determina que a lei que alterar o


processo eleitoral entrar‡ em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se
aplicando ˆ elei•‹o que ocorra atŽ um ano da data de sua vig•ncia.

Letra B: errada. A inelegibilidade, nesse caso, n‹o engloba todo o territ—rio


nacional, mas apenas o territ—rio de jurisdi•‹o do titular (art. 14, ¤ 7o, CF).

Letra C: errada. Para que o tratado internacional sobre direitos humanos


adquira status de emenda constitucional, dever‡ ser aprovado, em cada Casa
do Congresso Nacional, por 3/5 dos votos dos respectivos membros.

Letra D: correta. De fato, o plebiscito e o referendo s‹o instrumentos de


exerc’cio direto da soberania popular (art. 14, I e II, CF).

Letra E: errada. O habeas corpus Ž a•‹o de legitimidade universal, podendo


ser impetrado por qualquer pessoa que sofrer ou se achar amea•ada de sofrer
viol•ncia ou coa•‹o em sua liberdade de locomo•‹o por ilegalidade ou abuso
de poder. Desse modo, poder‡, sim, ser impetrado por estrangeiro.

A letra D Ž o gabarito.

21. (CESPE/ TRE-MT Ð 2015) De acordo com o disposto na CF, Ž


condi•‹o de elegibilidade

a) a idade m’nima de dezoito anos de idade para os cargos de senador,


deputado e vereador, ou de vinte e um anos de idade para os cargos de
prefeito, governador e vice-governador, presidente e vice-presidente da
Repœblica.

b) o alistamento militar.

c) a certifica•‹o de participa•‹o em entidades de assist•ncia social ou ONGs.

d) a nacionalidade brasileira ou, para o estrangeiro, a resid•ncia no Brasil.

e) o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A idade m’nima para os cargos de Presidente da Repœblica,


Vice-Presidente da Repœblica e Senador Ž de 35 (trinta e cinco) anos. Para o
cargo de Governador, a idade m’nima Ž de 30 (trinta) anos. Para os cargos
de Deputado Federal, Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, a idade
m’nima Ž de 21 (vinte e um) anos. Por œltimo, a idade m’nima para o cargo
de Vereador Ž de 18 (dezoito) anos.

Letra B: errada. ƒ condi•‹o de elegibilidade o alistamento eleitoral.


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Letra C: errada. N‹o Ž condi•‹o de elegibilidade a certifica•‹o de


participa•‹o em entidades de assist•ncia social ou ONGs.

Letra D: errada. O estrangeiro Ž inalist‡vel e, por consequ•ncia, Ž ineleg’vel.

Letra E: correta. ƒ condi•‹o de elegibilidade o pleno exerc’cio dos direitos


pol’ticos.

O gabarito Ž a letra E.

22. (CESPE / TCE-RN Ð 2015) Os direitos pol’ticos poder‹o ser


cassados na hip—tese de condena•‹o judicial transitada em julgado por
ato de improbidade administrativa.

Coment‡rios:

No ordenamento jur’dico brasileiro, Ž vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos. A


improbidade administrativa resulta em suspens‹o de direitos pol’ticos.
Quest‹o errada.

23. (CESPE / AGU Ð 2015) Vice-governador de estado que n‹o tenha


sucedido ou substitu’do o governador durante o mandato n‹o
precisar‡ se desincompatibilizar do cargo atual no per’odo de seis
meses antes do pleito para concorrer a outro cargo eletivo.

Coment‡rios:

O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poder‹o concorrer


normalmente a outros cargos, preservando seus mandatos, desde que nos
seis meses anteriores ao pleito n‹o tenham sucedido ou substitu’do o titular.
Em outras palavras, se n‹o tiverem sucedido ou substitu’do os titulares, os
Vices n‹o precisar‹o se desincompatibilizar para concorrerem a outro cargo.
Quest‹o correta.

24. (CESPE / MPOG Ð 2015) A lei que altera o processo eleitoral deve
entrar em vigor na data de sua publica•‹o e ser aplicada ˆ elei•‹o
seguinte, independentemente de quando esta ocorrer.

Coment‡rios:

A lei que alterar o processo eleitoral entrar‡ em vigor na data de sua


publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o que ocorra atŽ um ano da data de
sua vig•ncia. Quest‹o errada.

25. (CESPE / FUB Ð 2015) O cidad‹o condenado por improbidade


administrativa deve ser privado definitivamente de seus direitos
pol’ticos, com a perda da cidadania pol’tica.
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Coment‡rios:

A improbidade administrativa resulta na suspens‹o dos direitos pol’ticos.


Quest‹o errada.

26. (CESPE / TRF 1a Regi‹o Ð 2015) Embora n‹o se insiram entre os


direitos e garantias fundamentais previstos na CF, os direitos pol’ticos
possuem o car‡ter instrumental de prote•‹o do princ’pio democr‡tico
e investem o indiv’duo no status activae civitati.

Coment‡rios:

Os direitos pol’ticos s‹o uma espŽcie do g•nero Òdireitos fundamentaisÓ. Eles


se inserem entre os direitos fundamentais. Quest‹o errada.

27. (CESPE/TRE-GO - 2015) Suponha que JosŽ, casado com M’riam e


prefeito de um munic’pio brasileiro, venha a falecer dois anos ap—s ter
sido eleito. Nessa situa•‹o, M’riam pode se candidatar e se eleger ao
cargo antes ocupado por seu marido nas elei•›es seguintes ao
falecimento.

Coment‡rios:

A CF/88 determina, em seu art. 14, ¤ 7o, que s‹o ineleg’veis, no territ—rio de
jurisdi•‹o do titular, o c™njuge e os parentes consangu’neos ou afins, atŽ o
segundo grau ou por ado•‹o, do Presidente da Repœblica, de Governador de
Estado ou Territ—rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substitu’do dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j‡ titular
de mandato eletivo e candidato ˆ reelei•‹o. N‹o h‡ —bice ˆ elei•‹o de M’riam,
uma vez que seu marido n‹o foi prefeito do munic’pio nos seis meses antes
das elei•›es (outra pessoa o sucedeu nos dois œltimos anos do mandato).
Quest‹o correta.

28. (CESPE/TRE-GO - 2015) Caso seja publicada e passe a viger em


fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral poder‡ ser
aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse mesmo ano.

Coment‡rios:

Versa o art. 16 da Constitui•‹o que a lei que alterar o processo eleitoral


entrar‡ em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o que
ocorra atŽ um ano da data de sua vig•ncia. Desse modo, a lei publicada e
que passe a viger em 2018 n‹o poder‡ ser aplicada a pleito eletivo que ocorra
em outubro daquele ano. Quest‹o errada.

29. (CESPE/TRE-GO - 2015) Nos termos da jurisprud•ncia do


Supremo Tribunal Federal, o cidad‹o que exercer dois mandatos
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consecutivos como prefeito de determinado munic’pio ficar‡ ineleg’vel


para cargo da mesma natureza em qualquer outro munic’pio da
Federa•‹o.

Coment‡rios:

De fato, o STF veda que o cidad‹o que j‡ tenha exercido dois mandatos
consecutivos de prefeito, ou seja, tenha sido eleito e reeleito, eleja-se para
um terceiro mandato, ainda que seja em munic’pio diferente. Impede-
se, com isso, que haja Òprefeitos itinerantesÓ. Quest‹o correta.

30. (CESPE/ TRE-GO Ð 2015) O ato de improbidade administrativa


praticado por servidor pœblico, quando apurado e reconhecido
mediante devido processo administrativo, resulta na cassa•‹o dos
direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

A Constitui•‹o Federal veda, em seu art. 15, a cassa•‹o de direitos pol’ticos. A


priva•‹o de direitos pol’ticos somente pode se dar por perda ou suspens‹o,
nos termos do dispositivo mencionado:

Art. 15. ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos, cuja perda ou


suspens‹o s— se dar‡ nos casos de:

I - cancelamento da naturaliza•‹o por senten•a transitada em


julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condena•‹o criminal transitada em julgado, enquanto durarem


seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obriga•‹o a todos imposta ou presta•‹o


alternativa, nos termos do art. 5¼, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, ¤ 4¼.

A Carta Magna n‹o explicita quais s‹o os casos de perda e quais s‹o os
casos de suspens‹o dos direitos pol’ticos. Entretanto, segundo a doutrina,
esses dois institutos apresentam as seguintes diferen•as:

a) A perda se d‡ por prazo indeterminado, enquanto a suspens‹o


pode se dar tanto por prazo determinado quanto por
indeterminado;

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b) Na perda, a reaquisi•‹o dos direitos pol’ticos n‹o Ž


autom‡tica ap—s a cessa•‹o da causa; na suspens‹o, a reaquisi•‹o
Ž autom‡tica.

Desse modo, para a maior parte dos doutrinadores, tem-se a perda nos incisos
I e IV do art. 15 da CF e suspens‹o nos demais incisos. Quest‹o errada.

31. (CESPE / TRE-RS - 2015) Contra candidato que cometer atos


como, por exemplo, abuso de poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude
durante o processo eleitoral cabe a•‹o de impugna•‹o de mandato,
que tramitar‡ necessariamente em segredo de justi•a.

Coment‡rios:

A quest‹o cobra o conhecimento dos ¤ ¤ 10 e 11 do art. 14 da Constitui•‹o,


segundo os quais o mandato eletivo poder‡ ser impugnado ante a Justi•a
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diploma•‹o, instru’da a a•‹o com
provas de abuso do poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude. A a•‹o de
impugna•‹o de mandato tramitar‡ em segredo de justi•a, respondendo o
autor, na forma da lei, se temer‡ria ou de manifesta m‡-fŽ. Quest‹o correta.

32. (CESPE / TRE-RS - 2015) O cidad‹o que possua a capacidade


eleitoral ativa tem, necessariamente, capacidade eleitoral passiva.

Coment‡rios:

A capacidade eleitoral ativa Ž uma das condi•›es para a elegibilidade


(capacidade eleitoral passiva), mas, para que o cidad‹o seja eleg’vel Ž
necess‡rio o cumprimento de outros requisitos. Por isso, o cidad‹o que tem
capacidade eleitoral ativa n‹o possui, necessariamente, capacidade eleitoral
passiva. Quest‹o errada.

33. (CESPE/ DPE-RN - 2015) Embora possa filiar-se a partido


pol’tico, o militar em servi•o na ativa n‹o Ž eleg’vel.

Coment‡rios:

O militar alist‡vel Ž eleg’vel, atendidas as seguintes condi•›es:

a) se contar menos de dez anos de servi•o, dever‡ afastar-se da


atividade;

b) se contar mais de dez anos de servi•o, ser‡ agregado pela autoridade


superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da diploma•‹o,
para a inatividade.

