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 Do Estatuto da OAB

o A inscrição do estagiário junto à OAB deve ser feita no Conselho Seccional


em cujo território se localize o curso jurídico do estagiário, conforme art. 9,
§ 2º do Estatuto da OAB; Inscrição de estagiário da OAB deve ser feita na
localização da faculdade
o O advogado substabelecido não poderá cobrar honorários sem a intervenção
daquele que lhe conferiu o substabelecimento, desde que seja feito com
reserva de poderes, conforme o art. 26 do Estatuto da OAB; O advogado
pode substabelecer a procuração para outro advogado, todavia, este segundo
não poderá cobrar honorários sem a intervenção do primeiro, salvo se o
substabelecimento seja sem reservas de poderes
o Os honorários assistenciais, a saber, aqueles compreendidos como os fixados
em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição
processual, são recepcionados pelo Estatuto da OAB em seu art. 22, § 6º e
7º, portanto, tais honorários não prejudicam os convencionais; Honorários
convencionais: são aqueles convencionados pelas partes; Honorários por
arbitramento judicial: são aqueles que o juiz define; Honorários
sucumbenciais: são aqueles que a parte perdedora paga ao adv. vencedor;
Honorários assistenciais: são os fixados em ações coletivas propostas por
entidades de classe (e.g., confederações, associações cooperativas,
sindicatos), tal honorário não prejudica o honorário convencional
o O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias
seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for
substituído antes do término desse prazo (art. 5, § 3º, Lei 8.906/94);
o O advogado deverá ter sua inscrição na OAB cancelada, caso ocupe funções
diretas ou indiretas vinculadas a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que
exercem serviços notariais e de registro (art. 28, IV, EOAB);
o O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar
com dolo ou culpa, em caso de lide temerária, o advogado será
solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este
para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria (art. 32, p.ú.,
EOAB);
o É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de
visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou
função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o
de professor universitário (art. 44, § 2, CED);
o Nos meios para a publicidade profissional é vetado ao advogado debater
causa sob o patrocínio de outro advogado (art. 42, CED), externar
posicionamento que induza o leitor a litigar (art. 41, CED), fazer referência
ao seu contato no final de colunas, outdoors ou mídias não permitidas (art.
40, CED) ou responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica,
nos meios de comunicação social (art. 42, CED);
o O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação
ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua
atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares
perante a OAB, pelos excessos que cometer (art. 7, § 2, EOAB), todavia, tal
imunidade não exclui os crimes de calúnia, desacato ou tergiversação
(advogado que defende, no mesmo processo, autor e réu) cometidos pelo
advogado no exercício de sua função;
o São direitos da advogada, enquanto durar sua condição ou o prazo
estabelecido em lei, conforme o art. 7-A da Lei : I. Gestante – a) entrada em
tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; e
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; II. Lactante,
adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado
ao atendimento das necessidades do bebê, concedido pelo prazo de 120 dias
(Licença maternidade, art. 392, CLT); III - gestante, lactante, adotante ou
que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a
serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição,
concedido pelo prazo de 120 dias (Licença maternidade, art. 392, CLT); e IV
- adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a
única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente, o
período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do
parto ou da concessão da adoção, mediante comprovação documental do
parto/adoção (art. 313, § 6, CPC);
o A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco
anos, contados da data da constatação oficial do fato, aplicando-se a
prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos,
pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a
requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as
responsabilidades pela paralisação e interrompe-se a prescrição pela
instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita
diretamente ao representado ou pela decisão condenatória recorrível de
qualquer órgão julgador da OAB (art. 43, EOAB);
o Princípio da não surpresa: não se pode decidir, em grau algum de
julgamento, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado
às partes oportunidade de se manifestar anteriormente, ainda que se trate de
matéria sobre a qual se deva decidir de ofício, salvo quanto às medidas de
urgência previstas no Estatuto (art. 144-B, Regulamento Geral da OAB,
2019);

 Direito Constitucional
o A CF/88 protege os direitos e garantias fundamentais (art. 5, CF), na forma
de cláusula pétrea, logo, conforme art. 5, XLVII, CF/88, não haverá penas de
morte, salvo em caso de guerra declarada, inclusive, em seu art. 60, § 4º, IV,
veda a possibilidade de deliberação a proposta de ementa constitucional com
o tema que tente abolir os direitos e garantia fundamentais. Retomo, ainda,
que o Brasil promulgou o Protocolo Adicional à Convenção Americana
sobre Direitos Humanos que, em seu art. 4, I e III, atribui que ninguém pode
ser privado da vida de forma arbitrária e que não se pode voltar a
reestabelecer a pena de morte no Estado que a tiver abolido;
o São Cláusulas Pétreas aqueles temas tratados no art. 60, § 4º da CF/88, a
saber: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e
periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias
individuais. LOGO, TAIS TEMAS NÃO PODEM SER OBJETOS DE
EMENTA CONSTITUCIONAL QUE TENTEM ABOLI-LOS, CERCEÁ-
LOS OU DIMINUI-LOS;
o O Estado interferirá em seus Municípios conforme o rol taxativo do art. 35,
CF/88, ou seja, haverá interferência estatal quando o Município não prestar
as contas devidas (art. 35, II, CF/88), devendo esta interferência ser
submetida à apreciação da Assembleia Legislativa, para que seja ou não
provida, caso seja desprovida a intervenção deverá ser imediatamente
cessada. OBS.: Tanto aquele que decreta a intervenção (Executivo), quanto
aquele que aprecia a intervenção (Legislativo) deverá participar do mesmo
membro federal, e.g., Governador/Presidente X declara intervenção a
Município/Estado Y, Poder Legislativo do Estado/União X (sendo
respectivamente, Assembleia Legislativa ou Congresso Nacional) provem ou
não a intervenção;
o Conforme o art. 5, XLV, CF/88, nenhuma pena poderá passar da pessoa do
condenado, salvo a obrigação de reparação de danos e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
o O parecer prévio do Tribunal de Contas municipal não possui caráter
vinculante, podendo ser deixado de lado por voto de, ao menos, dois terços
dos membros da Câmara Municipal (art. 31, CF);
o Compete aos municípios, estados e união, legislar sobre a proteção do meio
ambiente e o combate da poluição (art. 23, VI, CF);
o Compete privativamente à União legislar sobre: direito civil, comercial,
penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho (art. 22, I, CF);
o O sistema de freios e contrapesos visa assegurar a vontade própria de cada
Poder do Estado, de modo que aqueles que o exercitam tenham a menor
influência na escolha dos representantes dos demais poderes. Além disso,
deve-se organizar o poder legislativo em duas casas legislativas com eleições
independentes, e deve-se, também, impedir que uma facção política destrua a
outra;
o Quando há colisão entre direitos fundamentais, se deve aplicar a ponderação,
buscando a conciliação entre eles, aplicando-se cada um em extensão
variável e proporcional, conforme a relevância que apresentem no caso
concreto específico;
o A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial (art. 5, XI,
CF), mediante mandato judicial de busca e apreensão domiciliar, não
podendo ser executado após as 21h ou antes das 5h (art. 22, § 1, III, Lei de
abuso de autoridade);
o A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente
pelo banco central, sendo vetado ao banco central conceder, direta ou
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira, todavia, o banco central poderá
comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de
regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. Ressalto que, as
disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades
do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei (art. 164, CF);
o Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e
artísticos, nacionais e regionais, sendo ele, ministrado em língua portuguesa,
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas
maternas e processos próprios de aprendizagem (art. 210, § 2, CF);
o Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal,
nos crimes de responsabilidade (art. 86, CF);
o O Presidente, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções, podendo ficar suspenso de suas
funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-
crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade,
após a instauração do processo pelo Senado Federal. Se, decorrido o prazo
de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo, ressalto, ainda, que enquanto não sobrevier sentença condenatória,
nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão
(art. 86, § 1 a 4, CF);

