Direitos Fundamentais 2018/2019

A INTERVENÇÃO DO
LEGISLADOR SOBRE OS DLG
A INTERVENÇÃO DO LEGISLADOR SOBRE OS DLG

Tipos de intervenção

v Leis ordenadoras/ condicionadoras

v Leis interpreta/vas

v Leis conformadoras/cons/tu/vas Reserva de lei formal

(ar/go 165.º, n.º 1, al. b)
v Leis ampliadoras/protetoras CRP)

v Leis restri/vas

v Leis harmonizadoras
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Tipo de intervenção
v Leis ordenadoras

O direito de pe)ção pode ser exercido por via postal ou através de

telégrafo, telex, telefax, correio eletrónico e outros meios de
telecomunicação.
(ar)go 9.º, n.º 3, da Lei n.º 43/90, de 10 de agosto, na sua redação atual).

A declaração de objeção de consciência pode ser apresentada na

Comissão Nacional, nas delegações regionais do Ins)tuto
Português da Juventude, nos postos consulares ou nos serviços
competentes das Regiões Autónomas
(ar)go 20.º, n.º 2, da Lei sobre Objeção de Consciência).
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Tipo de intervenção
v Leis condicionadoras

As pessoas com idade compreendida entre os 16 e os 18 anos que

pretendam alterar o respetivo género no registo civil deverão
apresentar um atestado médico comprovativo da sua capacidade
de decisão e vontade informada.

A idade mínima para aceder à magistratura passa a ser de 30

anos.

O processo de aquisição do estatuto de objetor de consciência (...)

inicia-se com a apresentação pelo interessado de uma declaração
de objeção de consciência (art. 18.º/1 da Lei n.º 7/92, de 12/05).
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Tipo de intervenção
v Leis interpreta+vas

- Concre.zadoras (do que está dentro do âmbito de proteção do DF)

Gozam de capacidade eleitoral ativa os cidadãos maiores de 18

anos a seguir indicados:
a) Os cidadãos portugueses;
(artigo 2.º, n.º 1, da Lei Eleitoral para os órgãos das autarquias locais)

A todos é reconhecido o direito à iden.dade pessoal e ao

conhecimento das origens biológicas.
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Tipo de intervenção
v Leis interpreta+vas

- Delimitadoras (de limites imanentes = do que está fora do

âmbito de proteção)
A liberdade de consciência, de religião e de culto não autoriza a
prá3ca de crimes (ar3go 6.º/2 da Lei da Liberdade Religiosa).
Quem, profissionalmente ou com intenção lucra3va, fomentar,
favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de pros3tuição
é punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos.
(ar3go 169.º, n.º 1 Código Penal);

A afixação de propaganda polí3ca depende sempre do

consen3mento do proprietário do prédio afetado.
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Tipo de intervenção
v Leis cons)tu)vas ou
conformadoras

Ar#go 5.º Subvenção pública para financiamento dos par#dos

polí#cos
1 - A cada par#do que haja concorrido a ato eleitoral, ainda que
em coligação, e que obtenha representação na Assembleia da
República é concedida, nos termos dos números seguintes, uma
subvenção anual, desde que a requeira ao Presidente da
Assembleia da República (Lei do Financiamento dos Par#dos Polí#cos)
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Tipo de intervenção
v Leis protetoras/ampliadoras

O empregador não pode pra,car qualquer discriminação, direta ou

indireta, em razão nomeadamente dos fatores referidos no n.º 1 do
ar,go anterior (ar,go 25.º do Código do Trabalho).
A intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias pode ser
requerida quando a célere emissão de uma decisão de mérito que imponha à
Administração a adoção de uma conduta positiva ou negativa se revele
indispensável para assegurar o exercício, em tempo útil, de um direito, liberdade
ou garantia, por não ser possível ou suficiente, nas circunstâncias do caso, o
decretamento provisório de uma providência cautelar, segundo o disposto no
artigo 131.º (artigo 109.º/1 CPTA) – cfr. artigo 20.º, n.º 5 CRP.
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Tipo de intervenção vLeis restri(vas

➤ São leis que comprimem/reduzem o conteúdo de um direito e

que encontram na Cons&tuição habilitação/autorização expressa.