Quest‹o errada.
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34. (CESPE/TJ CE/ TJAA Ð 2014) No que se refere a direitos pol’ticos


dispostos na CF, assinale a op•‹o correta.

a) Para ser eleito vereador Ž preciso ter, no m’nimo, 21 anos de idade.


b) ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos.
c) Os brasileiros naturalizados podem votar, mas n‹o podem concorrer a
cargo eletivo.
d) O alistamento eleitoral e o voto s‹o obrigat—rios para todos os brasileiros
naturalizados.
e) Os militares federais n‹o s‹o alist‡veis.

Coment‡rios:

Letra A :errada. Para ser eleito vereador Ž preciso ter, no m’nimo, 18 anos de
idade (art. 14, ¤ 3¼, VI, ÒdÓ, CF).

Letra B: correta. O art. 15 da Constitui•‹o Federal veda a cassa•‹o de direitos


pol’ticos.

Letra C: errada. Os brasileiros naturalizados, satisfeitas todas as condi•›es,


podem votar e ser votados.

Letra D: errada. O alistamento eleitoral e o voto s‹o obrigat—rios para maiores


de dezoito anos. Por sua vez, o voto Ž facultativo para: i) analfabetos; ii)
maiores de setenta anos e ; iii) maiores de dezesseis e menores de dezoito
anos.

Letra E: errada. O alistamento s— Ž vedado aos conscritos, durante o servi•o


militar obrigat—rio, n‹o aos militares em geral.

A letra B Ž o gabarito.

35. (CESPE/C‰mara dos Deputados Ð 2014) Considere que


determinado governador de estado esteja em seu primeiro mandato
eletivo (2011-2014) e pretenda candidatar-se ˆ reelei•‹o para o
mandato 2015-2018. Considere, ainda, que, em 2012, ele e sua esposa
tenham rompido o v’nculo conjugal. Nessa situa•‹o hipotŽtica, caso
seja confirmada a candidatura ˆ reelei•‹o, a ex-esposa n‹o poder‡
candidatar-se, no ano de 2014, ao cargo de deputada estadual no
estado em que seu ex-esposo Ž governador.

Coment‡rios:

A quest‹o cobra o conhecimento da Sœmula Vinculante n¼ 18, segundo a qual


Òa dissolu•‹o da sociedade ou v’nculo conjugal, no curso do mandato, n‹o
afasta a inelegibilidade prevista no ¤ 7.¼ do art. 14 da Constitui•‹o
FederalÓ. Portanto, a ex-esposa do Governador n‹o poder‡ se candidatar, em
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2014, ao cargo de deputada estadual no estado em que seu ex-esposo Ž


governador. Quest‹o correta.

36. (CESPE/PGE BA Ð 2014) N‹o s‹o alist‡veis como eleitores nem os


estrangeiros nem os militares.

Coment‡rios:

S‹o inalist‡veis os estrangeiros e os conscritos (militares durante o servi•o


obrigat—rio). Os demais militares s‹o, sim, alist‡veis como eleitores. Quest‹o
errada.

37. (CESPE/PGE BA Ð 2014) As a•›es de impugna•‹o de mandato


eletivo tramitam necessariamente em segredo de justi•a.

Coment‡rios:

De acordo com o ¤ 11 do art. 14 da CF/88, Òa a•‹o de impugna•‹o de


mandato tramitar‡ em segredo de justi•a, respondendo o autor, na forma da
lei, se temer‡ria ou de manifesta m‡-fŽÓ. Quest‹o correta.

38. (CESPE/ ANTAQ Ð 2014) A lei que alterar o processo eleitoral


dever‡ entrar em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando os
seus dispositivos ˆ elei•‹o que ocorrer em atŽ um ano da data de sua
vig•ncia.

Coment‡rios:

ƒ o que prev• o art. 16 da CF/88, que trata da anualidade eleitoral. Quest‹o


correta.

39. (CESPE / TRE-MS - 2013) O plebiscito e o referendo s‹o formas


de exerc’cio indireto da soberania popular. A participa•‹o popular, em
ambos os casos, faz-se posteriormente ˆ promulga•‹o da lei.

Coment‡rios:

O plebiscito e o referendo s‹o formas de exerc’cio direto da soberania


popular. No referendo, a manifesta•‹o popular ocorre posteriormente ˆ
promulga•‹o da lei; no plebiscito, previamente. Quest‹o errada.

40. (CESPE / TRF 2» Regi‹o/Juiz - 2013) No Brasil, o alistamento


eleitoral depende da iniciativa do nacional que preencha os requisitos
constitucionais e legais exigidos, n‹o havendo inscri•‹o de of’cio por
parte da autoridade judicial eleitoral.

Coment‡rios:
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O alistamento eleitoral, no Brasil, se d‡ somente a pedido do interessado.


Quest‹o correta.

41. (CESPE / TRE-BA - 2010) A participa•‹o indireta do povo no


poder ocorre com a representa•‹o. Nesta, o representante exerce um
mandato e n‹o fica vinculado ˆ vontade dos representados. AlŽm
disso, o eleito n‹o representa apenas os seus eleitores, mas toda a
popula•‹o de um territ—rio. Desse modo, o mandato Ž considerado
livre e geral.

Coment‡rios:

ƒ isso mesmo! O mandato Ž considerado livre porque o representante tem


total liberdade, n‹o estando vinculado ˆ vontade do eleitor. Esse tipo de
mandato se contrap›e ao mandato imperativo, em que o representante se
vincula ˆ vontade do representado. AlŽm disso, Ž considerado geral porque o
representante representa todo o povo, n‹o s— quem o elegeu. Quest‹o correta.

42. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) ƒ vedado aos estrangeiros, ainda


que naturalizados brasileiros, o alistamento como eleitores.

Coment‡rios:

Os brasileiros naturalizados t•m, sim, direito ao alistamento como eleitores.


Quest‹o errada.

43. (CESPE / TRE-MA - 2009) Em conformidade com a CF, Ž


obrigat—rio o voto para uma brasileira, analfabeta, que tenha 67 anos
de idade no dia da elei•‹o.

Coment‡rios:

O alistamento e o voto s‹o facultativos para os analfabetos. Quest‹o errada.

44. (CESPE / TRE-MG - 2009) Os estrangeiros podem alistar-se como


eleitores.

Coment‡rios:

Os estrangeiros, por for•a do art. 14, ¤ 2¼, da Constitui•‹o Federal, n‹o


podem se alistar como eleitores. Quest‹o errada.

45. (CESPE / TRE-MG - 2009) N‹o s‹o alist‡veis os brasileiros


conscritos, durante o servi•o militar obrigat—rio, e os policiais
militares.

Coment‡rios:
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Reza a Constitui•‹o que n‹o podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,


durante o per’odo do servi•o militar obrigat—rio, os conscritos (art. 14, ¤ 1¼).
Essa veda•‹o n‹o se estende aos policiais militares. Quest‹o errada.

46. (CESPE / ABIN - 2010) A soberania popular Ž exercida, em regra,


por meio da democracia representativa. A Constitui•‹o Federal
brasileira consagra, tambŽm, a democracia participativa ao prever
instrumentos de participa•‹o intensa e efetiva do cidad‹o nas decis›es
governamentais.

Coment‡rios:

De fato, alguns autores consideram nossa forma de democracia como sendo


participativa, uma vez que prev• mecanismos de participa•‹o efetiva do
cidad‹o nas decis›es do governo. ƒ o caso do or•amento participativo e da
==de3eb==

iniciativa popular de leis, por exemplo. Quest‹o correta.

47. (CESPE / TRE-ES - 2011) O ÒstatusÓ de cidad‹o tem duas


dimens›es: a ativa, que se traduz pela capacidade de exerc’cio do
sufr‡gio, e a passiva, traduzida pela legitima•‹o para acesso a cargos
pœblicos.

Coment‡rios:

De fato, segundo a doutrina, o direito ao sufr‡gio se expressa de dois modos:


i) capacidade eleitoral ativa: direito de votar; ii) capacidade eleitoral passiva:
direito de ser votado (acesso a cargos pœblicos). Quest‹o correta.

48. (CESPE / TRE-MS - 2013) A atual CF permite candidaturas


avulsas para a presid•ncia da Repœblica, facultando aos candidatos
dirigirem-se diretamente aos eleitores sem a necessidade de filia•‹o
partid‡ria.

Coment‡rios:

A filia•‹o partid‡ria Ž uma das condi•›es de elegibilidade (art. 14, ¤ 3¼, CF). O
ordenamento jur’dico brasileiro n‹o permite candidaturas avulsas.
Quest‹o errada.

49. (CESPE / TRE-MS - 2013) Uma das condi•›es para concorrer em


pleitos eleitorais Ž o prŽvio alistamento eleitoral.

Coment‡rios:

ƒ o que disp›e o art. 14, ¤ 3¼, da Constitui•‹o. Quest‹o correta.

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50. (CESPE / TRE-MS - 2013) ƒ condi•‹o de elegibilidade a idade


m’nima de trinta e cinco anos para o cargo de governador de estado.

Coment‡rios:

A idade m’nima para o exerc’cio do cargo de Governador de Estado Ž de trinta


anos (art. 14, ¤ 3¼, VI, ÒbÓ, CF). Quest‹o errada.

51. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os analfabetos s‹o ineleg’veis.

Coment‡rios:

ƒ o que determina o art. 14, ¤ 4¼, da Constitui•‹o Federal. Quest‹o correta.

52. (CESPE / TRE-MS - 2013) A a•‹o de impugna•‹o de mandato


eletivo dever‡ ser proposta na justi•a eleitoral no prazo de quinze dias
da diploma•‹o, independentemente de provas iniciais de abuso do
poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude cometida.

Coment‡rios:

Reza a Constitui•‹o (art. 14, ¤ 10) que o mandato eletivo poder‡ ser
impugnado ante a Justi•a Eleitoral no prazo de quinze dias contados da
diploma•‹o, instru’da a a•‹o com provas de abuso do poder econ™mico,
corrup•‹o ou fraude. Quest‹o errada.

53. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) Considere que Petr™nio tenha


sido eleito e diplomado no cargo de prefeito de certo munic’pio no dia
1.¼/1/2008. Nessa situa•‹o hipotŽtica, o mandato eletivo de Petr™nio
poder‡ ser impugnado ante a justi•a eleitoral, no prazo de 15 dias a
contar da diploma•‹o, por meio de a•‹o instru’da com provas de abuso
do poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude.

Coment‡rios:

ƒ o que determina o ¤ 10 do art. 15 da CF/88, segundo o qual Òo mandato


eletivo poder‡ ser impugnado ante a Justi•a Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diploma•‹o, instru’da a a•‹o com provas de abuso do poder
econ™mico, corrup•‹o ou fraudeÓ. Quest‹o correta.

54. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) Suponha que Pedro, deputado


federal pelo estado X, seja filho do atual governador do mesmo estado.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, Pedro Ž ineleg’vel para concorrer ˆ
reelei•‹o para um segundo mandato parlamentar pelo referido estado.