 Direitos Humanos
o Todo Direito Humano é universal, indivisível, interdependente e
interrelacionado, inclusive, dispõe que a comunidade internacional deve
considera-los globalmente de forma justa e equitativa, no mesmo pé e de
igual ênfase, conforme art. 5 da Declaração e Programa de Ação de Viena;
o A Convenção Americana dos Direitos Humanos vincula juridicamente os
Estados que a ratificaram, sendo que os Estados partes devem prevenir,
investigar e punir toda violação dos direitos reconhecidos pela Convenção
Americana, bem como procurar, ademais, o restabelecimento, se possível, do
direito violado e, se for o caso, a reparação dos danos produzidos pela
violação dos Direitos Humanos;
o Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica
e fundacional, em seus atos e procedimentos, deverão adotar o nome social
da pessoa travesti ou transexual, de acordo com seu requerimento e com o
disposto neste Decreto, não havendo exceções ou possibilidade de recusa por
parte da repartição pública (art. 2 Decreto n. 8727/16);
o Quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam
proclamadas oficialmente, os Estados-partes no presente Pacto podem
adotar, na estrita medida em que a situação o exigir, medidas que derroguem
as obrigações decorrentes do presente Pacto, desde que tais medidas não
sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhes sejam impostas pelo
Direito Internacional e não acarretem discriminação alguma apenas por
motivo de raça, cor, sexo, língua, religião ou origem social (art. 4, I, Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos - PIDCP);

 Filosofia do Direito
o Segundo Bobbio a sanção institucionalizada (jurídica) deve possuir, ainda
que não simultâneas: a) a aplicação de uma sanção para toda violação de
uma norma primaria; b) a medida da sanção deve ser estabelecida dentro de
certos termos; e c) o prévio estabelecimento de pessoas para executar a
sanção. Desta forma, a sanção institucionalizada é a norma previa que define
uma conduta indesejada independentemente do autor, devendo sua aplicação
obedecer a certos termos definidos e, por fim, ser a sanção executada por
pessoas previamente estabelecida;
o Acerca da validade da norma jurídica na obra “Lições Preliminares de
Direito”, do jurista Miguel Reale “Validade formal ou vigência é, em suma,
uma propriedade que diz respeito à competência dos órgãos e aos processos
de produção e reconhecimento do Direito no plano normativo. A eficácia, ao
contrário, tem um caráter experimental, porquanto se refere ao cumprimento
efetivo do Direito por parte de uma sociedade, ao “reconhecimento”
(Anerkennung) do Direito pela comunidade, no plano social, ou mais
particularizadamente, aos efeitos sociais que uma regra suscita através de seu
cumprimento;
o O positivismo jurídico, segundo Bobbio, é o dever absoluto ou incondicional
de obedecer a lei enquanto tal, sendo o positivismo uma teoria na medida em
que se propõe a descrever o Direito, mas que também pode ser uma
ideologia na medida em que se propõe a ser um certo modo de querer o
Direito;
o Em um contexto kantiano, é preciso entender que o homem deixou o seu
estado selvagem na natureza e cedeu o poder para o Estado em forma de
vontade. Para o liberalismo clássico, a lei é a representação da vontade geral
(vide Rousseau) e, portanto, é justo que o homem se submeta a lei, visto que
de certa forma foi ele mesmo que a criou;

 Direito Administrativo
o Os imóveis públicos não serão adquiridos via usucapião (art. 183, § 3º, CF),
bem como, não possui direito de indenização o invasor de má-fé (art. 1.219 e
1.255, CC);
o O ente administrativo pode alterar de forma unilateral os contratos regidos
pela lei de licitação, desde que seja justificado e esteja dentro do rol taxativo
do art. 124, I, da Lei de Licitações (Lei nº 14.133/21), a saber, a) quando
houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação
técnica a seus objetivos; e b) quando for necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu
objeto, nos limites permitidos por esta Lei. Ressalto, ainda, que os contratos
objetos desta Lei poderão ser alterados também por acordo entre as partes: a)
quando conveniente a substituição da garantia de execução; b) quando
necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço, bem
como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da
inaplicabilidade dos termos contratuais originários; c) quando necessária a
modificação da forma de pagamento por imposição de circunstâncias
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e vedada a antecipação do
pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de
obra ou serviço; ou d) para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro
inicial do contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe
ou em decorrência de fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências
incalculáveis, que inviabilizem a execução do contrato tal como pactuado,
respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco estabelecida no
contrato;
o A indenização indireta ocorre quando o poder público se apropria de bem
particular, sem observância dos requisitos de declaração ou de previa
indenização, portanto, cabe indenização no preço correspondente ao objeto
de apossamento do poder público, desde que não tenha transcorrido o tempo
para a usucapião;
o Cabe ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o chefe
do executivo que revelou fato ou circunstância de que tem ciência em razão
das atribuições e que deva permanecer em segredo (art. 11, III, Lei
8.429/92);
o O servidor público ou de qualquer ente que recebe recursos da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas
de pessoal ou de custeio em geral fica submetido ao teto remuneratório do
serviço público, logo, não pode receber além desde (art. 37, XI e § 9º,
CRFB);
o Deve-se aplicar ao processo administrativo disciplinar o prazo prescricional
previsto na lei penal para o crime de peculato doloso (art. 142, § 2º, Lei
8.112/90);
o Concessão patrocinada: é a concessão de serviços públicos ou de obras
públicas, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, e.g.,
usuários (natureza individual – uti singuli) pagam tarifas para usufruir de
serviço;
o Concessão administrativa: é o contrato de prestação de serviços de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens, portanto,
administração pública é a usuária do serviço (natureza geral – uti universi);
o As ações para a aplicação das sanções previstas na Lei de improbidade
administrativa prescrevem em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência
do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a
permanência (art. 23, Lei de improbidade administrativa, 2021);
o No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou
utilidade pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária,
havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem,
fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros
compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença
eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de
juros compostos (art. 15-A, Decreto-lei 3.365/41) e, ainda há incidência, da
Súmula 164 do STF ("No processo de desapropriação, são devidos juros
compensatórios desde a antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por
motivo de urgência.") e da Súmula 69 do STJ ("Na desapropriação direta, os
juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na
desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.");
o Bens públicos são os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno (todos os outros são particulares, seja
qual for a pessoa a que pertencerem), sendo bens públicos: I - os de uso
comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso
especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o
patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades, (e.g., terrenos de marinha,
terras devolutas, prédios de renda, títulos da dívida pública) não dispondo a
lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado
(art. 99, CC);
o Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar (art. 100, CC);
o Os bens públicos dominicais podem ser alienados , observadas as exigências
da lei (art. 101, CC); os bens públicos não estão sujeitos a usucapião (art.
102, CC);
o As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos
em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento
(art. 37, V, CF);
o A decisão que, na esfera administrativa, controladora ou judicial, decretar a
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá
indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas (art.
21, Decreto-lei 4.657/42);

