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PUBLICADO NO ÛIÂBlO OA J U S T t Ç A

*Juîl31 ^

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

£
A C Ó R D Ã O N 71
(09.06.98)

a a
R E C U R S O O R D I N Á R I O N 71 - C L A S S E 2 7 - R O R A I M A (Boa Vista).

Relator: Ministro Costa Porto.


Recorrente: Ottomar S o u z a Pinto e outro.
Advogado: Dr. Céiio Silva e outros.
Recorrida: Procuradoria Regional Eleitoral/RR.

Recurso Ordinário.
Representação: abuso de poder econômico, de
autoridade e uso indevido dos meios de
comunicação social.
Incompetência: não compete à Justiça Eleitoral
decidir pela improbidade do administrador que
ainda não é candidato.
Ofensa ao princípio d a ampla defesa e do
contraditório.
Recurso conhecido e provido.

Vistos, e t c ,
Acordam os Ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por
unanimidade de votos, em conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos
termos das notas taquigráficas em anexo, que ficam fazendo parte
integrante desta decisão.
Sala de Sessões do Tribunal Superior Eleitoral.
Brasília, 09 de junho de 1998.

Ministro C O S T A P O R T O , Relator
2
RO n 71 - RR. 2

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO COSTA PORTO: Senhor


Presidente, o Ministério Público Eleitoral no Estado de Roraima formulou
representação, em maio de 1994, pedindo abertura de investigação judicial,
com base no art. 237 do Código Eleitoral, e artigos 19 e 22 da Lei
Complementar n° 64/90, contra o Partido Trabalhista Brasileiro e sete de
seus filiados, entre eles Ottomar de S o u z a Pinto e Maria Marluce Moreira
Pinto.

Encerrada a instrução do processo, o Corregedor Regional


Eleitoral efaborou relatório concluindo pela exclusão de um dos
representados, pela procedência da representação contra Ottomar de
S o u z a Pinto e Maria Marluce Moreira Pinto e por s u a improcedência quanto
aos demais.

Julgado o feito pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima,


resultou Acórdão, de 22 de novembro de 1994, assim ementado:

" R e p r e s e n t a ç ã o por abuso de poder e c o n ô m i c o , de


autoridade e uso indevido de meios de c o m u n i c a ç ã o
social - Preliminares de inépcia da inicial,
i n c o m p e t ê n c i a do juízo, ilegitimidade de parte, a u s ê n c i a
de causa paetendi e cerceamento de defesa - Prova d o s
fatos em relação a apenas dois representados
E x c l u s ã o do feito de representado que responde por
fatos similares em outros procedimentos - R e j e i ç ã o
das preliminares - R e s p o n s a b i l i z a ç ã o por a b u s o de
poder político e e c o n ô m i c o e u s o Indevido de meios de
comunicação social. Rejeitam-se as preliminares
arguidas:
- n ã o há incidência de qualquer das h i p ó t e s e s de
inépcia da inicial - art. 295, I, P a r á g r a f o Ú n i c o , do
C ó d i g o de P r o c e s s o Civil;
- o Tribunal Regional Eleitoral é o ó r g ã o competente
para apreciar o relatório da Corregedoria Regional
Eleitoral - Lei Complementar n° 64/90, art. 22 e i n c i s o s ;
s
RO n 71 - RR. 3