Coment‡rios:

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De acordo com o ¤ 7¼ do art. 14, Òs‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi•‹o do


titular, o c™njuge e os parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou
por ado•‹o, do Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou
Territ—rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitu’do
dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j‡ titular de mandato
eletivo e candidato ˆ reelei•‹oÓ. Pedro, por j‡ ser deputado federal, poder‡,
sim, candidatar-se ao mesmo cargo. Trata-se de uma exce•‹o ˆ inelegibilidade
reflexa. Quest‹o errada.

55. (CESPE / TRE-ES - 2011) Todos os que sofrem condena•‹o


criminal com tr‰nsito em julgado est‹o com seus direitos pol’ticos
suspensos atŽ que ocorra a extin•‹o da punibilidade, como
consequ•ncia autom‡tica da senten•a condenat—ria.

Coment‡rios:

ƒ isso mesmo! Trata-se de consequ•ncia autom‡tica da senten•a


condenat—ria. Quest‹o correta.

56. (CESPE / TCE-BA - 2010) A comprova•‹o da improbidade


administrativa, que poder‡ ser declarada tanto pela via judicial quanto
por processo administrativo, gera a perda dos direitos pol’ticos, que
somente poder‹o ser readquiridos por meio de a•‹o rescis—ria.

Coment‡rios:

A comprova•‹o da improbidade administrativa Ž causa de suspens‹o, n‹o de


perda dos direitos pol’ticos. Quest‹o errada.

57. (CESPE / TRE-BA - 2010) Os conscritos, durante o per’odo do


servi•o militar obrigat—rio, s‹o inalist‡veis e ineleg’veis.

Coment‡rios:

Determina a Constitui•‹o que s‹o ineleg’veis os inalist‡veis (art. 14., ¤ 4¼,


CF). Como os conscritos, durante o servi•o militar obrigat—rio, s‹o inalist‡veis
(art. 14, ¤ 2¼, CF), s‹o, por consequ•ncia, tambŽm ineleg’veis. Quest‹o
correta.

58. (CESPE / TJ-DFT - 2007) S‹o ineleg’veis os inalist‡veis.

Coment‡rios:

ƒ o que disp›e a Carta da Repœblica em seu art. 14., ¤ 4¼, CF. Quest‹o
correta.

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59. (CESPE / MPE-SE - 2010) O militar somente pode ser candidato a


cargo eletivo se possuir mais de dez anos de servi•o.

Coment‡rios:

Todos os militares alist‡veis s‹o eleg’veis. Caso o militar tenha mais de 10


anos de servi•o, ser‡ agregado pela autoridade superior e, se eleito, passar‡
automaticamente, no ato da diploma•‹o, para a inatividade. Quest‹o errada.

60. (CESPE / DPU - 2010) ƒ eleg’vel o militar com mais de 10 anos de


servi•o, desde que seja agregado pela autoridade superior.

Coment‡rios:

Se o militar contar mais de dez anos de servi•o, para ser eleg’vel dever‡ ser‡
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no
ato da diploma•‹o, para a inatividade (art. 14, ¤ 8¼, CF). Quest‹o correta.

61. (CESPE / TRE-MG - 2009) N‹o Ž considerado eleg’vel o nacional


que esteja submetido ˆ suspens‹o ou ˆ perda de direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

De fato, nesses casos o nacional n‹o Ž eleg’vel, uma vez que n‹o est‡ em
pleno exerc’cio de seus direitos pol’ticos, condi•‹o de elegibilidade (art. 14, ¤
3¼, CF). Quest‹o correta.

62. (CESPE / TRE-MT - 2010) Caso um cidad‹o com trinta anos de


idade, militar com oito anos de servi•os prestados, pretenda se
candidatar nas pr—ximas elei•›es, ele dever‡ ser afastado
temporariamente pela autoridade superior e, se eleito, passar‡,
automaticamente, no ato da diploma•‹o, para a inatividade.

Coment‡rios:

Nesse caso, como o militar tem menos de 10 anos de servi•o, dever‡ se


afastar da atividade. Quest‹o errada.

63. (CESPE / TRE-MA - 2009) Caso um brasileiro, militar h‡ 12 anos,


pretenda candidatar-se a deputado estadual nas pr—ximas elei•›es,
ent‹o, para concorrer ao cargo eletivo, a CF exige somente que ele se
afaste da atividade.

Coment‡rios:

Nesse caso, por contar mais de dez anos de servi•o, esse militar ser‡ agregado
pela autoridade superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da
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diploma•‹o, para a inatividade (art. 14, ¤ 8¼, II, CF). N‹o se exige que ele
se afaste da atividade: essa exig•ncia s— ocorre para os militares com
menos de dez anos de servi•o (art. 14, ¤ 8¼, I, CF). Quest‹o errada.

64. (CESPE / TCE-ES - 2009) A capacidade eleitoral ativa Ž suficiente


para a aquisi•‹o da capacidade eleitoral passiva.

Coment‡rios:

Outros requisitos necessitam ser cumpridos para a aquisi•‹o da capacidade


eleitoral passiva: algumas condi•›es de elegibilidade e a n‹o incid•ncia em
qualquer das inelegibilidades. Quest‹o errada.

65. (CESPE / TCE-ES - 2009) S‹o relativamente ineleg’veis os


inalist‡veis e os analfabetos.

Coment‡rios:

Para os inalist‡veis e os analfabetos, a inelegibilidade Ž absoluta. Quest‹o


errada.

66. (CESPE / MPE-RN - 2009) Os analfabetos s‹o inalist‡veis e


ineleg’veis.

Coment‡rios:

De fato, os analfabetos s‹o ineleg’veis (art. 14, ¤ 4¼, CF). Entretanto, t•m
alistamento e voto facultativos (art. 14, ¤ 1¼, II, ÒaÓ, CF). Quest‹o errada.

67. (CESPE / TRE-MG - 2009) Os analfabetos s‹o alist‡veis, raz‹o


pela qual disp›em de capacidade para votar e ser votado.

Coment‡rios:

Os analfabetos s‹o, de fato, alist‡veis, podendo votar (art. 14, ¤ 1¼, II, ÒaÓ,
CF). Entretanto, s‹o ineleg’veis, n‹o podendo ser votados (art. 14, ¤ 4¼, CF).
Quest‹o errada.

68. (CESPE / DPU - 2010) A cassa•‹o dos direitos pol’ticos Ž admitida


em casos de crime de responsabilidade, desde que dado o direito de
ampla defesa e contradit—rio ao indiciado pelo referido crime.

Coment‡rios:

A cassa•‹o de direitos pol’ticos Ž vedada no ordenamento jur’dico brasileiro


(art. 15, ÒcaputÓ, CF). Quest‹o errada.

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69. (CESPE / MPE-SE - 2010) Mesmo que j‡ sejam detentores de


mandato eletivo ou candidatos ˆ reelei•‹o, s‹o absolutamente
ineleg’veis o c™njuge e os parentes consangu’neos ou afins, atŽ o
segundo grau ou por ado•‹o, do presidente da Repœblica, do
governador de estado, do prefeito ou de quem os haja substitu’do
dentro dos seis meses anteriores ao pleito.

Coment‡rios:

Nesse caso, o detentor de cargo eletivo candidato ˆ reelei•‹o Ž, sim, eleg’vel,


por for•a do art. 14, ¤ 7¼, da CF/88. Quest‹o errada.

70. (CESPE / MPE-SE - 2010) Para concorrer ˆ reelei•‹o, os


detentores de cargos eletivos no Poder Executivo n‹o precisam
renunciar ao mandato.

Coment‡rios:

Apenas para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repœblica, os


Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos atŽ seis meses antes do pleito (art. 14, ¤ 6¼, CF).
Para concorrerem ˆ reelei•‹o, n‹o h‡ tal exig•ncia. Quest‹o correta.

71. (CESPE / TRE-MG - 2009) Para concorrerem a outros cargos, o


presidente da Repœblica, os governadores de estado e do Distrito
Federal e os prefeitos n‹o precisam renunciar aos respectivos
mandatos antes do pleito.

Coment‡rios:

Nada disso! De acordo com a Constitui•‹o, para concorrerem a outros


cargos, o Presidente da Repœblica, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos atŽ seis
meses antes do pleito (art. 14, ¤ 6¼, CF). Para concorrerem ˆ reelei•‹o, n‹o h‡
tal exig•ncia. Quest‹o errada.

72. (CESPE / TRE-MT - 2010) Um cidad‹o com dezoito anos de idade,


boliviano naturalizado brasileiro, n‹o pode candidatar-se a vereador
em uma pequena cidade do interior de um estado brasileiro, por faltar-
lhe capacidade eleitoral passiva.

Coment‡rios:

Nesse caso, foram cumpridas as condi•›es para a elegibilidade, uma vez que
houve a naturaliza•‹o e h‡ pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos, por se tratar
de um cidad‹o. TambŽm o requisito de idade m’nima (18 anos) foi obedecido.

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Assim, considerando que o enunciado n‹o traz nenhuma condi•‹o de


inelegibilidade, deduz-se que esse cidad‹o Ž, sim, eleg’vel. Quest‹o errada.

73. (CESPE / TRE-MT - 2010) Ao governador de determinado estado


da Federa•‹o que pretenda candidatar-se a deputado federal nas
pr—ximas elei•›es n‹o se exigir‡ a desincompatibiliza•‹o do cargo,
visto que se trata de elei•‹o para outro cargo pœblico.

Coment‡rios:

Determina o ¤ 6¼ do art. 14 da Constitui•‹o que para concorrerem a outros


cargos, o Presidente da Repœblica, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos atŽ seis
meses antes do pleito. Exige-se, portanto, a desincompatibiliza•‹o. Quest‹o
errada.

74. (CESPE / MPE-RN - 2009) O presidente da Repœblica, os


governadores de estado e do DF e os prefeitos, caso desejem
concorrer a outros cargos, devem renunciar aos respectivos mandatos
atŽ seis meses antes do pleito.

Coment‡rios:

ƒ o que determina o 6¼ do art. 14 da Constitui•‹o. Quest‹o correta.

75. (CESPE / TRE-MT - 2010) A a•‹o de impugna•‹o de mandato


tramitar‡ em segredo de justi•a, devendo o autor responder, na forma
da lei, se temer‡ria ou de manifesta m‡-fŽ.

Coment‡rios:

ƒ o que determina o ¤ 11 do art. 14 da Constitui•‹o. Quest‹o correta.

76. (CESPE / TRE-MT - 2010) A CF pro’be aos militares, enquanto


estiverem em servi•o ativo, a filia•‹o a partidos pol’ticos, raz‹o pela
qual os membros das For•as Armadas n‹o podem ser candidatos a
cargo eletivo, salvo se, em qualquer circunst‰ncia, afastarem-se
definitivamente da atividade militar que desenvolvem.