 Direito Internacional
o O CPC traz em seus arts. 21 a 23 os limites da jurisdição nacional, lá é claro
que compete aos juízos nacionais processarem e julgarem os casos
relacionados com o Brasil, logo, via de regra, para que haja homologação de
sentença alienígena é necessário que haja conexão entre o exercício da
jurisdição pelo Estado brasileiro com o caso concreto a ele submetido;
o O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao
apátrida ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente
instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande
proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos humanos
ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de
regulamento (art. 14, § 3º, Lei 13.445/17);
o É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado
no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação (art. 12, LINDB);
compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no
Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - o fundamento
seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. (art. 21, LINDB);
o A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens (art. 10, LINDB);

 Direito Empresarial
o O avalista que paga o título tem direito à ação de regresso contra o seu
avaliado e demais coobrigados anteriores, podendo cobrar a todos pelo valor
integral do título, e.g., X é avaliado de Y e Y é avaliado de W e W é avaliado
de H, caso W pague o título pode ele entrar com ação de regresso contra Y e
X, pleiteando o valor integral do título, mas não poderá entrar com ação de
regresso contra H, visto que este não é coobrigado anterior da relação;
o A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial ou a
homologação de recuperação extrajudicial previne a jurisdição para qualquer
outro pedido de falência, de recuperação judicial ou de homologação de
recuperação extrajudicial relativo ao mesmo devedor, conforme art. 6, § 8º,
da Lei 11.101/2005;
o As empresas de pequeno porte (EPP), possuem tratamento diferenciado para
o pedido de recuperação judicial, podendo os empresários de microempresas
ou EPP usufruir do Plano Especial de Recuperação Judicial (PERJ);
o A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento,
dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento (art.
13, § 4º, Lei 5.474/68);
o Não havendo prazo assinado, a data do registro do protesto é o termo inicial
da incidência de juros, taxas e atualizações monetárias sobre o valor da
obrigação contida no título ou documento de dívida (art. 40, Lei 9.492/97);
o Não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do
título, todavia, assumindo a responsabilidade pelo pagamento, o endossante
se torna devedor solidário (art. 914, § 1º, CC);
o Na sociedade é possível tanto a reunião ou a assembleia de sócios, de forma
digital, quanto a participação do sócio e o voto à distância (art. 1.080-A,
CC);
o Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social (art. 1.052, CC), podendo ser constituída por 1 (uma) ou mais
pessoas (art. 1.052, § 1º, CC) e, quando for unipessoal, aplicar-se-ão ao
documento de constituição do sócio único, no que couber, as disposições
sobre o contrato social (art. 1.052, § 2º, CC);
o O endosso é o ato pelo qual o endossante transfere o crédito e se torna
coobrigado pelo pagamento (devedor indireto), todavia, não afasta o
obrigado principal. O endossatário é o novo credor que recebe o título
endossado. A Lei Uniforme de Genebra e a legislação de títulos de crédito
brasileira garante a cláusula proibitiva de novo endosso, todavia, caso haja
novo endosso, não cumprindo a cláusula proibitiva, aquele primeiro
endossatário (que atribuiu cláusula proibitiva de novo endosso) não será
responsabilizado em caso de inadimplência, logo, caso não haja o pagamento
do título apenas o novo endossante será responsabilizado. Ressalto, ainda,
que é possível atribuir cláusula de não responsabilização no endosso, ou seja,
não havendo a responsabilização do endossatário que lhe atribuir a causa de
não responsabilização;
o Sociedade brasileira: são aquelas reguladas e constituídas de acordo com as
regras brasileiras e mantêm sua sede e administração no Brasil (art. 1.126,
CC);
o Sociedade estrangeira: mantém sua sede no exterior, necessitando de
autorização do Chefe do Poder Executivo para funcionar no Brasil (art.
1.134, CC). As sociedades estrangeiras estão reguladas no Código Civil arts.
1.134 ao art. 1.141. Nos termos do art. 1.127, CC não haverá mudança de
nacionalidade de sociedade brasileira sem o consentimento unânime dos
sócios ou acionistas; a sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará
sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações
praticados no Brasil. E qualquer modificações no contrato ou no estatuto
dependerá da aprovação do Poder Executivo, para produzir efeitos no
território nacional (art. 1.137 e 1.139, CC);
o Em caso de urgência, é possível a qualquer sócio titular de mais da metade
do capital social autorizar os administradores a requerer recuperação judicial,
pois, o quórum de deliberação para aprovação do pedido de recuperação
judicial é de votos correspondentes de mais da metade do capital social (art.
1.076, III c/c art. 1.071, VIII, CC);