- ao Ministério P ú b l i c o Eleitoral incumbe a i n c o a ç ã o da


i n v e s t i g a ç ã o judicial - Lei Complementar n° 64/90,
art. 22, caput,
- i n o c o r r ê n c i a de ' c a u s a paetendi'; e
- i n e x i s t ê n c i a de cerceamento de defesa.
No mérito, improcede a r e p r e s e n t a ç ã o quando n ã o há
prova d o s fatos imputados a o s representados - A n t ô n i o
Airton Sollgo, F r a n c i s c o Rodrigues, Erci de Morais,
J o ã o Luiz Hartz e Partido Trabalhista Brasileiro.
- Constitui a b u s o d e poder político e e c o n ô m i c o e u s o
indevido de meios de c o m u n i c a ç ã o social a
inobservância da norma do artigo 37, p a r á g r a f o
primeiro, da C o n s t i t u i ç ã o Federal, quando, na
publicidade de atos oficiais, promove-se candidato a
cargo eletivo, autoridade ou servidor e se vincula a
nome e a p r e s e n ç a d e s t a s p e s s o a s , a d i s t r i b u i ç ã o de
alimentos, fardas e outras b e n e s s e s c o m fins eleitorais,
quando se denominam logradouros e entidades
p ú b l i c a s em homenagem a candidato o u autoridade, e
s e veiculam m e n s a g e n s p e s s o a i s à s e x p e n s a s do poder
público. R e p r e s e n t a ç ã o provida e m r e l a ç ã o a Ottomar
de S o u z a Pinto e Maria Marluce Moreira Pinto."

Daí o presente Recurso Ordinário, em que Ottomar de


S o u z a Pinto e Maria Mariuce Moreira Pinto alegam

- primeiro, que a J u s t i ç a Eleitoral é incompetente para


(1) apurar e decidir sobre i n o b s e r v â n c i a da norma do
artigo 37, (...); (2) para investigar fatos praticados fora
do p e r í o d o eleitoral; (3) para apurar a p r á t i c a de fato
autorizado por norma interna d o Poder Legislativo e
decidir se a m e s m a caracteriza ilícito eleitoral e (4) para
jurisdicionar i n v e s t i g a ç ã o contra Governador de
Estado e contra Senador d a R e p ú b l i c a a fim d e apurar
prática d e atos 'que p o d e r ã o vir a s e constituir e m delito
capitulado no art. 312 do C ó d i g o Penal';
- segundo, por ter s i d o tomada a d e c i s ã o 'em p r o c e s s o
nulo (1) ab initio o u , a o m e n o s , (2) a partir de fls. 683';
- terceiro, por ter s i d o tomada 'em julgamento nulo':
- quarto, por ser nulo o p r o c e s s o 'em r a z ã o de falta de
f u n d a m e n t a ç ã o , no que p e s e a i n t e g r a ç ã o do relatório
conclusivo';
- quinto pela a u s ê n c i a de prova d a p r o c e d ê n c i a da
representação.
s
R O n 71 - R R . 4

A douta Procuradoria-Geral Eleitoral, em seu parecer de


fls. 951 a 960, entende que a irresignação dos Recorrentes merece
prosperar, procedendo a alegação de incompetência d a Justiça Eleitoral
para o julgamento da representação, no presente caso. E constata, ainda, a
o
ofensa ao princípio da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5 ,
inciso LV da Constituição Federal. Isso,

"pela a u s ô n c i a de vistas d a s provas emprestadas,


constantes d o s A p e n s o s I e II, a par da a u s ê n c i a de
força probante, por infringôncia d a s d i s p o s i ç õ e s e
normas processuais retromencionadas, além da
a u s ê n c i a e/ou insuficiência de provas de prática de 'uso
indevido, desvio e a b u s o do poder e c o n ô m i c o , poder de
autoridade, poder político e utilização indevida de
v e í c u l o s e meios de c o m u n i c a ç ã o ' por parte d o s
representados."

Opina, então, "pelo acolhimento da preliminar de


incompetência da Justiça Eleitoral e, não sendo admitida, pelo
conhecimento e provimento do Recurso".

É o relatório.

VOTO

O S E N H O R MINISTRO C O S T A P O R T O (Relator): Senhor


Presidente, segundo os Recorrentes, "a representação foi ajuizada em 5 de
maio de 94, muito antes de iniciado o período eleitoral para as eleições
realizadas em 3 de outubro de 1994" e "os fatos apontados teriam ocorrido
nos três anos anteriores ao ajuizamento da representação".
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R O n 71 - R R . 5

Nas contra-razões, a Procuradoria Regional Eleitoral, em


Roraima, afirma:

"O fato é parcialmente verdadeiro. Ocorreram


efetivamente nos t r ê s a n o s anteriores à s e l e i ç õ e s , e
prosseguiram durante o ano eleitoral de 1994."