Coment‡rios:

De fato, Ž proibido ao militar se filiar a partido politico. Entretanto, o militar


pode, sim, se candidatar a cargo eletivo, cumpridas as condi•›es do ¤ 8¼ do
art. 14 da CF/88. O TSE determinou que, caso o militar venha a candidatar-se,
a aus•ncia de prŽvia filia•‹o partid‡ria (uma das condi•›es de elegibilidade)
ser‡ suprida pelo registro da candidatura apresentada pelo partido pol’tico e
autorizada pelo candidato. Quest‹o errada.
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77. (CESPE / TCE-ES - 2009) A condena•‹o criminal com tr‰nsito em


julgado configura hip—tese de perda dos direitos pol’ticos.

Coment‡rios:

A condena•‹o criminal transitada em julgado Ž hip—tese de suspens‹o dos


direitos pol’ticos. Quest‹o errada.

78. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) A condena•‹o criminal com


tr‰nsito em julgado ensejar‡ a perda dos direitos pol’ticos do
condenado.

Coment‡rios:

Essa Ž uma quest‹o recorrente do CESPE. N‹o custa repetir: a condena•‹o


criminal transitada em julgado Ž hip—tese de suspens‹o dos direitos pol’ticos.
Quest‹o errada.

79. (CESPE / TRE-MT - 2010) A lei que alterar o processo eleitoral


entrar‡ em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o
que ocorrer atŽ seis meses antes da data de sua vig•ncia.

Coment‡rios:

Reza o art. 16 da Constitui•‹o que a lei que alterar o processo eleitoral entrar‡
em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o que ocorra
atŽ um ano da data de sua vig•ncia. Quest‹o errada.

80. (CESPE / TCE-ES - 2009) Lei complementar Ž a œnica espŽcie


normativa autorizada pela CF para disciplinar a cria•‹o de outros casos
de inelegibilidade relativa, alŽm dos j‡ previstos na pr—pria CF.

Coment‡rios:

ƒ o que determina o art. 14, ¤ 9¼, da Constitui•‹o. Quest‹o correta.

81. (CESPE / TRE-MA - 2009) Se um brasileiro, estudante, tem 20


anos de idade, milita por determinado partido pol’tico e est‡ no pleno
exerc’cio dos seus direitos pol’ticos, ent‹o, nesse caso, a CF permite
que ele se candidate a vereador do munic’pio do seu domic’lio
eleitoral.

Coment‡rios:

Esse brasileiro n‹o incorre em nenhuma inelegibilidade. Tem idade maior do


que a m’nima exigida para os vereadores (art. 14, ¤ 3¼, VI, ÒdÓ, CF) e est‡ em
pleno gozo de seus direitos pol’ticos. Quest‹o correta.
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82. (CESPE / TRE-MS - 2013) A lei que alterar o processo eleitoral e


os casos de inelegibilidade ter‡ aplica•‹o imediata, por for•a do
princ’pio da probidade administrativa.

Coment‡rios:

Reza o art. 16 da Constitui•‹o que a lei que alterar o processo eleitoral entrar‡
em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o que ocorra
atŽ um ano da data de sua vig•ncia. N‹o h‡, portanto, aplicabilidade
imediata da lei nesse caso. Quest‹o errada.

2. Partidos Pol’ticos

83. (CESPE / TRF 1a Regi‹oÐ 2017) Os partidos pol’ticos possuem


autonomia para definir sua estrutura interna, sua organiza•‹o e seu
funcionamento, sendo-lhes facultada a vincula•‹o entre candidaturas
em ‰mbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

Coment‡rios:

Os partidos pol’ticos gozam de autonomia para definir sua estrutura interna,


sua organiza•‹o e funcionamento, bem como o regime de suas coliga•›es.
Desde a EC n¼ 56/2006, n‹o Ž obrigat—ria a simetria das coliga•›es em ‰mbito
nacional, estadual e municipal. Pode-se dizer, portanto, que Ž facultada a
vincula•‹o entre candidaturas em ‰mbito nacional, estadual, distrital ou
municipal. Quest‹o correta.

84. (CESPE / TRE-PE - 2017) De acordo com o que estabelece a


Constitui•‹o Federal de 1988 (CF), os partidos pol’ticos:

a) podem receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros.

b) n‹o s‹o obrigados a registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral,


se, antes, eles adquirem personalidade jur’dica.

c) podem utilizar organiza•‹o paramilitar.

d) t•m autonomia para definir sua estrutura interna, sua organiza•‹o e seu
funcionamento.

e) t•m, em regra, de pagar pelo acesso ao r‡dio e ˆ televis‹o.

Coment‡rios:

Letra A: errada. A Carta Magna veda que os partidos pol’ticos recebam


recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros (art. 17, II, CF).

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Letra B: errada. A Constitui•‹o exige que os partidos pol’ticos, ap—s


adquirirem personalidade jur’dica, registrem seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral (art. 17, ¤ 2o, CF).

Letra C: errada. ƒ vedado aos partidos pol’ticos utilizar organiza•‹o paramilitar


(art. 17, ¤ 4o, CF).

Letra D: correta. Tal autonomia Ž assegurada pelo art. 17, ¤ 1o, da


Constitui•‹o Federal.

Letra E: errada. Os partidos pol’ticos t•m direito a acesso gratuito ao r‡dio e ˆ


televis‹o, na forma da lei (art. 17, ¤ 3o, CF).

O gabarito Ž a letra D.

85. (CESPE / TRT 8a Regi‹o Ð 2016) Assinale a op•‹o correta acerca


do que disp›e a CF sobre partidos pol’ticos.

a) ƒ inconstitucional, por ofensa ao pluripartidarismo e ao pluralismo pol’tico, a


fixa•‹o de proporcionalidade entre a representatividade partid‡ria e a
distribui•‹o do fundo partid‡rio e do tempo na televis‹o e no r‡dio.

b) A exig•ncia de car‡ter nacional dos partidos pol’ticos visa resguardar o


princ’pio federativo da unidade nacional.

c) A veda•‹o ˆ utiliza•‹o de organiza•‹o paramilitar n‹o obsta que os partidos,


em raz‹o da autonomia que lhe Ž constitucionalmente assegurada,
convencionem indument‡ria uniformizada ou que estabele•am, em seu ‰mbito
interno, rela•‹o de comando e obedi•ncia baseada em hierarquia r’gida e
fidelidade partid‡ria.

d) Os partidos pol’ticos possuem personalidade jur’dica de direito pœblico.

e) A previs‹o constitucional de que a lei regrar‡ a fun•‹o parlamentar autoriza


o estabelecimento, pela legisla•‹o infraconstitucional, de padr›es m’nimos de
desempenho eleitoral como condi•‹o para funcionamento do partido nas casas
legislativas.

Coment‡rios:

Letra A: errada. Os partidos pol’ticos t•m direito a recursos do fundo partid‡rio


e acesso gratuito ao r‡dio e ˆ televis‹o, na forma da lei (art. 17, ¤ 3¼, CF/88).
ƒ constitucional a norma que estabele•a que os recursos do fundo partid‡rio
e a acesso gratuito ao r‡dio e ˆ televis‹o ser‹o proporcionais ˆ
representatividade partid‡ria.

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Letra B: correta. Os partidos pol’ticos devem ter car‡ter nacional. Isso visa
resguardar a unidade nacional. O surgimento de ideologias regionais pode
representar um risco ˆ federa•‹o, na medida em que pode incentivar
movimentos separatistas.

Letra C: errada. Segundo o art. 17, ¤ 4¼, CF/88, ÒŽ vedada a utiliza•‹o pelos
partidos pol’ticos de organiza•‹o paramilitarÓ. O uso de uniformes e
rela•›es de comando e obedi•ncia baseadas em hierarquia e disciplina
caracteriza s‹o tra•os caracter’sticos de uma organiza•‹o paramilitar.

Letra D: errada. Os partidos pol’ticos s‹o pessoas jur’dicas de direito privado.

Letra E: errada. A "cl‡usula de barreiraÓ Ž considerada inconstitucional pelo


STF. Cl‡usula de barreira Ž regra que condiciona o funcionamento de partido
pol’tico a padr›es m’nimos de desempenho eleitoral.

O gabarito Ž a letra B.

86. (CESPE / TRT 8a Regi‹o Ð 2016) A CF assegura personalidade


jur’dica aos partidos pol’ticos, na forma da lei, alŽm de estabelecer as
san•›es cab’veis no caso de indisciplina partid‡ria, que podem ser
tanto a advert•ncia quanto a perda do mandato.

Coment‡rios:

De fato, a CF/88 assegura personalidade jur’dica aos partidos pol’ticos.


Todavia, diferentemente do que diz a quest‹o, a Carta Magna n‹o estabelece
as san•›es cab’veis no caso de indisciplina partid‡ria. Trata-se de
matŽria disciplinada em lei (Lei no 9096/95 - Lei dos Partidos Pol’ticos).
Quest‹o errada.

87. (CESPE / TRF 1a Regi‹o Ð 2015) Os partidos pol’ticos s‹o pessoas


jur’dicas de direito pœblico cuja personalidade jur’dica se consuma
ap—s o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Coment‡rios:

Os partidos pol’ticos adquirem personalidade jur’dica com a inscri•‹o do ato


constitutivo no registro. Com o registro do estatuto no TSE, o partido adquire
capacidade pol’tica. Quest‹o errada.

88. (CESPE / TRE-GO Ð 2015) O direito de antena, previsto pela


Constitui•‹o Federal (CF), assegura aos partidos pol’ticos a
propaganda partid‡ria mediante o acesso gratuito ao r‡dio e ˆ
televis‹o, na forma da lei.

Coment‡rios:
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O Òdireito de antenaÓ consiste no acesso gratuito dos partidos pol’ticos ao r‡dio


e ˆ televis‹o. Quest‹o correta.

89. (CESPE / TRE-GO Ð 2015) Em respeito ˆ autonomia dos entes da


Federa•‹o, a Constitui•‹o Federal autoriza a cria•‹o de partido pol’tico
estadual, desde que seja feito o devido registro dos estatutos do
partido no tribunal regional eleitoral correspondente no prazo legal.

Coment‡rios:

Os partidos pol’ticos devem ter car‡ter nacional (art. 17, I, CF/88). N‹o h‡ que
se falar, portanto, em partido pol’tico estadual. Quest‹o errada.

90. (CESPE/ ANTAQ Ð 2014) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica mediante o registro de seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral.

Coment‡rios:

A aquisi•‹o de personalidade jur’dica pelos partidos pol’ticos se d‡ antes do


registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Ela ocorre mediante
registro do seu estatuto no Cart—rio de Registro Civil competente (art. 17, ¤ 2o,
CF). Quest‹o errada.

91. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF autoriza a cria•‹o de partido


pol’tico de car‡ter regional, mas condiciona essa cria•‹o ao registro
dos estatutos da agremia•‹o pol’tica no TRE.

Coment‡rios:

A Constitui•‹o Federal apenas permite a cria•‹o de partidos pol’ticos de


car‡ter nacional. Quest‹o errada.