 Direito Tributário
o A base de cálculo do imposto será o de arrematação quando se tratar de
produto apreendido ou abandonado, levado a leilão;
o Empréstimo compulsório é considerado tributo, logo, só a União pode
institui-los e deve fazer via Lei Complementar, conforme art. 148 da CF;
o A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva, interrompendo-se: I – pelo
despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto
judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; e
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em
reconhecimento do débito pelo devedor (art. 174, CTN);
o A Lei que vise alterar a alíquota de contribuição previdenciária a ser cobrada
do empregador, incidente sobre a folha de salários e demais rendimentos do
trabalho só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data de sua
publicação (art. 195, § 6º, CRFB);
o A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por
qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I
- integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou
atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na
exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação,
nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão (art. 133, CTN);
o A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem: I) os
créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 salários-
mínimos por credor, e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho; II) os
créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem
gravado; III) os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do
tempo de constituição, exceto os créditos extraconcursais e as multas
tributárias; IV) (revogado); V) (revogado); VI) os créditos quirografários, a
saber: a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo; b) os saldos
dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao
seu pagamento; e c) os saldos dos créditos derivados da legislação trabalhista
que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; VII) as
multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou
administrativas, incluídas as multas tributárias; VIII) os créditos
subordinados, a saber: a) os previstos em lei ou em contrato; e b) os créditos
dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício cuja contratação
não tenha observado as condições estritamente comutativas e as práticas de
mercado; IX) os juros vencidos após a decretação da falência, conforme
previsto no art. 124 desta Lei. (art. 83, Lei de falências);
o Dicas didáticas sobre o ITCD - Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e
Doação (art. 155, CF): i) É um tributo de competência dos Estados e do
Distrito Federal; ii) Tratando-se de imóvel: compete ao Estado ou ao Distrito
Federal onde está localizado o bem; iii) Cuidando-se de bem móvel: há duas
situações: a) causa mortis: compete ao Estado ou ao Distrito Federal onde se
processa o inventário ou o processo de arrolamento, mas se o de cujus tiver
domicílio ou residência no exterior, a competência será regulada por lei
complementar; e b) doação: compete ao Estado ou ao Distrito Federal de
domicílio do doador, mas, se o doador tiver domicílio ou residência no
exterior, a competência será regulada por lei complementar; iv) Fato
gerador: é a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos;
e v) Alíquotas máximas: devem ser fixadas pelo Senado Federal;
o Dicas didáticas do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) sobre
brasileiro que obtém renda no exterior e lá é tributado – art. 43, CTN: i) O
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza é de competência
da União; ii) O fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica: a) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos; b) de proventos de qualquer natureza, assim
entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no item anterior;
iii) O IR incide independentemente da denominação da receita ou do
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da
origem e da forma de percepção; iv) Quando a receita ou o rendimento é
obtido no exterior, caberá à lei estabelecer as condições e o momento em que
se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do IR; v) O contribuinte é
aquele que adquire a disponibilidade da renda e ou dos proventos; vi) A
tributação da renda adquirida no exterior foi regulamentada no Brasil com a
edição da Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal (IN-SRF) n.º
208, de 27 de setembro de 2002, que estabelece duas subdivisões: a)
brasileiros residentes no Brasil (aqueles que não fizeram declaração de saída
definitiva do pais à Receita Federal): regra geral é que as rendas auferidas no
exterior por essas pessoas devem ser regularmente declaradas e tributadas no
Brasil (a exceção a essa regra são os países com os quais o Estado Brasileiro
possui tratados internacionais para evitar a bitributação); e b) brasileiros não
residentes no Brasil (aqueles que fizeram declaração de saída definitiva do
pais à Receita Federal): as rendas auferidas no exterior por essas pessoas não
devem ser declaradas nem tributadas no Brasil;

 Direito Civil
o A obrigação de prestar alimentos fixada em juízo poderá ser exonerada,
reduzida ou majorada a depender de requerimento do interessado ao juiz,
desde que comprove alteração da situação financeira daquele que supre ou
recebe alimentos;
o Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório,
aquele cuja existência supõe a do principal (art. 92, CC); pertenças são os
bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (art. 93, CC),
via de regra, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da Lei, circunstâncias do
caso ou manifestação da vontade (art. 94, CC);
o Aquele que paga arras/sinal pode, caso o que recebeu tenha desfeito ou não
executado o contrato, exigir o equivalente ao valor pago com atualização
monetária, juros e honorários advocatícios; Aquele que recebe arras/sinal
pode, caso aquele que pagou a arras/sinal, não tenha terminado de cumprir a
obrigação contratual, reter o valor pago a título de arras/sinal como multa
(art. 418, CC);
o O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis . Perfaz-se com
a tradição do objeto e cabe ao comodatário a conservação do bem, podendo,
em caso de mora, ser obrigado a pagar aluguel, art. 579 e 582, CC;
o A responsabilidade dos profissionais liberais é atribuída mediante a culpa do
agente, todavia, há responsabilização pela totalidade de danos que causa,
seja emergente, cessantes ou pensionários, art. 14, § 4, CDC e art. 950, CC;
o São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge, art.
1.845, CC;
o Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador
disponha de seu patrimônio sem os contemplar, art. 1.850, CC;
o Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no
exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição
da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente, desde
que na medida proporção para remover o perigo iminente (art. 188, CC);
o Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188 (caso
retratado acima), não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram (art. 929, CC) e se o perigo ocorrer
por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para
haver a importância que tiver ressarcido ao lesado (art. 930, CC);
o Aquele que exercer, por 2 (dois) anos, ininterruptamente e sem oposição,
posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m2, cuja
propriedade dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o
lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio
integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural (art.
1.240-A, CC);
o São direitos do multiproprietário, além daqueles previstos em instrumento
particular: I - usar e gozar, durante o período correspondente à sua fração de
tempo, do imóvel e de suas instalações, equipamentos e mobiliário; II - ceder
a fração de tempo em locação ou comodato; III - alienar a fração de tempo,
por ato entre vivos ou por causa de morte, a título oneroso ou gratuito, ou
onerá-la, devendo a alienação e a qualificação do sucessor, ou a oneração,
ser informadas ao administrador; e IV - participar e votar, pessoalmente ou
por intermédio de representante ou procurador, desde que esteja quite com as
obrigações condominiais (art. 1.358-I, CC);
o Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o
corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação,
a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se o negócio se
realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos
do corretor (art. 727, CC);
o Na linha dos colaterais herdará os mais próximos, excluindo os mais
remotos, salvo quando houver direito a representação, e.g., duas irmãs vivas
e um irmão morto que possui dois filhos, deverá herdar os 3 irmãos partes
iguais, todavia, os filhos do irmão morto deverão dividir o quinhão
pertencente ao seu pai;
o Se, notificado o locatário, não restituir a coisa, pagará, enquanto a tiver em
seu poder, o aluguel que o locador arbitrar, e responderá pelo dano que ela
venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito (art. 575, CC); o devedor
em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem
durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria
ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada (art. 399,
CC);