Autorização pode constar:

- Do próprio preceito cons8tucional a restringir (ex.
ar8go 47.º, n.º 1, 50.º, n.º 3, 34.º/4, 270.º CRP);
- Da Cons(tuição em geral ➤ restrição é necessária
para salvaguardar “outros direitos ou interesses
cons8tucionalmente protegidos” (art. 18.º, n.º 2
CRP). Ex. Ar8gos 25.º (integridade Tsica), ar8go 62.º
(propriedade);
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Tipo de intervenção
v Leis restritivas

➾ Solução alterna,va (Jorge Miranda,

Bacelar Gouveia) a par,r da conjugação do
ar,go 16.º, n.º 2 CRP com o ar,go 29.º/2
DUDH.
“No exercício desses direitos e no gozo destas liberdades,
ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei
com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o
respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de
satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e
do bem-estar numa sociedade democrática” (art. 29.º/2
DUDH)
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Tipo de intervenção
v Leis restri(vas

O presidente de Câmara municipal e o presidente de junta de freguesia

só podem ser eleitos para três mandatos consecu7vos, salvo se no
momento da entrada em vigor da presente lei 7verem cumprido ou
es7verem a cumprir, pelo menos, o 3.º mandato consecu7vo,
circunstância em que poderão ser eleitos para mais um mandato
consecu7vo (ar7go 1.º, n.º 1 da Lei n.º 46/2005, de 29 de agosto).

Se a farmácia integrada na herança ou nos bens do casal vier a ser

adjudicada a cônjuge ou herdeiro legi7mário que não seja farmacêu7co
ou aluno de Farmácia, deverá, no prazo de dois anos, ser objeto de
trespasse ou de cessão de exploração a favor de farmacêu7co, sob pena
de caducidade do alvará.
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Tipo de intervenção
v Leis suspensivas
(remissão)
Como distinguir uma lei suspensiva
de uma lei restritiva de DLG?

• Leis suspensivas só podem ser decretadas na vigência

de estado de sí4o ou de estado de emergência (ar4go
19.º/1);
• Leis suspensivas não podem suspender certos direitos,
liberdades e garan4as (ar4go 19.º, n.º 6);
• Leis suspensivas a4ngem o direito a Btulo transitório
(ar4go 19.º, n.º 5);
• Leis suspensivas paralisam por completo o exercício de
um direito/núcleo essencial (≠ ar4go 18.º, n.º 3);
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Tipo de intervenção
v Leis harmonizadoras

➤ São leis que fornecem ao juiz critérios flexíveis e abertos para a

a resolução de uma situação de conflito/colisão entre direitos
fundamentais não prevista na CRP.
➠ Quais as diferenças relaAvamente às leis
interpretaAvas? ➚ conflito real ≠ conflito aparente;
➠ Quais as diferenças relaAvamente às leis
restriAvas? ➚ Legislador v. Juiz;
➠ Por que razão não é possível resolver as
situações de colisão de direitos através de uma lei
restriAva? ➚ Impossibilidade de estabelecer uma
hierarquia/ordem de preferências entre certos DF;
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Tipo de intervenção
v Leis harmonizadoras

Quando se tratar de perícia sobre caracterís0cas 1sicas ou

psíquicas de pessoa que não haja prestado consen0mento, o
despacho previsto no número anterior é da competência do juiz,
que pondera a necessidade da sua realização, tendo em conta o
direito à integridade pessoal e à reserva da in1midade do visado
(ar0go 154.º, n.º 3 CPP);
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Guia para a resolução de casos sobre intervenções

legislativas em matéria de DLG

I. Qualificar o direito fundamental em causa (dizer se se trata de um

direito fundamental e, se sim, que tipo de direito fundamental é e qual o regime
jurídico que lhe é aplicável);
II. Qualificar o tipo de intervenção normativa (dizer
fundamentadamente se se trata de uma lei ordenadora, condicionadora,
ordenadora, interpretativa, ampliativa, conformadora, restritiva ou
harmonizadora); NÃO ESQUECER QUE A RESERVA DE LEI FORMAL VALE PARA
TODOS OS TIPOS DE INTERVENÇÃO (art. 165.º, n.º 1, al b) CRP);
III. Aferir do cumprimento dos requisitos de validade das leis
restritivas (artigo 18.º, n.º 2 e 3), caso se trate de uma lei
restritiva;
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Tipo de intervenção v Leis restri(vas

1. Autorização de restrição expressa direta ou indireta

(ar$go 18.º, n.º 2);
2. Requisito de lei formal (ar$go 18.º, n.º 2);
Requisitos de 3. Princípio da proporcionalidade em sen$do amplo
validade das leis (ar$go 18.º, n.º 2);
restri(vas 4. Generalidade e abstracção das leis restri$vas de
(ar$go 18.º, n.º 2 e 3 DLG (ar$go 18.º, n.º 3);
CRP)
5. Proibição da retroac$vidade das leis restri$vas de
DLG (ar$go 18.º, n.º 3);
6. Salvaguarda do núcleo essencial dos DLG (ar$go
CUMULATIVOS 18.º, n.º 3);
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Como se resolvem as situações

de colisão de direitos?

Colisão de direitos
pressupõe um
conflito entre DF
num caso concreto Princípio da concordância prá.ca
(Prak%sche Konkordanz)

Ponderação (ad hoc balancing) dos

interesses em conflito em função das
circunstâncias do caso (ex. aspetos nucleares ou
secundários do direito, comportamento/condição das pessoas
envolvidas, grau de sacriAcio do direito)