92. (CESPE / TRF 2» Regi‹o - 2013) Embora se caracterizem como


pessoas jur’dicas de direito privado, os partidos pol’ticos s— adquirem
personalidade jur’dica ap—s o registro de seus estatutos no tribunal
regional eleitoral do estado em que estejam sediados.

Coment‡rios:

A aquisi•‹o de personalidade jur’dica pelos partidos pol’ticos se d‡ com a


inscri•‹o do ato constitutivo no respectivo registro. Somente ap—s adquirida
personalidade jur’dica Ž que o partido pol’tico ir‡ registrar seus estatutos no
TSE, passando a ter, a partir da’, capacidade pol’tica. Quest‹o errada.

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93. (CESPE / TRE-ES - 2011) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica mediante o registro de seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Coment‡rios:

A aquisi•‹o da personalidade jur’dica pelos partidos pol’ticos se d‡ com a


inscri•‹o do ato constitutivo no respectivo registro. S— depois Ž lavrado o
registro dos seus estatutos no TSE. Quest‹o errada.

94. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica com registro dos seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.

Coment‡rios:

A aquisi•‹o da personalidade jur’dica pelos partidos pol’ticos se d‡ com a


inscri•‹o do ato constitutivo no respectivo registro. S— depois Ž lavrado o
registro dos seus estatutos no TSE. Quest‹o errada.

95. (CESPE / TRE-MT - 2010) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica na forma da lei civil, devendo, ap—s isso,
registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Coment‡rios:

ƒ o que determina o ¤ 2¼ do art. 17 da Carta Magna. Ap—s o Cart—rio de


Registros de T’tulos e Documentos aferir se os requisitos legais foram
respeitados, resta lavrar o registro dos estatutos do partido pol’tico no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Quest‹o correta.

96. (CESPE / MPE-RN - 2009) Os partidos pol’ticos n‹o s‹o dotados


de personalidade jur’dica, porŽm seus estatutos devem ser registrados
no Tribunal Superior Eleitoral.

Coment‡rios:

Os partidos pol’ticos possuem, sim, personalidade jur’dica. Quest‹o errada.

97. (CESPE / OAB - 2009) A CF consagra o princ’pio da liberdade


partid‡ria de modo ilimitado e irrestrito, n‹o admitindo condicionantes
para a cria•‹o, fus‹o, incorpora•‹o e extin•‹o dos partidos pol’ticos.

Coment‡rios:

A cria•‹o, fus‹o, incorpora•‹o e extin•‹o de partidos pol’ticos dever‹o, sim,


obedecer a condicionantes. S‹o eles a soberania nacional, o regime
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democr‡tico, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana


e v‡rios outros preceitos estabelecidos pelo art. 17, incisos, da Constitui•‹o.
Quest‹o errada.

98. (CESPE / OAB - 2009) Os partidos pol’ticos somente adquirem


personalidade jur’dica ap—s duplo registro: no registro civil das
pessoas jur’dicas e no tribunal regional eleitoral do estado em que
est‹o sediados.

Coment‡rios:

A personalidade dos partidos pol’ticos Ž adquirida na forma da lei civil. No TSE,


ocorre apenas o registro de seus estatutos. Quest‹o errada.

99. (CESPE / OAB - 2009) Somente os partidos com representa•‹o no


Congresso Nacional podem usufruir dos recursos do fundo partid‡rio e
ter acesso gratuito ao r‡dio e ˆ televis‹o, na forma da lei.

Coment‡rios:

O ¤ 3¼ do art. 17 da Constitui•‹o estende esse direito a todos os partidos


pol’ticos. Quest‹o errada.

100. (CESPE / TJ-AC - 2002) Um partido pol’tico criado em 1992 e que


defenda interesses de trabalhadores poder‡ receber recursos
financeiros de governo estrangeiro que tiver representa•‹o
diplom‡tica no Brasil.

Coment‡rios:

A Constitui•‹o veda o recebimento de recursos financeiros de entidade ou


governo estrangeiros ou de subordina•‹o a estes pelos partidos pol’ticos (art.
17, II, CF). Quest‹o errada.

101. (CESPE / TJ-AC - 2002) Os partidos pol’ticos podem se utilizar de


organiza•‹o paramilitar para defini•‹o de suas fun•›es ideol—gicas e
de sua estrutura interna.

Coment‡rios:

A CF/88 veda a utiliza•‹o pelos partidos pol’ticos de organiza•‹o paramilitar


(art. 17, ¤ 4¼, CF). Quest‹o errada.

102. (CESPE / TJ-AC - 2002) Partidos pol’ticos, sejam eles integrantes


ou n‹o da bancada governista, t•m acesso gratuito ˆ televis‹o na
forma da lei.

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Coment‡rios:

De fato, esse acesso Ž garantido pela Constitui•‹o em seu art. 17, ¤ 3¼.
Quest‹o correta.

103. (CESPE / TJ-AC - 2002) Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.


O presidente de um partido pol’tico tentou registrar o estatuto da sua
agremia•‹o pol’tica no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre, onde
recebeu a informa•‹o de que tal registro deveria ser feito no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Nessa situa•‹o, foi correta a informa•‹o
prestada pelo TRE.

Coment‡rios:

De fato, o registro do partido pol’tico dever‡ ser feito no TSE, conforme art.
17, ¤ 2¼, CF. Quest‹o correta.

104. (CESPE / TJ-AC - 2002) Para a cria•‹o de um partido pol’tico,


deve-se observar, sempre, o respeito aos direitos fundamentais da
pessoa humana.

Coment‡rios:

ƒ o que determina o art. 17, ÒcaputÓ, da Constitui•‹o. Quest‹o correta.

105. (CESPE / TRE-MG - 2009) Os partidos pol’ticos t•m autonomia


para a defini•‹o de sua estrutura interna, sua organiza•‹o e seu
funcionamento, bem como para o recebimento de recursos financeiros
de proced•ncia estrangeira.

Coment‡rios:

De fato, os partidos pol’ticos t•m autonomia para definir sua estrutura


interna, organiza•‹o e funcionamento e para adotar os critŽrios de escolha e o
regime de suas coliga•›es eleitorais (art. 17, ¤ 1¼, CF). Entretanto,
diferentemente do que diz o enunciado, Ž vedado aos partidos pol’ticos o
recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou
de subordina•‹o a estes (art. 17, II, CF). Quest‹o errada.

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Lista de Quest›es
1. Direitos Pol’ticos

1. (CESPE / TRF 1a Regi‹o Ð 2017) C™njuge de governador de


determinado estado ser‡ ineleg’vel nesse mesmo estado, salvo se a
sociedade ou o v’nculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato.
2. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) A respeito dos direitos e das garantias
fundamentais, julgue os seguintes itens.

I Ð Conforme a Constitui•‹o Federal de 1988, Ž cab’vel o ajuizamento de


mandado de injun•‹o no caso de omiss‹o legislativa inconstitucional que
inviabilize o exerc’cio do direito de sufr‡gio.

II Ð Perder‡ os direitos pol’ticos o cidad‹o que alegar convic•›es pol’ticas para


deixar de prestar o servi•o militar obrigat—rio e que se recusar a cumprir
presta•‹o alternativa fixada em lei.

III Ð ƒ vedada a candidatura ao cargo de governador a cidad‹o naturalizado


brasileiro, por se tratar de cargo privativo de brasileiro nato.

Assinale a op•‹o correta.

a) Apenas o item I est‡ certo.

b) Apenas o item II est‡ certo.

c) Apenas os itens I e III est‹o certos.

d) Apenas os itens II e III est‹o certos.

e) Todos os itens est‹o certos.

3. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) O presidente da Repœblica,


fundamentando-se no argumento de que o exerc’cio dos direitos
pol’ticos n‹o deve ser imposto pelo Estado, pretende extinguir o voto
obrigat—rio para os cidad‹os com idade entre dezoito e setenta anos
nas elei•›es de cargos eletivos do Poder Legislativo e do Poder
Executivo e implementar o voto facultativo.

Nesse caso, a implementa•‹o do voto facultativo dever‡ ocorrer por

a) lei complementar.

b) medida provis—ria.

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c) lei ordin‡ria.

d) emenda constitucional.

e) decreto legislativo.

4. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) Acerca das normas constitucionais que


regem os direitos pol’ticos e os partidos pol’ticos, assinale a op•‹o
correta, conforme a Constitui•‹o Federal de 1988 e o entendimento do
Supremo Tribunal Federal.

a) ƒ ineleg’vel para cargo de vereador ex-c™njuge de governador do estado,


ainda que se trate de reelei•‹o e a dissolu•‹o do v’nculo conjugal tenha
ocorrido antes do in’cio do mandato de governador.

b) N‹o se aplica a regra da perda de mandato por infidelidade partid‡ria a


governador que, depois de eleito pelo sistema majorit‡rio, resolva mudar de
partido pol’tico.

c) A condena•‹o de servidor pœblico federal por ato de improbidade


administrativa n‹o impede sua candidatura ao cargo de deputado federal, uma
vez que tal situa•‹o n‹o se inclui entre as hip—teses de suspens‹o de direitos
pol’ticos.

d) O voto Ž obrigat—rio para o cidad‹o brasileiro naturalizado que seja


analfabeto.

e) A•‹o para impugna•‹o do mandato de prefeito eleito gra•as a esquema de


compra de votos deve ser ajuizada na justi•a federal, dentro do prazo de seis
meses, e instru’da com provas do abuso do poder econ™mico.

5. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) Ao ser procurada para responder


pesquisa relativa ˆs elei•›es estaduais, Maria Lœcia, professora
aposentada, ent‹o com sessenta e seis anos de idade, recusou-se a
responder aos questionamentos e alegou que, por ser idosa, n‹o era
mais obrigada a votar. Assim, afirmou que, como tem a inten•‹o de
utilizar essa prerrogativa, sua opini‹o quanto aos candidatos n‹o seria
relevante ˆ pesquisa.

Nessa situa•‹o hipotŽtica, ˆ luz da Constitui•‹o Federal de 1988, o


entendimento de Maria Lœcia est‡:

a) equivocado, porque o voto Ž facultativo apenas para os analfabetos.

b) equivocado, porque, para cidad‹os com a sua idade, o voto Ž obrigat—rio.

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c) correto, porque a sua idade faz presumir a incapacidade civil absoluta, o que
acarreta a perda de direitos pol’ticos.

d) correto, tendo em vista que a sua situa•‹o de idosa lhe garante o voto
facultativo.

e) correto, porque a aposentadoria torna seu voto facultativo.

6. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) Vincent, cidad‹o holand•s naturalizado


brasileiro, conseguiu, por determina•‹o judicial definitiva, o
cancelamento de naturaliza•‹o e, ent‹o, regressou ˆ Holanda. Tempos
depois, j‡ com trinta e dois anos de idade, ele foi convidado por um
partido pol’tico nacional a concorrer ao cargo de deputado estadual de
um estado da Federa•‹o brasileira.