 Direito Processual Civil


o Compete ao ordenamento jurídico brasileiro, com exclusão de qualquer
outro, em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil,
ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional (art. 23, I, CPC), devendo este ser
regulado pela lei brasileira, salvo em benefício do cônjuge ou dos filhos
brasileiros, ou de quem os represente, podendo, nestes casos, ser regulado
pela lei pessoal do de cujus, desde que esta lhes seja mais favorável (art. 10,
§ 1º, LINDB);
o O juiz ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos do art.
319 ou documentos indispensáveis à propositura da ação ou caso apresente
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado,
caso o autor não cumpra a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial (art.
321, p.ú., CPC);
o Se a oposição (ação que visa opor interesse de terceiro sobre lide que visa
interesse de autor e réu – art. 682, CPC) for proposta antes o início da
audiência de instrução será ela apensada aos autos e tramitará
simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma
sentença (art. 685, p.ú., CPC);
o A apelação possui efeito suspensivo, todavia, há casos em que haverá efeito
imediato após a sentença, sendo eles: a) aqueles previsto em Lei; b) a
sentença que homologa divisão ou demarcação de terras; c) a sentença que
condena a pagar alimentos; d) a sentença que extingue sem resolução do
mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; e) a sentença que
julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; f) a sentença que
confirma, concede ou revoga tutela provisória; e g) a sentença que decreta a
interdição. Art. 1.012, § 1º, CPC;
o Cabe instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR)
quando houver, simultaneamente: I - efetiva repetição de processos que
contenham controvérsia sobre a mesma questão unicamente de direito; e II -
risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica;
o Conforme o art. 525, § 12 a 15 do CPC, cabe ação rescisória caso o STF
reconheça a inconstitucionalidade da ferramenta que fundamenta a sentença
de execução, desde que tal sentença já tenha sido tramitada e julgada, caso
contrário caberá impugnação com base no art. 525, § 1º, III do CPC, ou seja,
inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
o Da sentença cabe apelação (art. 1.009, CPC) e nesta, cabe o pedido de efeito
suspensivo para obstar a tutela antecipada (art. 1012, §4º, do CPC);
o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir
caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte
possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la (art. 300, § 1, CPC);
o Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo,
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de
sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso
(art. 50, CC);
o Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os
terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções (art. 1.016,
CC);
o Processo é instrumento, caminho, e não um fim em si mesmo, logo, eventual
nulidade ou irregularidade, se não gerar prejuízo ao processo ou às partes,
em nome da instrumentalidade das formas, deve ser superada; quando a lei
prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado
de outro modo, lhe alcançar a finalidade (art. 277, CPC); ao pronunciar a
nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências
necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados, não sendo o ato
repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte (art. 282,
CPC), acarretando o erro de forma no processo unicamente a anulação dos
atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem
necessários a fim de se observarem as prescrições legais (art. 283, CPC);
o Aviado agravo de instrumento, é obrigação da parte, juntar, no prazo de 03
dias, cópia do recurso aviado junto à primeira instância (até para
proporcionar a possibilidade de juízo de retratação do magistrado). Não
apresentada tal cópia (estamos falando de autos físicos), é obrigação da parte
contrária, na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, sob pena
de preclusão, alegar a falha da parte agravante (art. 278 e 1.018, CPC);
o A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por
carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta)
dias e nos próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir (art. 535,
CPC);
o Apresentada impugnação apenas de parte do crédito (não se alegando
inexistência do crédito, mas sim eventual excesso de execução), cabe
cumprimento de sentença e busca de pagamento da parte que não foi objeto
de impugnação;
o No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no
caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da
sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado
para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se
houver (art. 523, CPC);

 Direito da Criança e do Adolescente


o Aquele que adquire, possui ou armazena, por qualquer meio, fotografia,
vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente comete crime específico do
ECA, previsto no art. 241-B, salvo se a posse ou armazenamento ter por
finalidade a comunicação para as autoridades competentes (art. 241-B, § 2º,
ECA);
o Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar,
mediante alvará a entrada, permanência ou participação de criança ou
adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em locais
possivelmente danosos (e.g., bares, boates, estádios ou eventos esportivos)
ou atividades com exposição a sua imagem (e.g., participação em filmes,
peças de teatro, espetáculos públicos, eventos de beleza), art. 149, ECA;
o Contra as decisões proferidas com base no art. 149 caberá recurso de
apelação (art. 199, ECA);
o Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes
públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa
encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou
protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto
estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes
medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: I -
encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; II
- encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; III -
encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV - obrigação de
encaminhar a criança a tratamento especializado; e V – advertência. Sendo
tais medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
providências legais;
o São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio,
tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. Estende-se o impedimento do
conselheiro, em relação à autoridade judiciária e ao representante do
Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em
exercício na comarca, foro regional ou distrital (art. 140, ECA);

 Direito do Consumidor
o A publicidade deve ser vinculada de forma que o consumidor, fácil e
imediatamente, a identifique como tal (art. 36, CDC), sendo: a) enganosa:
aquela que, por qualquer meio, seja capaz de induzir em erro o consumidor a
respeito da quaisquer dados sobre os produtos e serviços (art. 37, § 1º,
CDC), ressalvo que, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de
informar sobre dado essencial do produto ou serviço; e b) abusiva: aquela
que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da
deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores
ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de
forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança (art. 37, § 2º, CDC);
o É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas
abusivas, se recusar a vender ou prestar serviços diretamente a quem o fizer
mediante pronto pagamento, art. 39, IX, CDC;
o A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo, sendo, a defesa
coletiva exercida quando se tratar de: a) direitos difusos, sendo eles, objetos
indivisíveis e titulares indeterminados ligados por uma circunstância de fato;
b) direitos coletivos, sendo eles, titulares determinados e não havendo
relação de fato comum, e sim uma relação jurídica; e c) direitos individuais
homogêneos, sendo eles, titulares determinados e objeto determinado,
relação de fato comum. ART. 81, CDC;
o O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação,
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos (art.
12, CDC). É igualmente responsável o comerciante, quando: I - o fabricante,
o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; II -
o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor,
construtor ou importador; III - não conservar adequadamente os produtos
perecíveis. Podendo aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado exercer
o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua
participação na causação do evento danoso (art. 13, CDC), podendo a ação
de regresso ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de
prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide (art. 88,
CDC);
o É ilegítima a recusa de cobertura pelo plano de saúde de cirurgias
complementares de caráter reparador ou funcional em paciente pós-cirurgia
bariátrica, quando se revelarem necessárias ao pleno restabelecimento do
segurado acometido de obesidade mórbida, logo, ao se tratar de cirurgias que
visam a saúde do segurado é seu direito tal cobertura, todavia, se tratando de
estética é facultativo o acordo entre o segurado e o segurador;