Mas, obviamente - pois a representação é de maio de


1994 - os eventos, objetos da investigação, tiveram lugar antes que os
Recorrentes assumissem o papel de candidatos.

Recorde-se o que aqui se aprovou quando do julgamento,


por esta Corte, de Recurso Ordinário interposto pelo Senador eleito pelo
Estado do Paraná, Roberto Requião: que não compete à Justiça Eleitoral
decidir pela improbidade do administrador que, posteriormente, se converte
em candidato. Como afirmou, então, a Procurador!a-Geral Eleitoral,

"se a improbidade é atribuída já ao candidato, para fins


de c a m p a n h a eleitoral que s e delineia desequilibrada ou
passível de desequilíbrio em face da utilização de abuso
de poder político o u e c o n ô m i c o , aí s i m , a Justiça
Eleitoral exerce plenamente a s u a f u n ç ã o quanto à
d e c r e t a ç ã o do a b u s o , aplicando a s s a n ç õ e s c a b í v e i s . "
(R.O. n° 61- Paraná)

É certo que sempre se pode lamentar que nosso aparato


legal não se mostre eficaz para conter o possível abuso do poder político. E
é certo, também, que o abuso do poder político - ou, como diz, agora, a
Constituição, "o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta" - sempre acompanhou nossas eleições.

Para começar, a primeira de nossas Constituições, a


monárquica, de 1824, não impedia que, no exercício das funções de
Governo, os dirigentes se candidatassem a postos eletivos. Um sem
número de senadores era eleito dentre aqueles que presidiam as
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RO n 71 - RR. 6

províncias. E, para a Câmara, era tão freqüente a eleição dos presidentes


de província que Paula Souza indagava, em 1846:

"- Qual é o Presidente que, de certa época para cá, não


é eleito Deputado?" (Sessão de 23.6.1846, in Anais do
Senado do Império do Brasil, 1846, p. 218)

À falta de previsão da lei, os detentores de funções públicas


disputavam, com vantagem, os pleitos. A o s poucos é que, com grande
reação do Parlamento, vão-se alinhando os casos de inelegibilidade,
"incompatibilidades", como se dizia, então, sem a distinção que o Direito
Eleitoral faz agora. O abuso de autoridade, no campo eleitoral, se exercia,
ainda, no Império, pela ameaça de recrutamento para o Exército e de
convocação para a Guarda Nacional.

â
Na 1 República, o abuso de autoridade e, também, o
abuso do poder econômico, se traduziam no domínio dos coronéis,
magnificamente estudado por Victor Nunes Leal. O capítulo VI do volume
de Victor Nunes Leal, dedicado à legislação eleitoral, conclui com a
afirmação de que, no longo período examinado - desde o decreto de
março de 1821 às eleições de 1947

"permaneceu o fato fundamental da influência


governista na expressão das urnas, conquanto
diminuída nas eleições que sucederam à Revolução de
30." (Leal, Victor Nunes, Coronelismo, Enxada e Voto,
Rio, Forense, 1949, p.)

Somente a sexta de nossas Constituições, a de 1967, viria


enfrentar o problema do abuso do poder: seu artigo 148 determinava que lei
complementar poderia estabelecer outros casos de inelegibilidade visando
a preservação
2
R O n 71 - R R . 7

"II! - da normalidade e legitimidade das eleições, contra


o abuso do poder econômico e do exercício dos cargos
ou funções públicas."

C o m respeito ao possível abuso na propaganda oficial, a


o
atual Constituição, em seu artigo 37, § 1 , trouxe impecável determinação:

"A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e


campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos."