Nessa situa•‹o hipotŽtica, de acordo com os preceitos constitucionais,


Vincent ser‡:

a) eleg’vel, caso se candidate no estado da Federa•‹o no qual residiu atŽ


conseguir seu direito ˆ naturaliza•‹o.

b) ineleg’vel, porque o cancelamento judicial da naturaliza•‹o afasta-lhe o


pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos.

c) eleg’vel, desde que sua condi•‹o de brasileiro naturalizado tenha sido


superior a cinco anos.

d) eleg’vel, desde que ele comprove seu domic’lio eleitoral em qualquer estado
da Federa•‹o.

e) ineleg’vel, porque ainda n‹o tem a idade m’nima para o exerc’cio do cargo
de deputado estadual no Brasil, que Ž de trinta e cinco anos.

7. (CESPE / TRE-BA Ð 2017) A Constitui•‹o Federal de 1988


estabelece que Òtodo o poder emana do povoÓ, que pode exerc•-lo
diretamente. Nesse sentido, o instrumento constitucional que
materializa uma consequ•ncia advinda do princ’pio invocado Ž o (a)Ó

a) plebiscito

b) filia•‹o partid‡ria

c) greve

d) alistamento militar.

e) livre express‹o da atividade intelectual.


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8. (CESPE / TRE-PE - 2017) De acordo com a Constitui•‹o Federal


de 1988 (CF), a perda ou a suspens‹o dos direitos pol’ticos se dar‡ em
caso de

a) condena•‹o criminal por decis‹o de tribunal contra a qual caiba recurso.

b) incapacidade civil relativa.

c) condena•‹o em a•‹o de improbidade administrativa, nos termos da lei.

d) cancelamento da naturaliza•‹o por decis‹o judicial de primeira inst‰ncia.

e) condena•‹o criminal por decis‹o judicial de primeira inst‰ncia.

9. (CESPE / TRE-PE - 2017) O alistamento eleitoral e o voto s‹o


obrigat—rios para:

a) maiores de dezesseis e menores de dezoito anos de idade.

b) analfabetos.

c) maiores de setenta anos de idade.

d) maiores de setenta e cinco anos de idade.

e) maiores de dezoito anos de idade.

10. (CESPE / TCE-PR Ð 2016) Com base na jurisprud•ncia do STF,


assinale a op•‹o correta a respeito dos direitos pol’ticos.

a) O princ’pio da anterioridade da lei eleitoral subordina, inclusive, a incid•ncia


das hip—teses de inelegibilidade introduzidas por normas constitucionais
origin‡rias constantes da Constitui•‹o Federal de 1988.

b) As condi•›es de elegibilidade podem ser estabelecidas por simples lei


ordin‡ria federal, diferentemente das hip—teses de inelegibilidade, que s‹o
reservadas a lei complementar.

c) ƒ constitucional a exig•ncia legal que, independentemente da identifica•‹o


civil, condiciona o voto ˆ apresenta•‹o, pelo eleitor, do t’tulo eleitoral.

d) ƒ dos estados a compet•ncia para legislar sobre condi•›es espec’ficas de


elegibilidade dos ju’zes de paz.

e) A filia•‹o partid‡ria como condi•‹o de elegibilidade n‹o se estende aos


ju’zes de paz.

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11. (CESPE/ TJDFT Ð 2016) Considerando as interpreta•›es


doutrin‡rias e jurisprudenciais conferidas ˆs normas constitucionais
referentes aos direitos pol’ticos, assinale a op•‹o correta.

a) Os direitos pol’ticos insculpidos na Constitui•‹o possuem efic‡cia


limitada, ante a necessidade da edi•‹o de legisla•‹o infraconstitucional para
concretiz‡-los.

b) A dissolu•‹o da sociedade conjugal no curso do mandato eletivo de


governador de Estado implica a inelegibilidade de sua ex-c™njuge para o
cargo de deputado estadual na mesma unidade da Federa•‹o para o pleito
subsequente.

c) O governador do Distrito Federal que pretende se candidatar ao cargo de


deputado federal no pleito subsequente n‹o precisa se desincompatibilizar
do cargo que atualmente ocupa, uma vez que tal exig•ncia constitucional
aplica-se apenas quando o novo cargo almejado Ž disputado mediante
elei•‹o majorit‡ria.

d) O cidad‹o naturalizado brasileiro poder‡ ocupar os cargos eletivos de


deputado federal e de governador do Distrito Federal, mas n‹o poder‡ ser
eleito senador ou vice-presidente, diante de veda•‹o constitucional.

e) A capacidade eleitoral passiva limita-se ˆs restri•›es que est‹o


expressamente veiculadas na CF e a nenhum outro dispositivo legal.

12. (CESPE / TCE-PA Ð 2016) A alistabilidade, que se refere ˆ


capacidade do indiv’duo de ser eleitor, com direito de participar da
escolha dos mandat‡rios, Ž vedada aos estrangeiros e, durante o
per’odo do servi•o militar obrigat—rio, aos conscritos.

13. (CESPE / TCE-PA Ð 2016) Ser‹o cassados os direitos pol’ticos


do indiv’duo condenado criminalmente em senten•a transitada em
julgado.

14. (CESPE / Delegado PC-PE Ð 2016) Embora a CF vede a cassa•‹o


de direitos pol’ticos, ela prev• casos em que estes poder‹o ser
suspensos ou atŽ mesmo perdidos.

15. (CESPE / TRT 8a Regi‹o Ð 2016) Devem ser cassados, na forma


prevista em lei, os direitos pol’ticos de governador condenado em
senten•a transitada em julgado por ato de improbidade
administrativa.

16. (CESPE/ TRE-PI Ð 2016) Em rela•‹o aos direitos pol’ticos, o


mandado de seguran•a coletivo e o habeas corpus s‹o formas de
exerc’cio direto da soberania popular, como previsto na CF.
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17. (CESPE/ TRE-PI Ð 2016) Estrangeiro de qualquer nacionalidade


pode se candidatar a cargos eletivos, com exce•‹o dos cargos para os
quais se exige a condi•‹o de brasileiro nato.

18. (CESPE/ DPU Ð 2016) Admite-se, excepcionalmente, a cassa•‹o


de direitos pol’ticos na hip—tese de condena•‹o pela pr‡tica de
improbidade administrativa.

19. (CESPE/ TRE-MT Ð 2015) Com base no que disp›e a CF acerca


dos direitos pol’ticos, assinale a op•‹o correta.

a) A capacidade eleitoral ativa consiste na possibilidade de se tornar candidato


a cargo eletivo, e se traduz no direito de ser votado.

b) De acordo com a CF, os cargos de senador da Repœblica e de deputado


federal s‹o privativos de brasileiros natos.

c) O analfabeto, embora possua o direito facultativo ao voto, n‹o poder‡ ser


eleito para o exerc’cio de nenhum mandato eletivo previsto na CF.

d) AlŽm de se manifestar no direito ao sufr‡gio universal e ao voto direto e


secreto, a soberania popular pode ser exercida por instrumentos como o
habeas corpus e o mandado de seguran•a.

e) A condena•‹o por improbidade administrativa transitada em julgado resulta


na cassa•‹o dos direitos pol’ticos, enquanto durarem seus efeitos.

20. (CESPE/ TRE-MT Ð 2015) Acerca dos princ’pios fundamentais e


dos direitos e garantias fundamentais, assinale a op•‹o correta.

a) Lei que altere o processo eleitoral poder‡ ser aplicada a pleito eletivo
realizado no ano de sua edi•‹o, desde que editada no prazo de cento e oitenta
dias anteriores ˆ elei•‹o.

b) A hip—tese de inelegibilidade em raz‹o de parentesco prevista na CF para os


cargos de prefeito e governador engloba a candidatura de c™njuges ou
parentes atŽ segundo grau em todo o territ—rio nacional, enquanto durar o
mandato.

c) Dado o princ’pio da dignidade da pessoa humana, tratado sobre direitos


humanos ratificado pelo Brasil Ž automaticamente internalizado na legisla•‹o
p‡tria como emenda constitucional.

d) Nos termos da CF, o exerc’cio da soberania popular poder‡ ser exercido


diretamente pelo povo, por meio de instrumentos como o referendo e o
plebiscito.

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e) Em decorr•ncia de aus•ncia de previs‹o constitucional, estrangeiro


residente no pa’s preso pela pol’cia por se envolver em uma briga ap—s assistir
a jogo de futebol em est‡dio n‹o poder‡ impetrar o remŽdio do habeas corpus.

21. (CESPE/ TRE-MT Ð 2015) De acordo com o disposto na CF, Ž


condi•‹o de elegibilidade

a) a idade m’nima de dezoito anos de idade para os cargos de senador,


deputado e vereador, ou de vinte e um anos de idade para os cargos de
prefeito, governador e vice-governador, presidente e vice-presidente da
Repœblica.

b) o alistamento militar.

c) a certifica•‹o de participa•‹o em entidades de assist•ncia social ou ONGs.

d) a nacionalidade brasileira ou, para o estrangeiro, a resid•ncia no Brasil.

e) o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos.

22. (CESPE / TCE-RN Ð 2015) Os direitos pol’ticos poder‹o ser


cassados na hip—tese de condena•‹o judicial transitada em julgado
por ato de improbidade administrativa.

23. (CESPE / AGU Ð 2015) Vice-governador de estado que n‹o tenha


sucedido ou substitu’do o governador durante o mandato n‹o
precisar‡ se desincompatibilizar do cargo atual no per’odo de seis
meses antes do pleito para concorrer a outro cargo eletivo.

24. (CESPE / MPOG Ð 2015) A lei que altera o processo eleitoral deve
entrar em vigor na data de sua publica•‹o e ser aplicada ˆ elei•‹o
seguinte, independentemente de quando esta ocorrer.

25. (CESPE / FUB Ð 2015) O cidad‹o condenado por improbidade


administrativa deve ser privado definitivamente de seus direitos
pol’ticos, com a perda da cidadania pol’tica.

26. (CESPE / TRF 1a Regi‹o Ð 2015) Embora n‹o se insiram entre os


direitos e garantias fundamentais previstos na CF, os direitos pol’ticos
possuem o car‡ter instrumental de prote•‹o do princ’pio democr‡tico
e investem o indiv’duo no status activae civitati.

27. (CESPE/TRE-GO 2015) Suponha que JosŽ, casado com M’riam e


prefeito de um munic’pio brasileiro, venha a falecer dois anos ap—s ter
sido eleito. Nessa situa•‹o, M’riam pode se candidatar e se eleger ao
cargo antes ocupado por seu marido nas elei•›es seguintes ao
falecimento.

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28. (CESPE/TRE-GO 2015) Caso seja publicada e passe a viger em


fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral poder‡ ser
aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse mesmo ano.