 Direito Penal
o Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-
disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em
estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever
legal ou no exercício regular de direito (art. 8, Lei 13.869/19);
o Concurso material - mediante mais de uma ação ou omissão, comete dois ou
mais crimes, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade
em que haja incorrido;
o Concurso formal - mediante uma ação ou omissão, comete dois ou mais
crimes, aplicasse-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade (não
deve a soma ultrapassar o cabível no concurso material);
o Concurso formal impróprio - tem que haver desígnios autônomos na
conduta, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em
que haja incorrido;
o Concurso formal próprio - não há desígnio autônomo na conduta, aplicasse-
lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade (não deve a soma
ultrapassar o cabível no concurso material);
o Sobre os antecedentes: a) transação penal: não gera reincidência; b) crime +
crime: réu reincidente; c) crime + contravenção no BR: réu reincidente; d)
contravenção + contravenção no BR: réu reincidente; e) contravenção +
crime: réu primário; e f) contravenção no estrangeiro + crime ou
Contravenção: réu primário;
o Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função
pública (art. 327, CP); corrupção passiva, art. 317, CP: solicitar ou receber,
para si ou para outrem, direta ou indiretamente , ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem;
o Há crime de roubo majorado quando houver concurso de pessoas (art. 157, §
2, II, CP); há favorecimento real quando a pessoa presta ao criminoso, fora
dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o
proveito do crime (art. 349, CP);
o A embriaguez voluntaria não é motivo de exclusão de imputabilidade penal,
visto que nesta o agente tem a vontade de se embriagar, logo, há fato típico,
antijurídico e culpável, configurando, desta forma, crime, todavia, a
embriagues cotidiana e recorrente do agente pode vir a excluir a
imputabilidade, retirando a culpabilidade do ato, visto a condição de
inimputável do agente com transtornos mentais, desta forma, não
configurando crime;
o A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou
grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição de pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos (súmula 588, STJ), todavia,
conforme jurisprudência do STJ, é possível a concessão de suspensão
condicional da pena aos crimes e às contravenções penais praticados em
contexto de violência doméstica, desde que preenchidos os requisitos
previstos no art. 77 do Código Penal, nos termos reconhecidos na sentença
condenatória restabelecida (agrg no resp 1691667/RJ, Rel. Ministro
ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 02/08/2018,
dje 09/08/2018);
o Não gera reincidência (art. 64, CP): I – a condenação anterior, se entre a data
do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido
período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova
da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; e II –
os crimes militares próprios e políticos;
o São atenuantes (art. 65, CP): I – o agente ser menor de 21 (vinte e um), na
data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; II – o
desconhecimento da lei; III – ter o agente: a) cometido o crime por motivo
de relevante valor social ou moral; b) procurado, por sua espontânea vontade
e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as
consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; c) cometido o
crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por
ato injusto da vítima; d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a
autoria do crime; e) cometido o crime sob a influência de multidão em
tumulto, se não o provocou; e IV – circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei (art. 66, CP);
o São agravantes, quando não constituem ou qualificam o crime (art. 61, CP): I
- a reincidência; II - ter o agente cometido o crime: a) por motivo fútil ou
torpe; b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
vantagem de outro crime; c) à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa
do ofendido; d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum; e) contra
ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; f) com abuso de autoridade ou
prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade,
ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; g) com abuso
de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou
profissão; h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher
grávida; i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade
pública, ou de desgraça particular do ofendido; k) em estado de embriaguez
preordenada; e l) ao agente que (caso de concurso de pessoas, art. 62, CP): I
- promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos
demais agentes; II - coage ou induz outrem à execução material do crime; III
- instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou
não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; e IV - executa o
crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa;
o O crime de denunciação caluniosa, previsto no art. 339 do Código Penal,
exige que o agente tenha conhecimento da inocência e, mesmo assim,
movimente, dolosamente a máquina judiciária com a intenção de prejudicar
a vítima (STJ., 5ª T. HC 510410/MS. Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca.
J. 15/08/2019), sendo tal crime de ação penal pública incondicionada;
o A pessoa que aciona outras para a pratica de delito, sem haver associação
criminosa (formação de quadrilha, art. 288, CP, ou seja, três ou mais pessoas
juntas com estabilidade a fim de cometer crimes), concorre em concurso com
aquelas na autoria do crime;
o Na hipótese de extraterritorialidade condicionada, um dos requisitos para a
instauração de processo criminal no Brasil seria o retorno do agente ao país;
o crime de violência doméstica/familiar contra a mulher é de ação penal
pública incondicionada;
o São sanções disciplinares aplicadas pelo diretor da prisão: I - advertência
verbal; II - repreensão; III - suspensão ou restrição de direitos; IV -
isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que
possuam alojamento coletivo (art. 53 e 54, Lei 7.210/1984); são sanções
disciplinares aplicadas pelo juízo competente: I - inclusão do preso no
regime disciplinar diferenciado (art. 53 e 54, Lei 7.210/1984);