Mas é mesmo difícil distinguir não na propaganda mas na


própria natureza dos atos, programas, obras e serviços, a correta feição
administrativa do que é, somente, manipulação eleitoreira.

E quanto à propaganda, o modelo de representação que


adotaram os Estados modernos, de uma delegação dos eleitores a seus
eleitos, exige que estes estejam sempre a prestar contas de seu mandato.
Há, em nossa história, incidente elucidativo. Em 1914, a polícia, no então
Distrito Federal, proibiu que os jornais divulgassem os debates no
Congresso. Senador, Rui Barbosa impetrou habeas corpus - que a
o
redação do art. 72, § 2 , da Constituição indicava, também, para os casos
de abuso de poder político - para ver publicado, pelo jornal O Imparcial,
discurso que pronunciara em 5 de maio de 1914. Afirmou Rui, então, que

"todo o mandatário responde ao mandante pela


fidelidade e exatidão no desempenho do mandato."
"Se, portanto, mandato é, bem que político, o múnus do
senador ou deputado, aquele, que lhe aceitou a tarefa,
obrigado está, para com o que lha deu, a mostrar que a
executa, assim como o que lha deu, está no direito de
saber como ela se preenche. Mas, se os deputados e
senadores, como procuradores da nação, assumiram o
ônus de a inteirar do que praticam no exercício das
suas funções, com esse ônus, implicitamente,
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RO n 71 - RR. 8

adquiriram o direito a não ser embaraçados na


execução do seu encargo." (Habeas Corpus n° 3.536, in
s
Revista do Supremo Tribunal, vol. 1, n° 2, 1 pt., maio
1914, p. 256-69)

Direito dos mandantes, dever dos mandatários, esse de dar


conta do exercício da representação, mas nos moldes agora fixados pela
o
letra severa do art. 37, § 1 , d a Constituição.

No caso dos Recorrentes, segundo o Acórdão do T R E - R O ,


houve
"descumprimento do princípio da impessoalidade na
publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas do poder público estadual, veiculando
nomes, símbolos e imagens que caracterizaram
promoção pessoal de ambos os representados."

Como lembra, em memorial, o nobre patrono dos


Recorrentes, somente a partir da vigência da Lei n° 9.504, de 30 de
o
setembro de 1997, é que as transgressões ao § 1 do art. 37 da
Constituição, praticadas durante a campanha eleitoral, passaram a
configurar abuso de autoridade a ser apurado e punido pela Justiça
Eleitoral.

Com efeito, o art. 74 da Lei 9.504 dispõe:

"Configura abuso de autoridade, para os fins do


disposto no art. 22 da Lei Complementar n° 64, de 18 de
maio de 1990, a infringêncla do disposto no § 1° do
art. 37 da Constituição Federal, ficando o responsável,
se candidato, sujeito ao cancelamento do registro de
sua candidatura."

Assim, a promoção pessoal na publicidade oficial, se


praticada fora do período eleitoral, será somente ato de improbidade
administrativa, cuja apuração s e situa fora da órbita d a Justiça Eleitoral.
2
RO n 71 - RR. 9

É como entende a douta Procuradoria-Geral Eleitoral, ao


afirmar:

"... os atos imputados aos representados foram


praticados em período anterior à campanha eleitoral.
Nesse caso, refoge à competência da Justiça Eleitoral a
apreciação desses atos, uma vez que não configuram
ilícitos eleitorais e, sim, em tese, improbidade
administrativa, que deve ser apurada e julgada por outra
via que não a representação judicial do artigo 22 da Lei
Complementar n° 64/90."

Mas, mesmo se superada a preliminar de incompetência da


Justiça Eleitoral, não há como relevar o fato de que se hajam juntado à
investigação - sem vistas dos representados - os autos do pedido de
impugnação da candidata Marluce Moreira Pinto, sob o argumento de que
aquele feito continha "várias e importantes provas dentre aquelas
requeridas na inicial desta representação" e por sua importância ao
deslinde da causa.