29. (CESPE/TRE-GO 2015) Nos termos da jurisprud•ncia do Supremo


Tribunal Federal, o cidad‹o que exercer dois mandatos consecutivos
como prefeito de determinado munic’pio ficar‡ ineleg’vel para cargo
da mesma natureza em qualquer outro munic’pio da Federa•‹o.

30. (CESPE/ TRE-GO Ð 2015) O ato de improbidade administrativa


praticado por servidor pœblico, quando apurado e reconhecido
mediante devido processo administrativo, resulta na cassa•‹o dos
direitos pol’ticos.

31. (CESPE / TRE-RS - 2015) Contra candidato que cometer atos


como, por exemplo, abuso de poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude
durante o processo eleitoral cabe a•‹o de impugna•‹o de mandato,
que tramitar‡ necessariamente em segredo de justi•a.

32. (CESPE / TRE-RS - 2015) O cidad‹o que possua a capacidade


eleitoral ativa tem, necessariamente, capacidade eleitoral passiva.

33. (CESPE/ DPE-RN - 2015) Embora possa filiar-se a partido


pol’tico, o militar em servi•o na ativa n‹o Ž eleg’vel.

34. (CESPE/TJ CE/ TJAA Ð 2014) No que se refere a direitos pol’ticos


dispostos na CF, assinale a op•‹o correta.

a) Para ser eleito vereador Ž preciso ter, no m’nimo, 21 anos de idade.


b) ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos.
c) Os brasileiros naturalizados podem votar, mas n‹o podem concorrer a
cargo eletivo.
d) O alistamento eleitoral e o voto s‹o obrigat—rios para todos os brasileiros
naturalizados.
e) Os militares federais n‹o s‹o alist‡veis.

35. (CESPE/C‰mara dos Deputados Ð 2014) Considere que


determinado governador de estado esteja em seu primeiro mandato
eletivo (2011-2014) e pretenda candidatar- se ˆ reelei•‹o para o
mandato 2015-2018. Considere, ainda, que, em 2012, ele e sua esposa
tenham rompido o v’nculo conjugal. Nessa situa•‹o hipotŽtica, caso
seja confirmada a candidatura ˆ reelei•‹o, a ex-esposa n‹o poder‡
candidatar-se, no ano de 2014, ao cargo de deputada estadual no
estado em que seu ex-esposo Ž governador.

36. (CESPE/PGE BA Ð 2014) N‹o s‹o alist‡veis como eleitores nem os


estrangeiros nem os militares.

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37. (CESPE/PGE BA Ð 2014) As a•›es de impugna•‹o de mandato


eletivo tramitam necessariamente em segredo de justi•a.

38. (CESPE/ ANTAQ Ð 2014) A lei que alterar o processo eleitoral


dever‡ entrar em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando os
seus dispositivos ˆ elei•‹o que ocorrer em atŽ um ano da data de sua
vig•ncia.

39. (CESPE / TRE-MS - 2013) O plebiscito e o referendo s‹o formas


de exerc’cio indireto da soberania popular. A participa•‹o popular, em
ambos os casos, faz-se posteriormente ˆ promulga•‹o da lei.

40. (CESPE / TRF 2» Regi‹o/Juiz - 2013) No Brasil, o alistamento


eleitoral depende da iniciativa do nacional que preencha os requisitos
constitucionais e legais exigidos, n‹o havendo inscri•‹o de of’cio por
parte da autoridade judicial eleitoral.

41. (CESPE / TRE-BA - 2010) A participa•‹o indireta do povo no


poder ocorre com a representa•‹o. Nesta, o representante exerce um
mandato e n‹o fica vinculado ˆ vontade dos representados. AlŽm
disso, o eleito n‹o representa apenas os seus eleitores, mas toda a
popula•‹o de um territ—rio. Desse modo, o mandato Ž considerado
livre e geral.

42. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) ƒ vedado aos estrangeiros, ainda


que naturalizados brasileiros, o alistamento como eleitores.

43. (CESPE / TRE-MA - 2009) Em conformidade com a CF, Ž


obrigat—rio o voto para uma brasileira, analfabeta, que tenha 67 anos
de idade no dia da elei•‹o.

44. (CESPE / TRE-MG - 2009) Os estrangeiros podem alistar-se como


eleitores.

45. (CESPE / TRE-MG - 2009) N‹o s‹o alist‡veis os brasileiros


conscritos, durante o servi•o militar obrigat—rio, e os policiais
militares.

46. (CESPE / ABIN - 2010) A soberania popular Ž exercida, em regra,


por meio da democracia representativa. A Constitui•‹o Federal
brasileira consagra, tambŽm, a democracia participativa ao prever
instrumentos de participa•‹o intensa e efetiva do cidad‹o nas decis›es
governamentais.

47. (CESPE / TRE-ES - 2011) O ÒstatusÓ de cidad‹o tem duas


dimens›es: a ativa, que se traduz pela capacidade de exerc’cio do
sufr‡gio, e a passiva, traduzida pela legitima•‹o para acesso a cargos
pœblicos.
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48. (CESPE / TRE-MS - 2013) A atual CF permite candidaturas


avulsas para a presid•ncia da Repœblica, facultando aos candidatos
dirigirem-se diretamente aos eleitores sem a necessidade de filia•‹o
partid‡ria.

49. (CESPE / TRE-MS - 2013) Uma das condi•›es para concorrer em


pleitos eleitorais Ž o prŽvio alistamento eleitoral.

50. (CESPE / TRE-MS - 2013) ƒ condi•‹o de elegibilidade a idade


m’nima de trinta e cinco anos para o cargo de governador de estado.

51. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os analfabetos s‹o ineleg’veis.

52. (CESPE / TRE-MS - 2013) A a•‹o de impugna•‹o de mandato


eletivo dever‡ ser proposta na justi•a eleitoral no prazo de quinze dias
da diploma•‹o, independentemente de provas iniciais de abuso do
poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude cometida.

53. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) Considere que Petr™nio tenha


sido eleito e diplomado no cargo de prefeito de certo munic’pio no dia
1.¼/1/2008. Nessa situa•‹o hipotŽtica, o mandato eletivo de Petr™nio
poder‡ ser impugnado ante a justi•a eleitoral, no prazo de 15 dias a
contar da diploma•‹o, por meio de a•‹o instru’da com provas de abuso
do poder econ™mico, corrup•‹o ou fraude.

54. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) Suponha que Pedro, deputado


federal pelo estado X, seja filho do atual governador do mesmo estado.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, Pedro Ž ineleg’vel para concorrer ˆ
reelei•‹o para um segundo mandato parlamentar pelo referido estado.

55. (CESPE / TRE-ES - 2011) Todos os que sofrem condena•‹o


criminal com tr‰nsito em julgado est‹o com seus direitos pol’ticos
suspensos atŽ que ocorra a extin•‹o da punibilidade, como
consequ•ncia autom‡tica da senten•a condenat—ria.

56. (CESPE / TCE-BA - 2010) A comprova•‹o da improbidade


administrativa, que poder‡ ser declarada tanto pela via judicial quanto
por processo administrativo, gera a perda dos direitos pol’ticos, que
somente poder‹o ser readquiridos por meio de a•‹o rescis—ria.

57. (CESPE / TRE-BA - 2010) Os conscritos, durante o per’odo do


servi•o militar obrigat—rio, s‹o inalist‡veis e ineleg’veis.

58. (CESPE / TJ-DFT - 2007) S‹o ineleg’veis os inalist‡veis.

59. (CESPE / MPE-SE - 2010) O militar somente pode ser candidato a


cargo eletivo se possuir mais de dez anos de servi•o.

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60. (CESPE / DPU - 2010) ƒ eleg’vel o militar com mais de 10 anos de


servi•o, desde que seja agregado pela autoridade superior.

61. (CESPE / TRE-MG - 2009) N‹o Ž considerado eleg’vel o nacional


que esteja submetido ˆ suspens‹o ou ˆ perda de direitos pol’ticos.

62. (CESPE / TRE-MT - 2010) Caso um cidad‹o com trinta anos de


idade, militar com oito anos de servi•os prestados, pretenda se
candidatar nas pr—ximas elei•›es, ele dever‡ ser afastado
temporariamente pela autoridade superior e, se eleito, passar‡,
automaticamente, no ato da diploma•‹o, para a inatividade.

63. (CESPE / TRE-MA - 2009) Caso um brasileiro, militar h‡ 12 anos,


pretenda candidatar-se a deputado estadual nas pr—ximas elei•›es,
ent‹o, para concorrer ao cargo eletivo, a CF exige somente que ele se
afaste da atividade.

64. (CESPE / TCE-ES - 2009) A capacidade eleitoral ativa Ž suficiente


para a aquisi•‹o da capacidade eleitoral passiva.

65. (CESPE / TCE-ES - 2009) S‹o relativamente ineleg’veis os


inalist‡veis e os analfabetos.

66. (CESPE / MPE-RN - 2009) Os analfabetos s‹o inalist‡veis e


ineleg’veis.

67. (CESPE / TRE-MG - 2009) Os analfabetos s‹o alist‡veis, raz‹o


pela qual disp›em de capacidade para votar e ser votado.

68. (CESPE / DPU - 2010) A cassa•‹o dos direitos pol’ticos Ž admitida


em casos de crime de responsabilidade, desde que dado o direito de
ampla defesa e contradit—rio ao indiciado pelo referido crime.

69. (CESPE / MPE-SE - 2010) Mesmo que j‡ sejam detentores de


mandato eletivo ou candidatos ˆ reelei•‹o, s‹o absolutamente
ineleg’veis o c™njuge e os parentes consangu’neos ou afins, atŽ o
segundo grau ou por ado•‹o, do presidente da Repœblica, do
governador de estado, do prefeito ou de quem os haja substitu’do
dentro dos seis meses anteriores ao pleito.

70. (CESPE / MPE-SE - 2010) Para concorrer ˆ reelei•‹o, os


detentores de cargos eletivos no Poder Executivo n‹o precisam
renunciar ao mandato.

71. (CESPE / TRE-MG - 2009) Para concorrerem a outros cargos, o


presidente da Repœblica, os governadores de estado e do Distrito
Federal e os prefeitos n‹o precisam renunciar aos respectivos
mandatos antes do pleito.
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72. (CESPE / TRE-MT - 2010) Um cidad‹o com dezoito anos de idade,


boliviano naturalizado brasileiro, n‹o pode candidatar-se a vereador
em uma pequena cidade do interior de um estado brasileiro, por faltar-
lhe capacidade eleitoral passiva.

73. (CESPE / TRE-MT - 2010) Ao governador de determinado estado


da Federa•‹o que pretenda candidatar-se a deputado federal nas
pr—ximas elei•›es n‹o se exigir‡ a desincompatibiliza•‹o do cargo,
visto que se trata de elei•‹o para outro cargo pœblico.