 Direito Processual Penal


o Quando a infração (crime) deixar vestígios é indispensável o exame de corpo
de delito, não podendo supri-lo a confissão do acusado (art. 158, CPP);
o Deve a cadeia de custodia (conjunto de todos os procedimentos utilizados
para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em
locais ou em vítimas de crimes – art. 158-A, CPP) ser feita da seguinte
forma (art. 158-B, CPP): I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento
como de potencial interesse para a produção da prova pericial; II -
isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de
crime; III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no
local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames,
podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo
indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito
responsável pelo atendimento; IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será
submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza; V -
acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é
embalado de forma individualizada, de acordo com suas características
físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data,
hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; VI -
transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as
condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de
modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o
controle de sua posse; VII - recebimento: ato formal de transferência da
posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações
referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária
relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código
de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e
identificação de quem o recebeu; VIII - processamento: exame pericial em
si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado
desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; IX -
armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas,
do material a ser processado, guardado para realização de contra perícia,
descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; e X – descarte;
o Para a confissão do réu será atribuído valor igual a outras provas, devendo a
confissão ser confrontada com as demais provas do processo, verificando se
entre ela e estas existem compatibilidade ou concordância, pois só a
confissão não é o suficiente para imputar a conduta infratora ao agente
confessor (art. 197, CPP), ressalto que o silencio do acusado não será tido
como confissão, mas poderá ser elemento para o convencimento do juiz;
o A representação será irretratável, depois de oferecida denúncia (art. 25,
CPP), salvo nos casos em que trata a Lei Maria da Penha, onde será
permitido a retratação apenas antes do recebimento da denúncia, devendo ser
feito em audiência especial designada e ouvido o MP (art. 16, Lei Maria da
Penha);
o Retratação da retratação poderá ser feita, desde que não passados seis meses
da data do fato e da respectiva ciência de sua autoria, após há decadência do
direito a representar;
o Durante os debates no Tribunal do Júri as partes não poderão, sob pena de
nulidade, fazer referências a (art. 478, CPP): a) decisão de pronúncia; b)
decisões posteriores que julgaram admissível a acusação; c) determinação do
uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou
prejudiquem o acusado; d) ao silêncio do acusado ou à ausência de
interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo;
o Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência
mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte (art. 479, CPP);
o Cabe agravo em execução nas decisões proferidas pelo juiz da execução
penal (art. 197, LEP); é inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44
do CP) como condição especial ao regime aberto, conforme Súmula 493 do
STJ;
o No caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido (art.
127, LEP);
o O MP poderá fixar acordo de não persecução penal, desde que necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime, conforme art. 28-A, CPP,
quando: a) não for caso de arquivamento; b) tendo o acusado confessado
formal e circunstancialmente a pratica da infração penal; c) não ter usado de
violência ou grave ameaça na infração penal; d) infração penal com pena
inferior a 4 anos;
o O arquivamento do inquérito faz coisa julgada formal (sem resolução de
mérito) no caso concreto, podendo ser desarquivado mediante novas provas
existentes, mas não conhecidas no momento do inquérito (art. 18, CPP);
o O juiz de oficio ou a requerimento das partes decretará a suspensão do curso
do processo penal (art. 94, CPP) se o reconhecimento da existência da
infração penal depender de decisão sobre questão diversa da esfera penal, de
competência do juízo cível, e se neste houver sido proposta ação para
resolvê-la, desta forma, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja
de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite,
suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e
realização das outras provas de natureza urgente (art. 93, CPP);
o Poderão ser opostas as exceções de: I – suspeição (duvida fundada a respeito
da imparcialidade do juiz, MP, perito, testemunha, etc.); II - incompetência
de juízo (juiz/foro incompetente); III – litispendência (ação idêntica a outra
pendente de julgamento, ou seja, um duplo processo, possuindo as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido); IV - ilegitimidade de
parte (parte não legitima para atuar no processo); V - coisa julgada (matéria
já julgada). (art. 95, CPP);
o Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes
conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art.
78, II, a, do Código de Processo Penal (Súmula 122, STJ);
o Determinará a competência do tribunal penal: I - o lugar da infração
(determinada, em regra, pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução –
art. 70, CPP): II - o domicílio ou residência do réu (não sendo conhecido o
lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do
réu – art. 72, CPP); III - a natureza da infração (compete ao tribunal do júri
os crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentado – art. 74, CPP); IV -
a distribuição ( a precedência da distribuição fixará a competência quando,
na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente
competente – art. 75, CPP); V - a conexão ou continência (seguira a seguinte
ordem – art. 78, CPP: a) no concurso entre a competência do júri e a de outro
órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; b) no
concurso de jurisdições da mesma categoria: i) preponderará a do lugar da
infração, à qual for cominada a pena mais grave; e ii) prevalecerá a do lugar
em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas
penas forem de igual gravidade; c) - no concurso de jurisdições de diversas
categorias, predominará a de maior graduação; e d) no concurso entre a
jurisdição comum e a especial, prevalecerá está); VI - a prevenção (será
atribuído o critério da prevenção quando houver concorrendo dois ou mais
juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, devendo
continuar aquele que praticar o primeiro ato processual ou medida a este
relativa – art. 83, CPP); VII - a prerrogativa de função (será de competência
do STF, privativamente, processar e julgar: I - os seus ministros, nos crimes
comuns; II - os ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os do
Presidente da República; III - o procurador-geral da República, os
desembargadores dos Tribunais de Apelação, os ministros do Tribunal de
Contas e os embaixadores e ministros diplomáticos, nos crimes comuns e de
responsabilidade; será, originalmente, de competência dos Tribunais de
apelação, o julgamento dos governadores ou interventores nos Estados ou
Territórios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e
chefes de Polícia, juízes de instância inferior e órgãos do Ministério Público;
e, ainda, a competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às
pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de
responsabilidade – art. 84 a 87, CPP);
o A prisão preventiva, é uma das medidas cautelares, sendo pertencente as
modalidades de prisão cautelar e cabe em qualquer fase da investigação
policial ou do processo penal, que será decretada pelo juiz mediante
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
representação da autoridade policial, não podendo ser decretada de oficio
(art. 311, CPP);
o Súmula 160, STF: é nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu,
nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso
de ofício;
o Súmula 713, STF: efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é
adstrito aos fundamentos da sua interposição;
o Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da
sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal,
o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se
tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá,
porém, efeito suspensivo, tendo por prazo: quinze dias e correrá do dia em
que terminar o do Ministério Público (art. 598, CPP);

 Legislação de Trânsito
o Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que
indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso em sentido
estrito, sem efeito suspensivo (art. 294, p.ú., CTB);
o Na maioria dos casos antes da sentença cabe recurso em sentido estrito
(RESE) e depois da sentença é apelação. Lembrando que o núcleo do tipo
penal do RESE são verbos. Ex: receber, concluir, julgar, pronunciar e etc
o Ceder veículo para terceiro não habilitado ou sem condições para dirigir
configura delito com natureza de crime de perigo abstrato, cabendo
oferecimento de proposta de transação penal por parte do MP, e.g., art. 310,
CTB;
o Operação de Trânsito: corresponde ao monitoramento técnico baseado nos
conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez, de
estacionamento e parada na via, com o intuito de diminuir as interferências
tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente
atrapalhando o trânsito, prestando socorros imediatos e informações aos
pedestres e condutores;
o Fiscalização: corresponde ao ato de verificar o cumprimento das normas
estabelecidas na legislação de trânsito, através do poder de polícia
administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades
executivos de trânsito e segundo as competências definidas no CTB;
o Operação de carga e descarga: corresponde a imobilização do veículo,
apenas pelo mínimo tempo necessário ao carregamento ou descarregamento
de animais ou cargas, na forma determinada pelo órgão ou entidade
executiva de trânsito competente com circunscrição sobre a via;
o Regulamentação da via: corresponde a implantação de sinalização de
regulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscrição sobre
a via, deliberando, entre outros elementos, sentido de direção, tipo de
estacionamento, dias e horários;
o Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito têm o
dever de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos
mínimos, sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou
justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante
quando tal evento ocorrerá (art. 73, CTB);

 Legislação Federal
o A Lei de Migração protege o direito à reunião familiar (art. 3, VIII, Lei
13.445/17), todavia, pode ser impedido de entrar no país, após entrevista
individual e mediante ato fundamentado, a pessoa que seja (art. 45, Lei
13.445/17): I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da
expulsão vigorarem; II - condenada ou respondendo a processo por ato de
terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a humanidade ou crime
de guerra; III - condenada ou respondendo a processo em outro país por
crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira; IV - que tenha o
nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso
assumido pelo Brasil perante organismo internacional; V - que apresente
documento de viagem que não seja valido no Brasil, esteja vencido seu
documento ou esteja com rasura/falsificação; VI - que não apresente
documento de viagem ou documento de identidade, quando admitido; VII -
cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo
alegado para a isenção de visto; VIII - que tenha, comprovadamente,
fraudado documentação ou prestado informação falsa por ocasião da
solicitação de visto; ou IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios
e objetivos dispostos na Constituição Federal;
o Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião,
nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política (art. 45, p.ú.,
Lei 13.445/17);
o O disposto na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/13) refere-se à
responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira,
aplicando o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades
simples, personificadas ou não, independentemente da forma de organização
ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, associações
de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial
ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito,
ainda que temporariamente. Ressalto que as pessoas jurídicas serão
responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos
atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício,
exclusivo ou não. Art. 1 e 2 da Lei supracitada;
o Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a
renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o
contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos
dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando
seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três
anos. Podendo tal direito ser exército por cessionários ou sucessores da
locação e, se dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o
sócio sobrevivente fica sub-rogado no direito a renovação, desde que
continue no mesmo ramo (art. 51, Lei da locação);
o A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o
advento da norma regulamentadora, podendo ser conferida eficácia ultra
partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao
exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
Caso transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos
casos análogos por decisão monocrática do relator. O indeferimento do
pedido por insuficiência de prova não impede a renovação da impetração
fundada em outros elementos probatórios. (art. 9º, §2º, Lei 13.300/2016);

 Direito do Trabalho
o Não é mais necessário a homologação da rescisão contratual pelo sindicato
profissional ou pelo Ministério do Trabalho, bastando que o empregador
comunique a dispensa aos órgãos competentes (art. 477, CLT), exceto se
houver norma coletiva em contrário (norma mais próxima ao empregado,
exclui norma mais distante, todavia, aplica-se a mais benéfica ao
empregado);
o O estagiário tem direito a um período de recesso de 30 dias remunerados,
sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 ano, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares (art. 13, Lei 11.788/08),
todavia, não terá direito ao acréscimo constitucional de 1/3;
o O exercício de trabalho em condições insalubres (adicional de
insalubridade), acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério
do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do
salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio
e mínimo (art. 192, CLT);
o São consideradas atividades ou operações perigosas (adicional de
periculosidade), na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; e II - roubos ou
outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança
pessoal ou patrimonial. Assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta
por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa;
o O Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva determina que nos
contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da
cláusula infringente desta garantia (art. 468, CLT). Ressalto, ainda, conforme
Súmula nº 51 do TST: I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou
alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores
admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a
coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por
um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro;
o Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa
aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no
prazo e na forma estabelecidos neste artigo, devendo o instrumento de
rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de
dissolução do contrato, ter especificada a natureza de cada parcela paga ao
empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas,
relativamente às mesmas parcelas. O pagamento a que fizer jus o empregado
será efetuado: I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme
acordem as partes; ou II - em dinheiro ou depósito bancário quando o
empregado for analfabeto. Caso o empregado tenha dividas com o
empregador, este poderá compensar tais valores nas verbas rescisórias,
todavia, não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do
empregado (art. 477, CLT);
o Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em
motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ocorrendo a
despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do
Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados
neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado (art. 165,
CLT);
o Cada CIPA será composta de representantes da empresa (que por ela será
designado) e dos empregados (que por eles serão designados, através de voto
secreto, independentemente de filiação sindical do empregado ou
representante). Cada mandato da CIPA terá duração de 1 ano, permitida uma
reeleição, salvo ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha
participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA, não
possuindo o direito a reeleição. O empregador designará, anualmente, dentre
os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão,
dentre eles, o Vice-Presidente. (art. 164, CLT);
o No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora
ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições
previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas
ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e
indenização previstas nesta Lei. (art. 16, Lei 6.019/1974);
o As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou
fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e
adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito, não
integrando a remuneração do empregado (art. 75-D, CLT);
 Direito Processual do Trabalho
o O não comparecimento do reclamante à audiência acarreta em arquivamento
da RT (art. 844, CLT);
o O não comparecimento do reclamado à audiência acarreta em revelia (art.
844, CLT), ressalto que serão aceitos a contestação e os documentos
eventualmente apresentados pelo reclamante ausente, desde que esteja
presente o advogado dele (art. 844, § 5º, CLT);
o Recurso de revista é o último recurso no processo trabalhista e tem como
objetivo uniformizar a interpretação das legislações, no âmbito da
competência da Justiça do Trabalho (art. 896, CLT);
o No processo de homologação de acordo extrajudicial as partes deverão
obrigatoriamente estar representadas por advogados distintos (art. 855-B, §
1, CLT);
o Os prazos do processo do trabalho serão contados em dias uteis, com
exclusão do dia de começo e inclusão do dia do vencimento (art. 775, CLT);
contra sentença condenatória é cabível recurso ordinário, no prazo normal de
8 dias úteis (art. 895, I, CLT);
o As empresas em recuperação judicial e as entidades filantrópicas são isentas
do recolhimento do depósito recursal, todavia, devem recolher as custas (art.
790-A e 899, § 10, CLT)
o O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a
execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e
acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial
ou nomeação de bens à penhora (art. 82, CLT);
o Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o
Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-
á o valor para a determinação da alçada, se este for indeterminado no pedido.
Quando o valor fixado para a causa, na forma deste artigo, não exceder de 2
(duas) vezes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o
resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta
quanto à matéria de fato, salvo se versarem sobre matéria constitucional,
nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos dissídios da alçada,
considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento
da ação (art. 2, § 4, Lei 5.584/1970);
o É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que
teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria (art.
877-A, CLT);
o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) é um título extrajudicial;

 Direito Ambiental
o O princípio da prevenção visa a inibir o dano potencial sempre indesejável,
sendo aplicado em relação aos impactos ambientais conhecidos ou que se
possa conhecer e estando calcado em uma certeza científica que determinada
atividade causará danos;
o O princípio da precaução visa a impedir o risco de perigo abstrato, não há
certeza cientifica quanto aos efetivos danos e extensões, parte de uma
incerteza científica e, para ser implementado, deve partir de dados e fatos
compreendidos e analisados pela ciência ainda que não conclusivos;
o O Parque Nacional é uma unidade de conservação do grupo de proteção
integral que tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas
naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica (art. 11 da Lei nº
9.985/00);
o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações
administrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente
destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar
as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente.
Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no
caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente
habilitados e em número compatível com a demanda das ações
administrativas a serem delegadas (art. 5, LC 140);
o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação
Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse
social ou de baixo impacto ambiental (art. 8, Lei 12.651);
o Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da
natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente
e controle da poluição (art. 24, CF);
o Não pode um ente federativo ultrapassar a previsão legal de outro, devendo
ser respeitado a hierarquia;

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