Nos autos do pedido de impugnação, como indica a


Procuradoria

"ressaltam fotografias (fls. 18 e 22) desacompanhadas


dos respectivos negativos, em desacordo com o
parágrafo 1° do artigo 385 do C P C ; fotocópias, em
ambos os apensos, sem autenticação, em desacordo
com o artigo 384 do C P C , fotografias em jornais
agrupadas entre as fls. 14 e 15 (Apenso II) em
£
desacordo com o disposto no parágrafo 2 do artigo 385
do CPC, bem como notícias por eles divulgadas,
destituídas de força probante."

A própria petição inicial da representação, continua a


Procuradoria,
2
RO n 71 - RR. 10

"não veio instruída com nenhum documento, tendo sido


juntados somente com o aditamento, não sendo
nenhum deles autenticado, estando ilegíveis e sem
apresentarem um mínimo, indispensável, de indícios
dos fatos alegados."

Finalmente, segundo a Procuradoria-Geral Eleitoral,

"O argumento usado peto ilustre representante do


Ministério Público Eleitoral para justificar a
desnecessidade de terem sido, os representados,
comunicados da juntada dos apensos I e II é
improcedente, afinal fere o princípio constitucional do
contraditório quando afirma que 'o procedimento,
como o próprio nome indica, é de INVESTIGAÇÃO,
tendo o Corregedor-Reglonal amplo espectro na busca
da verdade e o Tribunal, na decisão, pode Julgar com
base em fatos que sequer estejam no processo*
(fls. 905)."

Assim, não há como afastar a nulidade do feito, por


violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa.

Mas, embora reconhecendo a nulidade, supero-a por ser


favorável aos Recorrentes a decisão de mérito. Conheço, então, do recurso
e lhe dou provimento.
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RO n 71 - RR. 11

VOTO

O SENHOR MINISTRO NÉRI DA SILVEIRA: Senhor


Presidente. Tenho para mim como bastante a conclusão do eminente
Ministro Relator: o fato de não se enquadrarem os eventos noticiados nos
autos, objeto da investigação, em período de propaganda eleitoral.

Seriam eles, sem dúvida nenhuma, suscetíveis de


2
localização no âmbito do art. 37, § 1 , d a Constituição, se, em princípio,
figurassem situações de publicidade de atos, programas, obras, serviços e
campanhas de órgãos públicos -, sem o caráter especificamente previsto no
2
§ 1 , mas com o objetivo exatamente de promoção pessoal dos ora
recorrentes, o que poderia significar hipótese de improbidade
administrativa. Entretanto, não seriam fatos apuráveis no âmbito do art. 22
da Lei Complementar 64/90, porque ocorridos em período anterior a três
anos do ano eleitoral.

No que concerne à instrução deste feito, os elementos


vindos aos autos, não só não têm base documental, como também não
foram submetidos ao contraditório.

Mas esse é um fundamento de segundo plano e


desnecessário. O primeiro fundamento - de não caber à Justiça Eleitoral
essa apuração por via da representação prevista no art. 22 citado, a meu
ver, é bastante para que o recurso mereça ser conhecido e provido.

E assim voto, acompanhando o eminente Ministro Relator.


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EXTRATO DA ATA

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R O n 71 - R R . Relator: Ministro Costa Porto. Recorrente:
Ottomar S o u z a Pinto e outro (Adv°: Dr. Célio Silva e outros). Recorrida:
Procuradoria Regional Eleitoral/RR.
Usou da palavra, pelos Recorrentes, o Dr. Célio Silva.
Decisão: O Tribunal conheceu do Recurso e lhe deu
provimento. Unânime.
Presidência do Exmo. Sr. Ministro limar Galvão. Presentes
os Srs. Ministros Néri da Silveira, Maurício Corrêa, Nilson Naves, Eduardo
Ribeiro, Eduardo Alckmin, Costa Porto e o Dr. Geraldo Brindeíro,
Procurador-Geral Eleitoral.

SESSÃO D E 09.06.98.

/arm

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