74. (CESPE / MPE-RN - 2009) O presidente da Repœblica, os


governadores de estado e do DF e os prefeitos, caso desejem
concorrer a outros cargos, devem renunciar aos respectivos mandatos
atŽ seis meses antes do pleito.

75. (CESPE / TRE-MT - 2010) A a•‹o de impugna•‹o de mandato


tramitar‡ em segredo de justi•a, devendo o autor responder, na forma
da lei, se temer‡ria ou de manifesta m‡-fŽ.

76. (CESPE / TRE-MT - 2010) A CF pro’be aos militares, enquanto


estiverem em servi•o ativo, a filia•‹o a partidos pol’ticos, raz‹o pela
qual os membros das For•as Armadas n‹o podem ser candidatos a
cargo eletivo, salvo se, em qualquer circunst‰ncia, afastarem-se
definitivamente da atividade militar que desenvolvem.

77. (CESPE / TCE-ES - 2009) A condena•‹o criminal com tr‰nsito em


julgado configura hip—tese de perda dos direitos pol’ticos.

78. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) A condena•‹o criminal com


tr‰nsito em julgado ensejar‡ a perda dos direitos pol’ticos do
condenado.

79. (CESPE / TRE-MT - 2010) A lei que alterar o processo eleitoral


entrar‡ em vigor na data de sua publica•‹o, n‹o se aplicando ˆ elei•‹o
que ocorrer atŽ seis meses antes da data de sua vig•ncia.

80. (CESPE / TCE-ES - 2009) Lei complementar Ž a œnica espŽcie


normativa autorizada pela CF para disciplinar a cria•‹o de outros casos
de inelegibilidade relativa, alŽm dos j‡ previstos na pr—pria CF.

81. (CESPE / TRE-MA - 2009) Se um brasileiro, estudante, tem 20


anos de idade, milita por determinado partido pol’tico e est‡ no pleno
exerc’cio dos seus direitos pol’ticos, ent‹o, nesse caso, a CF permite
que ele se candidate a vereador do munic’pio do seu domic’lio
eleitoral.

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82. (CESPE / TRE-MS - 2013) A lei que alterar o processo eleitoral e


os casos de inelegibilidade ter‡ aplica•‹o imediata, por for•a do
princ’pio da probidade administrativa.

2. Partidos Pol’ticos

83. (CESPE / TRF 1a Regi‹oÐ 2017) Os partidos pol’ticos possuem


autonomia para definir sua estrutura interna, sua organiza•‹o e seu
funcionamento, sendo-lhes facultada a vincula•‹o entre candidaturas
em ‰mbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

84. (CESPE / TRE-PE - 2017) De acordo com o que estabelece a


Constitui•‹o Federal de 1988 (CF), os partidos pol’ticos:

a) podem receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros.

b) n‹o s‹o obrigados a registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral,


se, antes, eles adquirem personalidade jur’dica.

c) podem utilizar organiza•‹o paramilitar.

d) t•m autonomia para definir sua estrutura interna, sua organiza•‹o e seu
funcionamento.

e) t•m, em regra, de pagar pelo acesso ao r‡dio e ˆ televis‹o.

85. (CESPE / TRT 8a Regi‹o Ð 2016) Assinale a op•‹o correta acerca


do que disp›e a CF sobre partidos pol’ticos.

a) ƒ inconstitucional, por ofensa ao pluripartidarismo e ao pluralismo pol’tico, a


fixa•‹o de proporcionalidade entre a representatividade partid‡ria e a
distribui•‹o do fundo partid‡rio e do tempo na televis‹o e no r‡dio.

b) A exig•ncia de car‡ter nacional dos partidos pol’ticos visa resguardar o


princ’pio federativo da unidade nacional.

c) A veda•‹o ˆ utiliza•‹o de organiza•‹o paramilitar n‹o obsta que os partidos,


em raz‹o da autonomia que lhe Ž constitucionalmente assegurada,
convencionem indument‡ria uniformizada ou que estabele•am, em seu ‰mbito
interno, rela•‹o de comando e obedi•ncia baseada em hierarquia r’gida e
fidelidade partid‡ria.

d) Os partidos pol’ticos possuem personalidade jur’dica de direito pœblico.

e) A previs‹o constitucional de que a lei regrar‡ a fun•‹o parlamentar autoriza


o estabelecimento, pela legisla•‹o infraconstitucional, de padr›es m’nimos de
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desempenho eleitoral como condi•‹o para funcionamento do partido nas casas


legislativas.

86. (CESPE / TRT 8a Regi‹o Ð 2016) A CF assegura personalidade


jur’dica aos partidos pol’ticos, na forma da lei, alŽm de estabelecer as
san•›es cab’veis no caso de indisciplina partid‡ria, que podem ser
tanto a advert•ncia quanto a perda do mandato.

87. (CESPE / TRF 1a Regi‹o Ð 2015) Os partidos pol’ticos s‹o pessoas


jur’dicas de direito pœblico cuja personalidade jur’dica se consuma
ap—s o registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

88. (CESPE / TRE-GO Ð 2015) O direito de antena, previsto pela


Constitui•‹o Federal (CF), assegura aos partidos pol’ticos a
propaganda partid‡ria mediante o acesso gratuito ao r‡dio e ˆ
televis‹o, na forma da lei.

89. (CESPE / TRE-GO Ð 2015) Em respeito ˆ autonomia dos entes da


Federa•‹o, a Constitui•‹o Federal autoriza a cria•‹o de partido pol’tico
estadual, desde que seja feito o devido registro dos estatutos do
partido no tribunal regional eleitoral correspondente no prazo legal.

90. (CESPE/ ANTAQ Ð 2014) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica mediante o registro de seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral.

91. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF autoriza a cria•‹o de partido


pol’tico de car‡ter regional, mas condiciona essa cria•‹o ao registro
dos estatutos da agremia•‹o pol’tica no TRE.

92. (CESPE / TRF 2» Regi‹o - 2013) Embora se caracterizem como


pessoas jur’dicas de direito privado, os partidos pol’ticos s— adquirem
personalidade jur’dica ap—s o registro de seus estatutos no tribunal
regional eleitoral do estado em que estejam sediados.

93. (CESPE / TRE-ES - 2011) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica mediante o registro de seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

94. (CESPE / TRF 5» Regi‹o - 2009) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica com registro dos seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.

95. (CESPE / TRE-MT - 2010) Os partidos pol’ticos adquirem


personalidade jur’dica na forma da lei civil, devendo, ap—s isso,
registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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96. (CESPE / MPE-RN - 2009) Os partidos pol’ticos n‹o s‹o dotados


de personalidade jur’dica, porŽm seus estatutos devem ser registrados
no Tribunal Superior Eleitoral.

97. (CESPE / OAB - 2009) A CF consagra o princ’pio da liberdade


partid‡ria de modo ilimitado e irrestrito, n‹o admitindo condicionantes
para a cria•‹o, fus‹o, incorpora•‹o e extin•‹o dos partidos pol’ticos.

98. (CESPE / OAB - 2009) Os partidos pol’ticos somente adquirem


personalidade jur’dica ap—s duplo registro: no registro civil das
pessoas jur’dicas e no tribunal regional eleitoral do estado em que
est‹o sediados.

99. (CESPE / OAB - 2009) Somente os partidos com representa•‹o no


Congresso Nacional podem usufruir dos recursos do fundo partid‡rio e
ter acesso gratuito ao r‡dio e ˆ televis‹o, na forma da lei.

100. (CESPE / TJ-AC - 2002) Um partido pol’tico criado em 1992 e que


defenda interesses de trabalhadores poder‡ receber recursos
financeiros de governo estrangeiro que tiver representa•‹o
diplom‡tica no Brasil.

101. (CESPE / TJ-AC - 2002) Os partidos pol’ticos podem se utilizar de


organiza•‹o paramilitar para defini•‹o de suas fun•›es ideol—gicas e
de sua estrutura interna.

102. (CESPE / TJ-AC - 2002) Partidos pol’ticos, sejam eles integrantes


ou n‹o da bancada governista, t•m acesso gratuito ˆ televis‹o na
forma da lei.

103. (CESPE / TJ-AC - 2002) Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.


O presidente de um partido pol’tico tentou registrar o estatuto da sua
agremia•‹o pol’tica no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre, onde
recebeu a informa•‹o de que tal registro deveria ser feito no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Nessa situa•‹o, foi correta a informa•‹o
prestada pelo TRE.

104. (CESPE / TJ-AC - 2002) Para a cria•‹o de um partido pol’tico,


deve-se observar, sempre, o respeito aos direitos fundamentais da
pessoa humana.

105. (CESPE / TRE-MG - 2009) Os partidos pol’ticos t•m autonomia


para a defini•‹o de sua estrutura interna, sua organiza•‹o e seu
funcionamento, bem como para o recebimento de recursos financeiros
de proced•ncia estrangeira.

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Gabarito

1. ERRADA
2. LETRA A
3. LETRA D
4. LETRA B
5. LETRA B
6. LETRA B
7. LETRA A
8. LETRA C
9. LETRA E
10. LETRA B
11. LETRA B
12. CORRETA
13. ERRADA
14. CORRETA
15. ERRADA
16. ERRADA
17. ERRADA
18. ERRADA
19. LETRA C
20. LETRA D
21. LETRA E
22. ERRADA
23. CORRETA
24. ERRADA
25. ERRADA
26. ERRADA
27. CORRETA
28. ERRADA
29. CORRETA
30. ERRADA
31. CORRETA
32. ERRADA
33. ERRADA
34. LETRA B
35. CORRETA
36. ERRADA
37. CORRETA
38. CORRETA
39. ERRADA
40. CORRETA
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41. CORRETA
42. ERRADA
43. ERRADA
44. ERRADA
45. ERRADA
46. CORRETA
47. CORRETA
48. ERRADA
49. CORRETA
50. ERRADA
51. CORRETA
52. ERRADA
53. CORRETA
54. ERRADA
55. CORRETA
56. ERRADA
57. CORRETA
58. CORRETA
59. ERRADA
60. CORRETA
61. CORRETA
62. ERRADA
63. ERRADA
64. ERRADA
65. ERRADA
66. ERRADA
67. ERRADA
68. ERRADA
69. ERRADA
70. CORRETA
71. ERRADA
72. ERRADA
73. ERRADA
74. CORRETA
75. CORRETA
76. ERRADA
77. ERRADA
78. ERRADA
79. ERRADA
80. CORRETA
81. CORRETA
82. ERRADA
83. CORRETA

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84. LETRA D
85. LETRA B
86. ERRADA
87. ERRADA
88. CORRETA
89. ERRADA
90. ERRADA
91. ERRADA
92. ERRADA
93. ERRADA
94. ERRADA
95. CORRETA
96. ERRADA
97. ERRADA
98. ERRADA
99. ERRADA
100. ERRADA
101. ERRADA
102. CORRETA
103. CORRETA
104. CORRETA
105. ERRADA

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