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ELEITORAL
Prof. Dr. Júlio Coelho
“A TEORIA DO STATUS”
Georg Jellinek
RELAÇÃO JURÍDICA
Surgimento do Estado de Direito – enfoque transferido do ponto de
vista do soberano que detém o poder e buscar conservá-lo (ex parte
principis) para o ponto de vista do indivíduo (ex parte populi)
SUFRÁGIO VOTO
Porém, de acordo com o que reza o art. 12, § 1.º, da CF, aos
portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro, que incluem a titularidade de
direitos políticos ativos e passivos, salvo quando se cuidar
de cargos reservados apenas aos brasileiros natos, como se
dá com a Presidência e Vice-Presidência da República e
demais cargos que conduzam indiretamente ao primeiro,
dentre outros
DIGNIDADE
DA PESSOA DEMOCRACIA
HUMANA
Peter Haberle
DIREITOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS POLÍTICOS
os direitos políticos são, em primeira linha, direitos fundamentais, ou
seja, direitos subjetivos dotados de um regime particularmente reforçado
do ponto de vista constitucional, que abarcam um conjunto diferenciado
de posições jurídicas (de titularidade individual e/ou coletiva) atribuídas
ao cidadão
• Natureza principiológica
• Regime jurídico (formal e material) diferenciado
• Dever estatal de proteção e promoção
• Dimensão objetiva e subjetiva
Mediante a fruição de direitos políticos é que o indivíduo não será reduzido
à condição de mero objeto da vontade estatal (súdito), e torna-se sujeito do
processo de decisão sobre a sua própria vida e a da comunidade que
integra.
A democracia material (poliarquia) pressupõe a inserção efetiva de pessoas
na vida política deve ser busca-da na máxima medida possível a fim de
possibilitar que a democracia política leve a uma distribuição mais legítima
dos bens da vida.
A democracia material (poliarquia) pressupõe o reconhecimento, respeito,
proteção e promoção de direitos fundamentais, pois, do contrário, o
governo do povo e pelo povo poderá eventualmente não ser um governo
para o povo
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Arts. 14-16
CAPÍTULO V
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17
Direitos fundamentais com posição de destaque na
Constituição Federal de 1988 – Dignidade da pessoa
humana como fundamento do Estado (art. 1o, III)
Direitos politicos inseridos no Título II - Direitos e
Garantias Fundamentais
A pessoa com deficiência deve ter aptidão para livremente formar e manifestar
sua vontade. Em caso negativo, poderá, então, ser considerada relativamente
incapaz e ter seus direitos políticos suspensões. Cidadania pressupõe
capacidade de manifestação livre do pensamento, assim como capacidade de
fazer e expressar escolhas.
CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM
JULGADO, ENQUANTO DURAREM SEUS EFEITOS
(art. 15, III, CF);
A pessoa condenada criminalmente, cuja sentença tenha
transitado em julgado, está impedida de exercer seus direitos
políticos - juízo de reprovabilidade expresso na condenação
justifica a privação de seus direitos políticos, enquanto não
cumprir a pena respectiva
Logo em seguida....
No caso específico dos parlamentares, essa relação natural entre suspensão dos
direitos políticos e perda do cargo público (...) não se estabelece como
consequência natural. E a Constituição, no art. 55, § 2º, diz claramente que, nesses
casos, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo
Senado Federal por (...) maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa
ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa. [AP 565, rel. min. Cármen Lúcia, voto do min. Teori Zavascki, j. 8-8-2013, P,
DJE de 23-5-2014.]
"(...) a jurisprudência consolidada e a melhor doutrina
sobre o assunto sinalizam que a perda do mandato nos
casos de condenação criminal transitada em julgado, em se
tratando de deputados e senadores, regrada pelo art. 55, §
2º, da Lei Maior, não é automática. (...) quando o mandato
resulta do livre exercício da soberania popular, ou seja,
quando o parlamentar é legitimamente eleito, falece ao
Judiciário competência para decretar a perda automática
de seu mandato, pois ela será, nos termos do art. 55, VI, §
2º, da Constituição, “decidida pela Câmara dos Deputados
ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de
partido político representado no Congresso Nacional,
assegurada ampla defesa”. Vê-se, pois, que o Texto Magno
é claro ao outorgar, nesse caso, à Câmara dos Deputados e
ao Senado a competência de decidir, e não meramente
declarar, a perda de mandato de parlamentares das
respectivas Casas. [AP 996, rel. Min. Edson Fachin, voto do
min. Ricardo Lewandowski, j. 29-5-2018, 2ª T, DJE de 8-2-
2019.]
"Perda do mandato parlamentar. É da competência das Casas Legislativas decidir sobre
a perda do mandato do congressista condenado criminalmente (art. 55, VI e § 2º, da CF).
Regra excepcionada – adoção, no ponto, da tese proposta pelo eminente revisor,
ministro Luís Roberto Barroso – quando a condenação impõe o cumprimento de pena em
regime fechado, e não viável o trabalho externo diante da impossibilidade de
cumprimento da fração mínima de 1/6 da pena para a obtenção do benefício durante o
mandato e antes de consumada a ausência do congressista a 1/3 das sessões ordinárias
da Casa Legislativa da qual faça parte. Hipótese de perda automática do mandato,
cumprindo à Mesa da Câmara dos Deputados declará-la, em conformidade com o art.
55, III, § 3º, da CF. Precedente: MS 32.326 MC/DF, rel. min. Roberto Barroso, 2-9-
2013.[AP 694, rel. min. Rosa Weber, j. 2-5-2017, 1ª T, DJE de 31-8-2017.]
STJ - Recurso Repetitivo (Tema Repetitivo 931) : “Nos casos em que haja
condenação a pena privativa de liberdade e multa, cumprida a primeira (ou a
restritiva de direitos que eventualmente a tenha substituído), o inadimplemento
da sanção pecuniária não obsta o reconhecimento da extinção da punibilidade”
(STJ – REsp no 1519777/SP – Rel. Min. Rogerio Schiett Cruz – 3ª Seção – DJe 10-
9-2015).
*
no País, se houver
reciprocidade em favor Resolução 23.659/2021/TSE
de brasileiros, serão Art. 11.§ 3º A aquisição do gozo de
atribuídos os direitos direitos políticos por pessoa brasileira em
inerentes ao brasileiro, Portugal não acarreta a suspensão de
salvo os casos direitos políticos ou o cancelamento da
inscrição eleitoral e não impede o
previstos nesta
alistamento eleitoral ou as demais
Constituição”. operações do Cadastro Eleitoral.
CONSEQUÊNCIAS DA PERDA OU SUSPENSÃO DOS DIREITOS
POLÍTICOS: